The Duke's Darling Daughter-in-Law

“Pergunte por mim quando ele acordar.”

“Ué?” Ellie não esperava isso.

“Se acontecer alguma coisa, conte aqui para esse mister.” Em seguida, o duque foi embora, deixando-a para trás.

“M-Mister…” Ante suspirou com o título indesejado que Ellie lhe dera. “Como o duque disse, eu estarei do lado de fora. Se precisar de alguma coisa, por favor, me avise”.

Apesar de sua exasperação, ele lhe deu um sorriso suave, achando que era incômodo fazer as crianças chorarem do jeito que ele fazia.

Ellie ainda estava piscando em choque muito depois que a porta se fechou atrás dele.

* * *

Os professores saíram rapidamente para buscar os documentos de adoção. Mais precisamente, eles estavam tentando escapar, mas o orfanato já havia sido cercado pelos Leões Negros, os cavaleiros de elite da Casa Schuetz. Não havia para onde correr.

“Talvez você devesse ter sido um pouco mais cuidadoso…” Ante disse enquanto olhava para Erhart, que estava encostado à porta com os braços cruzados.

“O que você quer dizer?”, perguntou sem interesse.

Ante explicou: “Eu te disse antes, Vossa Graça. As crianças têm mais medo de você do que de fantasmas.”

Erhart não se comoveu.

“E depois de te ver assim, o Damian não virá com a gente de boa vontade. Para ele, seria como ser arrastado pelo ceifador.”

Ele sabia que o duque estava planejando adotar o menino imediatamente. Muitas pessoas queriam o que era seu direito de nascença, e ele era muito jovem para se defender. Mas eles de alguma forma conseguiram causar uma péssima primeira impressão. O duque era um homem intimidador e, depois de se comportar assim na frente do menino, era possível que ele não quisesse vir com ele.

“Aquela menina”, disse Erhart, profundamente pensativo.

“A menina? Aquela que está com Damian?”

“Sim, acho que ela sabia que eu viria para cá.”

“O quê? Ela sabia que você viria?” Os olhos de Ante arregalaram incrédulos. “Mas… Você nunca pisou nessa região antes.”

“Sim.”

Ele estava certo, o que dificultou a compreensão. Como ela sabia? Como aquela menina sabia que estava procurando o menino? Claro, ela poderia ter ouvido alguma coisa. Mas a probabilidade de que o único garoto que o diretor estava escondendo acabou sendo o filho perdido de Clyder, e que a garota acidentalmente se deparou com o único homem que o procurava era… Quase nenhuma. Erhart ponderou todas as explicações possíveis. Pensando ao contrário, a resposta foi simples. A criança já sabia. Ela sabia que ele viria para cá e que o menino era filho de Clyder.

Ainda assim, faltavam algumas peças. Mesmo ele tendo procurado por mais de dez anos para encontrar o menino, então como aquela garotinha o reconheceu como filho de Clyder imediatamente? O duque estreitou os olhos. Apesar de tudo isso, ele teve que admitir que seu primeiro encontro com o garoto havia dado errado. Mesmo doente com febre, ele usou sua última força para ficar na frente da menina. Ele parecia querer protegê-la.

Aqueles com tamanha determinação aos olhos não foram facilmente derrotados. Erhart sabia disso melhor do que ninguém, pois ele já tinha tido esse mesmo olhar em seus olhos também. Com os braços ainda cruzados, ele bateu em um bíceps com um dedo. “O que fazer…”, murmurou para si mesmo.

“Você… Você não vai matá-la, não é? Ela ainda é uma criança.” Ante arriscou.

O duque agiu como se não o tivesse ouvido.

“Você não é, é, Sua Graça?” Ante perguntou novamente nervoso, mas não obteve resposta. Seu rosto começou a ficar branco. Não, por mais lunático que ele seja, nem ele iria tão longe. Ele se esforçou para fazer acreditar.

Então Erhart lentamente se levantou reto. “Eu deveria falar com ela. É a única maneira de saber.”

“Saber… o quê?”

O duque respondeu sem um pingo de emoção: “Se estou certo ou não”.

* * *

A tez de Damião havia melhorado visivelmente desde que reabsorveu sua mana, como se isso o tivesse ajudado a recuperar suas forças. Ellie só teve um momento para se maravilhar com o maravilhoso poder da mana antes que outro obstáculo se apresentasse, pairando sobre ela como uma montanha. Era o duque Erhart Schuetz, futuro pai adotivo de Damian.

Por que ele está me olhando assim? Ela engoliu com força.

“O menino está dormindo?” perguntou Erhart, quebrando o pesado silêncio.

“Sim, ele simplesmente adormeceu.”

“Eu vejo.”

Seguiu-se outro silêncio. Agora Ellie não sabia o que pensar. O homem olhou para ela atentamente, e ela suou frio.

“Você agiu como se soubesse que eu estava procurando o menino. E você?”

O rosto de Ellie endureceu com a pergunta direta do duque. Por que ele está me perguntando isso? Em uma fração de segundo, ela se lembrou da sequência de eventos da história original, e como “Ellie” acabou vagando pelas ruas por intimidar Damian. Ele está me testando. Assim que descobriu isso, começou a se acalmar.

