O Amante do Lobo Branco - Capítulo 19
Segunda-feira, 30 de agosto, 13:30 horas da tarde.
– Concentre-se, Liam. Respire fundo e solte a flecha. – Leonid sussurra próximo ao seu ouvido, enquanto sua mão direita desliza suavemente pela sua cintura. Liam arfa e seu corpo se contrai ao se lembrar da sensação do seu toque durante o sexo. Seus dedos afrouxam e a flecha voa em direção ao alvo, atingindo o centro dele pela primeira vez desde que começou a treinar.
– Você conseguiu, parabéns! – Leonid sorri e Liam o encara com os olhos brilhando de empolgação.
– Porra, você viu isso ? Eu consegui! – ele salta de alegria e abraça Leonid.
– Eu disse que conseguiria. Você melhorou bastante! – Leonid agarra sua cintura e aproxima seu rosto, ele o beija devagar e com intensidade até que Liam fique corado e ofegante.
– Leonid, eu… – o celular toca interrompendo Liam, que se afasta e desvia seu olhar para o chão. Estava prestes a dizer algo idiota.
– Nikolas, tem algo para mim ? – Leonid o questiona enquanto se afasta, algum tempo depois ele volta e sua expressão diz tudo, precisava ir.
– Eu sinto muito Liam, mas preciso ir agora. – ele acaricia sua bochecha, parecendo um pouco chateado. Liam concorda com a cabeça e força um sorriso de “eu entendo”.
– É trabalho, então vá logo.
– Te vejo mais tarde. – Leonid suspira e beija sua testa, em seguida caminha apressado em direção ao carro que já estava o esperando para levá-lo ao seu destino.
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Dois homens de terno e óculos escuros arrastam um terceiro homem que parecia estar inconsciente em direção a Leonid, que apenas observa com tranquilidade enquanto fuma um cigarro.
– Prendam ele. – o Lobo Branco ordena em um tom frio, mas intimidador. O homem é colocado em uma cadeira de madeira e seus pulsos são amarrados aos braços dela com braçadeiras de plástico, e seus pés são amarrados a parte inferior, o deixando totalmente imobilizado.
– Podem sair agora, menos você, Nikolas. – ele se levanta e caminha até o homem, que aos poucos começa a voltar a si.
– Aqui estão os papéis que o ligam ao Ballard. – Nikolas lhe entrega o envelope de papel, Leonid dá uma rápida olhada, mas não está interessado em nada daquilo no momento. Ele joga o cigarro no chão e caminha em direção a um barril com água, arregaça as mangas da sua camisa e com um balde, pega um pouco de água.
– Não é divertido se você não estiver acordado. – ele joga a água sobre o homem, que se assusta e parece estar totalmente consciente agora.
– Eu estava realmente ansioso por esse momento e tenho que admitir, não foi fácil te achar, Brian. – Leonid agarra o rosto do homem e ergue sua cabeça fazendo com que seus olhos se encontrem.
– Vocês tentaram colocar as mãos sujas sobre algo que me pertence e isso me deixou muito puto. – ele mantém seus olhos fixos aos de Brian, enquanto lentamente torce o seu dedo indicador para trás até que ele quebre. O homem se retorce na cadeira e cerra os dentes, se esforçando ao máximo para permanecer quieto.
– Você com certeza deve saber onde ele está, não é ? Precisa manter seus olhos no velho, para garantir que ele pague o dinheiro… – Leonid o encara, observando sua expressão dura sumir aos poucos. O homem continua em silêncio, tentando se manter firme.
– Vamos tentar de outro jeito. Como ele chegou até você ? – ele fala um pouco impaciente e suspira, mas o homem desvia seu olhar para o chão e não diz nada. Leonid se irrita e desfere um soco em seu rosto, quebrando seu nariz.
– Não vou te dizer nada, viado de merda! – o homem esbraveja e cospe em seu rosto, Leonid enxuga a saliva com as costas da mão e a estende em direção a Nikolas, que lhe entrega uma faca. Ele lentamente corta o dedo mínimo do homem, que deixa um gemido de dor escapar.
