Speak Of The Devil - Capítulo 05
Como fui dormir cedo acabei acordando cedo. Eram sete em ponto, eu estava a caminho do trabalho. Olhei para meu telefone enquanto esfregava o rosto tentando me livrar do resto do meu sonho, não havia nenhuma chamada do chefe ainda. O programa dele hoje era uma partida de golfe com o homem que conheci ontem, tinha uma reserva às dez em ponto, sendo assim eu tinha muito tempo antes disso.
É claro que, em uma viagem de negócios, o secretário deve estar de prontidão caso o chefe ligue, que pode não saber quando isso vai acontecer, mas Jung Yi-yeon bebeu ontem, e não parecia que acordaria tão cedo, além disso, não era certo de que ele me encontraria pela manhã, nesse caso eu poderia ficar à toa uma hora ou mais. Eu estava hospedado num hotel caro com todas as despesas pagas, então porque não aproveitar e além do mais, tinha uma piscina enorme e lembrei que tinha trazido minha sunga, no caso de ter uma chance de usá-la, coincidência, não?
Enfim, fui em direção à piscina coberta, não tinha como resistir àquela tentação naquele dia ensolarado. Era bem cedo ainda, mas já havia algumas pessoas por lá, aliás, algumas pessoas muito mais jovens do que eu gastando valores que eu demoraria um ano pra receber de salário, também pudera, era um hotel cinco estrelas, eu os observava com uma sensação de inveja, em particular, vê-los em biquínis ousados foi um fato que eu gostei tanto quanto nadar, lógico, em vários momentos eu estava admirando um homem que encantava os meus olhos, de repente, alguém me pergunta:
— Você está aqui sozinho?
A jovem que lutava para falar em Seul com um sotaque misturado com dialeto parecia ter vinte e poucos anos. Ela tinha um rosto bonito e no momento em que viu meu corpo, percebi que ela ficou agitada e abriu um sorriso, não há homem que não resista ao ver um peito grande, uma cintura fina e uma bunda redondinha. Enquanto eu a analisava, ela faz a outra pergunta:
— Você está aqui para jogar?
— Não, estou aqui a trabalho, — respondi rapidamente a ela.
Depois da minha resposta, pareceu que os olhos dela se iluminaram, parecia que ela tinha uma expressão mais afetuosa, claro que, se ela tivesse descoberto que eu trabalhava como secretário, com certeza, teria sido diferente. Então ela me responde:
— Que pena, seria bom se pudéssemos jantar juntos.
Então, com um sorrisinho no rosto, respondi a ela:
— Mas podemos ir tomar o café da manhã.
Sem perceber, fiz um comentário em forma de um convite e imaginei se Jung Yi-yeon vendo aquela cena o que ele faria, talvez ele batesse nela ou em mim, ou ele fingiria que não era com ele e procuraria outra pessoa. Fiquei com dor no estômago só pensando na situação.
— Secretário Lee!
A voz grave dele me surpreendeu, e, devido à piscina ser coberta, o som parece mais alto, e mesmo que não seja a voz tem um som profundo, como vindo de uma caverna.
— Chefe!?
Quando me virei, Jung Yi-yeon estava lá, esperava encontrar qualquer pessoa ou até mesmo qualquer animal ali, mas quem é que vem até a mim? Isso mesmo, ele, que não sai dos meus pensamentos. Eu não pude deixar de ficar surpreso porque eu não pensei que ele viria à piscina, fiquei surpreso ao ver seu corpo novamente, era porque o jeito que aquele corpo sexy andava em um calção de banho era diferente do habitual, por um momento, quase abri a boca e babei vendo o corpo dele seminu, que ele não podia apreciar corretamente porque estava muito ocupado fazendo sexo estava vindo em minha direção.
— Oh!
Se a mulher ao meu lado não tivesse feito nenhum som, eu teria ficado hipnotizado com aquela cara malvada que ele fazia, então voltei à realidade e olhei para ela pensativo, ela me olhou, irritada, e perguntou:
— O que? Você é um secretário!?
