Garland Jujin Omegaverse - Capítulo 05
Jill informou a mansão que um homem de sobrenome Siegfried os havia visitado e eventualmente, não teve como ver o senhor Diego novamente. Era óbvio que um alfa do status dele não visitaria uma mansão de ômegas por um motivo qualquer, especialmente, alfas como os Siegfried que poderiam chamar um ômega a sua residência quando quisesse. Ele deveria ter um plano bastante elaborado para ter vindo até aqui sozinho, mas Jill sabia que ele não lhe contaria mesmo que perguntasse, então não disse nada a respeito.
Somente após ter se passado uma semana que pode se dar conta do verdadeiro propósito de Diego.
Um dia, foi ordenado que parasse de ajudar os empregados, justo após lhe haverem dado um banho com água de rosas perfumadas, o enviaram até o quarto de ômegas em frente a ala norte da mansão. Jill estava bonito. Levava uma roupa cara e joias que se ajustavam perfeitamente ao formato oval de seu rosto. A empregada que o havia vestido falou com muito entusiasmo durante todo o processo sobre coisas como: “Hoje teremos a visita de uma família importante. Os Siegfried. Ao que parece, estão procurando um ômega para o seu filho. O que você acha? Disseram que vão organizar uma festa aqui porque querem ver todos os ômegas da família Müller.”
Isto soava como um grande escândalo.
“Nunca ouvi falar de algo como isso.”
Jill suspirou e dirigiu um sorriso amargo para a empregada que estava entusiasmada com a chegada de um importante aristocrata. Jill se surpreendia também com a ideia tão incomum de fazer uma festa em uma mansão para ômegas mas, o que realmente lhe deixava mais admirado nesta situação era a posição de sua mãe. Por que ela o fez participar também? Era muito mais convincente quando ela pedia para Jill se retirar porque poderia arruinar o ambiente.
Quando já estava bem-vestido, com roupas finas que revelavam as linhas principais de seu corpo, prenderam seu cabelo em um rabo de cavalo e o enfeitaram com flores frescas e coloridas. Sua mãe, que trajava um vestido simples, porém elegante, olhou Jill dos pés a cabeça e nervosamente colocou a mão em seus ombros:
“Jill… Você está prestes a se casar com o herdeiro da família Reinhardt. Certo? Não será um problema para você aceitar a minha oferta depois de tudo isso? Ou é a sua maneira de me dizer que vai cancelar?”
“Se não queria ter um problema na festa, não deveria ter me arrastado pra ela em primeiro lugar.”
“Não… não fale comigo assim Jill.” A senhora Müller olhou Jill com frieza. “É meu filho. Só tem que estar bonito e fazer silêncio. O senho Diego disse que quer ver todos os membros da mansão então não pude evitar. Se eu te escondo e depois ele descobre que você estava aqui, será um problema enorme para minha credibilidade, pode pensar que não o consideramos suficientemente digno de nós. Já sabe como são os nobres.”
Certamente Diego perceberia se Jill não estivesse lá. No fim das contas, já haviam se conhecido antes.
“Por favor, retribua o favor a sua mãe por ter te criado. NÃO FAÇA, NEM DIGA NADA, que possa arruinar esta festa tão importante ou eu juro que amanhã mesmo você vai embora na carroça de algum comerciante.” Jill não respondeu, mas a senhora não se importava. Sorriu, olhou Jiil novamente e levantou a mão para tocar sua bochecha. “Apenas mantenha a aparência, Jill. Você é um rapaz bonito, claro. E se sorrir em silêncio, é possível que talvez…”
“O que…?”
“Talvez Diego goste de você. Quero dizer, é possível para todos ser o “vinculo de alma” do Diego.”
“Entendo, um vínculo de alma….”
Jill ficou admirado de que ela falasse desse assunto com ele. “O vínculo de alma” é uma relação ainda mais especial do que um simples vínculo, que surgia entre um alfa e um ômega. Normalmente, o alfa escolhia seu ômega favorito sem pensar no sentimento da outra parte, mas parecia que o vínculo de alma era mais especial e emocionante que tudo isso. Não havia nenhuma lógica envolvida, só uma forte atração que conectava corpo e mente. Eram emoções que não podiam ser governadas pela razão que os atraíam para um irresistível par “destinado”.
O vínculo de alma, entretanto dificilmente acontece e havia rumores que os destinados se reconheciam no momento em que colocavam os olhos um no outro. Diego e Jill poderiam não ser destinados, até porque a ideia soava absurda demais. Quando se encontraram, a verdade foi que não sentiram nada… A senhora Müller sabia que as chances eram mínimas, mas era ambiciosa porque se tratava da família Siegfried. E era uma pessoa que apreciava muito a sua reputação familiar.
A senhora Müller percebeu o pesar de Jill, e franziu as sobrancelhas em sinal de irritação:
“De qualquer forma, comporte-se bem hoje. Ao menos para que possam ver que você é útil como companheiro. Pra falar a verdade não espero muita coisa de você… Jill, tudo bem se quiser arruinar o seu futuro, mas o futuro dos outros ômegas também está em jogo. Não quero que seu egoismo estrague a felicidade dos outros meninos.”
“Está bem.”
Jill não teve outro remédio a não ser controlar seus impulsos. Sua mãe tinha razão, mesmo que participasse, Jill não era uma boa opção.
