Volte para mim ômega - Cap 5: Preciso de você, por quê?
Após uma noite mal dormida, assim que abre seus olhos na manhã do outro dia, Alex já se vê tendo seus pensamentos tomados por Jay novamente.
— Como será que você está, ômega?
Sente seu peito apertar.
— Será que você está melhor?
Respira fundo, se sente cansado. Basta pensar em qualquer mínima memória relacionada a Jay, que seu corpo todo pesa. Seu peito ainda dói, ainda se sente frustrado. Os acontecimentos da noite anterior pesam como toneladas de pedras. Não consegue lidar muito bem com tudo o que está sentindo, seus pensamentos estão turvos, não importa o que faça se sente cada vez mais dominado por eles, ao ponto de ser difícil até de respirar.
— Como será que você vai agir hoje no trabalho? Será que vai me lançar aquele olhar decepcionado novamente? O que fazer quando cruzar meus olhos com você? Será que você vai conseguir me encarar, ômega? O quão ruim você vai se sentir perto de mim? Eu só queria que você me olhasse como me olhou naquela noite novamente. Eu sei que eu sou um egoísta, mas eu não consigo parar de desejar qualquer coisa de você. Eu quero ver você ômega, eu preciso ver você, eu preciso de você…
Sente seu coração bater mais rápido.
— Droga! O que está acontecendo comigo?
Coloca sua mão sobre seu peito, respira ofegante.
— Prometi ir com calma, mas… Eu mal acordei, e já são tantos pensamentos relacionados a você….
Se sente assustado
— O que você é, ômega? Será que é somente por causa da marca que eu estou me sentindo assim?
Sente a ansiedade dominar o seu corpo, e seus pensamentos sobre Jay aumentarem ainda mais. Sem conseguir se concentrar em nada além do ômega, sem vontade de fazer nada além de o ver novamente, se levanta da cama e logo começa a se arrumar para ir trabalhar. Sem perder tempo, assim quando fica pronto, mesmo ainda estando cedo, mas desejando unicamente ver Jay, Alex logo sai de sua casa, seguindo caminho direto para agência, pensando em Jay cada vez mais.
Quando chega na agência, por ter saído mais cedo de sua casa, o lugar ainda está vazio. Sem ter muito o que fazer, vai até a sua sala. Para tentar distrair um pouco sua cabeça, tenta começar a trabalhar, mas não importa o que faça seus pensamentos continuam os mesmos. Os minutos vão passando, sua mente parece cada vez mais tomada, se sente esgotado, a ansiedade o domina por inteiro, não sabe mais o que fazer, algo parece errado.
Sem paciência vai até a sala de criação e decide esperar por Jay ali mesmo. O tempo começa a correr rápido, pouco a pouco os outros funcionários da agência começam a chegar. Sabendo que em qualquer momento Jay também vai estar ali, a cada pessoa que avista, Alex sente um aperto em seu peito e um nervosismo incomodo. Mas os minutos vão passando, todos os funcionários da parte de criação já haviam chegado, já se passou bastante tempo desde a hora da entrada no trabalho, mesmo com tudo isso Jay ainda não apareceu. Alex estranha, se sente preocupado, seu corpo volta a pesar, a culpa assombra sua mente, a única coisa que consegue pensar é no dia anterior, sente medo.
— Jay, cadê você? Será que por causa de ontem você não vai vir mais? …
—
Deitado sobre a cama, mesmo após já ter passado um bom tempo desde a sua entrada no trabalho, Jay ainda se encontra dormindo em um sono profundo. Mesmo com seu despertador tocando, por alguma razão o ômega não consegue despertar, mas algo está estranho, sua pele está toda molhada de suor, sente um calor intenso percorrer por todo o seu corpo, mesmo ainda sem abrir os olhos começa a sentir uma sensação incômoda.
— Aah…
Inconsciente, sem controle de sua voz, solta pequenos gemidos que ecoam pelo silêncio do quarto. A sensação incômoda fica cada vez mais forte, rola sobre a cama, cruza suas pernas com força, não consegue mais suportar. No impulso, mesmo ainda sentindo muito sono, abre seus olhos assustado.
— O que?
Olha em direção ao relógio, percebe que está atrasado. Confuso tenta se levantar da cama, mas não consegue se mover do lugar, sentindo algo estranho em seu corpo.
