O Cavaleiro Estelar. - Capítulo 1
“É hora de acabar com isso!” O gigante de platina rugiu.
Anéis de ondas de choque varreram nas profundezas do espaço e uma esfera nebulosa desmoronou diante de suas forças enormemente destrutivas, o vento atômico foi soprado para longe com a queda de cristais de gelo e limalhas de ferro.
“Meister, [1] eu não quero te matar.”
Sentado dentro da cabine, a voz fria de um homem soou do canal de comunicação do mecha de obsidiana.
O mecha de obsidiana [2] virou a mão e puxou um canhão enorme de trás de suas costas. O cano sugou toda a energia escura do vasto universo.
Duas chamas vêm e vão através da nebulosa. [3] O gigante de platina ataca com um escudo. Gerando energia suficiente da luz e das forças magnéticas para causar um colapso dimensional, e a cena transparente produz características estranhas como ondas de água. Com aquele único ataque, meteoroides à deriva entre a nebulosa explodiram instantaneamente.
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Este lugar isolado não projetava nenhum som, apenas vibrações e luzes imensamente poderosas podiam ser percebidas. Qualquer atrito se tornou obsoleto dentro do campo de energia gerado. No vácuo frio, a velocidade dos dois Mechas Primordiais estavam ficando cada vez mais rápida. O canhão do mecha de obsidiana continuou coletando as energias de bilhões de meteoros e detritos espaciais, suas massas logo se comprimindo em um.
O mecha de obsidiana traçou um caminho curvo ao longo da nebulosa carmesim. Ele puxou luzes espalhadas ao redor da galáxia por onde passou, como se um tornado tivesse varrido o cosmos. As estrelas e a poeira cósmica que existiram por bilhões de anos foram aniquiladas sob seus poderes destrutivos à medida que diminuíram de tamanho antes de se transformarem em uma explosão colossal de energia e deixarem de existir.
Um buraco negro emergiu à medida que mais matéria se acumulava na boca do canhão.
A lâmina do gigante de platina brilhou com luz enquanto espalhava seus membros de metal. Seu escudo girou rapidamente para formar uma barreira de energia tecida com um feixe de fótons cruzado, [4] agitando-se enquanto carregava em uma tempestade de poeira estelar que veio como um tsunami.
O choque gerado a partir do momento em que as duas forças colidiram, ameaçou destruir toda a nebulosa. Uma onda de intensos raios de luz encheu os arredores. As estrelas roçadas pelo feixe de fótons iniciaram uma cadeia de fissões nucleares que levaram a milhões de explosões de supernova. [5] Ondas de luz intensa e calor pulsaram através da dimensão no caos que já foi uma ordem.
“Meister, você perdeu.”
A voz do homem soou no comunicador. Seu mecha apareceu sem aviso na frente de uma estrela massiva. Ele evitou o espaço distorcido dentro do campo gravitacional e liberou quatro faixas de energia para prender o gigante prateado no lugar.
Um pedaço de lâmina afiada materializou-se do canhão preto como azeviche e perfurou o corpo do gigante de platina por trás. Quando o tiro perfurou o corpo do homem, o sangue derramado começou a encher a cabine.
“O modo de autodestruição foi acionado, A memória molecular foi preservada. Ativando o mecanismo de fuga de emergência, Sea of Time.
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O sangue escapou dos lábios de Lektor. Seus dedos se contraíram enquanto se fechavam em um punho. Com um zumbido baixo, o mecha de obsidiana lançou seu canhão, transformando o outro mecha em partículas de poeira voadora. Naquele momento, uma partícula cintilante apareceu no vazio negro do cosmos e desapareceu em um flash.
No momento seguinte, a nebulosa de poeira carmesim começou a cair no centro do que era seu campo de batalha. Um catalisador na série de reações que virão. A nebulosa que antes se estendia por 100.000 anos-luz entraria em colapso em um denso buraco negro. Mas isso seria centenas de milhares de anos no futuro.
Até então, teria se tornado um campo frio de nada. Quem ainda estaria vivo para se importar então?
O antigo astrolábio [6] gira lentamente no vasto universo, centenas de bilhões de novas estrelas nascem e envelhecem, e dezenas ou mesmo dezenas de bilhões de anos do nascimento à morte de galáxias ocupam apenas um canto do longo rio do tempo.
