Paixão e Pecado - Capítulo 12
Killian acorda de repente ao ouvir o barulho de passos, como se alguém estivesse correndo pela casa. Curioso, ele se levanta e caminha até o final do corredor, onde encontra Lucian se exercitando na esteira.
– Ah… bom dia. – Lucian fala ofegante ao notar sua presença e logo depois desliga o aparelho.
– Bom dia… – Killian murmura distraído enquanto observa o corpo negro e suado de Lucian, que está em ótima forma. Deixaria qualquer homem com inveja.
– Eu te acordei ?
– Sim… quer dizer, não! Não foi você! – Killian fala envergonhado e logo seu rosto cora.
– Quer tomar café da manhã ? – Lucian desliza os dedos entre seus cabelos, jogando os fios para trás e deixa um longo suspiro sair.
Killian o observa boquiaberto enquanto um estranho calor percorre seu corpo e arrepia sua pele. Ele não entendia bem o que estava acontecendo, mas sabia que precisava parar aquilo ou cometeria um erro.
– Não, obrigado! – ele fala de repente e volta apressado para o seu quarto. Lucian sorri ao ver sua reação e não pode deixar de pensar que Killian é uma criatura adorável.
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Enquanto caminha em direção a cozinha, Lucian ouve o barulho da tv e logo desvia sua atenção até a sala. Ele se depara com Killian sentado no sofá com seus olhos fixos no comercial de doces, que brilham como se aquilo fosse o seu maior sonho.
– Quer comer isso ? – Lucian sussurra próximo ao seu ouvido, assustando Killian.
– Lu-Lucian! – ele responde enquanto tapa o seu ouvido com a mão esquerda e tenta esconder o seu rosto corado.
– Está com fome ?
– Não, eu estou bem. Só estava olhando… – Killian se encolhe no sofá.
– Certo, então te vejo depois.
– S-sim…
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– Lucian, cheguei. – Killian fala ao abrir a porta, mas rapidamente nota que está sozinho. Ele suspira e confere as horas em seu relógio, já estava ficando tarde e por isso sabia que seria mais uma daquelas noites onde Lucian só apareceria ao amanhecer.
– Odeio isso… – ele murmura para si mesmo e caminha até seu quarto, ao entrar no cômodo se depara com uma grande caixa sobre sua mesa.
– O quê…? – Killian sussurra confuso e logo nota que há um bilhete sobre a caixa. Ao lê-lo, um sorriso se forma em seu rosto e seu coração palpita, não esperava por isso.
– Que atencioso, Lucian… – ele sussurra novamente e abre a caixa, em seguida pega um tablete de chocolate e come um pouco.
– Delicioso… – Killian sorri e as lágrimas brotam em seus olhos. Era tão gostoso quanto havia imaginado.
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– Espera, você não fez nada ? – Lilith fala surpresa, na verdade, quase indignada.
– Ele é só um garoto. Provavelmente é até virgem.
– Ah, qual é, Luci! – ela bufa e revira os olhos.
– Desde quando se importa com isso ? Você sempre pulava em cima dele a cada reencarnação, o que mudou agora ?
– Ele tem medo. – Lucian fala com um olhar tristonho e ao mesmo tempo cheio de ira.
– Ah, certo… o Padre. – Lilith coça a nuca e se sente um pouco envergonhada. Não levou em consideração o quão difícil poderia ser para Killian.
– Não quero forçá-lo, prefiro que venha até mim de forma natural.
– Acha que ele virá ?
– Quem sabe. – ele dá de ombros e bebe um gole de uísque. Odiava pensar que Killian poderia escolher outra pessoa, mas era um risco que precisava correr.
– Não entendo como pode ser tão paciente, Luci. Eu já teria desistido…
– É muito simples, eu o amo, por isso faria qualquer coisa por ele e esperaria quantos séculos fossem necessários para tê-lo comigo.
– Você é um idiota apaixonado. – Lilith ri e lhe dá um soquinho no ombro, mas no fundo, sente inveja de Miguel por ser tão amado.