— O que… o que está acontecendo comigo?
Tenta se levantar novamente, mas não consegue, se sente muito sensível, nesse momento seu corpo está ainda mais sensível do que das outras vezes. Mesmo sem fazer nada seu corpo está tão quente, que sente que pode explodir.
— Não… não é possível que eu estou assim outra vez.
Assustado leva suas mãos até o meio de suas pernas, logo percebe seu membro completamente duro e molhado.
— Não pode ser… esse cio, agora? Mas como? Foi cedo, mas eu tomei as pílulas ontem.
Se sente ainda mais assustado, a cada segundo que se passa os efeitos do cio parecem aumentar cada vez mais, a confusão domina sua mente, se sente perdido, não sabe o que fazer.
— Droga! O que está acontecendo com meu corpo? Era para eu estar sentindo tudo tão intenso assim?
Pensa no trabalho.
— Mas que caralho, eu… eu já estou muito atrasado, eu não posso faltar logo no começo, mas que droga eu não acredito que isso está acontecendo comigo.
Em um movimento desesperado tenta se levantar. Mas sem forças, só consegue ficar alguns segundos de pé, logo caindo sobre a cama, sentindo o desespero o dominar ainda mais.
— Merda! Caralho! Isso não pode estar acontecendo de novo, mas que droga! Desse jeito eu não vou conseguir dar nem um passo…
Sem pausas, sente o calor de sua pele aumentar ainda mais, sua respiração começa a ficar cada vez mais ofegante também, sente um peso intenso sobre seu ventre e seu membro latejando já ao ponto de sentir dor.
— Droga…Eu…eu preciso tomar uma pílula, não sei o que está acontecendo comigo, mas ontem funcionou, ontem eu fiquei o dia inteiro bem, agora ela deve funcionar também…
Por sorte, suas coisas do trabalho não estão longe de sua cama. Como tinha colocado uma cartela em sua bolça, consegue pegar os inibidores sem precisar se levantar. Em um gesto desesperado, toma uma pílula em um único movimento. Impaciente, se deita novamente sobre a cama, cruza suas pernas com força e se ajeita sobre as cobertas. Sem ter mais o que fazer, tenta se manter calmo, desejando unicamente que seu corpo volte ao normal.
—
Com as horas se passando e nada de Jay, Alex se sente cada vez mais preocupado e culpado. Por causa do que aconteceu no dia anterior, o alfa acredita que o motivo de Jay não estar ali é pelo o que aconteceu entre os dois. Seu peito aperta ainda mais, sente o desespero percorrer por seu corpo. Sem saber mais o que fazer, não conseguindo se manter calmo com esses turbilhoes de pensamentos em sua mente, começa a perguntar para as pessoas em sua volta se elas sabem de algo, mas assim como imaginava ninguém sabe. Como última opção, desejando desesperadamente saber as verdadeiras razões de Jay não estar ali, pensa em perguntar para o seu tio, acreditando que se alguém deve saber de alguma coisa, esse alguém vai ser ele. Mas para sua surpresa o pegando completamente desprevenido outra vez, não consegue dar mais nenhum passo, sentindo algo estranho em seu corpo. Sem controle, sua mente fica ainda mais tomada por Jay.
— Ômega?…
Como da outra vez, no momento que Jay começa a sentir os efeitos do cio em seu corpo, Alex consegue sentir tudo também.
— O seu cio… Então ele voltou… caramba parece ainda mais forte do que da outra vez.
Sem controle do seu corpo começa a sentir dificuldade em se manter em pé. O que Jay está sentindo está tão intenso, que sente como se essas emoções fossem suas.
— O que está acontecendo Jay? Por que está tudo tão intenso assim?
Seu coração começa a bater mais rápido, seu corpo logo reage também. Sente uma falta enorme de Jay, mesmo sabendo que é perigoso e que provavelmente a última pessoa que o ômega quer ver agora é ele, sente uma vontade enorme de simplesmente sair e ir até o seu apartamento, mas se mantém calmo e tenta se controlar, sabendo também que isso não é certo. Já com muita de dificuldade de se manter em pé, e para as outras pessoas não perceberem também, vai até a sua sala e se senta, tendo sua mente cada vez mais tomada por Jay.