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Houve uma onda de flutuações no universo, e a pequena cápsula de escape de prata voou com a temperatura residual da explosão estelar e se projetou no Sistema Ignitis. [7]
Ele passou pela atmosfera de um planeta cor de ferrugem, traçando um caminho de fogo em seu rastro enquanto fazia contato com o oxigênio no ar e descia para o deserto expansivo.
Este era um planeta minerador chamado B-11. O planeta estava assolado pela pobreza. Sua única fonte de mercadorias comerciais era um suprimento limitado de cristais de rodovena, [8] que eram minérios de energia. Como fonte de energia limpa, já foi considerada favoravelmente na República Galáctica. B-11 estava sob a jurisdição do sistema Ignitis, embora fosse muito remoto. Seriam necessários três anos cósmicos completos para chegar aqui do planeta capital.
Quase ninguém pôs os pés neste planeta desde que uma certa empresa de mineração comprou este lugar há 170 anos.
A água era um recurso precioso no planeta B-11. A maior parte do planeta estava coberta de deserto e cascalho, polvilhada com plantas áridas e seus ecossistemas circundantes aqui e ali. Claro, também havia mineiros no planeta. Eles foram o primeiro grupo de imigrantes, trabalhadores que inicialmente foram enviados ao planeta para extrair os cristais de rodovena.
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Os mineiros lutaram contra tempestades de poeira e ciclones. Eles trabalharam no deserto ou nas montanhas, minerando minérios de cristal de rodovena em bruto e quantidades menores de minerais associados, que seriam então vendidos a um preço relativamente baixo para navios mercantes enviados por planetas comerciais para comprar minérios em bruto.
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“A tempestade de areia está chegando!” Os mineiros berraram ao bater com força no sino do relógio. “Opala! Volte!”
Os mineiros se espalharam para se esconder dentro de suas cabanas de pedra. Opala, com os dentes cerrados, arrastou o pequeno carrinho preso na areia e correu com ele na direção dos edifícios bem cobertos.
O céu azul claro do início da manhã agora estava escondido por uma parede de areia que envolvia tudo em uma sombra infinita. Os trilhos da ferrovia já foram engolfados pela tempestade de areia. Quando Opala tropeçou em sua porta da frente, seu nariz estava cheio de areia. Ele colocou seus músculos em girar o guincho da porta até que as pedras se separaram lentamente. Ele puxou o carrinho para dentro e fechou a porta com um estrondo forte, selando-se no escuro.
Quando a luz se acendeu, Opala tirou as luvas de trabalho de tecido grosso, sentou-se na beira da cama, tirou as botas e sacudiu a areia de dentro.
Ele tinha dezesseis anos e se tornou um mineiro aos doze. Quatro anos sob o sol forte pintaram sua pele exposta de um bronze saudável e o intenso trabalho físico exercitou completamente seu corpo.
Os músculos de seus braços e ombros são duros como ferro, mas não têm nós. Ele é esguio e magro, tem mais força do que pessoas da sua idade e tem mais trabalho.
Opala não era tecnicamente uma cidadão deste planeta. Sua mãe foi forçada a pousar sua pequena espaçonave neste lugar dezesseis anos atrás. Talvez ela tivesse se apaixonado por um mineiro bonito e o tivesse depois de chegar a este planeta, ou talvez ela já o estivesse carregando antes de pousar aqui – ele não tinha ideia. Mas ele se lembrava de que quando era pequeno, havia um mineiro grande e alto que tratava muito bem a ele e a sua mãe, mas não morava com eles.
Naquela época, sua mãe, como todos os mineiros deste planeta, usava um capacete e um par de luvas todos os dias para trabalhar nas minas e ganhar a vida. Às vezes, ela o segurava perto e olhava para as estrelas brilhantes penduradas no céu em uma noite de verão e dizia a ele: “Opala, nossa casa fica em um lugar distante. Assim que o navio estiver consertado, poderemos encontrar o nosso caminho de volta. ”
Mas antes que seu desejo pudesse ser atendido, ela morreu em um acidente de mineração junto com seu namorado, sem deixar nenhuma mensagem final para trás. Nem sobre sua nave espacial, e nem sobre de onde ela e Opala vieram. Depois de perder sua mãe quando tinha 12 anos, Opala aprendeu a trabalhar nas minas para sobreviver como outras crianças de sua idade.
