O Lobo e a Lua - Capítulo 14
Alguns dias depois.
– Estou morto! – Desmond resmunga e se joga sobre a cama.
– Algum problema ? – Nanber o questiona.
– Aqueles velhos não paravam de falar. – ele esfrega os olhos e suspira.
– Eles estão animados em trabalhar com sua nova Rainha. É normal. – ela fala ao se aproximar da cama.
– Nunca pensei que organizar um festival seria tão difícil, mas até que é um pouco divertido.
– Que bom que pense assim. – Nanber fala com um sorrisinho de satisfação em seu rosto.
– Por que está sorrindo ?
– Só estou feliz de que esteja se familiarizando com os costumes do país. Está se tornando uma ótima Rainha!
– Nanber, minha querida, eu não sou tão bom assim. Só estou fazendo isso para benefício próprio. – Desmond lhe dá um sorrisinho astuto.
– Não é o que eu penso… – a moça desvia seu olhar para o chão, se sentindo um pouco envergonhada.
– Logo vai acabar concordando comigo. – ele força um sorriso. Não queria fazê-la criar expectativas, acabaria decepcionada também.
_______________
– Entre. – Ambrose fala ao ouvir batidas na porta de seu escritório.
– Willbur está na sala de estar, senhor. – o jovem fala ao abrir a porta.
– Certo, estou indo. – ele se levanta e segue em direção a sala, onde o alfa o esperava.
– Senhor… – o lobo se levanta ao notar a presença de Ambrose e se curva.
– Willbur. – ele acena com a cabeça e indica o sofá com a mão, em seguida se senta em uma cadeira a sua frente.
– Eu ouvi alguns membros do conselho comentarem sobre o que aconteceu na noite do jantar. Estou profundamente abalado, meu senhor. Não imaginava que algo assim poderia lhe acontecer, mas estou aliviado de que está bem!
– Agradeço sua preocupação, mas não o chamei para falar sobre isso.
– Então pensou sobre o que lhe falei ? – o lobo o questiona animado, esperando ter conseguido convencê-lo.
– Willbur, ainda estou avaliando a situação. Sobre o que eu realmente quero falar, é sobre o dia do meu casamento.
– Claro, claro! – ele o encara parecendo confuso, mas balança a cabeça concordando.
– Minha esposa recebeu um presente desagradável, para dizer o mínimo, e depois de uma breve investigação, um dos guardas do palácio reconheceu seu empregado como o responsável por isso. – Ambrose cruza sua perna e o encara, esperando ansioso por sua reação.
– Meu senhor, isso é… – ele fala surpreendido.
– Como gostaria de proceder, Willbur ? Sabe que atentar contra a vida de um Brenhin é um crime punível com a morte.
– Eu juro que não tive nada a ver com isso. Nunca atentaria contra a sua vida! – o lobo junta as palmas de suas mãos, como se estivesse implorando para que Ambrose acreditasse em suas palavras.
– Me traga o responsável por isso. – Ambrose se levanta e se aproxima do lobo, que está acuado em seu assento.
– Espero que não esteja por trás disso, Willbur. Mas se estiver, terei o prazer de cortar sua cabeça. – ele se inclina para frente e murmura, em seguida se afasta, indo em direção a saída.
– Você tem um dia. – Ambrose fala ao cruzar o arco, deixando o alfa sozinho e apreensivo.
_______________
03:00 horas da noite.
Ambrose se levanta da cama de repente, se sentindo inquieto e ansioso.
– Ambrose ? – Ceolli sussurra sonolenta ao notar sua ausência.
– Volte a dormir. Estou bem. – ele acaricia seu rosto rapidamente e logo depois caminha até uma das janelas do quarto, de onde é possível observar o céu, que naquela noite estava iluminada pela luz da lua cheia.
– Seus olhos… – o lobo sussurra inconscientemente, mas rapidamente afasta aquele pensamento e decide sair. Ele caminha até a cozinha do palácio, que naquele horário deveria estar vazia, mas ao entrar no cômodo encontra Desmond próximo a janela, agarrado a uma garrafa de vinho.
– Se queria beber, deveria ter pedido para Nanber. – Ambrose fala enquanto se aproxima.
– Ela está dormindo. – ele responde rapidamente.
– E você ? Não deveria pedir serviço de quarto também ?
– Todos estão dormindo. Os únicos idiotas acordados a essa hora somos nós.
– Então quer beber comigo ? – Desmond lhe mostra a garrafa, que ainda está pela metade.
– Claro. – Ambrose sorri e vai em busca de taças, ao encontrá-las ele serve um pouco do líquido para ambos e se junta a Desmond, também admirando a vista da janela.
– Você está bem ? – o Rei o questiona, rompendo o silêncio.
– Sim, estou. E você ?
– Cansado, mas bem! – ele suspira e bebe um gole.
– Você é um lobo ocupado, majestade. – Desmond ri.
– Encontrei com Willbur mais cedo. – Ambrose fala em um tom sério, mudando de assunto.
– E então ? – ele o encara ansioso.
– Willbur vai entregá-lo. Lhe dei um dia para isso.
– Como tem tanta certeza de que ele vai fazer isso ?
– Se não o fizer, será acusado de traição e perderá sua cabeça. – Ambrose sorri, com um olhar malicioso. Adoraria vê-lo cair.
– Obrigado por resolver isso tão rápido… – Desmond murmura e desvia seu olhar para a taça. Ninguém nunca se preocupou ou cuidou dele como Ambrose faz.
– Você é minha Rainha, é meu dever mantê-lo seguro. – o lobo ergue sua mão e toca o rosto de Desmond com cuidado, acariciando sua bochecha com o polegar.
– Me dê um voto de confiança, Desmond. Não é minha intenção fazê-lo infeliz. – ele murmura enquanto seu polegar desliza até seus lábios, que diferente de sua pele pálida, têm um tom rosado, que deixaria qualquer homem tentado.
– Então fique ao meu lado, Ambrose. Não podemos fazer isso sozinhos!
– Eu estarei, eu prometo!
– Obrigado… – Desmond segura seu pulso e seus dedos deslizam em direção a palma de sua mão, a acariciando. Ele fecha seus olhos e suspira, movendo seu rosto devagar, como um gato que se esfrega em seu dono em busca de atenção.
– Macio. – ele sussurra e sua pele pálida ganha um tom rosado. Ambrose o observa surpreendido e não consegue se mover, Desmond parecia tão dócil e adorável que o deixava louco.
– Ambrose… – Desmond abre seus olhos e o encara com um olhar doce, mas cheio de luxúria, que leva o lobo ao seu limite no mesmo instante. Ambrose larga sua taça, que se estilhaça ao cair no chão, ele o pega em seu colo, o põe sobre a mesa e seu rosto avança em direção ao seu pescoço, que cheira malditamente bem, deixando sua mente turva.
– Ah! – Desmond geme ao sentir seu hálito quente e seu corpo se contorce de prazer, ansioso para ser tocado.
– Por que cheira tão bem… ? – Ambrose murmura e o encara confuso, nunca havia sentido um cheiro tão intenso antes. Sua boca saliva e seu pau lateja, loucos para sentirem mais daquela doce essência.
– Me toque mais… – ele murmura com um sorriso astuto.
– O que quiser, minha Rainha…
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