Paixão e Pecado - Capítulo 13
– Aah… mais forte! – ele choraminga enquanto se agarra ao seu corpo. Naquele instante não se importava com nada além do seu próprio orgasmo.
– Você está me sugando com tanta força. Quer tanto assim o meu pau ?
– Sim! Me dê mais!
– Não pode voltar atrás, entendeu ? – ele o observa com um olhar feroz e agarra o seu rosto. Logo depois sua cintura começa a se mover com rapidez, fazendo com que os pelos da sua virilha rocem contra a pele do seu amante.
– Isso, Luci… bem aí! – ele sussurra enquanto seu corpo se contrai e sua pele se arrepia, estava quase lá.
– Lúcifer…! – Killian grita ao se levantar da cama de repente. Atordoado, ele olha ao redor e logo percebe que está em seu quarto.
– Um sonho… ? – ele sussurra para si mesmo enquanto tenta se acalmar, mas algo molhado em sua virilha o incomoda, desviando sua atenção. Ao olhar por baixo do lençol, Killian rapidamente nota o que havia acontecido.
– Eu fiz isso… enquanto dormia ? – ele se questiona assustado. Nem mesmo durante a sua adolescência havia tido sonhos sobre sexo ou ejaculado enquanto dormia.
– O que eu fiz… ? – Killian se levanta às pressas e segue em direção ao banheiro, onde se livra de suas roupas e rapidamente entra embaixo do chuveiro. Não só se sentia sujo, como também envergonhado.
– O rosto do Lucian… – ele sussurra atônito ao se lembrar desse detalhe enquanto a água fria escorre por todo o seu corpo. Killian olha para a palma das suas mãos, pensando no quanto a sensação da sua pele quente e suada parecia real.
– Quente… – Killian balbucia e um estranho arrepio percorre o seu corpo, causando uma ereção. Seu rosto fica corado e ele se sente ainda mais envergonhado, sentir esse tipo de desejo sujo por alguém que o ajudou tanto, o fazia se sentir a pior pessoa do mundo.
– Sinto muito, Lucian. – ele sussurra para si mesmo enquanto sua mão direita desliza em direção ao seu pau. Killian começa a se masturbar, com movimentos lentos, até que gradualmente sua mão ganha velocidade e logo ele goza, lançando um jato espesso de sêmen na parede do banheiro.
– Eu sou um lixo… – Killian suspira ao ver o seu sêmen e logo depois se abaixa, escondendo o rosto entre os braços e finalmente deixando que as lágrimas saiam. Ele chora compulsivamente em meio aos seus soluços e maldições contra si mesmo. Era uma vergonha para Deus.
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– Killian… Killian! – Lucian estala os dedos em frente ao seu rosto, tentando fazê-lo voltar para o mundo real.
– Hã ? – ele volta seu olhar para Lucian e parece confuso.
– Você está bem ? Não comeu e não falou nada durante horas… – Lucian estende sua mão e tenta acariciar o seu rosto, mas Killian a afasta com um tapa.
– M-me desculpa… eu não queria… – ele balbucia assustado e recua, escondendo suas mãos entre as pernas.
– Tudo bem. – Lucian suspira e se levanta, não iria insistir.
– Venha até mim quando quiser falar. Estarei esperando. – ele pega seu celular que estava sobre a mesa e sai do apartamento. Killian deixa um longo suspiro sair ao ouvir a porta se fechar e se encolhe na cadeira.
– Me desculpa… – ele sussurra para si mesmo e esconde o rosto entre as pernas. Não conseguia encara-lo e nem mesmo sabia o que estava acontecendo, mas tinha medo de que Lucian sentisse nojo dele.
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Alguns dias depois.
– Killian, está pronto ? – Lucian questiona ao bater à porta e alguns segundos depois Killian aparece, mas continua evitando contato visual.
– O julgamento vai começar em alguns minutos, precisamos sair agora ou vamos chegar atrasados.
– Sim… – Killian murmura e tenta se afastar, mas suas pernas cedem de repente e ele cai nos braços de Lucian.
– Killian, tudo bem ? – ele o segura com força e o encara preocupado.
– Sim, eu só fiquei um pouco tonto. Não dormi bem na noite passada… – Killian força um sorriso e se afasta. Não queria toca-lo ou estar perto dele, tinha medo de que voltasse a agir de forma imprudente.
– Tem certeza de que é só isso ? Você não parece bem.
– Sim, eu tenho. – ele sorri novamente e caminha lentamente em direção a porta. Lucian o observa preocupado e ansioso, mas decide segui-lo em silêncio.