Ele às vezes caminhava até o campo aberto perto de Crimson Sills e olhava para as estrelas no céu noturno claro. Sua mãe já havia sido enterrada dentro da mina. Ele não tinha nem ideia de qual planeta ela tinha vindo. A única coisa que ela deixou com ele foi seu desejo escondido em palavras dispersas por um planeta que poderia ter sido sua casa.
Opala separou a pedra de minério e colocou-a na prateleira. Uma pequena quantidade de minérios de alta pureza podia ser trocada por uma quantia considerável de dinheiro, enquanto os de menor pureza ele mantinha como reserva e costumava mexer em todos os tipos de pequenas bugigangas mecânicas.
A tempestade de areia lá fora avançava com força crescente, soando como se milhões de pedras gigantes rolassem do alto. Depois de organizar os minérios, Opala sentou-se em frente à mesa e ativou um minúsculo robô com o toque de um botão na mesa.
“E7, peneire os minérios.” Opala ligou o robô. Sua mãe o havia projetado.
Eletricidade zumbia através do pequeno robô. A tela do radar em seu peito brilhou em verde, com um raio de luz que traçou um círculo, e o robô começou a filtrar os cristais de rodovena que Opala trouxera de volta.
O radar revelou uma bolha de luz que cobriu quase toda a tela.
Opala deu-lhe um olhar perplexo.
Está quebrado? Opala pensou e bateu no robô algumas vezes.
Bip bip bip – uma grande luz vermelha piscou na parte superior do E7. Opala, em sua confusão, ouviu um estrondo baixo rolando sobre sua cabana. A explosão do som estrondoso foi misturada com um tom estridente, e tudo dentro da sala começou a vibrar com a onda sonora.
Um ponto branco prateado de luz arrastou um rastro de fumaça preta para trás enquanto passava acima da zona de mineração, disparando em direção ao deserto. No momento seguinte, houve uma enorme explosão à distância.
O que aconteceu? É um terremoto? Opala se levantou, mas não ousou se mexer enquanto ele segurava o E7 no lugar, para que não tombasse. Depois de vários segundos, o mundo trêmulo voltou à sua paz e o sopro do vento voltou.
O que está acontecendo lá fora? Opala carregou E7 com ele quando saiu da cabana. A tempestade de areia havia diminuído um pouco. Ele agora podia ver vagamente coisas que estavam a cinquenta metros. Ele colocou E7 no chão. O mini robô buzinou, tentou se virar e caiu de lado ao bater na parede.
“E7!” Opala gritou enquanto lutava contra a tempestade de areia: “Detecção de energia! Vá para onde há energia! ”
Ele subiu em um caminhão de mineração e colocou o E7 na frente do veículo, seguindo o sinal do radar e dirigiu profundamente no deserto.
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E7 não parecia muito entusiasmado em trabalhar em uma tempestade de areia. Opala deu um chute suave e o garotinho deu um salto mortal na areia. Ele se recompôs desajeitadamente e caminhou pelo deserto com seus rolos tipo fita cassete.
Bip, bip, bip – o E7 girou sua câmera para escanear os arredores e a pequena tela verde com o radar ativado.
“Está ali, eu vejo!” Opala disse. “Não volte! Espere aqui! ”
A areia vermelha como tijolo cobria o céu. Uma cápsula de fuga de emergência de prata colocada serenamente no chão do deserto. Seu paraquedas havia explodido, muito longe. Os sinais da explosão recente ainda estavam à vista. A areia ao redor do casulo foi queimada em cristais negros revelando resquícios de radioatividade.
Opala se aproximou da entrada do casulo com admiração e descobriu que o casulo de vida era extremamente estreito. Um homem estava deitado dentro. Não, meio homem.
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O homem estava seminu e o corpo abaixo do abdômen foi completamente destruído. A cabine de resgate estava cheia de um líquido azul-claro. Sua boca e nariz estavam cobertos com uma máscara salva-vidas e o sangue estava misturado à solução nutritiva. A luz de energia ao lado da cabine de resgate brilhou e deu um alarme, e Opal viu a situação do homem pela janela transparente da cabine.
Ele fechou os olhos e permaneceu imóvel. A carne e o sangue de seus pulmões flutuavam como algodão esfarrapado na solução nutritiva. O sangue tornava-se cada vez mais preenchido com o líquido que enchia o compartimento de fuga, tingindo-o de roxo.
