Paixão e Pecado - Capítulo 26
Um mês depois.
– Ainda está acordado ? – Lucian questiona ao chegar na sala e vê-lo sentado no chão, rodeado de livros e olhando fixamente para o notebook.
– Sim, as provas estão chegando. – Killian fala parecendo cansado e suspira.
– Precisa de uma pausa. – ele se aproxima e se inclina para frente, apoiando sua mão direita sobre a mesinha de centro.
– Não posso, tenho que terminar isso.
– Tem mesmo ? – Lucian sussurra próximo a sua boca e o beija. Killian recua envergonhado e se encolhe.
– S-sim… – ele desvia seu olhar para o lado.
– Tudo bem, bons estudos. – Lucian beija sua testa e segue em direção ao interior do apartamento.
– Vai sair ?
– Sim.
– Mas são duas da manhã… – ele murmura para si mesmo e acha estranho. Na verdade, Lucian tinha o curioso hábito de sempre sair à noite e voltar antes do amanhecer.
– Eu volto logo. Prometo. – Lucian beija o topo da sua cabeça e segue em direção a saída.
– Parece uma gárgula! – Killian ri, pensando em Lucian parado em cima de algum prédio.
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Algumas horas depois.
Lucian fecha seus olhos e deixa um longo suspiro sair enquanto seu corpo afunda na enorme banheira da suíte. Depois de tanta agitação, só queria relaxar um pouco.
– Por que está parado aí ? – ele questiona de repente ao sentir o olhar curioso de Killian. Mesmo morando juntos há vários meses, ele ainda hesitava em se aproximar em alguns momentos.
– Como sabe que eu…? – Killian fala surpreso. Ele sempre fazia isso, como se tivesse olhos e ouvidos em todos os lugares.
– Não vai entrar ? A água está quente. – Lucian abre seus olhos e gira seu rosto, o observando com um olhar doce e convidativo.
– Pensei que quisesse ficar sozinho, então eu ia…
– Não quero ficar sozinho. – ele estende sua mão direita e continua o observando. Killian sente um arrepio percorrer sua espinha e seu rosto ganha um leve tom avermelhado. Por alguma razão, seu olhar era sempre penetrante e feroz, como se Lucian pudesse ouvir seus pensamentos e ver através dele, às vezes era assustador.
Killian suspira e começa a se despir, logo depois se aproxima, ainda hesitante, e segura sua mão, sendo guiado cuidadosamente para dentro da banheira. Lucian o abraça e apoia a testa sobre o seu ombro.
– Adoro o seu cheiro… – ele sussurra e beija a nuca de Killian, que se encolhe ao sentir seus lábios úmidos tocarem sua pele.
– Ugh… frio. – Killian murmura e deixa um tímido gemido escapar. Lucian ri e o segura mais forte.
– Já jantou ?
– Não… – ele sussurra envergonhado. Havia esquecido de comer.
– O que quer para o jantar ? – Lucian questiona enquanto acaricia sua coxa, deslizando a ponta dos seus dedos sobre sua pele.
– Jantar ? São quase quatro da manhã!
– E daí ? Você precisa comer.
– Eu posso só comer um sanduíche.
– Nada disso! – Lucian o repreende e o segura com força.
– Que tal eu cozinhar aquele macarrão que você gosta ? – ele sussurra próximo ao seu ouvido e mordisca o lóbulo de sua orelha.
– Hum… seria bom. – Killian se encolhe e sente sua virilha formigar. Ele conhecia todos os pontos sensíveis do seu corpo e não hesitava em atacá-los.
– Ótimo, então termine seu banho. – Lucian beija seu ombro e sai de dentro da banheira.
– Es-espera… – ele fala envergonhado e agarra o seu pulso.
– Sim ? – Lucian o encara confuso.
– E-eu… – Killian murmura, parecendo agitado e logo seu rosto fica completamente corado. Lucian não entende de primeira, mas ao ver a ereção entre suas pernas, sabe o que ele quer.