— Então é por isso que você não está aqui agora, ômega? Admito que estou perdido e não sei o que fazer, você parece tão desesperado e assustado, só queria estar ao seu lado e poder te ajudar com as minhas próprias mãos.
—
Mesmo após já ter passado um tempo desde que tomou a pílula inibidora, diferente da outra vez, Jay não sente os efeitos do cio passarem.
— Mas o que? por que não está funcionando? Dá outra vez…da outra vez funcionou e foi tão rápido, o que está acontecendo comigo agora?
Se sente assustado, só de pensar em perder o controle do seu corpo outra vez, traz um sentimento desesperador.
— Não, eu não posso passar por isso de novo, você não pode fazer isso comigo, corpo.
Agindo sem pensar, desejando somente que tudo o que está sentindo passe, em um movimento desesperado, pega mais algumas pílulas e sem se importar com as consequências, as toma outra vez.
— Se uma não é o suficiente agora tem que funcionar.
Mesmo tomando mais algumas pílulas, Jay não sente diferença alguma em seu corpo, pelo contrário, os efeitos parecem ficarem cada vez mais fortes. Sua pele toda queima, a pressão em seu membro parece cada vez mais dolorida, o medo domina sua mente e o desespero também.
— Porra! isso… isso está começando a doer pra valer, droga… o que eu faço? por que essas pílulas não estão fazendo efeito?
Sem saber como lidar com tudo o que está sentindo, começa rolar de um lado para o outro da cama cruzando suas pernas com força para tentar conter pelo menos um pouco de todas essas sensações intensas em seu corpo, mas nada muda. O medo e desespero o consomem ainda mais.
— O que faço? Eu… eu preciso de ajuda.
Pensa em ligar para a seus amigos, mas se sente muito envergonhado.
— Não, eu não quero que eles me vejam do jeito que eu estou agora, já é humilhante o suficiente o que está acontecendo comigo… Ah… merda, isso dói…
Sente a pressão em seu membro aumentar e o peso no seu estômago ficar ainda mais forte.
— Droga! isso está começando a doer cada vez mais.
Começa a sentir cada vez mais medo, sua mente está uma bagunça, se sente sozinho e perdido, o desespero de não conseguir controlar o seu corpo faz tudo ser ainda pior.
— Merda! por que isso está acontecendo comigo?
Sente seu coração bater cada vez mais rápido, e sua respiração ficar cada vez mais ofegante também.
— Droga…
Tenta se manter calmo e pensar no que fazer, mas a intensidade dos efeitos do cio em seu corpo, dominam sua mente. Sente cada vez mais medo e desespero, já se passou um tempo desde que tomou as pílulas, mas nada muda.
— Por que? O que eu faço? Porra…isso… isso dói…
Cruza suas pernas com ainda mais força, segura firme as cobertas bagunçadas sobre a cama. Se sente perdido, o desespero o consome por inteiro, Jay está no seu limite.
— Merda! Eu… eu preciso me livrar de tudo isso…
Não aguentando mais suportar tudo o que está sentindo, em meio a atos instintivos sem se der conta de seus próprios movimentos, Jay leva uma de suas mãos até seu membro fazendo um pouco de pressão sobre ele, logo sentindo seu corpo responder, mesmo com o mínimo toque.
— Está tão sensível aqui, meu corpo parece que vai derreter…será que se eu me tocar aqui embaixo tudo o que estou sentindo melhora?
Faz um pouco mais de força sobre seu membro, seu corpo responde ainda mais. Não aguenta e solta um pequeno gemido.
— Ah…
Se sente ainda mais quente.
— Droga! Eu não acredito que estou chegando ao ponto de fazer isso, mas está tão sensível aqui em baixo, será que vai ser bom se eu tocar pelo menos um pouco aqui?
Leva suas mãos para dentro de suas roupas, geme mais uma vez.
— Porra! …
Respira ainda mais ofegante.
— Mais, um pouco mais…
Sem pensar mais em seus atos, desce toda a parte de baixo de suas roupas e começa a se tocar, mas não sente seu corpo se aliviar.
— Por que tão pouco?
Aumenta a intensidade de seus toques, mas sente falta de algo.
— A…Alex?
Alex vem em sua mente, na hora sente seu corpo responder.
— Droga! …
Continua com os toques, fecha seus olhos com força. Nesse momento pensa unicamente em Alex.