A reação de vida foi muito fraca. Opala percebeu que a energia da luz parou em 3%. Seu único pensamento foi: essa pessoa está morrendo!
Opala recuou alguns passos, olhando fixamente para o homem na cabine de resgate, depois se virou e correu, entrou no carro e foi embora.
Uma hora depois, Opala trouxe algumas baterias de volta com ele. Seu coração batia rápido. Ele conectou uma das extremidades das baterias a uma porta universal e se abaixou ao lado do salva-vidas para procurar uma entrada para a outra extremidade. O casulo era completamente liso, como se tivesse a forma de um único pedaço de material. Opala curvou-se e tateou a superfície externa, mas não conseguiu encontrar nada em que pudesse conectar as baterias.
Então, uma pequena caixa projetou-se de fora da cápsula com um estalo.
Encontrei! Opala soltou a respiração que ele prendia. Então, um pensamento de repente passou por sua cabeça. Essa coisa simplesmente apareceu automaticamente? E o modelo de entrada tinha sido o certo?
Ele se endireitou e olhou para a cápsula de escape de emergência. Os olhos do homem permaneceram fechados. Seu sinal de vida estava em 5%. Não havia como ele controlar o casulo. O que estava acontecendo?
Esqueça. Opala conectou as baterias para recarregar o pod. Seu nível de energia subiu para 27% e o roxo na solução nutritiva começou a clarear. O sangue parecia fluir de volta para o corpo do homem e seu sinal de vida começou a aumentar continuamente.
Opala olhou para o casulo de vida um pouco mais e começou a especular sobre de onde esse homem tinha vindo. Talvez tenha havido uma guerra e ele foi forçado a pousar neste planeta? Ou talvez ele fosse um criminoso procurado…. Opala sentiu uma onda de ansiedade tomar conta dele. E se ele fosse uma pessoa má? Então, novamente, a ação já estava feita e ele não sabia se sua decisão estava certa ou errada.
Com sorte, ele iria melhorar.
Opala deu vários passos para trás, depois girou nos calcanhares e foi para casa com E7.
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A tempestade de areia durou três dias inteiros. O tempo estava melhor algumas vezes e pior em outras. Opala fez questão de passar um pouco de seu tempo todos os dias para verificar a nave espacial no meio do deserto.
As condições do homem melhoraram gradualmente. Suas feridas mostravam sinais de cura toda vez que ele ia ver como estava, e seus membros destruídos começaram a se regenerar. O fato de que danos tão extensos ainda pudessem ser tratados era bastante surpreendente por si só. Opala achava que a solução nutritiva devia ser um tipo muito especial de dispositivo de suporte à vida. Ele retinha a vitalidade das células sanguíneas e a direcionava de volta para o corpo ferido quando a energia da cápsula vital atingia um nível suficiente.
Enquanto a tempestade aumentava, Opala teve que recarregar as baterias duas vezes. No último dia, ele viu que o sinal de vida do homem havia voltado para 55%, enquanto a luz no nível de energia do casulo permanecia em 10%.
O que isso significa? Opala estava perplexo e estava prestes a se virar e sair. O tempo havia melhorado. Este foi o último dia de tempestade de areia. Assim que ele estava pulando no caminhão de mineração, o som de peças de metal se quebrando veio de trás dele.
Opala virou a cabeça confuso, mas percebeu que o casulo de vida havia desaparecido. O homem estava molhado no chão de areia.
“Ei!” Opala chamou quando ele se virou e correu em sua direção. “Você está bem?”
A pele do homem mais velho era pálida, mas sua figura bem torneada parecia forte. Ele era mais bonito do que qualquer mineiro que Opala já havia encontrado, todos os membros delgados e músculos tonificados. Opala não pôde deixar de se maravilhar com o quão bem construído seu corpo era. Este era realmente um homem perfeito.
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No entanto, os olhos do homem permaneceram fechados, claramente em coma. Opala pegou um pedaço de lona do carro e o embrulhou dentro, levando-o para o banco de trás da caminhonete. Ele era mais alto do que Opala pelo menos meia cabeça e pesava consideravelmente mais. Opala colocou a mão sob o nariz – e o sentiu respirar.
Seu peito subia e descia ritmicamente. Suas feridas foram curadas.
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Outros três dias se passaram.