Com essa pergunta eu já sabia o que ela queria dizer, e nesse tempo, todo o interesse que ela demonstrou por mim foi direto para Jung Yi-yeon, o rosto ela até pareceu mais jovem e mais bonito enquanto olhava para ele, no entanto, o olhar dele para ela, era completamente indiferente. Ele ignorou-a totalmente e com um rosto mais formal e sério do que nunca me ordenou:
— Venha ao meu quarto, agora!
— Claro, já estou indo, — respondi prontamente.
Saí imediatamente, nem sequer tive tempo de me despedir da mulher. Fui à sauna, tomei banho e sem secar o cabelo, vesti meu terno e fui para o quarto dele.
Quando abri a porta com a chave que eu tinha e entrei, Jeong Yi-yeon ainda estava tomando banho, Depois de um tempo, a campainha tocou quando o som da água do chuveiro diminuiu, era o garçom trazendo o serviço de quarto que ele havia solicitado, o cheiro estava delicioso. Desde a noite anterior até a hora em que acordei, eu ainda não tinha comido e aquele cheirinho de comida fez meu estômago roncar, quando a equipe do hotel saiu, depois de servir os pratos, Jung Yi-yeon apareceu vestido com um roupão.
— Já comeu? — Ele me perguntou.
— Ainda não, — respondi.
— Então vamos conversar enquanto comemos, — ele disse.
Ele se sentou e esfregou o cabelo molhado com uma toalha, sentei em frente a ele. Na mesa havia café da manhã americano, como ovo frito, salsicha, bacon e pão, e também comida coreana, como sopa de algas e arroz, costelas cozidas no vapor e acompanhamentos, era como se ele dissesse: — Não sei do que você gosta, então mandei preparar dois tipos de pratos.
— Escuta… — Comecei dizendo, pensando que poderia falar naquele momento, porém eu estava com tanta fome, que o cheiro da comida tomou conta do meu ser e eu esqueci completamente o que ia dizer, sem pedir permissão peguei os talheres e comecei a comer como um condenado. Foi uma das melhores refeições que já fiz na vida, estava tudo muito gostoso, nem imaginei que pudesse estar com tanta fome, e, depois de satisfeito comecei a ver a vida de uma forma mais colorida. Terminamos de comer sem conversar, ele baixou os talheres à mesa, bebeu um gole d’água e disse:
— Este secretário!
A voz dele era ríspida, direta e objetiva.
— Parece que você não sabe dizer não a uma mulher!
Não entendi o que ele estava dizendo, inclinei a cabeça e pensei comigo mesmo, por que eu deveria recusar?! Jung Yi-yeon e eu éramos apenas parceiros de foda, e lembro-me dele ter me dito pra eu procurar outras pessoas se eu quisesse, não estou entendendo esse comentário dele. Até então, minhas viagens com ele sempre foram apenas de negócios, nunca passou disso, porém, naquele momento eu percebi algo e queria muito que não estivesse enganado.
— Ah! Você pode sair com aquela garota, se quiser, — disse ele me olhando com cara de deboche.
— Oh! Obrigado, eu já me relaciono com outras mulheres.
Ele, que ia levar o garfo até a boca, parou com a mão no ar e com aquela mais descarada que já vi na vida, me olhou com aquele as sarcástico e disse:
— Você disse que gostava de dar a bunda!
Pela expressão no rosto dele, pude perceber que ele é completamente gay, nunca tinha saído com uma mulher, na verdade parece que nem se importa com as mulheres, e, certamente, ele não entendeu que eu também sou gay, e ouvindo o que ele disse, se eu tivesse com algo na boca eu cuspiria por ter ficado tão surpreso com a fala dele. Olhando calmamente para ele, respondi:
— Sério!?
Jung Yi-yeon, que até então falava num tom de desprezo e deboche, fez uma cara zangada. Qualquer homem que já tenha sentido prazer tendo a próstata estimulada sabe do que estou falando, não sou o único passivo que acha isso então sei exatamente do que estou falando.
— Na verdade eu gosto sim, de dar a bunda, qualquer cara gay gosta disso, continuando minha resposta a ele.
