La Douce Essence D'un Alpha

Departamento de Moda, 16:30 horas da tarde.

– Por hoje é só, pessoal. Se reúnam com a sua dupla e comecem a planejar o trabalho. Nos vemos na próxima aula! – a mulher fala enquanto termina de arrumar sua bolsa, em seguida sai apressada da sala de aula.

– Oi, você é a Verbenia, né ? – uma moça pequena e de aspecto adorável se aproxima da alfa, que está distraída rabiscando algo em seu caderno de desenhos.

– Ah! Sim, sim! – ela volta sua atenção para a moça e se levanta de repente.

– Camille, né ? – Verbenia estende sua mão, para cumprimentá-la.

– Sim! – ela aperta sua mão e sorri um pouco tímida.

– Você tem tempo agora ? Podemos sair e começar o trabalho.

– Claro! Claro! – Camille concorda rapidamente.

– Okay, então vamos ? – Verbenia recolhe seu material e lhe mostra um sorriso gentil, fazendo a moça corar.

– Tá bom…
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– Então, acho que poderíamos revisar essa parte e… – a alfa para de repente ao notar que Camille não está prestando atenção.

– Tem algo no meu rosto ?

– Não! Não! Eu só… – ela se encolhe na cadeira. Acabou encarando de mais.

– Ah, pensei que tivesse. – Verbenia sorri de forma inocente, mas mantém seu olhar fixo sobre ela.

– Podemos continuar ? Quero adiantar isso!

– Sim, tudo bem! – ela vira seu notebook, para que Verbenia veja suas anotações. A alfa continua a observando e por alguma razão, não consegue se concentrar em nada além do seu sorriso fofo e as covinhas em suas bochechas. Aquela moça havia prendido sua atenção.
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19:00 horas da tarde.

– Finalmente! – Verbenia suspira e se recosta na cadeira. Estava esgotada.

– Estou morta! – a moça ri e apoia a cabeça sobre a mesa.

– Já está quase anoitecendo, quer que eu te acompanhe até em casa ? Posso te levar. – a alfa fala ao conferir as horas em seu relógio.

– Não, não precisa. Posso ir sozinha!

– Tem certeza ?

– Sim. – Camille sorri, tentando convencê-la.

– Okay. – Verbenia levanta e pega suas coisas, em seguida anota algo rapidamente em um pedaço de papel e lhe entrega.

– Meu número. Pode chamar. – ela sorri de forma gentil e acaricia seus cabelos negros.

– Bom trabalho hoje!

– Vo-você também… – Camille se encolhe ao sentir seu toque e seu rosto cora até as orelhas. A alfa se surpreende com sua reação e logo nota que um pouco dos seus feromônios estão espalhados pelo ar.

– Então eu já vou indo, tchau! – ela sai rapidamente e caminha apressada pela calçada até chegar em seu carro, Verbenia entra no veículo e apoia sua cabeça no volante.

– Merda… – ela sussurra e encara a palma de sua mão, logo depois a cheira e sente sua virilha formigar. Diferente dos ômegas com que já esteve, seu cheiro não era nada doce ou enjoativo, pelo contrário, ele era refrescante e leve.

– Estou fodida! – ela balbucia em português e revira os olhos. Aquela ômega com certeza era especial.
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Dia seguinte, refeitório.

– Nossa, que cara! – um homem de baixa estatura e pele negra brinca ao se sentar de frente para a alfa, que apenas o encara irritada.

– O que aconteceu ? Não dormiu bem ?

– É, quase isso… – Verbenia suspira e volta seu olhar para a comida, mexendo no arroz com o garfo de plástico. Não sentia fome.

– É por causa daquela ômega ? – ele ergue uma de suas sobrancelhas.

– O que ? Não! – ela nega rapidamente, apesar de que Eli estava certo.

– Você sabe que não me engana, não é ? – ele ri.

– Ah, qual é! Eu nem conheço ela! – Verbenia revira os olhos.