— Por que?
Sente uma falta enorme de Alex, só consegue pensar nele. Sem controle de suas memórias, lembra de seus toques, do seu cheiro, do seu corpo…
— Por que você, Alex?
Em meios aos toques, agora com seu corpo ainda mais sensível, Jay não se segura e se desmancha sobre seus próprios dedos, mas sente que não é o suficiente, seu corpo quer mais. Sem se der conta dos seus próprios atos, começa a se tocar novamente.
— Mais… eu preciso de mais…
Aumenta a intensidade de seus toques, Alex vem em sua mente outra vez.
— Alfa…
Não se segura, goza mais uma vez.
— Merda! Por que tão pouco?
Novamente não é o suficiente, seu corpo quer mais e seus pensamentos também.
— O que está acontecendo comigo? Se ao menos aquele alfa estivesse aqui… Eu… eu só queria sentir o seu cheiro, sentir os seus toques, alfa… eu preciso de você…
Se lembra do moletom.
— A sua roupa… eu…eu ainda não joguei fora.
Querendo muito sentir Alex de alguma maneira, mesmo com muita dificuldade, se levanta da cama. Se apoiando sobre os móveis quase se arrastando, vai até chegar em seu guarda roupa, abre a gaveta, pega o moletom e o olha.
— Que merda eu estou fazendo? Eu me sinto tão estupido.
Segura o moletom com força.
— Ninguém nunca precisa saber disso, eu só preciso de um pouco, depois… depois eu juro que jogo essa roupa fora.
Não aguentando mais ficar em pé, fazendo o mesmo caminho que fez anteriormente, volta para a sua cama. Agora com a peça da roupa de Alex em suas mãos, traz a peça de roupa para bem perto de seu rosto e respira fundo o cheiro que vem dela. Seus dedos voltam a se mover sobre o seu membro, em meio aos seus atos, imagina que Alex está ali ao seu lado.
— Caralho! Esse cheiro… por que tão bom?
Aumenta a intensidade de seus toques, goza mais uma vez…
—
Como se as emoções de Jay fossem suas, mesmo estando longe, Alex consegue sentir tudo. O corpo do ômega chama pelo seu. Seu corpo logo responde também, a vontade de estar ao lado de Jay aumenta de um modo assustador.
— Porra! Como lidar com tudo isso que eu estou sentindo?
Olha em volta assustado.
— Jay… tudo está tão intenso, o que eu faço?
Engole em seco, sente seu corpo tremer e seu coração acelerar ainda mais.
— O que eu faço? Ômega, você está chamando por mim não é mesmo? Mas que droga! Por que eu não estou do seu lado agora? Não é justo… eu… eu preciso de você.
Sem controle do seu corpo, sua pele esquenta, junto a um volume se formando no meio de suas pernas. Envergonhado ri de si mesmo, se sente mal.
— Eu sou o pior, você parece estar tão desesperado e meu corpo está reagindo assim.
Os sentidos intensos de Jay não param, o corpo do ômega parece o chamar cada vez mais.
— Mas como me controlar com tudo isso? Eu sei que você não escolheu compartilhar esses sentimentos comigo, mas não dá, ômega, me desculpe, tudo o que eu mais queria era estar ao seu lado agora, o que você vai pensar se eu simplesmente aparecer aí?
Se sente tentado, a vontade de estar ao lado de Jay nesse momento é muito maior do que Alex pode suportar. Sente seu corpo chegando ao limite, a angustia o toma por inteiro, está perdido, não sabe o que fazer.
— Calma Alex, eu… eu preciso me manter calmo, não posso simplesmente aparecer na sua casa, mas seu corpo parece me chamar tanto — Respira fundo — Mas que droga! Se continuar assim sinto que vou enlouquecer…
—
Com seu corpo respondendo cada vez mais ao cio, Jay continua com seus toques. Nesse momento já gozou várias vezes, mas mesmo assim não sente os efeitos passarem. Como última opção, já não sabendo mais o que fazer para tirar essa sensação de seu corpo, começa a se tocar na parte de trás também, ainda tendo somente Alex em seus pensamentos.
—A… Alex…
Sem conter seus movimentos, penetra seus dedos bem fundo, se contorce sobre a cama. A cada toque pensa em Alex cada vez mais.