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Após mais um longo julgamento, onde precisavam estar cara a cara com Davis, Lucian e Killian voltam para o apartamento em um silêncio incômodo.
– Pode parar aqui ? – Killian fala de repente enquanto aponta para uma praça.
– Precisa comprar algo ?
– Não, só quero caminhar… – ele responde hesitante.
– Certo. – Lucian suspira e estaciona onde Killian indicou.
– Obrigado. – ele sorri de forma gentil e desce do veículo, em seguida caminha em direção a igreja que estava do outro lado da rua, logo depois da praça.
Ao entrar no local, Killian respira fundo e logo depois se senta na última fileira, ele observa o altar cuidadosamente organizado e limpo, com belas imagens que representam Deus e outros Santos.
Killian faz o sinal da cruz e começa sua oração em um sussurro embargado, como se existisse um nó em sua garganta. Ao terminar, as lágrimas estão escorrendo por seus olhos sem controle e já formaram uma pequena poça no chão do local.
– Eu não quero ser estranho… não quero que me odeie! – ele sussurra em meio aos seus soluços.
– Por favor… me mostre um caminho para que eu me torne normal! Não quero mais sentir esse tipo de luxúria… – Killian continua murmurando, implorando para que tudo aquilo pare.
De acordo com a criação cristã que lhe foi ensinada desde criança, amar e desejar outro homem como se ama e deseja uma mulher, era um pecado imperdoável e visto como algo totalmente repulsivo por toda a comunidade cristã. Killian cresceu ouvindo que homens gays mereciam morrer e queimar no inferno por toda a eternidade, então como poderia ama-lo livremente se todos ao seu redor o condenam ?
Killian já estava cansado de ser diferente, de olhar para os homens e sentir desejo, mas não importava o quanto implorasse por uma cura, ela nunca veio.
– O Sr. Lucian é tão bom para mim… não posso deseja-lo dessa forma. Ele me odiaria! – Killian continua murmurando em meio ao seu choro por um longo período, até que seu corpo fica exausto de mais para continuar e ele é obrigado a se recostar no banco da igreja. Lucian, que observou e ouviu tudo, deixa um longo suspiro sair e alça voo em direção a igreja, pousando suavemente próximo a entrada.
Ele tenta entrar no local, mas é impedido por algum tipo de escudo. Havia mais alguém ali.
– Quem está ai ? Saia antes que eu transforme essa igreja em cinzas! – Lucian ordena irritado.
– Que mau humor, irmãozinho. – um homem de aparência jovem e pele negra surge das sombras vestido como um Padre.
– Gabriel… então é você ?
– Quem mais seria ? Nenhum dos nossos irmãos querem estar perto do problema ambulante que vocês se tornaram. – Gabriel força um sorriso gentil, mas sua voz está carregada de ironia.
– Pare de falar merda e traga ele aqui. Vou leva-lo para casa! – Lucian estende sua mão esquerda e sente uma onda de ansiedade percorrer o seu corpo. Não sairia dali sem ele.
– E porquê eu faria isso ? – Gabriel se aproxima de Killian e acaricia o seu rosto devagar, logo depois desvia seu olhar até Lucian, se certificando de que conseguiu provocar sua ira.
– Se tocar nele mais uma vez, juro que arranco suas asas e enfio no seu rabo! – ele o observa furioso enquanto veias negras se formam ao redor dos seus olhos. Estava perdendo a paciência.
– Ah, qual é ?! Se acalma, Luci. – Gabriel dá risada.
– Gabriel, por favor… – Lucian murmura inquieto.
– Certo… – o Arcanjo fala de forma seria e se aproxima de Killian, o pegando no colo.
– Miguel, sua cabeça está tão confusa… – ele murmura enquanto o observa com um olhar tristonho, mas logo o entrega a Lucian, que ao finalmente tê-lo em seus braços suspira aliviado e o aconhega próximo ao seu peito.
– Você sabe o que aconteceu ?
– Sim, eu sei…
– E vai fazer alguma coisa ?
– Já estou fazendo, então não se meta, Gabriel.
– Não deixe o pai saber disso. – Gabriel suspira, mas um sorrisinho se forma em seus lábios.
– Eu sei.
– Ótimo, então até logo, irmãozinho… – ele força um sorriso gentil e acena enquanto suas asas surgem atrás dele. Uma forte luz toma conta do interior da igreja, forçando Lucian a fechar os olhos e ao abri-los, Gabriel já havia ido embora.
– Babaca… – ele resmunga e sai do local, levando Killian para o carro.
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