– Você nunca falou com ela ? Todos no nosso departamento sabem que a Camille é louca por você! – Eli a encara surpreso. Não imaginou que a alfa seria tão lenta.

– Louca por mim ? Fala serio! De onde você tira essas coisas ?

– Não se faça de idiota, mocinha! Nós sabemos muito bem que todos naquele departamento querem uma chance com você. Inclusive alfas e betas!

– Se isso é verdade, então significa que está interessado em mim também ? – Verbenia brinca e estende sua mão direita em direção a mão de Eli, que recua no mesmo instante.

– Eu gosto de homens, okay ? Homens lindos e com paus grandes!

– Eu tenho um também! – ela protesta, fingindo estar chateada.

– Não é a mesma coisa!

– Que ômega difícil… – Verbenia suspira e se recosta na cadeira.

– Pare de tentar se meter comigo e preste um pouco mais de atenção ao seu redor… – Eli acena com a cabeça em direção a mesa logo atrás deles.

– Hum ? – a alfa olha para trás e surpreende Camille, que o encarava fixamente.

Na outra mesa, a moça desvia seu olhar rapidamente e abaixa sua cabeça tentando se esconder.

– O que foi ? – sua amiga a questiona confusa.

– Verbenia está olhando para cá! – a ômega murmura.

– Ah! É mesmo! – a moça concorda despreocupada.

– Merda… será que ela percebeu que eu estava olhando ?

– Não só ela, mas acho que todo o refeitório! – ela ri.

– Margot! – Camille esbraveja envergonhada.

– Por que ainda não se declarou ? Está apaixonada por ela desde o começo do semestre!

– Não é tão fácil assim… até dois dias atrás ela nem sabia que eu existia!

– Hum… acho que tive uma ideia!

– Qual ?

– Você está fazendo o trabalho com ela, não é ? – Margot fala animada.

– Sim…

– Quando vão se encontrar de novo ?

– Hoje à tarde. Quando as aulas terminarem.

– Ótimo! Então nós temos tempo!

– Tempo para que, Margot ?

– Se quer conquistar um alfa como ela, precisa ser o ômega mais lindo e adorável que já existiu! – ela sorri empolgada e se levanta de repente.

– Vamos, levanta! Temos muito o que fazer!

– Ah não, Margot! – Camille bufa e revira os olhos.

– Vem logo! – ela a puxa pelo braço, forçando a garota a se levantar.
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18:30 horas da tarde.

Verbenia está parada próximo ao portão, rodeada por alfas e ômegas, que falam animados sobre algo que ela não está prestando atenção, mas por educação sempre balança sua cabeça e sorri.

– Verbenia ? – Camille, que havia se aproximado sem ela notar, a chama hesitante. As pessoas ao seu redor voltam seus olhares julgadores para ela, assustando a moça.

– Ah! Camille! – a alfa se surpreende ao vê-la usando um pouco de maquiagem e com o cabelo arrumado. Era simples, mas lindo.

– Nós podemos ir ? – ela a questiona um pouco tímida.

– Claro! – Verbenia concorda animada.

– Eli, pode ir para casa sozinho ?

– Claro. Pode ir! – o ômega sorri e pisca para ela. Ansioso para ouvir as fofocas no dia seguinte.

– Okay, então te vejo depois! – a alfa lhe mostra um sorrisinho e se afasta.

– Vamos ? Meu carro está estacionado aqui perto.

– S-sim! – Camille balança a cabeça e só quer sair de lá o mais rápido possível. Aqueles olhares furiosos dos alfas e ômegas estavam deixando a moça desconfortável.

As duas caminham pela calçada e logo chegam ao carro, Verbenia abre a porta para ela e entra logo depois no veículo.

– Para onde vamos ? Abriu um café novo e…

– Tem medo de cachorros ? – a alfa volta seu olhar para ela e sorri.

– Não, eu adoro animais! – ela concorda um pouco confusa com sua pergunta.

– Ótimo, então vamos para minha casa!

– Por mim tudo bem…