La Douce Essence D'un Oméga - Capítulo 32
Quinta-feira, 15 de junho, 09:10 horas da manhã.
Enquanto observa a movimentada rua do centro pela janela do café, Enarê segura seu dedo anelar, pensando em como o tempo havia se passado tão de pressa.
– Olá, Enarê! – uma moça sorridente se apressenta e se senta de frente para ele.
– Fico feliz que podemos nos encontrar hoje. Estava ansiosa por isso!
– Não, eu que fico feliz. É uma honra! – o ômega sorri um pouco envergonhado e seu rosto ganha um leve tom avermelhado.
– Ótimo, então podemos começar a discutir os detalhes do contrato ? – ela da um tapinha na pasta que carregava e sorri.
– Por mim tudo bem!
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Após alguns minutos falando sobre o contrato, eles finalmente entram em um acordo e Enarê o assina.
– Muito obrigado, nós estamos muito felizes por tê-lo em nossa galeria! – a moça aperta sua mão e lhe dá um largo sorriso, mas nota que o ômega não parece tão empolgado.
– Está tudo bem ?
– Ah! Sim, sim, eu só estou nervoso. Já faz algum tempo desde a última vez em que estive em Paris. – Enarê sorri um pouco envergonhado, não queria ser tão óbvio.
– Quanto tempo faz ?
– Um ano… – ele suspira e roça a ponta de seu polegar em seu dedo anelar.
– Então eu fico feliz por te levar de volta, tenho certeza que vai ser incrível!
– Sim… eu também acho!
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Segunda-feira, 26 de junho, 10:25 horas da manhã.
– Oi, tudo bem ? – sua mãe bate na porta e sorri ao vê-lo arrumar sua mala.
– Sim… só preciso terminar isso. Pode me ajudar ?
– Claro! – a mulher caminha em sua direção e pega uma muda de camisas que está sobre a cama, a põe dentro da mala e faz o mesmo com a outra muda.
– Você realmente quer fazer isso ? – ela o questiona hesitante, com medo de sua resposta.
– A vovó sempre me pedia para voltar, talvez essa seja uma boa oportunidade para realizar seu último desejo. – Enarê sorri, mas está um pouco triste. Tinha medo de voltar.
– Certo, se é isso o que você quer, eu desejo o melhor! – a mulher beija sua testa e o ajuda a terminar sua mala.
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Aeroporto Internacional.
– Vamos sentir saudades… – sua mãe o abraça com força e tenta conter suas lágrimas.
– Eu também, mãe. – Enarê sorri, com seu rosto corado.
– Boa sorte lá. – seu pai como sempre, estava distante, mas feliz por seu filho.
– Obrigado pai! – eles trocam um sorrisinho.
– Me ligue assim que chegar e não se esqueça de tomar sempre o seu remédio! – a mulher agarra suas bochechas e as aperta.
– Eu sei! – Enarê dá risada.
– Prometo que volto logo para casa.
– Você sabe que não precisa ter pressa…
– Eu sei. – ela o abraça novamente.
– Deixe o garoto ir ou ele vai acabar se atrasando. – seu pai a puxa para mais perto e ela se agarra ao seu corpo.
– Preciso ir agora, então se cuidem! – o ômega enxuga suas lágrimas e segue para o portão de embarque enquanto seus pais o observam partir.
– Será que ele vai ficar bem dessa vez ? – ela sussurra.
– Não sei, mas espero que sim…
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Após horas em um avião, Enarê finalmente chega em seu destino e se sente aliviado por saber que nada havia mudado.
– É bom voltar… – ele sussurra para si mesmo e dá um longo suspiro.
– Enarê Santiago ? – um homem alto de pele morena, cabelos longos e negros, traços orientais e um ótimo francês, o chama e o ômega não pode evitar de estar impressionado com sua beleza.
– Sim ? – ele o encara confuso, mas ouve seu celular tocar, o que o distraí por um momento.
– Enarê ? Aonde você está ? – a voz feminina o questiona.
– Na frente do aeroporto.
– Ótimo! Um dos meus amigos vai te buscar, tudo bem ?