— Como você fez aquele dia? Você tocou aqui?
Mexe seus dedos até encontrar o ponto exato que Alex tocou na outra vez. Ao encontra-lo sente um choque enorme em seu corpo. Aumenta a intensidade de seus movimentos, geme alto, chama por Alex, sua mente está em branco, prazer é única coisa que sente. Nesse momento está quase ao ponto de chegar à loucura, sem controle goza mais uma vez.
— A… Alfa….
Respira ofegante, morde seus lábios com força, ri de si mesmo, seus dedos se movem por conta própria, não consegue mais manter o tom baixo em sua voz, está perto do seu limite.
— ALEX…
Chama por Alex novamente, o deseja cada vez mais.
— ALEX…
Os minutos vão passando, sente seu corpo cada vez mais cansado, a cama já está toda coberta com seu suor e sêmen, mas o calor do seu corpo não passa e os desejos por Alex também.
— Merda! Por que? Eu não aguento mais, porque eu sinto que sem você eu não vou conseguir?
—
Na mesma intensidade de Jay, Alex já está ao ponto de se entregar a loucura. O desejo de estar ao lado do ômega é mais do que sufocante, Alex o deseja mais que tudo e sabe que Jay chama por seu corpo também.
— O que eu faço?
Seu corpo fica cada vez mais quente, nesse momento suas roupas já começam a ficar molhadas pelo suor de sua pele, seu coração bate tão forte que sente que pode explodir.
— O que eu faço?
Sente medo, medo dos seus desejos, medo de errar com Jay mais uma vez, medo do que pode acontecer. Mas a vontade sufocante de estar ao lado do ômega é ainda maior do que tudo o que está sentindo.
— O que eu faço?
Mesmo em meio ao intenso prazer, sabe também que Jay está sofrendo. Os sentidos do ômega estão uma bagunça, a mistura de excitação, medo e desespero é quase impossível de suportar, e nesse momento Jay está sozinho passando por isso sem ninguém ao seu lado. Alex se sente cada vez pior.
— Jay…
Já sem paciência de ficar parado, se levanta e começa a andar de um lado para o outro.
— Quanto tempo isso ainda vai durar? já faz um bom tempo que você está assim e nada muda. Eu já estou no meu limite, quanto mais o tempo passa mais intenso fica, se continuar assim não sei se consigo me controlar, o quanto é errado e ir na sua casa e te ajudar com as minhas próprias mãos?
Seu corpo já está no limite, mesmo longe, sente como se Jay estivesse ao seu lado, sofrendo e implorando por ajuda.
— Seu corpo parece chamar pelo meu cada vez mais, sinto como se seus olhos estivessem focados unicamente em mim, o quão egoísta eu sou por pensar assim?
Os sentidos de Jay dominam cada vez mais o seu corpo, sabe exatamente o que Jay está sentindo no momento, isso confunde sua mente.
— Não! Eu sei ômega, você precisa da minha ajuda. Não! Você precisa de mim, mas… eu não sei o que fazer, eu não posso simplesmente aparecer aí, mas você está sofrendo tanto…
Sente seu corpo cada vez pior também.
— Eu também preciso ver você Jay, eu quero você…
Se lembra do rosto de Jay chorando.
— Mas eu tenho medo, eu não quero fazer você chorar de novo, tenho medo de perder o controle.
Se sente cada vez mais perdido.
— O que eu faço? Tenho tanto medo de machucar você, eu não posso errar com você de novo, o que você vai pensar se eu parecer aí?
De um modo cada vez mais intenso, sente o corpo de Jay o chamar cada vez mais, junto de todo o medo e desespero que parecem não ter fim vindo de todas as emoções do ômega. Seu corpo se movo sozinho, já nem sabe mais o que está fazendo, a única coisa que consegue pensar é em estar logo ao lado de Jay e nada mais. O deseja mais que tudo, sabe que Jay deseja pelo mesmo também, acima de tudo sabe que Jay precisa de ajuda. Não consegue mais ficar parado. Sem perder mais tempo, não conseguindo mais ignorar tudo o que está acontecendo, sai de sua sala, e em passos instintivos sem olhar ou cumprimentar ninguém que passe ao seu lado, segue até seu carro, tendo somente uma coisa em sua mente, pensando unicamente em Jay.
