La Douce Essence D'un Oméga - Capítulo 31
Quinta-feira, 16 de junho, 08:30 horas da manhã.
– Enarê ? – sua mãe o chama e bate na porta de seu quarto, esperando ansiosa por uma resposta, mas ele não atende. Ela dá um longo suspiro e volta para a cozinha.
– Ele ainda está trancado no quarto… – ela puxa uma das cadeiras e se senta. Está quase sem esperanças.
– Ele ainda não quer comer ? Já faz dois dias! – o homem sentado na ponta da mesa a encara preocupado com a situação.
– Eu sei, mas não podemos força-lo a comer!
– Se continuar desse jeito vai acabar dando uma turica de fome nele!
– O jeito é esperar até que ele resolva sair… – ela franze o cenho e encara suas mãos. Mesmo com o luto, a vida continua e vê-lo desse jeito só deixava tudo pior.
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Enarê se levanta da cama e caminha até o banheiro, ele encara seu reflexo no espelho e seus olhos estão tão inchados que quase não consegue mantê-los abertos.
– Estou um desastre! – o ômega sussurra e respira fundo, reunindo coragem para sair do quarto e ficar com sua familia, mas logo começa o mal estar novamente e ele acaba vomitando a pouca comida que havia consumido após muita insistência de sua mãe.
Desde que voltou para o Brasil, começou a sentir fortes dores de cabeça, cansaço e ânsia de vomito. Ele sempre havia sido saudável, mas por algum motivo sua saúde estava indo de mal a pior a cada dia.
– Por que isso está acontecendo ? – Enarê sussurra e com a mão direita, toca levemente em seu peito, era lá onde doía.
Ele se levanta e lava seu rosto, escova seus dentes para tentar se livrar do gosto horrível de vomito e logo volta para a cama. O ômega passava todo o dia deitado fitando o teto pensando em como as coisas chegaram aquele ponto.
Em sua vida não existia mais alegria ou qualquer tipo de esperança que o fizesse continuar. Agora ele era uma grande tela em branco, sem nada bonito ou colorido para mostrar.
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Clínica Particular, 09:47 horas da manhã, dois meses depois.
– Enarê Santiago ? – a médica o chama e ele se levanta, indo em direção ao consultório.
– Bom dia, sente-se por favor! – ela indica o assento vazio e Enarê se senta.
– Já estou com o resultado dos exames e você não está gravido, mas parece ter uma condição que me preocupa… – a mulher esfrega o queixo e parece pensativa.
– Que condição ?
– Os sintomas que pensamos ser uma gravidez ou até mesmo o processo de luto, talvez seja o efeito da brusca separação do seu parceiro. Foram seis anos juntos, não é ?
– Sim, nós moravamos juntos antes… – ele suspira e brinca com as mãos, ansioso com o que poderia estar acontecendo.
– Não é comum, mas ômegas podem sofrer com o processo de separação como se estivessem marcados. – Enarê toca levemente em sua nuca e cora ao lembrar de como implorava para ser mordido durante o seu cio.
– Mas eu nunca fui mordido…
– É como se fosse uma espécie de marca psicológica. Alguns médicos ainda estudam isso, então não posso te dar muitas informações…
– Como eu paro isso ?
– Infelizmente você nos procurou quando os sintomas já estavam bem avançados e isso torna as coisas ainda mais difíceis… – a médica da um longo suspiro.
– Eu não tenho uma resposta clara de como quebrar esse vínculo, mas pessoalmente acho que voltar com o seu parceiro seria o melhor para ambos. Ele também deve estar sofrendo com a separação!
– Entendo… obrigado! – Enarê se levanta, atordoado com todas aquelas informações, mas principalmente com o fato de que o alfa pudesse estar sofrendo tanto quanto ele.
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Ao chegar em casa após a consulta, Enarê é recebido pela sua mãe que parece extremamente animada com algo.
– Pegue, trouxe isso para você! – a mulher lhe entrega uma pequena bolsa com algumas tintas e pincéis.
– Mãe, não precisava fazer isso… – o ômega sente uma onda de ansiedade percorrendo seu corpo.
– Eu pensei que pintar te ajudaria, então acabei comprando… – ela sorri um pouco insegura, já não sabia mais o que fazer para tentar anima-lo.