A luz fraca brilhou na casa. O homem que foi levado para casa por Opala abriu os olhos alguns dias atrás. Ele se moveu desconfortavelmente. Ele tocou a caixa de ferro acima de sua cabeça, a derrubando no processo, as flores de rubi agulhado do deserto, [9] junto com o solo em que foram enterradas, tombaram com um estrondo que o acordou completamente.
Ele se levantou abruptamente, essa ação o irritou, e depois de uma tosse histérica, ele estreitou os olhos e começou a se lembrar do que aconteceu antes de cair neste planeta.
Suas memórias voltaram e ele começou a examinar a cabana com os olhos na pouca luz que o sol poente foi capaz de lhe emprestar. O balde de metal tombado estava esparramado no chão. Ele o pegou com cuidado e colocou-o de volta na gaveta ao lado da cama. Ele se mudou para se sentar em uma cadeira de madeira enquanto olhava a mesa de três pernas apoiada em sua quarta perna por um grande bloco de pedra. Parecia estar colado à mesa e a base da pedra parecia fazer parte da fundação da cabana.
Havia vários minérios de cristal nas prateleiras. Este parecia ser um planeta de mineração. O homem semicerrou os olhos e avaliou a foto colada na parede.
Uma mulher de aparência forte com um capacete embalando uma criança que parecia ter apenas dez anos. Ela sorriu para o homem do outro lado da velha fotografia amarelada.
O homem levantou-se da cama e notou que sua pulseira de prata estava colocada ao lado do travesseiro. Ele colocou a pulseira, puxou um pedaço de linho ao acaso para envolver a cintura como uma saia longa e remou ao redor da pequena cabana.
O espaço inteiro mal tinha dez metros quadrados. Além da cama, mesa, gaveta de cabeceira e prateleira de armazenamento, não havia outras peças de mobiliário.
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A porta se abriu com estrondo, e Opala entrou com uma grande lata de água e disse com alegria: “Você está acordado?”
O homem ergueu os olhos e disse: “Olá, amigo.”
Opala colocou a jarra de água ao lado da cama. “Eu vi que sua espaçonave havia caído no deserto.”
Opala começou a descrever como havia encontrado a espaçonave, depois perguntou casualmente: “Você está se sentindo melhor? Qual o seu nome? Como você chegou aqui? Você parecia que estava gravemente ferido há alguns dias, certifique-se de descansar bem. ”
Após um momento de silêncio, o homem abriu a boca. “Por quê você me salvou?”
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Opala também não conseguia explicar por que ele o salvou. Ele olhou para o homem e se sentiu um pouco estranho.
O homem mais velho estava sentado ao lado da cama, o peito e os ombros nus possuíam uma espécie de poder e beleza masculinos. Seu cabelo cinza claro não era muito longo, apenas conseguindo cobrir as orelhas. Seu pescoço estava limpo e pálido, a ponte de seu nariz era alta e reta e seus olhos eram claros.
Seus lábios foram moldados suavemente. Apesar de ter dormido por seis dias inteiros e estar gravemente ferido o fez parecer um pouco pálido demais.
“Nenhuma razão em particular. Eu não … queria ver você morrer, eu acho. Você estava em perigo, então eu só queria ajudar. ”
“Você sabia que o casulo de vida precisava de energia?” O homem perguntou.
“Eu detive um palpite. Se eu tivesse te deixado sozinho, o que teria acontecido? Você estaria morto? ”
O homem mais velho parou por um momento. Opala se abaixou, sentou-se ao lado dele na cama e falou depois de refletir um pouco mais. “Eu acho … hum, provavelmente não, certo? Talvez você tivesse continuado dormindo. Como é chamado esse termo? Certo. Hibernação.”
“Eu teria morrido. As células sanguíneas só podem sobreviver na solução de suporte de vida por 72 horas. ”
Opala estremeceu de medo persistente. O homem quase não sobreviveu.
O homem mais velho falou enquanto virava a cabeça em sua direção. “Meu nome é Lektor. Por favor, mantenha isso em segredo para mim. ”
Opala ainda mal conseguia processar qualquer coisa e acenou com a cabeça superficialmente. “OK.”
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“Prometa que você vai”, Lektor insistiu.
