Maktub - Capítulo 3
Algumas semanas depois.
Após uma reunião de trabalho, Matteo caminha em direção a sua casa e ao se aproximar do local, encontra Dilan parado próximo a esquina, conversando com um homem que aparenta ser um pouco mais jovem que ele.
– Dilan… – Matteo murmura para si mesmo e tira seu celular de dentro do bolso do casaco, ele confere se há alguma ligação de Dilan e se decepciona ao ver que não tem nada.
– Obrigado, Sr. Lewis. Se não fosse por você, continuaria perdido! – o homem ri envergonhado e coça a nuca.
– Tudo bem, italiano pode ser um pouco confuso às vezes. Eu mesmo acabo me confundindo e já moro aqui há quase um ano. – Dilan lhe mostra um sorriso gentil, tentando acalma-lo.
– Então eu já vou indo, obrigado mais uma vez! – ele se despede e se afasta, voltando para o lugar onde estava hospedado.
– Tchau. – Dilan acena enquanto o observa ir embora.
– Dilan! – Matteo grita enquanto caminha furioso em sua direção e antes de que Dilan pudesse se virar, ele agarra seu antebraço e o puxa para perto, o assustando.
– Quem era ele ?
– Eu não sei. – ele o responde de forma tranquila, já que realmente não o conhecia.
– Acha que eu sou idiota ? Faz dias que não fala comigo e agora aparece conversando com outro homem.
– Merda… pare de fazer uma cena aqui e vamos entrar, okay ? – Dilan suspira e já pode sentir os olhares curiosos sobre eles.
– Certo, vamos subir. – Matteo o solta e segue para dentro do prédio.
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– E então, vai responder a minha pergunta agora ? – ele o questiona ao fechar a porta.
– Já respondi. Não sei quem ele é. – Dilan dá de ombros.
– Está tentando brincar comigo, Dilan ?
– Não é nada disso, merda… na verdade, nós nem estamos juntos, então qual o motivo de todo esse ciúmes ? – Dilan esfrega os olhos e sente como se estivesse voltando no tempo, onde sempre acabavam brigando por coisas idiotas.
– Do que está falando ? Estamos saindo!
– Nós só nos encontramos para transar, isso é normal hoje em dia. Não leve tão a sério, Matteo.
– Então eu sou apenas uma foda para você ?
– Assim como eu era para você, Matteo. – Dilan força um sorriso. Queria magoa-lo também.
– Pelo amor de Deus, Dilan. Nós só tínhamos dezessete anos! – Matteo esfrega os olhos e deixa um longo suspiro sair.
– Eu já te pedi perdão milhares de vezes. O que mais você quer ? Quer que eu ajoelhe e me humilhe, eu faço!
– Acha que só pedir desculpa resolve tudo ? Você me traiu, Matteo! – Dilan grita irritado enquanto aponta seu dedo indicador em direção ao seu rosto.
– Não, eu não acho, porra! – Matteo também grita, se sentindo frustrado e ansioso.
– Sei que errei, fui um idiota e te machuquei, mas eu nunca, em nenhum dia nesses vintes anos me esqueci de você. E sempre carreguei essa culpa comigo… – ele suspira, tentando se acalmar e o observa com um olhar doloroso e cheio de culpa.
– Nem eu, Matteo. Nem eu. – Dilan lhe mostra um sorriso triste enquanto as lágrimas brotam dos seus olhos.
– Me desculpe por gritar. – Matteo desliza seus dedos entre os fios negros do seu cabelo, os jogando para trás, logo depois caminha em direção a porta.
– Aonde vai ? – Dilan questiona assustado e se aproxima, segurando seu antebraço.
– Tomar um ar.
– Mas essa é a sua casa!
– Eu sei. – Matteo acaricia seu rosto e sorri, em seguida se afasta e sai do apartamento, o deixando sozinho.
_______________
Após passar algumas horas em um café próximo ao apartamento, Matteo volta para casa e ao entrar, se depara com o lugar vazio. Ele suspira, decepcionado por ter criado uma tola esperança, mas logo acaba ouvindo um barulho, indicando que Dilan ainda estava lá.
