Obsessão - Capítulo único
– O quê ? Está terminando comigo, Victor ? – Ash fala com a voz embargada.
– Sim… – Victor murmura e coça a nuca.
– Mas por que ? O que eu fiz de errado ? – ele esbraveja e logo as lágrimas começam a escorrer por seu rosto.
– Você não é a pessoa que pensei, só isso.
– Do que está falando ? Você dizia que me amava, que iríamos nos casar…
– Ash, eu pensei muito e percebi que não te amo, nunca te amei. Você é muito diferente do que pensei e infelizmente cometi o erro da expectativa com você, achei que daria certo, mas…
– Você tem outra pessoa, não é ? – Ash lhe mostra um sorriso doloroso e sente uma pressão em seu peito.
– Sim… – Victor suspira e fala de forma indiferente. Realmente não se importava em magoá-lo.
– Okay, já entendi… – Ash se levanta de repente e enxuga suas lágrimas.
– Ash, espera… – Victor tenta segurar sua mão, mas Ash o afasta com um tapa.
– Vai se foder, babaca!
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– Ele me deixou! – Ash fala em meio ao choro. Se sentia péssimo e culpado pelo término.
– Amigo, se acalma! Você sabe que ele é um filho da puta, não adianta ficar chorando por quem não te quer! – Beatriz, sua melhor amiga, tenta consolá-lo, mas sem sucesso. Ash estava um trapo e não queria ouvir ninguém.
– Eu sei que ele é um idiota, sei que não me quer, mas eu o amo! – Ash bate na mesa do bar e pega seu copo, bebendo todo o liquido amarelado de uma vez.
– Ei, vai com calma, não bebe desse jeito!
– Beber é a única coisa que me consola agora, Beatriz… – ele apoia sua cabeça na mesa e volta a chorar inconsolavelmente, atraindo a atenção de todos no bar.
– Ugh cara, sério… – Beatriz suspira e não sabe mais o que fazer. Ash estava obcecado por aquele homem.
– Eu sou um idiota, não é ? – ele ergue sua cabeça e lhe mostra um sorriso triste.
– Sim, você é!
– Eu sei… – Ash suspira e se levanta devagar. Todo aquele álcool já estava fazendo efeito.
– Aonde vai ?
– Fumar. – ele lhe mostra o maço de cigarros e sai do bar. Ash caminha até a esquina e se apoia no muro, tira um cigarro do maço e o acende.
Enquanto fuma a sua mente se perde em milhares de pensamentos, mas ao ouvir uma voz masculina conhecida, ele ergue o seu olhar e encontra Victor ao lado de uma mulher. Uma mulher de cabelos loiros, corpo escultural e uma beleza estonteante.
– Filho da puta… – ele murmura para si mesmo e amassa o cigarro, machucando a palma da sua mão. Naquele instante, algo mudou dentro de Ash, e o que era dor se tornou ódio, ao ponto de deixá-lo cego.
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Meses depois.
– Sim, querida, estou saindo do trabalho. – Victor fala de forma carinhosa enquanto caminha pela rua, indo em direção ao seu carro.
– Quer que eu leve chocolates para você ? Sei o quanto gosta… – ele abre sua bolsa e começa a procurar por suas chaves.
– Okay, te vejo daqui a pouco. Te amo! – Victor desliga e põe seu celular no bolso.
– Merda… onde elas estão ? – ele murmura irritado, não conseguia achar suas chaves.
Enquanto revirava sua bolsa, Victor nota que alguém havia se aproximado em silêncio, mas antes de que pudesse se virar ou até mesmo se defender, sente uma leve dor em seu pescoço e logo sua visão fica turva.
– Que porra… – ele balbucia confuso ao se virar, e mesmo não conseguindo ver bem o rosto do seu sequestrador, reconheceria aquele sorriso sádico em qualquer lugar.
– Ash… ?
– Olá, Victor. – ele estende seus braços e o segura antes de que Victor caia no chão.
– É bom te ver, meu amor…
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Victor abre seus olhos de repente, e apesar da sua visão ainda estar turva e sua mente confusa, o inconfundível cheiro de sangue que tomava conta do local o deixou apavorado. Ele olha ao redor, tentando identificar onde estava, mas devido a pouca luz, não conseguiu.
– Tem alguém aí ? – Victor questiona com a voz debilitada e tenta se levantar, mas logo percebe que está com suas mãos e pés amarrados a cadeira.
– Ah! Você acordou! – Ash surge de repente, coberto por sangue e segurando uma faca de cozinha.
– Ash, o que está fazendo ? Me solte! – ele esbraveja ao vê-lo.
– Victor, não sentiu minha falta ? Eu esperei meses para te ver! – Ash o encara com um olhar tristonho e se aproxima.
