REBORN AS A ROCK STAR - [Capítulo 18]. A toca da raposa
Havia um grupo de top models globais que havia sido convidado. Um deles era um chinês, outro era um britânico e outro latino. Os três homens eram conhecidos como sendo muito próximos, melhores amigos.
O trio se conheceu na mesma agência em Huaxia, na maior empresa de entretenimento do mundo, a agência GLS e desde então, são inseparáveis. Estão juntos em quase todos os eventos, moram perto um do outro e também costumam fazer alguns trabalhos e eventos em conjuntos, quase como fossem como um grupo de idols.
E nesse dez de agosto, também estavam juntos nessa festa. Bem juntos, mesmo.
Era possível, se passasse em frente ao escritório da mansão, escutar alguns gemidos baixos e alguns barulhos diferentes se aproximasse o suficiente da porta. O homem de cabelos escuros estava de quatro, enquanto o asiático a sua frente, com as mãos no cabelo dele sendo chupado e o outro, com a cabeça raspada no mínimo, como se acabasse de ter se alistado no exército, o fodendo por trás.
Eles eram mais que amigos, afinal.
— Marcos… — seu sotaque cantonês, de repente surgiu quando chamou pelo parceiro — não o foda tão forte, ele precisa aguentar até o final… porra! Henry…
— Xiao Suo, você não vê que… mesmo que passássemos a n… noite toda, ele aguentaria? — Marcos segurou as nádegas dele com força, forçando-as a se abrir ainda mais — Veja o quão bem ele engole meu pau, — de repente seus movimentos tornaram-se mais lentos e ele sentiu a pessoa abaixo dele ficar mais tensa — o quanto mais ele quer ser fodido… — ele jogou a cabeça para trás, sentindo seu membro ser apertado enquanto entrava e saía.
Yan Suo sorriu malicioso. Ele não conseguiu identificar quando os três saíram do status de amigos para parceiros sexuais, mas isso acabou sendo melhor do que ele esperava. Os três tinham namoradas e pelo menos, a esposa de Marcos sabia sobre esse relacionamento e, embora ainda não tenha conversado com sua recente namorada, era algo que ocasionalmente viria a dizer quando tiverem algo mais firme. Já Henry tinha um relacionamento aberto, então nesse caso, suas complicações eram menores.
Yan Suo sentiu o corpo tensionar, estava prestes a liberar. Ele olhou para Henry. Tão bonito. Havia alguns filetes de lágrimas escorrendo pelas bochechas coradas. Os cabelos louros e curtos estavam em sua mão, macios e sedosos. Seus olhos cor de mel estavam fechados e a língua habilidosa fazia um trabalho espetacular.
Era inegável que Henry Scott era bonito nas passarelas, mas ainda mais bonito enquanto fazia um esforço extra ao chupá-lo e ele era tão obediente… tão diferente da dominância e poder que exercia ao posar e desfilar.
— Suo… beije-me. — o moreno pediu em tom suplicante depois de ter engolido o sêmen.
Yan Suo não gostava de sentir o gosto da própria porra, mas vendo Henry suplicar dessa forma, ele cedeu ao pedido. Certamente, ele era fraco quando se tratava de seus dois amigos.
**
— Senti saudades de passar um tempo com vocês. — Henry foi o primeiro a falar e quebrar aquela tensão enquanto se vestiam.
Dos três, ele era o pequeno sol do grupo, o mais extrovertido e animado. Também era um tanto estranho o quão energético ele estava, mesmo depois de ter sido o passivo de seus dois amigos. Ele parecia ter energia infinita.
— O que vocês acham de chamarmos Ling Shan para um de nossos encontros? — Henry perguntou ao amarrar o cadarço da bota. — Eu realmente tenho vontade de ter algo casual com ele.
Marcos deu uma risadinha antes de se pronunciar.
— Darling, que tipo de gostos estranhos você costuma ter?
— Eu concordo com Marcos, Henry. Deveria saber o quão sujo ele é. — concordou e levantou o corpo, vestindo as calças. — Não contou a ele? — virou-se para o latino.