— Essa é a coisa certa a se fazer, tem que ser — Respira fundo — Me desculpe ômega, eu fiz você esperar de mais, mas não se preocupe mais, estou indo aí para ficar ao seu lado. Assim como você precisa de mim, eu também preciso de você.
Sem hesitar mais, acelera seu carro, seguindo em alta velocidade, indo direto em direção ao apartamento de Jay.
—
—Alfa…
Sem seu corpo melhorar nem um pouco que seja, Jay continua com seus toques. Mesmo já tendo gozado várias e várias vezes, nada muda. Se sente exausto, mas sua pele queima, seu membro pulsa, seu corpo sempre quer mais. Quase já não tem forças para mexer os seus dedos, mas simplesmente não consegue parar de movê-los.
— Mais…eu…eu preciso de mais, alfa eu preciso de você…
Respira cada vez mais fundo a peça de roupa de Alex, muitas vezes a passando sobre o seu corpo, imaginando que Alex está ali ao seu lado.
— A… Alex….
Sente seus desejos cada vez mais intensos. Pensar no alfa, lembrar que ontem mesmo ele estava ao seu lado, lembrar da noite em que passaram juntos, se lembrar dos seus toques, se lembrar do seu corpo, se lembrar de qualquer mínimo detalhe relacionado a Alex, faz os pensamentos de Jay irem além do que ele possa controlar. O ômega o deseja tanto que é quase inexplicável o que está sentindo.
— Alfa… por que eu preciso tanto de você? Alfa, por que você não está aqui? Me ajude…
Sem Alex, Jay sente que não vai conseguir.
—
Depois de um caminho que parecia não ter fim, Alex finalmente chega ao apartamento de Jay. Sem mal estacionar seu carro, desejando unicamente estar logo ao seu lado, sobe correndo até o seu andar, sentindo seu coração acelerar cada vez mais quanto mais se aproxima.
Quando finalmente chega em frente ao apartamento de Jay, mesmo ainda estando ao lado de fora já consegue sentir o forte aroma adocicado que parece rodear o local. Sem controle se vê quase hipnotizado, sente um pequeno frio em sua espinha, o desejo por Jay aumenta ainda mais.
— Ômega o que você está fazendo comigo?
Respira fundo, ainda se sente apreensivo com o que pode acontecer, teme seus próprios sentimentos e atos, Jay mexe com suas emoções de um modo diferente. Um pouco hesitante pensa por alguns segundos antes de agir, mesmo desejando Jay mais que tudo, não quer errar com o ômega novamente.
—
Em meio aos toques, já aguentando muito mais do que seu corpo pode suportar, mesmo Alex ainda não tendo feito nenhum movimento, no momento em que o alfa se aproxima do seu prédio, Jay consegue sentir sua presença.
— Alex?
Para seus toques, se sente confuso.
— Eu… eu só posso estar ficando louco, o Alex aqui?
Sente essa presença aumentar ainda mais.
— Esse cheiro, essa presença, só pode ser ele. Mas…, mas por que? Ele veio aqui por mim?
Só de pensar no alfa ali ao seu lado agora, Jay sente seus desejos aumentarem ainda mais, mas logo sente medo também. Mesmo o desejando mais que tudo, só de pensar no que pode acontecer se Alex realmente estiver ali, deixa seus sentimentos ainda mais confusos. Estar sem controle do seu corpo ao lado do alfa mais uma vez, ao mesmo tempo que é libertador é assustador.
— Mas que merda está acontecendo comigo? Aquele alfa não pode me ver assim, eu não posso fazer aquilo de novo, se bem que…
Antes de concluir seus pensamentos, balança a cabeça em negativo, se sentindo ainda mais confuso e assustado.
— Não, eu não quero isso, mas se ele realmente estiver aqui…
Quando pensa na possibilidade de Alex estar ao seu lado agora, mesmo negando, não se sente mal, e até se sente aliviado por não ter mais que passar por isso sozinho.
— Mas eu senti tanto a sua falta, será mesmo que você está aqui? Mas por que? E como você sabe? Isso é impossível, mas essa presença…
—
Mesmo hesitante, mas já suportando muito mais do que seu corpo possa aguentar, sem esperar mais, deixando de lado qualquer coisa que possa acontecer depois, pensando unicamente em Jay, Alex finalmente toca a campainha.