– Você foi tão malvado comigo, mudou seu horário de trabalho e até foi morar com a Cristine. – ele revira os olhos e bufa.
– Como sabe sobre ela ? O que você fez, Ash ? – Victor inclina seu corpo para frente, enquanto luta para se soltar.
– Eu sei tudo sobre você, Victor. – ele sorri e acaricia o seu rosto, o sujando com sangue.
– E sobre a ladra de homens, eu só dei o que ela merecia.
– Ash, onde ela está ? – Victor o questiona hesitante, com medo da resposta.
– É com ela que está preocupado ? Passou meses sem me ver!
– Ash, traga a Cristine aqui, por favor… – ele implora com a voz embargada.
– Okay, tudo bem! – Ash revira os olhos e sai, alguns minutos depois ele volta com uma pequena pilha de papéis em suas mãos, que parecem fotografias. Ele se posiciona atrás de Victor e logo revela o que estava segurando.
– Tcharam! – Ash fala animado ao mostrar a primeira foto, revelando o corpo da mulher mutilado e preso em uma espécie de cruz feita com madeira. Na segunda foto e nas que se seguiram, era possível ver que Cristine teve seus seios e cabelos arrancados, seu rosto está coberto por cicatrizes e toda a pele do seu tronco foi aberta e presa nas extremidades por pregos, fazendo com que alguns dos seus órgãos internos fiquem expostos. Sua vagina foi mutilada e seu clitóris arrancado, em seu ânus um grande pedaço de madeira foi introduzido e suas unhas arrancadas.
Ao ver o que havia acontecido com sua noiva, Victor começa a chorar desesperadamente e vomita. Ele se debate na cadeira gritando seu nome, enquanto tenta se convencer de que tudo aquilo era apenas um pesadelo.
– Ah, querido, você está ficando todo sujo! – Ash tira um lenço do bolso de sua calça e limpa o canto de sua boca, mas Victor gira seu rosto para o lado e não tem coragem para encará-lo.
– Qual o problema, Victor ? – ele agarra seu queixo e o força a encara-lo.
– Você está louco, Ash. Como pode fazer isso com ela ? – Victor questiona em meio ao seu choro.
– Eu fiz isso porque você mentiu, Victor… – Ash se senta em seu colo e o abraça.
– Você sabe que eu te amo mais do que tudo no mundo, mas não posso perdoar essa traição… – ele murmura e começa a mover o seu quadril, tentando provocá-lo. Sentir seu cheiro mesclado ao de sangue o deixou excitado.
– Isso não é amor, Ash… você está louco!
– Como pode dizer isso, meu amor ? – Ash segura seu rosto com as duas mãos e o encara com os olhos marejados. Não queria machucá-lo, mas a mágoa e o ressentimento em seu peito o forçaram a isso. Era o que aquele traidor merecia.
– Você matou uma pessoa, Ash. Que porra! – ele grita furioso.
– Mas ela mereceu… – ele sussurra enquanto desliza suas mãos pelo peitoral de Victor. Estava ansioso para tocá-lo.
– Não me toque, isso é nojento!
– Acho que não tem jeito mesmo… – Ash se levanta e deixa um longo suspiro sair, em seguida caminha até uma cômoda e tira algo de dentro dela, logo depois vai até a cozinha e pega uma garrafa de água.
– Vamos, seja um bom menino e abra a boca, okay ? – ele sorri e lhe mostra um comprimido.
– O que é isso ? Está tentando me drogar ?
– É só um comprimidinho pra te ajudar… – Ash agarra o seu rosto e empurra o comprimido para dentro da sua boca, em seguida ergue sua cabeça e o força a beber a água.
– Porra… – ele balbucia e começa a tossir.
– Relaxa, logo vai fazer efeito e vamos nos divertir um pouco… – Ash lhe mostra um sorriso travesso e se ajoelha, em seguida suas mãos avançam em direção a virilha de Victor e começam a acariciar o seu pau por cima do tecido, que aos poucos começa a ficar duro.
– Ei, pare com isso! – Victor esbraveja, mas Ash parece não ouvi-lo.
– Que saudade eu senti desse garotão! – ele abre sua calça e põe seu pau para fora, que naquela altura já está completamente ereto e pingando líquido pré-ejaculatório. Ash agarra sua base e o cheira, se embriagando com o aroma masculino característico de Victor.
– Cheira tão bem… me deixa louco! – Ash sorri e o encara com o rosto corado, logo depois o toma em sua boca, usando sua língua para brincar com sua glande. Local onde Victor se sentia bem.
– Ugh… para, Ash! – ele se contorce na cadeira, tentando afastá-lo, mas não consegue.