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– Killian ? – Lucian o chama ao entrar no apartamento, mas não há resposta, logo depois segue em direção ao quarto de Killian e encontra a porta entreaberta. Ele pensa em bater à porta e se despedir, mas para ao ouvi-lo sussurrar.
– Deus, por favor cuide do Sr. Lucian e continue o abençoando. Ele é um bom homem, com um coração generoso e merece toda a felicidade do mundo… – Killian sussurra em meio a sua prece e uma lágrima escorre pelo seu rosto.
– Está orando para o Deus errado, Miguel. – Lucian murmura para si mesmo e suspira. O pai não era o homem bondoso que está escrito na bíblia, e Lucian, mais do que ninguém, conhecia bem a sua verdadeira face.
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– Miguel! – Lucian acorda assustado e ofegante, ele olha ao redor, se certificando de que está em casa, seguro.
– Porra… – ele resmunga e deixa um longo suspiro sair, em seguida encara a palma da sua mão direita, que treme e está rigida. Lucian se encolhe na cama e tenta se acalmar, mas não consegue, então ele se levanta e caminha cambaleando até o quarto de Killian.
Ao entrar no cômodo, ele vai para debaixo das cobertas e se aconchega próximo ao seu corpo, se embriagando com o seu cheiro e se aquecendo com o seu calor.
– Lucian… ? – a voz sonolenta de Killian questiona em um sussurro.
– Me deixe dormir aqui essa noite, por favor… – Lucian sussurra e se agarra ao seu corpo.
– Está tudo bem ? – ele acaricia seus cabelos negros e estreita os olhos, tentando enxergar seu rosto na pouca luz.
– Agora está.
– Pode olhar para mim ? – Killian questiona hesitante, mas logo Lucian ergue sua cabeça, fazendo com que seus olhos encontrem os dele.
– Você está suando… tem certeza de que está bem ? – ele o observa preocupado e segura seu rosto com as duas mãos. Lucian se mantém em silêncio enquanto o encara fixamente, se perguntando se algum dia aquela doce, inocente e linda criatura poderia amá-lo nessa vida.
– Killian, posso te beijar ? – Lucian sussurra e acaricia seu rosto com o polegar. Mesmo com a pouca luz, podia ver suas bochechas ganharem um tom avermelhado após sua pergunta.
– Lucian, isso é… – Killian recua e começa a se sentir ansioso.
– Se disser que não, irei te deixar em paz e esquecer isso. Eu prometo. – ele o observa com um olhar ansioso e cheio de um misto de desejo e necessidade. Estava praticamente implorando por isso.
– Se eu disser que não quero, você vai se afastar ?
– Sim. – Lucian suspira e já imagina qual seria a resposta, mas para a sua surpresa, Killian se aproxima de repente e o beija. Um beijo tímido e sem qualquer tipo de prática, mas ainda sim, desesperado por mais.
Lucian fica imóvel por alguns segundos, tentando processar tudo e logo toma o controle da situação, invadindo sua boca com a língua e o guiando entre o beijo. Ele era péssimo, mas com o tempo com certeza se tornaria melhor.
– Use sua língua, não tenha medo. – ele sussurra enquanto observa fixamente a boca de Killian. Não queria se afastar dela.
– S-sim… – Killian murmura ofegante e se agarra ao seu corpo, logo depois entrelaça sua língua com a de Lucian, seguindo o seu ritmo e desfrutando daquele beijo.
– Acho melhor pararmos por aqui… – Lucian murmura enquanto desliza seu polegar sobre os lábios de Killian e os encara sedento, cheio de desejo.
– Te vejo amanhã, Killian. – ele beija sua testa e sai apressado do cômodo. Killian observa tudo atônito e ofegante, não tinha forças para detê-lo.
Do outro lado da porta, Lucian respira fundo e inclina sua cabeça para trás. A ereção que havia surgido em sua calça não iria embora tão facilmente.
– Porra… – ele murmura frustrado, não podia se segurar por mais tempo, estava prestes a explodir.
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