Ao ouvir o toque da campainha, ainda não acreditando no que está acontecendo, Jay se sente ainda mais surpreso e confuso, aquela presença é inconfundível, Alex realmente está ali.
— Não é possível, então você veio mesmo?
Seu coração bate ainda mais forte.
— O que eu faço agora? Se você me ver assim de novo, o que vai acontecer?
Do lado de fora, sem respostas de Jay, Alex toca a campainha novamente, e também bate na porta.
— Vamos ômega, por favor não me deixe aqui, eu preciso ver você, eu não aguento mais.
Resmunga para si mesmo, mas impaciente, não aguentando mais tudo o que está sentindo, aumenta o tom de sua voz e o chama sem disfarçar o tom tenso.
— Jay? Eu sei que você está aí, por favor abra a porta, eu só vim te ajudar.
Quando esculta a voz de Alex, no mesmo instante o corpo de Jay reage. Mesmo depois de tudo o que já fez, com Alex tão próximo sente seu corpo ainda mais sensível. Somente a presença do alfa é o suficiente para mexer completamente com Jay, só de pensar no alfa ao seu lado a temperatura do seu corpo aumenta ainda mais e os sintomas do cio ficam ainda mais intensos.
— Então você realmente está aqui. Droga… você só está perto, e mesmo depois de tudo eu ainda fico assim?
Sente medo.
— O que você fez comigo alfa? mesmo depois de tudo, meu corpo ainda reage a você, eu ainda preciso de você. Droga! isso não é justo.
Engole em seco.
— É só por causa desse cio, poderia ser qualquer alfa.
Quando pensa em fazer com outros alfas tudo o que já fez com Alex, e passar esse momento em que está tão indefeso com outra pessoa, Jay se sente mal e assustado.
— É claro que eu vou pensar assim eu só fiz isso com o Alex, mas por que parece tão ruim?
Do outro lado da porta, Alex também sente cada vez mais a presença de Jay, que parece o chamar ainda mais. Mesmo sem o ver sabe que o ômega está perto.
— Jay, por favor me atenda — Resmunga outra vez.
Sem respostas, toca a campainha novamente.
Ao ouvir, Jay sente seu coração bater ainda mais forte, nesse momento mesmo tentando negar para si mesmo, o que mais quer é o alfa ao seu lado.
— O que eu faço? O que vai acontecer se eu abrir essa porta? Mas você veio aqui por mim, e eu preciso de você.
Alex toca a campainha e o chama mais uma vez.
— Você veio por mim, eu não posso simplesmente fingir que você não está aqui.
Já não conseguindo mais ficar ali parado com Alex tão próximo, ainda com bastante dificuldade, levanta suas roupas, se levanta devagar da cama e se apoiando sobre os móveis, vai quase se arrastando até chegar à porta.
Logo quando chega, Alex percebe que o ômega está ali, o chama mais alto.
— Jay! Por favor me atenda, eu não vou machucar você.
Ao ouvir a voz de Alex outra vez, o sentir assim tão perto, faz o coração de Jay bater tão forte que o ômega tem até um pouco de dificuldade para respirar. O medo aumenta, mesmo sabendo que parte do que está sentindo é por causa do cio, não consegue entender seus sentimentos. Teme o que vai acontecer depois de abrir a porta, mas já está no seu limite, suportar tudo sozinho com Alex tão perto, parece pior do que qualquer outra coisa.
— Eu sou tão estupido, por que mesmo depois de tudo eu ainda preciso de você?
Se apoia na porta e pensa um pouco antes de abrir, mas já suportou muito mais do que pode aguentar, a única coisa que consegue desejar no momento é ter logo Alex ao seu lado e se livrar de vez de tudo o que está sentindo.
— Foda-se! Eu não aguento mais, eu preciso de você, Alex.
Sem hesitar mais abre a porta, mas logo se sente ainda mais estranho assim quando o cruza seus olhos com Alex, que está o encarando com um olhar intenso. Sem controle de suas palavras fala sem pensar.
— Alex, então você realmente veio?
…
Publicado por:
- Fei
-
Oiii, me chamo Feick . Começando agora nesse mundo louco da escrita kkk, desculpem qualquer erro de português e espero que gostem
Sejam bem vindos.
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