– Quer pular o jantar ? Podemos tomar café da manhã… – ele se inclina para frente e sussurra próximo ao seu ouvido. Killian balança a cabeça concordando e envolve seus braços ao redor do seu pescoço, se agarrando ao seu corpo.
– Fofo… – Lucian sussurra novamente e ri, em seguida o pega em seu colo e segue em direção a cama.
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Killian caminha pelo corredor da faculdade, indo em direção ao portão principal, onde Lucian o espera para irem jantar.
– Nossa, estou atrasado… – ele murmura para si mesmo e se apressa. Ao virar no corredor, Killian esbarra com um aluno veterano, que ao vê-lo, lhe mostra uma expressão de desdém, mesmo que não houvesse motivo para isso.
– Porra, você não olha por onde anda ? – o homem limpa sua camisa, como se tivesse esbarrado em algo sujo.
– M-me desculpa, eu estava apressado e não vi!
– Ugh… esses calouros desrespeitosos. – ele resmunga e suspira.
– O-o quê…? – Killian questiona confuso, não tinha entendido o que ele havia dito.
– Por acaso você é surdo ? – o veterano o empurra com força, o derrubando no chão.
– Aí! – Killian grunhi e sente a dor se espalhar pela sua lombar.
– Tsk, idiota! – ele revira os olhos e passa por Killian sem oferecer ajuda, seguindo pelo corredor.
– Mas o que eu fiz ? – Killian sussurra para si mesmo e se levanta com dificuldade, estava realmente dolorido.
_______________
– Killian! – Lucian acena e sorri ao vê-lo se aproximar.
– Oi! – ele também sorri e seu rosto ganha um leve tom avermelhado, estava feliz em vê-lo.
– Como foi o seu dia ? – Lucian o puxa para mais perto e o abraça forte, afundando seu rosto no pescoço dele.
– Aí, espera… – Killian choraminga e tenta se afastar.
– O que foi ?
– E-eu caí… – ele fala hesitante. No mesmo instante Lucian o segura pelo antebraço e começa a examinar seu corpo, encontrando um arranhão superficial em seu cotovelo direito.
– O que aconteceu ?
– Eu caí, só isso! – Killian responde nervoso, não poderia dizer a verdade ou Lucian surtaria.
– Tem certeza ? – ele ergue uma de suas sobrancelhas.
– S-sim… – Killian murmura e desvia seu olhar para o lado.
– Certo, vamos. – Lucian abre a porta do carro e acena com a cabeça, pedindo que ele entre.
– Okay. – Killian entra no mesmo instante, sem dizer mais nada.
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– No que está pensando ? – a voz masculina o questiona de repente.
– Em como a mente humana pode ser frágil… – Caim o responde com um sorrisinho em seu rosto, mas logo suspira e volta sua atenção para ele.
– É tão fácil levar alguém ao limite, basta pressioná-lo um pouco e atingir o ponto certo para que essa pessoa entre em desespero. – ele bebe um gole do seu uísque e logo depois puxa o homem para o seu colo.
– É isso o que vai fazer com ele ? – o homem sussurra e se agarra ao seu corpo, beijando seu pescoço.
– Já que não posso atacá-lo diretamente ou usar algum feitiço, vou usar a ganância humana a meu favor. – Caim sorri e desliza sua mão direita pela coxa do homem, indo em direção ao seu ânus.
– Acha que isso vai dar certo ? – ele sussurra próximo ao seu ouvido.
– Acho. – Caim responde confiante.
– Isso é bom, mas poderia parar de vigiá-los um pouco e me dar atenção ? Preciso que foque em outra coisa agora… – o homem sussurra novamente enquanto desliza sua mão direita pelo abdômen de Caim, indo em direção a sua virilha.
– Que atrevido… – ele agarra o seu rosto com força e sorri. Aquele cara parecia nunca estar satisfeito.
– Se quer tanto assim, pode fazer isso sozinho, não é ? – Caim murmura próximo a sua boca e lhe dá um beijo rápido.
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