Matteo caminha até o quarto e ao chegar, o encontra sentado no chão olhando o seu álbum de fotos.
– Guardei todos os álbuns da minha mãe. Tem várias fotos nossas. – ele fala de repente, o assustando.
– Eu não queria mexer nas suas coisas, só estava procurando por uma roupa e acabei encontrando… – Dilan fala hesitante.
– Tudo bem, não tenho nada a esconder. – ele ri e se aproxima, se sentando no chão ao seu lado.
– Lembra desse dia ? – Matteo sorri e aponta em direção a uma das fotos.
– Sim, estávamos indo para um passeio escolar. Você ficou super enjoado! – Dilan ri.
– Você foi o meu único e melhor amigo, sabia ?
– Sabia, você era um garoto chato e por isso estava sozinho! – Dilan acaricia seus cabelos, bagunçando os fios e sorri.
– Dilan, nós eramos tão bons juntos. Onde foi que nos perdemos ? – Matteo sorri com lágrimas em seus olhos. Realmente não entendia como chegaram aquele ponto.
– Eu não sei, Matteo… nós eramos jovens. – Dilan suspira e fecha o álbum de fotografias.
– Dilan, olhe para mim. – ele segura seu rosto e o gira em sua direção.
– Sei que pensa que somos o oposto um do outro, que não combinamos em nada e nunca chegamos a um acordo. E você ta certo! Mas eu te amo, e nesses vinte anos eu nunca parei de pensar em você, em nós… – Matteo fala hesitante e de repente começa a vasculhar os seus bolsos.
– Por esse motivo eu comprei isso. Se você puder dar uma chance para nós, só dessa vez… – ele lhe mostra o anel de cor prata e espera ansioso por sua resposta. Dilan o encara surpreso e não sabe o que dizer. Se deixar levar pelo coração ou pela razão ? Ele não sabia.
– Matteo, eu… – Dilan hesita, ainda tentando processar tudo.
– Você não precisa me responder agora, só aceita. Me deixa cumprir a minha promessa. Lembra dela ?
– Lembro… você me prometeu que me daria um lindo anel de prata! – Dilan ri e as lágrimas começam a surgir em seus olhos, e apesar de estar um pouco relutante, ele estende sua mão direita.
– Obrigado, Dilan… – Matteo se apressa e põe o anel em seu dedo enquanto sua mão treme.
– Eu te amo… – ele sussurra e beija sua testa. Sentia que finalmente podia resolver as coisas e voltarem a serem o que eram antes.
– Eu também te amo, Matteo… – Dilan sussurra e sorri. Se sentia feliz, mas algo ainda o incomodava.
Matteo acaricia seu rosto com a mão direita e o beija, de repente Dilan está sobre seu colo e com os braços em volta do seu pescoço.
– Quer mesmo fazer isso no chão ? Já não somos tão jovens! – Matteo murmura ofegante e ri.
– Acho que por hoje está bem… – Dilan sorri e tira sua camisa.
– Eu quero fazer agora!
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– Matt… me abraça! – Dilan estende seus braços e murmura entre os seus gemidos. Matteo sorri ao ouvir seu pedido e se inclina sobre ele, envolvendo seus braços ao redor do seu corpo ofegante e suado, que o suga para dentro intensamente.
– Porra… você está comendo o meu pau com tanta força! – Matteo resmunga e o segura com mais forte, movendo seu quadril com mais rapidez. Estar dentro de Dilan era quente e aconchegante, seu local preferido.
– Continua… me fode mais! – ele implora entre seus gemidos e continua se agarrando ao seu corpo.
– Ah… eu te amo, eu te amo tanto, Dilan… – Matteo murmura repetidamente, quase como um clamor desesperado.
Dilan afunda seu rosto entre o pescoço de Matteo e logo o ápice chega, o fazendo gozar e sujar o abdômen de ambos. Enquanto o prazer percorre o seu corpo, uma onda de ansiedade e melancolia também, o fazendo derramar algumas lágrimas em silêncio. Algo não estava certo e Dilan sabia disso.
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