O salão de recepção, que estava mais limpo do que nunca e decorado com muitas flores, Jill permaneceu parado perto da parede evitando se destacar, conforme instruções que havia recebido. Em pouco tempo anunciaram a chegada de Diego. O mordomo que o anunciou se curvou e abriu caminho para sua passagem. Diego entrou no salão reluzente, com um traje de gala e uma aparência digna de um aristocrata. Não só os ômegas, mas todos os empregados aguardavam a sua chegada e todos estavam sem folego por este homem-fera alfa, que era alta e tinha a cabeça de um lobo imponente e feroz. Percebendo o silêncio, Diego gentilmente abriu a boca:
“Obrigado por organizar um evento tão grande no dia de hoje, a pesar do meu desejo tão urgente.”
“Obrigada pela sua visita, Sr. Diego.” Disse a senhora Müller fazendo uma graciosa reverência. “Normalmente as festar diurnas ocorrem no jardim, lamento pelo pouco espaço do salão.”
“Os lindos ômegas da casa Müller não devem se expor ao sol e ariscar queimarem suas peles de porcelana.” Diego se dirigiu a senhor Müller sentou-se em uma poltrona e sorriu profundamente. “Quero escolher só uma pessoa, então não desejo desperdiçar a beleza daqueles que não serão escolhidos. Esta festa foi um pedido egoísta meu e é uma honra poder ficar em uma mansão tão bela por algumas horas.”
“A honra é minha, Sr. Diego. Para todos nós, na verdade. Quanto aos ômegas, pode escolher quantos quiser, não precisa ser apenas um.”
Disse a senhora Müller, mas do que maravilhada.
O empregado que estava de prontidão em um canto, se aproximou rapidamente e ofereceu um espumante em uma bandeja de prata. E quando Diego e a senhora Müller brindaram, os ômegas, que esperavam com seus instrumentos musicais, começaram a tocar uma linda canção que tomou todo o ambiente. A senhora Müller tomou assento perto a Diego e apresentou cada um dos ômegas utilizando um movimento rápido de seus dedos. Depois, um deles deu um passo a frente e cantou uma música conhecida, realizando um solo admirável. Quando terminou, outro ômega parou em frente a Diego e, ao sinal da senhora Müller, mostro os bordados e costuras que havia conseguido fazer sozinho e um outro, começou a cantar algo parecido a um hino. Diego parecia estar se divertindo, exclamando várias palavras de admiração para em seguida felicitá-los por suas habilidades em um tom incrivelmente honesto. Jill, por outro lado, olha a cena de longe, encostado junto a parede. Os ômegas mostravam seus talentos e habilidades especiais de suas lições como se estivessem competindo e coravam ao olhar para Diego como se morressem de amores. Não era só os olhos da senhora Müller brilhavam ante a família Siegried, mas também os olhos dos ômegas que não conseguiam manter a calma.
O ômega que estava cantando, fez uma reverência ao terminar e se aproximou para falar com o violinista, mesmo que talvez, pela emoção, não tenham percebido que Jill estava por perto.
“Você escutou isso? O senhor Diego disse que nunca havia escutado uma voz tão bonita como a minha.”
“Não, ele apenas disse nunca tinha ouvido uma voz parecida na capital, certo?”
“Mas do que isso! Também elogiou o meu violino! Não acha que pode se apaixonar por mim?”
“Acho que você é muito vaidoso… Pode se apaixonar por qualquer pessoa de fato.”
“A família dele deve ter uma casa grande e bonita. Ele é muito atencioso e gentil conosco. Tem um corpo tão grande e forte. Você não acha? Além do mais, olha, olha está vindo para cá!”
“Quem sabe ele goste mesmo de mim! Sempre achei que homens besta seriam assustadores, mas o senhor Diego é legal.”
“Talvez o senhor Diego seja o meu par destinado, por isso não consegue tirar os olhos de mim.”
Jill suspirou e virou para um lado, zonzo pela voz dos companheiros. Bom Diego certamente estava deslumbrante. Tinha um corpo heroico que contrastava perfeitamente com o encanto de um homem-fera nobre e uma capa longa com um prendedor vertical perto de seu pescoço como decoração. Sua cauda loga e espessa era muito elegante. Seu nariz elegante e olhos azul gelo agudos, combinavam com sua postura calma que transmitia um ar de dignidade. E uma incrível presença… Se você se torna parte da família Siegfried e gera um bebê besta, certamente estará com a vida ganha. Uma vida ao lado dele prometia ser a mais feliz e digna possível.
Ainda assim, isso não atraiu Jill. Não era o que ele desejava.
Jill bebeu um pouco de espumante para se acalmar. Se ficasse em pé, quieto durante mais uma ou duas horas, não aconteceria nada e finalmente poderia ir descansar. Não era divertido, mas ainda assim era melhor do que levar outro sermão. E quando tudo terminasse, seria hora de que Jill decidisse sobre seu futuro pela primeira vez em sua curta e terrível vida. Um preparativo para o casamento com Albert. O parceiro de Diego seria mais como um enfeite, alguém sem poder real, mas o de Albert seria outra história. Ele era seu amigo e não podia magoá-lo… Porém casar, significa desempenhar o papel de um verdadeiro ômega. Albert tomaria este corpo e lhe faria dar a luz ao seu bebê. Normalmente os ômegas da família Müller eram enviados para haréns e não entregues em matrimônio, mas Jill seria entregue a Albert e então ele poderia formar um vínculo morderia sua nuca. Quando pensou nisso, Jill sentiu um arrepio na espinha, sua visão escureceu ante a chegada de um ataque de pânico. Jill levantou o rosto quando percebeu que os dois ômegas perto dele se silenciaram. A sombra a sua frente era de Diego quem parou ao seu lado para verificar seu estado. Segurou a taça de Jill, que parecia próxima a cair, e olhou para abaixo com uma expressão amável.
Publicado por:
- MDY
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