Ele me olhou com aquela cara de espanto e permaneceu sem palavras. Agi como se fosse a coisa mais natural do mundo e continuei.
— Hoje em dia, talvez pela minha idade, quando conheço uma mulher, a única conversa é sobre casamento, então evito ficar perto delas porque esse assunto me deixa estressado. Eu não penso em me casar por isso só saio com homens, não que eu vá fazer voto de castidade, mas o casamento não está nos meus planos, se eu me apaixonasse por uma mulher, até poderia me casar com ela, mas no meu atual estado de espírito é um assunto que eu realmente evito.
— Você não está sendo contraditório? — Ele me perguntou.
— Do que você está falando? — Perguntei.
— Sair com um homem e uma mulher ao mesmo tempo? — perguntou-me novamente.
— O fato de alguém ser bissexual, não significa que está saindo com um homem e uma mulher ao mesmo tempo, não é? — Respondi.
Claro que nunca fiquei apenas com uma pessoa de cada vez porque era um babaca sem qualquer tipo de consciência. A verdade é que mesmo que eu estivesse me relacionando com um homem, também me relacionava com uma mulher nesse mesmo tempo, uma noite dormia com um e na noite seguinte com outra.
Como me relacionava com vários tipos de pessoa, é claro que houve vários tipos de sexo. Depois do acidente de meus pais, tive que voltar à Coreia e do final da minha adolescência até os vinte anos, eu fiz muito sexo com muitas pessoas. No entanto, a minha mudança de comportamento é recente, evito o sexo com vários parceiros justamente para não ter relacionamentos complicados. Eu tinha muita experiência, independente do gênero, a ponto de realizar quase todas as minhas fantasias sexuais.
Lógico que isso não tem a ver com a identidade de gênero como bissexual, é somente porque tinha uma personalidade desordenada sem nenhuma vergonha do meu órgão sexual. Disse a ele que já tinha feito sexo a três, com um homem e a namorada dele, claro que não me arrependo, estar no corpo de um homem e de uma mulher, ao mesmo tempo, foi extremamente prazeroso, de longe foi a melhor experiência sexual que já tive na vida. Obviamente, essa era uma história que Jung Yi-yeon não precisava saber, mas me senti muito pleno contando a ele.
Nessa idade eu não tinha nada para me gabar, fiquei surpreso por nunca ter contraído nenhum DST enquanto vivia de uma forma tão promíscua naquela época. Só faltava ele me perguntar sobre minha infância pra passar o tempo, mas ao invés disso ele se curvou em minha direção e disse:
— Confesso que fiquei chateado.
— Mesmo!? — Perguntei indignado.
— Eu estava tentando te salvar, mas fui um imbecil porque se eu não tivesse te atrapalhado, você já estaria na cama com ela. — Foi o que ele me disse com um leve sorriso no rosto.
Me senti muito estranho. Aquelas palavras colocaram um obstáculo entre nós.
Quando ele me ordenou que viesse ao quarto dele ainda há pouco, não fiz qualquer objeção, pelo contrário, não sabia se meu coração estava cheio de alegria ou de palpitações ou os dois, aceitei porque não é algo que eu recusaria, vim porque eu estava cheio de vontades pela manhã, e a verdade é que eu tinha certas expectativas para esta viagem de negócios. Foi o primeiro fim de semana, depois que transei com ele, que estamos longe de tudo e de todos.
Apesar de ser apenas uma viagem a trabalho, é uma oportunidade em que estávamos muito próximos um do outro. Sei que a agenda dele está cheia de compromissos, mas pensei que, pelo menos, ele teria um tempo para passar a noite comigo. No entanto, ontem à noite eu estava sozinho e esta manhã quando acordei, também estava sozinho, olhei meu celular e não tinha nenhuma mensagem dele e então optei por esquecer meus planos, estamos aqui apenas a trabalho, não vai acontecer nada do jeito que imaginei. Na verdade, só quero estar na cama com ele, então quando ele me pede pra estar junto dele, eu vou sem nem questionar, ainda que ele tivesse me ligado tarde da noite, eu iria até a cama dele sem pensar.