— O que exatamente estão escondendo de mim? — o britânico finalizou o laço e se sentou com certo cuidado no sofá, Marcos havia sido bem bruto com o traseiro dele. — Da próxima seja um pouco mais gentil, ainda preciso aguentar toda a noite…
Henry se aconchegou nos braços de Marcos enquanto aguardava Yan Suo terminar de se vestir. Abraçou aquela cintura poderosa e logo, sentiu seus cabelos entre os dedos de Marcos, carinhosamente.
— Bem, um mês atrás eu estava num clube no porto e Ling Shan também estava lá…
Os fins de semana na cidade H eram completamente animados os cassinos, principalmente o Black Lotus. O luxuoso estabelecimento frequentado por apenas elites empresariais e políticas, também atendia à celebridades e famosos.
Se seu patrimônio fosse menor que sete dígitos cotados em dólar, a entrada seria somente pela porta dos fundos, e não no duplo sentido, literalmente na porta dos fundos. No entanto, nem um garçom seria possível, dependendo da sua renda, mas somente como um simples faxineiro.
O cassino Black Lotus, no entanto, não funcionava somente na legalidade. Há ocorrências de todos os tipos e denúncias que sequer foram adiante devido ao grande fluxo de capital direcionado às autoridades. E dizem que seu dono é a pessoa conhecida como, Rei do Inferno. O que também não se considera verídico, porque ninguém sabe quem é o verdadeiro dono. Apenas boatos circulam ao entorno desse lugar.
Há um ditado que no Black Lotus, você poderá fazer tudo, desde que você tenha dinheiro suficiente para encher os bolsos do dono desse lugar. Mas, a atividade principal que ocorre atrás das cortinas e portas daquele lugar são os encontros para suborno e testes de sofá.
Marcos não iria praticar nada desses atos, mas iria se encontrar com o seu empresário, que viria negociar com uma das subsidiárias da empresa de Ling Shan. Ambos iriam fazer um negócio pessoalmente com Cheng Yin.
E aí está. Outro rumor, ou não, que circulava entre a indústria do entretenimento. Cheng Yin vendia o corpo de Ling Shan para convencer outros empresários a assinarem um contrato com eles. Marcos não sabia se era rumor ou não até aquele dia.
E ele descobriu não ser um rumor. E toda a situação era bem pior do que poderia imaginar.
Naquele dia, não havia apenas seu empresário e ele, mas também vários nomes importantes da elite empresarial. Ling Shan também estava lá, mas ele parecia um tanto estranho. Um sorriso sem destino e o olhar que o cantor direcionava, sempre retornava para Cheng Yin, como se ele fosse o encantador de serpentes e o cantor fosse o animal encantado.
No momento em que pisou na sala, Ling Shan subiu no colo de Cheng Yin que, ao mesmo tempo, colocou as mãos em seus quadris.
— Chefe Cheng arrumou uma boa vadia.
— Uma boa vadia é aquela que me dá mais dinheiro. — ele tirou uma das mãos no quadril e a enrolou nos cabelos rosa neon. — O que acha, Shan?
Entorpecido pela droga, o cantor olhou para ele bastante confuso e deu um sorriso para o louro. Ele assentiu, colocou as mãos sobre o peitoral de Cheng Yin e concordou verbalmente:
— Sim, Cheng ge é o melhor…
As mãos de Cheng Yin subiram por sua cintura e uma delas se enrolou nos longos cabelos coloridos de Ling Shan.
Nesse ponto, Marcos já sabia que o cantor provavelmente tinha drogas percorrendo pelas veias, estimulando o seu comportamento. No passado, encontrou Ling Shan algumas vezes e ele era uma pessoa completamente séria e quieta, principalmente no início de sua carreira. Trabalhou algumas vezes com ele, como modelo, para algumas marcas de luxo e isso confirmava sua impressão sobre ele. Mas, tal comportamento, notou que havia surgido há pouco mais de três anos.
Era um tanto nojento o tipo de pessoa que ele se tornou.
— Não sei qual droga deram a ele.
Nesse ponto Yan Suo também estava deitado com eles no sofá, com os pés sobre o colo de Marcos. Ele brincava com as correntes em sua calça.