– Okay… – ele volta seu olhar para o homem que sorri.
– Posso ? – o homem estende sua mão e Enarê lhe entrega o celular.
– Anna ? Já estou aqui… sim, vou leva-ló para casa! – ele desliga e entrega o celular ao ômega, em seguida estende sua mão.
– Sou o Hiroki, é um prazer finalmente conhecê-lo. – Enarê põe sua mão sobre a dele e o homem rapidamente lhe dá um beijo delicado.
– Sou Enarê… – ele fala envergonhado.
– Vamos ? – Hiroki sorri e aponta o caminho.
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Quinta-feira, 29 de junho, 10:28 horas da manhã.
– O que acha ? – Anna o questiona e aponta em direção ao quadro.
– Acho que está ótimo, mas talvez tenha pouca luz…
– Podemos aumentar a quantidade de luz e deixar a galeria inteira com mais iluminação.
– Não, eu quero que apenas esse se sobressaía. – Enarê desliza seus dedos sobre o sol desenhado no quadro e sorri.
– Tudo bem, você é quem decide! – Anna sorri e se afasta, indo conferir os outros quadros.
– É uma linda pintura… me pergunto no que estava pensando enquanto pintava. – Hiroki se aproxima por trás do ômega e com a voz suave, sussurra ao seu ouvido.
– Hiroki ? – ele se assusta e recua. Aquilo o pegou desprevenido.
– Eu te assustei ? Sinto muito!
– Tudo bem, só não faça isso de novo… – Enarê suspira aliviado.
– Posso te pagar um café ? Como um pedido de desculpas.
– Sim. – o ômega sorri e Hiroki o guia para fora da galeria.
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– Sei que não é da minha conta, mas o que te fez pintar aquele quadro ?
– Na verdade eu nem sei bem o motivo, apenas pintei. – Enarê força um sorriso, mas a tristeza está estampada em seu rosto.
– Confesso que entre todas as obras da exposição, aquela é minha preferida. – Hiroki sorri e desliza sua mão em direção a de Enarê, ele a segura e brinca com os nós de seus dedos.
– Fico feliz que tenha gostado… – o ômega desvia seu olhar até a sua mão e a afasta. Não queria ser tocado tão casualmente por outro homem.
– Estou incomodando ?
– Não! Eu só… – Enarê hesita, não podia dizer que não queria ser tocado por outro alfa.
– Então eu posso continuar tentando ? Eu realmente acho que você é lindo.
– Eu prefiro manter isso como uma relação profissional… – o ômega cora e se encolhe em seu assento. Fazia algum tempo desde a última vez em que alguém disse esse tipo de coisa para ele.
– É um pena, eu adoraria te levar para jantar. – Hiroki se recosta em seu assento e dá de ombros.
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19:30 horas da noite.
Enarê encara seu reflexo no espelho, pensando em como se sentia estranho por vestir um terno.
– Isso realmente não combina comigo! – ele desliza seus dedos pela lapela, se lembrando de quando o alfa lhe comprou um terno e disse que queria vê-lo usar um no dia do seu casamento.
– Queria que estivesse lá… – seus olhos se enchem de lágrimas e o ômega dá um longo suspiro, não conseguia tirar seus olhos de seu reflexo até ouvir seu celular tocar.
– Alice ? – ele fala ao atender a chamada.
– Sim, sou eu. Quem mais é sua melhor amiga de Paris ? Idiota!
– Sim, isso é verdade! – ele dá risada.
– Certo, estou disposta a perdoa-ló por ter me mandado apenas uma mensagem e não ter vindo me ver. Então te vejo na galeria, gatinho!
– Eu sinto muito por isso, mas fico feliz por te ver. Estou com saudade!
– Ah! Eu tenho uma surpresa, então não se atrase. Tchau! – ela desliga antes que o ômega possa questionar, mas fica feliz por ouvir uma voz familiar.
– Tudo bem… vamos fazer isso! – Enarê fala confiante enquanto acaricia seu dedo anelar. Por algum motivo, tinha um bom pressentimento sobre aquela noite.
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