Opala achou que ele era bastante ingrato, nem mesmo se preocupando em dizer uma palavra de agradecimento depois de tudo o que acontecera. Mas foi ideia dele salvar o homem, então não havia sentido em mencioná-lo. Em vez disso, ele sentiu que, uma vez que já o havia ajudado uma vez, ele poderia muito bem continuar com isso. Além disso, não é como se ele fosse apenas expulsar o homem logo depois que ele conseguiu reanimá-lo.
“Eu prometo!” Opala atendeu. “Você quer um pouco de água?”
Lektor estava realmente com sede, pegando a jarra de água que Opala lhe entregou e engoliu quase a metade. Opala olhou, ligeiramente aflito. “Beba devagar. Resta muita água para os próximos três dias. ”
Lektor limpou o canto dos lábios com o pulso e perguntou depois de um momento de silêncio. “Por que você tem tantos cristais de rodovena?”
“Para vender por dinheiro. E para manter alguns por perto para se divertir. ”
“Há alguma espaçonave por perto? Os navios regulares menores de baixa altitude seriam suficientes. Phoenix A-types ou A12— ”
Opala o olhou fixamente. “Não. O que são esses? Eles são os modelos mais novos? ”
“Uma pequena nave de transporte então. Pioneer III. Existe algum desses? ”
Opala balançou a cabeça.
“E os ônibus espaciais do Aquablue?”
Opala finalmente ouviu um termo que ele entendeu e sorriu. “É isso?”
Ele ligou o projetor na cabeça do E7. Mostrava um anúncio em um outdoor na tela– New Age Cruise Space Shuttle do Planet Aquablue, Good for Water, Land and Sky.
Era um anúncio de dez anos atrás, mostrando uma pequena e charmosa espaçonave de dois lugares tendo como pano de fundo um oceano que se estendia.
Lektor exultou. “Sim, exatamente isso. Cadê? Leve-me lá. ”
“Não há nenhum.”
“….”
“Eu só vi uma vez.”
“Onde?”
“Em um e-zine. Aqui. Um comerciante que viajou para este planeta há um tempo atrás me deu. ”
Lektor estava completamente sem palavras.
Opala pegou um pedaço de baguete de centeio e partiu ao meio, entregando a Lektor uma das metades. Lektor pegou o pão e deu uma mordida. A textura do pão parecia seca e áspera, e engoli-lo era como engolir areia. Lektor comeu seu pedaço, só conseguindo engoli-lo com um gole d’água a cada mordida. Opala, por outro lado, mordiscava o dele devagar e só tomava um gole d’água de vez em quando.
“A água parece ser um recurso precioso.” Lektor afirmou. “Por que não viver em um planeta diferente? Você parece estar em boa forma. Você poderia considerar se estabelecer em outro lugar. ”
“Mas para onde? Eu nunca deixei meu planeta natal antes. ”
Seus olhos estavam fixos na delicada pulseira de prata em torno do pulso robusto de Lektor enquanto falava. Lektor o tirou. “Este é o seu planeta natal? Você gostou da pulseira? ”
“Eu não quero isso. Estou apenas curioso “, disse Opala. Ele pegou a pulseira e examinou-a um pouco. A pulseira parecia ser feita de um tipo especial de metal, provavelmente uma liga de memória. Ele o devolveu a Lektor.
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“Como você se comunica com as regiões centrais do sistema Ignitis?” Lektor perguntou.
“Há uma nave que vem aqui a cada órbita para transportar os minérios e trazer o necessário para vender aos mineiros daqui.”
“Quantas rotações completas abrangem um período orbital neste planeta?”
“Cerca de mil. Mil e alguns. ”
Lektor olhou para fora da janela. “Um dia inteiro aqui parece ter cerca de 25 Horas Cósmicas. Entre agora e um pouco atrás, o ângulo da sombra mudou pouco mais de dois centímetros. ”
Opala acenou com a cabeça lentamente. “Você é muito observador.”
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Lektor não conseguiu terminar de comer o pão e molhou o resto em um pequeno copo d’água. “Alguns planetas têm dois sóis e outros seis luas, alguns nascendo e outros se pondo. Você não quer sair daqui e ver a vasta extensão deste universo? ”
“Eu … realmente não sei para onde ir. As pessoas aqui não devem sair à vontade. Além disso, os bilhetes da nave espacial são caros. Muito, muito caro. ”
Lektor franziu as sobrancelhas em confusão.