Tenho que responder com cuidado. Mas ela não podia se dar ao luxo de contar uma mentira que ele acabaria de ver. Então, tudo o que posso dizer é… Ela se decidiu e começou a falar. “Sim. Eu sabia que a Vossa Graça viria”.

“Como?”

“Ouvi o diretor falando sobre isso. Ela disse a um dos professores para divulgar que um menino de cabelos pretos e olhos azuis estava aqui, para que o duque Schuetz ouvisse e viesse.”

A-ha. Ante acenou com a cabeça em aprovação à esperteza da garota, mas Erhart não ficou impressionado. O duque perguntou novamente: “Então você me disse que havia cinco meninos com cabelo preto e olhos azuis de propósito?”

“Eu…”, disse ela, vacilando. Ela sabia que ele ficaria desconfiado quando descobrisse que ela havia se aproximado dele intencionalmente. No entanto, ela sabia o que fazer depois de uma olhada no duque. Uma mentira desajeitada levaria a outra mentira, depois outra, e o duque veria através dela. “Sim, fiz isso de propósito.”

Erhart inclinou levemente a cabeça para essa confissão fácil. “Você sabia de tudo, mas não me levou para o menino imediatamente. Em vez disso, você me mandou para a sala do diretor. Por quê?”

“Porque eu queria que Vossa Graça soubesse de tudo. Sobre que bagunça é esse orfanato”. O duque franziu a testa, mas isso não impediu Ellie. Ela calmamente continuou dizendo: “Sua Graça já deve ter percebido, mas os professores não estão cuidando de nós. Eles nos fazem crianças fazerem todo o trabalho, e nos deixam à noite para sair para beber e jogar.”

O duque esperou que ela terminasse.

“Eu queria que Vossa Graça visse a situação com seus próprios olhos.” Ela fechou a boca depois disso, como se tivesse acabado de falar.

Ante ficou bastante impressionado. A menina era esperta mesmo. Ela soube manipular a situação a seu favor. Ela também podia falar o que pensava na frente do duque, o que exigiu muita coragem, mas… Em outras palavras, ela usou o duque como peão. Preocupado, piscou repetidamente. Como ele poderia parar a fúria inevitável de seu senhor? Ele estava pensando muito para bolar um plano quando o duque quebrou o silêncio.

“Nome”, disse ele. “Qual é o seu nome?”

Ellie piscou, surpresa com a pergunta inesperada, mas ela respondeu mesmo assim. “Ellie.”

“E do menino?”

“Damian. O nome dele é Damian”.

“Certo.” Erhart assentiu levemente e depois virou-se para seu cavaleiro. “Cadê o diretor agora?”

“O quê? Ah, hum, ela está no gabinete dela com o resto dos professores”.

“Traga-os para cá.”

Ante balançou a cabeça curiosamente a mando do duque, mas logo saiu para cumprir suas ordens.

O diretor estava uma bagunça. Seus cabelos desgrenhados e rosto pálido testemunhavam seu tratamento áspero. “Vossa Graça…” ela murmurou enquanto olhava para quem estava à sua frente. Ao ver o duque, Damian e Ellie sentados ao lado de sua cama, seu rosto ficou ainda mais branco. E se ela lhe contasse tudo?

Os outros professores informaram-na de que Damião era o filho perdido do duque Clyder. Se você disse alguma coisa para ele, você vai pagar por isso! Ela rangeu os dentes enquanto brilhava em Ellie.

“Estou adotando o menino”, anunciou o duque baixinho. “E…” Ele apontou para Ellie, que estava sentada ao lado de Damian. “Aquela menina. Estou adotando ela também”.

“Que o…” O diretor murmurou em choque.

Ante rapidamente perguntou: “Vossa Graça a acolherá como filha?”

“Não. Ela vai ser minha nora”.

“Com licença?”

Todos na sala ficaram de queixo caído com isso, inclusive a própria menina. Nora? Ele só disse nora? Ellie sabia que havia outra pessoa destinada a Damian. Ela não podia tomar o lugar dela. No entanto, o duque tinha claramente decidido.

Ela olhou para o menino dormindo. Daqui a quatro anos, aos quinze anos, entraria em guerra com o duque Schuetz. Então ele conheceria a heroína da história, Ashabelle, a garota perfeita que poderia lhe proporcionar muito mais conforto do que as consolações desajeitadas de Ellie jamais conseguiriam. Ellie não queria atrapalhar. Tudo o que ela queria era que Damian fosse adotado em segurança pelo duque.

Mas… Ela olhou para baixo com os olhos trêmulos ao ver Damian segurando sua mão com força. Ela não conseguia tirar os olhos das mãos deles. O rapaz havia se aberto para ela. Ele precisava dela. Seu menino gentil e inocente. Em poucos dias, eles já haviam desenvolvido um vínculo profundo.

“Você me odeia?”

“Ellie, não vá…”

O som de sua voz lacrimosa implorando por ela continuava correndo por sua cabeça. Ela sentiu um pequeno tremor no coração.

“Não, sua graça!” Uma voz abrupta e aguda perfurou o ar. Era o diretor. Olhando para Ellie com os olhos ensanguentados, ela gritou: “Você não pode levar essa garota miserável!”