– Está gostoso ? – Ash o questiona enquanto o encara com um sorrisinho de satisfação em seu rosto, mas Victor se mantém em silêncio e evita contato visual.
– Ei, olha para mim… – ele se levanta e abaixa sua calça junto com a cueca, em seguida começa a se afrouxar enquanto mantém seus olhos fixos em Victor.
– Ah… Victor! – Ash murmura em meio aos seus gemidos e logo está pronto para recebê-lo.
– Por favor, me dê o seu sêmen! – ele sorri e sobe em seu colo, em seguida agarra o pau de Victor e o encaixa na entrada do seu ânus.
– Tão grande… ah! – Ash choraminga enquanto desce seu quadril devagar, o engolindo por inteiro. Fazia algum tempo desde a última vez, mas era tão bom quanto se lembrava.
– Victor, me fode! – ele começa a se mover com rapidez e se agarra ao seu corpo. Victor continua quieto enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto.
– Eu te amo, Victor… te amo tanto! – Ash murmura e tenta beijá-lo, mas logo percebe que Victor não está prestando atenção nele.
– O que está fazendo ? Preste atenção em mim! – ele desfere um tapa em seu rosto e o agarra com força. Odiava não ser o centro da sua atenção.
– Cristine… – Victor murmura atônito. Não conseguia tirar aquelas imagens da sua mente.
– Porra, por que não pode prestar atenção em mim ? Eu estou bem aqui!
– Ash, por favor… para com isso… – ele fala com a voz embargada.
– Seu filho da puta ingrato… depois de tudo o que fiz por você, por nós, a única coisa na qual pode pensar é nela!
– Eu nunca te pedi para fazer isso, Ash!
– Você sempre foi assim, só se importa com seus próprios sentimentos… nunca ouvia o que eu dizia, nunca se importou comigo, só queria me usar! – Ash grita irritado enquanto as lágrimas escorrem por seu rosto.
– Pensei que poderia resolver as coisas, mas nada nunca está bom para o Sr. Perfeito, não é ? – ele sorri, mas em seus olhos há um aspecto sombrio que faz o corpo de Victor se arrepiar e estremecer de medo.
– Me magoou pela última vez, Victor… – Ash sussurra e suas mãos avançam rapidamente em direção ao pescoço de Victor. Com o impacto, a cadeira acaba virando e ambos caem, mas Ash se mantém sobre seu corpo e não para de segurá-lo com força.
– Você mentiu, Victor. Disse que me amava, que iríamos morar juntos! – ele balbucia enquanto o observa desvanecer lentamente.
– Eu te odeio, Victor! Te odeio tanto! – Ash esbraveja, mas diferente das suas palavras, seu corpo sente apenas prazer e excitação. Vê-lo dominado em baixo do seu corpo, com a vida literalmente em suas mãos o deixava duro como uma pedra.
– Vai se arrepender de mentir para mim! – ele se inclina um pouco para frente e alcança a faca que usou para matar Cristine, em seguida desfere um golpe contra o tórax de Victor, que o encara com os olhos arregalados e uma expressão de medo.
Ash sorri ao notar o medo em seu rosto e agarra o cabo da faca com as duas mãos, golpeando seu peito várias vezes.
– Eu fiz tudo por você, mas nada foi suficiente! Você sempre me diminuiu, me humilhou, me bateu e me traiu, mas agora chega, Victor! – ele grita ofegante enquanto perfura o seu peito e o observa fixamente com um sorrisinho em seu rosto, se deliciando ao ver a vida sumindo do seu corpo.
Ao notar que Victor estava finalmente morto, Ash sente uma onda de excitação que o faz gozar sobre o cadáver. Ele ri e desliza seus dedos sobre o sêmen, o misturando com o sangue de Victor, em seguida leva seus dedos até sua boca e os lambe.
– Que delícia… – ele ri e usa a faca para traçar uma linha da altura da clavícula de Victor até seu umbigo. Ash abre seu tronco como fez com Cristine e toma seu tempo para observar o estrago que fez.
Após alguns minutos, ele se levanta e vai até sua caixa de ferramentas, pega um alicate e se senta sobre o cadáver, em seguida usa o alicate para abrir a sua caixa torácica, costela por costela, bem devagar. Ao terminar, ele joga sua caixa torácica para o lado e agarra o coração de Victor, o arrancando para fora do seu corpo.
– Agora tudo pertence a mim, Victor. Seu amor, sua vida e até mesmo o seu coração! – Ash lambe o órgão, de baixo para cima, logo depois o abocanha e o come. Enquanto mastiga, uma ereção surge entre suas pernas e sua boca se delicia com o sabor único daquela carne.
– Agora estaremos sempre juntos, meu amor! – ele beija o cadáver e se deita ao seu lado.
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