Opala encolheu os ombros. “Um único bilhete custaria o equivalente a cem mil unidades de energia em minérios de cristal.”
“Em que época você vive? Por que as unidades de energia ainda estão sendo usadas como moeda padrão? ”
Opala parecia confuso. “O que devemos usar?”
Lektor de repente percebeu algo, parecendo alarmado. “Este é um planeta escravo disfarçado, não é?”
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“Acho que não”, Opala respondeu. Ele se lembrou de que certa vez, há algum tempo, os estudiosos que vieram observar seu planeta em uma espaçonave também mencionaram um termo semelhante. “O que é um planeta escravo?”
“Entendo”, Lektor murmurou em voz baixa.
Opala olhou para ele estranhamente. Lektor falou: “A escravidão interestelar deveria ter sido abolida. O guardião deste planeta será levado ao Tribunal Cósmico. ”
Opala já tinha ouvido muitas palavras novas neste ponto e não sabia como dar uma resposta adequada, então ele perguntou, “‘Escravo’ está se referindo a mineiros como nós?”
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Lektor ficou em silêncio por muito, muito tempo. Ele falou, mas não respondeu à sua pergunta. “Eu preciso sair daqui.”
“Para onde? Você tem uma nave espacial? ”
“Não. Mas a partir de amanhã terei que morar em outro lugar para não trazer problemas desnecessários para você. Meu oponente é extremamente perigoso e pode até me seguir até este planeta. ”
O coração de Opala deu um salto. Ele se lembrou das feridas no corpo de Lektor quando o viu pela primeira vez. Lektor parecia saber exatamente o que estava pensando e acrescentou casualmente: “Mas pelo menos será seguro por enquanto. Durma agora. Desculpe por ter pegado sua cama. ”
“Oh não, você pode continuar dormindo aí. Suas feridas ainda nem estão curadas – Opala disse apressadamente.
Ele organizou suas coisas, colocou um pedaço de pano no chão e fechou os olhos. “É a sua mãe na foto?” Lektor perguntou no escuro.
Opala murmurou concordando e Lektor continuou. “Onde ela está? Posso falar com ela? ”
“Ela morreu em um acidente de mineração.”
“E quanto ao seu pai?”
“Eu não sei quem ele é.”
No silêncio da noite, Opala, que sempre foi despreocupado, gradualmente caiu no sono.
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Notas:
[1] = 老师 (laoshi) foi usado no texto original. Meister (alemão) significa especialista, então parecia um substituto apropriado.
[2] = Na versão original, a palavra “mech” era usada. Mas, na verdade, como eles se parecem mais com humanóides, “mecha” seria o termo mais apropriado para usar. A tradutora do inglês está usando e achei mais apropriado também.
[3] = Uma nebulosa, também conhecida como nébula, é uma nuvem interestelar de poeira, hidrogênio, hélio e gases ionizados. Originalmente, nebulosa era o nome de qualquer corpo celeste difuso, incluindo galáxias além da Via Láctea.
[4] = Fóton é classificado como uma partícula de energia na forma de radiação eletromagnética. É emitido ou absorvido pela matéria. A luz é formada por partículas elementares denominadas fótons.
[5] = Supernova é um evento astronômico que ocorre durante os estágios finais da evolução de algumas estrelas, que é caracterizado por uma explosão muito brilhante.
[6] = O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte. Convenciona-se dizer que o surgimento do astrolábio é o resultado prático de várias teorias matemáticas desenvolvidas por célebres estudiosos antigos como: Euclides, Ptolomeu, Hiparco de Niceia e Hipátia de Alexandria.
[7] = 赤 炎 星系 (sistema de chama) no texto original; Ignitis é derivado de ignis (latim) que significa fogo. [Em uma versão anterior, “galáxia” foi usado. Mas, com base em capítulos posteriores, Ignitis é de fato um sistema planetário / 行 星系 e não uma galáxia / 星系. A nomenclatura em chinês torna um pouco difícil distingui-la logo de cara.]
[8] = 红 纹 晶石 (cristal listrado de vermelho) no texto original. A tradução do inglês fez referência a 红 纹石 / rhodochrosite; rhodo (grego) significa “cor de rosa” e vena (latim) significa “veia”.
[9] = 沙漠 刺 红花 (flores vermelhas do deserto com agulhas) foi usado no texto original.
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Então é isso pessoinhas, até a próxima!
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