Pensei comigo mesmo que não tenho intenção de dormir com nenhuma mulher, estou satisfeito com meu relacionamento com o chefe, mas na frente dele, que me disse para não pedir carinho, eu escondo completamente meus sentimentos, o ressentimento de ter sido deixado completamente sozinho no quarto do hotel na noite passada, a decepção, a repressão, a discrição e o sigilo são sentimentos e atitudes muito familiares para mim. Resmunguei baixinho que ele ainda se sentia no direito de cobrar.
Ele me encarou e perguntou:
— O que é “ainda”?
Não respondi, apenas sorri.
O rosto de Jung Yi-yeon estava estranhamente carrancudo, mas eu fingi estar bem, virei a cabeça para o outro lado e bebi meu café. Depois do desjejum, ele ficou em silêncio por um tempo e eu mudei de assunto e perguntei a ele:
— Você não tem uma partida de golfe marcada hoje às dez horas?
Esse encontro já estava agendado antes de viajarmos para cá, era uma partida de golfe com Jang Won-hyung, eles falariam sobre a compra do hotel e outros negócios, e como Jang Won-hyung é um homem fanfarrão ele queria Jung Yi-yeon como companhia para se divertir junto com ele.
— Foi remarcado. Recebi uma ligação hoje cedo deles me dizendo que a partida foi adiada para amanhã às nove horas. Que tipo de filho da puta faz isso poucas horas antes de um encontro? — Ele respondeu com uma cara satisfeita.
Jung Yi-yeon tinha marcado o encontro por conta própria para aquele fim de semana, então viemos para Busan exatamente para fechar a compra do hotel.
— Então voltaremos para Seul amanhã à tarde? — Perguntei a ele.
É claro que, como era domingo, não tinha muitas opções de horário de voo, então tive de ajustar um horário ao qual desse tempo de chegar num tempo hábil sem correr qualquer tipo de atraso.
— Não. Cancele o avião. Não sei se vou amanhã à noite ou no dia seguinte, — disse ele.
Chegamos na sexta à noite, hoje é sábado de manhã e amanhã é domingo. Se ele não puder retornar no domingo à noite, a reunião que ele tem marcada para segunda, no café da manhã, deve ser cancelada? Eu devo pegá-lo na terça de manhã? Uma série de perguntas passou pela minha cabeça, já enumerando as coisas que eu teria que fazer.
— Então hoje você vai descansar? — Perguntei inocentemente a ele.
— Descansar!? — Ele me perguntou de uma forma provocativa.
Depois disso, algo muito incrível aconteceu, ele levantou da cadeira e curvou-se em minha direção. Agarrou meu queixo com uma das mãos e encostou seus lábios nos meus.
Me afastei num sobressalto repentino, olhei para ele e me perguntei o que aquilo significava. Os lábios dele sorriram de uma forma muito provocante, encostou sua testa na minha, nossos olhos praticamente colados e ele me respondeu num tom de sussurro:
— Não vamos ter tempo para descansar, estaremos muito ocupados.
Sem nem mesmo ter tempo para dizer a ele esperar, ele veio em minha direção me pegou no colo e fomos para o sofá, ele sentou e me pôs no colo dele os lábios de Jung Yi-yeon colaram-se aos meus e a língua dele invadiu minha boca. Eu não conseguia afastá-lo. Ele me beijava como se me dissesse que já tinha esperado por muito tempo e senti aquele calor subindo pelo meu corpo todo. Mesmo que eu estivesse receoso em relação aos sentimentos dele por mim, me perguntava se está tudo bem eu me deixar levar pelos meus desejos sexuais? Está tudo bem eu deixar meu apetite por ele falar mais alto? Depois eu descobriria as respostas, agora não.
Eu estava vestido como se estivesse no escritório, calça, camisa, gravata, meias e sapatos. Ele me deu um beijo profundo e curto, colocou o nariz nos meus cabelos, cheirou e disse?
— Cheiro bom!
Senti que meu coração ia explodir com aquela ação e me senti envergonhado.
— Você não está vestido confortavelmente, — ele disse sussurrando enquanto desamarrou a minha gravata, puxando-a pelo nó.