– Eu garanto que vai. – Leonid sorri e perfura a palma da mão de Brian, atravessando o membro até atingir a madeira. Nikolas que estava no canto do armazém observando, também sorri e sente a excitação subir das pontas de seus pés até a sua espinha.
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22:00 horas da noite.
Após horas de tortura, o homem que agora estava de pé com seus pulsos presos acima de sua cabeça por correntes fixas no teto, já havia perdido boa parte de seus dentes, alguns dedos e também uma de suas orelhas, além de ter os ossos de suas mãos e braços quebrados. Seu corpo estava repleto de cortes, hematomas e sangue.
– Eu tenho que admitir, não vejo alguém tão resistente a muito tempo. – Nikolas dá risada e esfrega o queixo enquanto o observa.
– O que acha que devemos fazer ? Soltá-lo na propriedade junto com os cachorros ? Seria divertido vê-lo correr nesse estado! – Leonid também ri, imaginando a cena.
– Não, Noah ficará irritado se dermos comida de péssima qualidade a eles. – Nikolas ri e vai até o armário de metal, onde estão guardados alguns objetos para os “interrogatórios”. Ele pega o que parece ser apenas um pano enrolado, mas ao estendê-lo sobre a mesa, várias facas estão dentro dele, organizadas por tamanho, da maior para a menor.
– Acho que só um pedacinho não faria mal. – ele lhe dá um sorrisinho astuto.
– Vamos ver se ele vai continuar calado depois disso. – Leonid pega uma lâmina de tamanho médio, a observa com atenção e confere seu fio de corte.
– Perfeita! – ele sorri satisfeito e com a habilidade de alguém experiente, começa a esfolar uma parte das costas de Brian, que grita de dor e se contorce, enquanto o sangue escorre pela sua coxa em direção ao chão.
– Fique quieto ou vai acabar se machucando… – ele sussurra próximo ao seu ouvido e continua. Depois de vários e agonizantes minutos de dor, ele retira o pedaço de pele do local e a joga no chão, sobre a pequena poça de sangue embaixo dele.
– Isso dói bastante, não é ? É uma das minhas preferidas! – Leonid sorri e desliza seu polegar pelo músculo chamado de grande dorsal, o fazendo gritar mais uma vez.
– A forma como os músculos ficam expostos, a dor e o sangue… é realmente lindo, não acha ? – ele sussurra novamente enquanto um sorriso sádico se forma em seu rosto.
– Mas eu posso acabar com isso agora, só preciso que me diga o que quero saber.
– Porra, eu falo! Eu falo! – o homem grita aterrorizado. Leonid entrega a lâmina a Nikolas e limpa suas mãos em um pano velho.
– Estou ouvindo. – ele puxa uma cadeira e se senta, acende um cigarro e encara o homem com um olhar de satisfação.
– O combinado era pegar o garoto e levar até o local combinado. O negócio parecia fácil e ele prometeu uma grana boa. – ele fala com certa dificuldade, enquanto seu corpo treme de dor.
– Quanto ele ofereceu ?
– Quarenta mil dólares. – ele murmura. Leonid ergue uma de suas sobrancelhas e sorri.
– Isso é muito dinheiro para um homem que está falido, não acha, Nikolas ? – ele desvia seu olhar até Nikolas, que apenas sorri e concorda.
– Ele te disse onde arrumou esse dinheiro ?
– N-não… – Brian balança a cabeça negando.
– Isso é tudo ? – Leonid questiona e o homem balança sua cabeça afirmando que sim.
– Nikolas, limpe a bagunça. – Leonid se levanta e sai do armazém, alguns segundos depois o som de um disparo ecoa pelo local.
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– Jhon, preciso de algumas roupas limpas. – ele fala ao celular, sentado em uma cadeira de frente para a janela em um velho hotel, Leonid observa a lua cheia, pensando em milhares de coisas, mas principalmente em Liam.
– Sim, senhor.
– E o Liam, como ele está ? – ao dizer aquelas palavras acaba se lembrando de algumas horas atrás, onde estava com ele em seus braços e podia tocá-lo.
– Estava um pouco chateado durante o jantar, então se assegure de vir para o café da manhã.
– Sim… – Leonid sorri e desliga, com certeza estaria lá.
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