— Ele parecia um maníaco, implorando para aqueles homens violassem seu corpo. Eu não consegui suportar tudo, então eu saí. — deu uma risada — Levei dois tapas do meu agente por ter saído de lá.
— Qual o problema desses caras? — Yan Suo perguntou indignado. — Mas, se Ling Shan realmente não aprovasse esse tipo de atitude, não se deixaria ir tão baixo. É tão ridículo! — riu com desprezo.
— Você fala como se nunca tivesse feito isso, Suo. — Henry disse e logo se levantou, verificando o horário. — Nós precisamos ir.
Yan Suo olhou para Henry com desgosto. Era verdade que já havia feito o teste do sofá com algumas pessoas, fossem homens ou mulheres, não se orgulhava disso, mas não conseguia acreditar que existia alguma celebridade que não tivesse feito isso ao menos uma vez em sua vida.
Na verdade, ele fez isso mais vezes do que realmente precisava. E da última vez, fez isso por sua própria luxúria. Não deixaria que alguém como Zhuo Yang escapasse facilmente e, valeu seus esforços. Cada segundo dele.
— Não me lembre disso. — ele dobrou as pernas e tirou os pés do colo de Marcos, se pondo para levantar, mas foi colocado para baixo por Marcos. — O que foi?
Yan Suo estava praticamente deitado no sofá, apenas com a cabeça sobre uma almofada encostada no braço dele, Marcos havia trocado de posição rapidamente e agora estava por cima dele.
— Não gostou de conhecer, querido? — segurou o queixo do amigo e cobriu aquele par de lábios que tanto gostava.
— Vocês dois são diferentes. — ele encarou Marcos intensamente e passou a língua pelos lábios.
Henry, que observava os dois de repente, decidiu os interromper antes que fosse para outra rodada.
— Não se esqueçam de que precisamos sair. A agência nos pediu para encontrarmos novos contatos. — falou com voz rouca, tinha usado muito de sua garganta.
Marcos riu e se afastou. Henry tinha razão, não podiam continuar a noite toda apenas fodendo num quarto vazio. Afinal, essa festa, exclusivamente, não se tratava somente de uma comemoração.
**
O trio de amigos caminhou silenciosamente pela mansão luxuosa. A decoração minimalista era o suficiente para mostrar o quão caro cada peça e moldura que envolvia as pinturas, a tapeçaria e até mesmo o revestimento das paredes. Além da iluminação por fitas de led.
Mas, existia um rumor que especulavam haver um quarto com pintura feita em ouro, mas talvez nunca descobrissem isso.
— Tem certeza que viemos por aqui? — Marcos perguntou, seu senso de direção não era o melhor.
— Sim, acho que sim. — Yan Suo tomou a frente, não era a primeira vez que vinha até o local. Havia frequentado muitas festas ali. — Olhem! A saída! — a apontou para a porta dos fundos, orgulhoso.
Mas, assim que entrou na cozinha, parou de caminhar imediatamente.
Havia um casal na área externa.
— O que foi?
— Vamos pegar outro caminho. Isso… — fez uma curta pausa — não pode vazar.
Henry, que tinha uma ótima visão durante a noite encarou aquela cena por alguns segundos antes de declarar os culpados.
— Aqueles são Zhuo Yang e Ling Shan.
Marcos se virou para o amigo, bastante incrédulo, deixando o sotaque latino se sobressair.
— Como consegue enxergar tão longe?
— Bem… — ele riu e logo em seguida, se gabou — uma habilidade inata de família.
— Só precisamos passar, esses dois são tão podres que não se importariam conosco. — Marcos comentou.
— Acho que deveríamos esperar, não devem demorar muito.
Inesperadamente, Yan Suo deu uma risada.
— Passaríamos a noite se formos esperar. — respondeu sugestivamente com um sorriso travesso no rosto — Zhuo Ge não é alguém que faz as coisas rapidamente.
Os dois outros o olharam com curiosidade.
— Qual é? Vocês nunca…
— Não tenho fetiche em ser olhado. — a voz de Zhuo Yang se sobrepôs as deles.