Deslizou sua mão pela minha camisa e foi abrindo os botões, com ela aberta ele afastou e deixou meu peito nu, ele abaixou a cabeça e passou a ponta dalíngua no meu mamilo. Um gemido suave escapou da minha boca enquanto os lábios dele percorriam o meu peito branco. Cócegas e um prazer vertiginoso flutuam livremente através do meu corpo enquanto ele esfrega meu pau, ainda dentro da calça. Aquilo era tão bom que minha cabeça latejava, principalmente quando as mãos dele percorriam todo o meu peito.
Era só uma carícia que provocava arrepios que nem merecia ser chamada de técnica, mas era muito boa, talvez eu deva dizer que era uma opção, ou ainda, minha afeição seja tão grande que cada uma das ações dele me deixa ainda muito mais excitado. De qualquer forma, o contato com ele era a coisa mais vertiginosa do mundo e ao mesmo tempo fazia meu coração bater de uma forma indefinida.
Depois de fazer cócegas e lamber meus mamilos e mordiscá-los, ele se afastou um pouco e brincou com eles por um tempinho, em seguida se inclinou em minha direção e tirou meus óculos. Os braços dele estavam em volta do meu pescoço quando ele se aproximou da minha boca e passou a língua pelos meus lábios.
A língua dele se movia de uma forma muito ágil dentro da minha boca. Ele passava pelos meus dentes, mordiscava e chupava minha língua e voltava a me beijar. Eu queria que aquele beijo não terminasse nunca, e apertei, levemente, meus dentes na língua dele, ouvi um gemido baixo saindo da boca dele, como de dor, foi um gemido prazeroso e curto que abalou meus pensamentos.
Quando ele afastou os lábios torneados dele, estavam bem vermelhos, e num impulso frenético, e sem tempo para pensar em nada ele mordeu meus lábios novamente. Enquanto me beijava, segurou meus braços para trás e passou os dedos em meus cabelos, estremeci todo quando senti o toque dele no meu couro cabeludo. Quando os lábios dele pousaram no meu queixo, nas minhas bochechas na ponta do meu nariz, todo o meu corpo tremeu involuntariamente.
Fiz o possível para me conter, pelo menos um pouco, e não conseguia entender como meu corpo, que estava acostumado a sexo, reagia com tanta sensibilidade, na verdade a resposta é óbvia, porque o colo em que eu estava sentado com minhas pernas abertas era dele, Jung Yi-yeon, e isso era sensacional.
— Aaaah!!!
Não conseguia parar de gemer, era involuntário.
Enquanto ele beijava o canto dos meus olhos, agora sem os óculos, gemi baixinho e o abracei. Meu peito… Meu peito estava tão apertado que eu sentia dificuldade para respirar. Isso é real? Eu realmente estou nos braços de Jung Yi-yeon? Não é um sonho? Não é nenhuma fantasia que eu criei sozinho? Perguntas que insistiam em martelar na minha cabeça. Os braços dele me envolveram com força, o cheiro dele entrando pelas minhas narinas e aquelas mãos grandes e macias acariciando meu cabelo, minhas costas, meu rosto e meu peito parecendo que ia estourar a qualquer momento. É como se eu fosse seu único amante, a carícia lenta e silenciosa de Jung Yi-yeon me fez cair numa grande ilusão, me sentia preso naqueles braços como se tivesse caído num pântano de onde nunca ninguém conseguiu sair, e, mesmo sabendo disso, não me importava, eu queria estar indefeso, porque o calor que esse abraço me dá é extasiante.
As perguntas continuavam a invadir minha cabeça. Você está gostando? Você é atencioso assim com todos os outros? Esse seu abraço, nesse momento é só meu? Jung Yi-yeon é uma pessoa má que diz para não gostar dele, e quando ele percebe que conquistou, ele se afasta. A voz dele me trouxe de volta à realidade, ele falou, num tom doce e sexy:
— Este secretário!
— Sim, — respondi de imediato.
Ele me chamou acariciando minha bochecha, olhando em meus olhos. Meu corpo continuou tentando encolher com aquela voz suave, então olhava para ele, fingindo estar calmo.
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