– Obrigado, mãe! – Enarê sorri, mas por dentro está tão machucado que já não consegue nem mesmo segurar um pincel.
– Pinte algo bonito e me mostre, okay ? – ela beija sua testa e lhe dá um sorriso gentil. O ômega sobe para o quarto e ao entrar, se joga em sua cama e suspira enquanto encara as tintas, se sentindo culpado por não conseguir ser mais o artista que um dia deixou sua mãe orgulhosa.
– Não consigo mais… – ele sussurra e seus olhos se enchem de lágrimas. Após dois meses Enarê havia perdido muito peso e seu corpo parecia estar cada dia pior, ele nunca imaginou que ser separado do seu alfa iria deixá-lo tão mal.
– Yohan… – o ômega sussurra novamente e se encolhe em sua cama. A cada dia que passava longe dele sua saudade aumentava e seu corpo ficava cada vez pior. No fundo Enarê sabia que não podia viver sem ele.
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Segunda-feira, 06 de setembro, 02:06 horas da manhã.
Depois de dias sendo encorajado por sua mãe, Enarê finalmente decide tentar pintar. Ele se senta de frente para a tela em branco e a encara por alguns bons minutos.
– Isso é tão familiar! – o ômega sorri e se lembra do dia em que não podia pintar e acabou usando o alfa como inspiração. Mais tarde, aquele quadro foi comprado por ele, que o pôs na sala para que ficasse sempre a vista.
– Que saudade… – ele sussurra com uma expressão triste e enxuga as lágrimas que brotam em seus olhos. Não queria mais chorar.
– Certo, eu consigo! – o ômega dá um longo suspiro e pega um dos pincéis.
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Enquanto o sol nascia no horizonte e aos poucos iluminava aquele lado do planeta, Enarê terminava sua pintura. Ele para alguns minutos para admira-la e nota que a luz do sol deixa o amarelo ainda mais vibrante.
– Seus olhos… – o ômega sussurra e seu rosto cora ao se lembrar da última vez que viu esses olhos. Ele se levanta da banqueta e vai em busca do seu celular, ao acha-ló, procura o melhor ângulo e tira uma belíssima foto de seu mais novo quadro.
– “Para você(s), meu sol”. – ele murmura enquanto escreve e logo posta a foto em uma de suas redes sociais. O quadro rapidamente começa a receber atenção e elogios.
Aquele lindo quadro com um enorme jardim, onde as flores mortas e murchas parecem renascer com o forte brilho do sol, talvez fizesse alusão a como se sentia. Ele era o seu sol.
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Sábado, 12 de setembro. 13:22 horas da tarde.
– Que horas são… ? – Enarê se vira para o lado e pega seu celular que está em baixo do travesseiro, ele confere às horas e logo se da conta de que está sentindo mais calor do que o normal.
– O que ? – ele sussurra e seu coração começa a palpitar, seus feromônios são jogados no ar e sua virilha formiga. Seu cio havia começado.
– Não, não, não! Agora não! – o ômega tenta sair da cama e ir até o banheiro, mas suas pernas estão fracas e logo todo o seu corpo também estaria. O cio estava sendo ainda mais doloroso do que da última vez, sem o Yohan lá para acalma-ló, ele precisa passar por tudo sozinho.
Enarê se encolhe na cama e se agarra aos seus lençóis, seu membro lateja e o liquido pre-seminal escorre pela extensão dele, seu corpo todo implorava para ser tocado, para sentir aquele aroma novamente.
– Yohan… – ele murmura e suas mãos avançam em direção ao seu pau, o ômega o põe para fora e começa a se masturbar, mas ainda não é o suficiente. Enarê movimenta suas mãos o mais rápido que pode e ainda sim não consegue alcançar o prazer que seu corpo busca.
– Merda! – ele esbraveja e abaixa sua cueca, com o dedo indicador e anelar da mão esquerda, o ômega penetra seu ânus que está completamente molhado. Enarê empurra seus dedos o mais fundo que pode, tentando chegar onde apenas Yohan consegue, mas também não era o suficiente.
– Não posso… – as lágrimas escorrem pelo seu rosto, molhando seu travesseiro. Seu corpo ainda o desejava desesperadamente e precisava dele.
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