Na varanda, estava abraçado com Ling Shan. As próprias mãos em volta da cintura do cantor e sua cabeça encostada no peitoral meio descoberto. Ling Shan com as pernas ainda cruzadas no quadril dele.
Um xingamento cobriu os ouvidos de todos, havia vindo de Ling Shan que os olhou com impaciência. Nesse ponto, os três caminharam até a mesa de bilhar.
— Que porra estão fazendo na minha cozinha? — arqueou a sobrancelha. — Vocês sabem que todos os cômodos da casa têm câmeras, certo?
Yan Suo arregalou os olhos.
— Até nos banheiros? — Zhuo Yang perguntou, se afastando um pouco e olhou para cima.
— Só não têm câmeras no quarto principal. — respondeu.
Um mesmo pensamento passou pelos três homens. Estavam em apuros. Caso vazasse para a imprensa, o prejuízo para eles seria tão significativo quanto ao que Ling Shan estava tendo.
— Ler vocês é tão fácil… — Zhuo Yang parecia de bom humor.
— Não se preocupem. Está gravado, mas está seguro. Será um bom material de pornografia. — brincou, mas a expressão no seu rosto era séria demais para seu tom.
Essa expressão, esse tom de fala, a postura… definitivamente, não podia ser ele! Quer dizer, até mesmo pelas mídias sociais não parecia ser aquele Ling Shan.
Marcos não reconhecia essa pessoa. Ling Shan claramente não era do tipo que provocava ou ameaçava alguém, mas que partiria para uma briga sem olhar o adversário ou simplesmente usava seus meios para destruir alguém.
— Oh, querido! — Zhuo Yang quase gemeu — Se quiser algum material, por que não usar meu corpo?
Esses dois tinham algum problema mental?
Definitivamente! Também não parecia o mesmo Zhuo Yang, bem o quão difícil era para esse homem ter um bom humor e agora estar sorrindo ao lado desse outro idiota!
— Tenha certeza, Yang Ge.
Bem, na verdade, era difícil dizer o quanto disso não era incomum. Em que linha do tempo um Zhuo Yang respeitado estaria com uma cadela como essa? Um tanto decepcionante. E pior! Ainda flertando com ele na frente de outras pessoas!
Ele percebeu que o olhar do cantor pairou sobre ele. Ling Shan franziu o espaço entre as sobrancelhas e perguntou à ele:
— Nos conhecemos de algum lugar?
Bem, Marcos achou que tinha uma vantagem.
— A última vez que nos vimos foi há um mês, no cassino do porto. — respondeu com confiança.
Henry e Yan Suo o olharam com alguma preocupação. Querendo ou não, esses dois eram grandes figurões do mundo do entretenimento e a influência que tinham era enorme. Todos que tentaram irritá-los nunca mais puderam pisar na indústria.
E a resposta não só deixou Ling Shan surpreso, mas Zhuo Yang também se surpreendeu.
— Cassino do porto?
Não havia sido esse lugar que Cheng Yin disse que supostamente o buscou? Bem, ele precisava saber mais sobre isso, não podia confiar naquele maldito cachorro e também nem nessa raposa que o abraçava. Os dois eram o mesmo tipo de pessoa.
Ele deveria jogar o mesmo jogo que eles. Não era menos incapaz. Ele havia entrado na toca da raposa, mas nunca disse que seria um coelho.
Ling Shan deu um sorriso suave.
— Donnah vai entrar em contato nos próximos dias, atenda ela Sr. Marcos.
notas: esse foi o capitulo de hoje, acabou que foi esse sendo o capítulo com aspecto de transição. E a demora foi porque eu simplesmente travei nesse capítulo.
Publicado por:
- Xiao Yu
-
Apaixonando-se aos oito anos pelo fantástico mundo da literatura, Yu Ge, em busca de um sonho e apenas uma mente fértil, passou pela poesia indo para ao romance adolescente, chegando à fantasia medieval se encontrou nos danmeis (novels chinesas boys love) e na fantasia sombria aos recém-completos 23 anos. Do xianxia à dark fantasy, se diverte encontrando o caos e ambiguidade da natureza humana.
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