Entre Espadas - Capítulo 20
Um mês após o início do treinamento de Ryo, nas planícies distantes da capital.
[…]
Durante o primeiro mês de treinamento, pode-se dizer que Ryo passou por algo equivalente ao inferno. Todos os dias começavam logo ao amanhecer. Em alguns dias, ele era acordado com um chute de sua mestra para levantá-lo; em outros, ele acordava antes dela e tentava acertá-la. Mas sempre que se aproximava, em questão de segundos, ela se levantava e se defendia do golpe. Assim, eles permaneciam grande parte do dia em constante confronto.
Masaru até perdeu as contas de quantas vezes chutou o garoto longe e quantas vezes o repreendeu por não se concentrar na tarefa que lhe foi dada. Agora, já estavam no último dia do mês de janeiro, dia 31, e mais uma vez os dois estavam em confronto.
Neste ponto, Ryo já estava coberto por hematomas, suas roupas estavam surradas e seu cabelo totalmente desgrenhado. Era por volta de meio-dia e o cansaço já consumia o jovem ao extremo. Em contraponto, Masaru estava totalmente bem; seus cabelos estavam arrumados, seu kimono continuava intacto e sua expressão não era nada favorável para Ryo.
Masaru o observava ofegar constantemente enquanto estava ajoelhado no chão, a alguns metros de distância dela. Vendo-o assim, ela teve que adverti-lo: — Toyosaki Ryo, estamos no trigésimo primeiro dia do mês e, até hoje, você não conseguiu sequer tocar meu kimono, nem manifestar sua energia. Isso é uma vergonha para um pactuado.
— Mestra… argh, eu não tenho uma explicação, ok? Isto é muito mais difícil do que parece. — Dizia Ryo com dificuldade enquanto se esforçava para se colocar de pé mais uma vez.
— Claro que é mais difícil do que parece, ainda mais quando você nem ao menos se mostra realmente empenhado em fazer o que estou tentando ensiná-lo. — A mestra respondeu de maneira curta e direta, atacando o ego do rapaz.
— Como assim não estou me empenhando? Eu estou me empenhando completamente em alcançar o objetivo do treinamento. — Ryo parecia até mesmo irritado com o comentário feito por sua mestra.
— Está mesmo? Tudo o que você fez neste último mês foi lutar sem ao menos parar para pensar em suas ações. Esteve mais concentrado em tentar me acertar utilizando a força bruta do que realmente aprender a usar uma energia que está por toda parte.
— Se é algo que está em toda parte, eu deveria ao menos sentir a presença, sensei, mas eu não consigo. Eu estou tentando, mas não sinto nada!” O garoto respondeu, aumentando ligeiramente sua voz, que parecia ficar mais rouca a cada segundo.
Ouvindo as reclamações de seu aluno, a mulher, que estava pronta para atacá-lo, se colocou em uma posição cordial e andou até ele, colocando a mão em seu ombro. — Ryo, a maneira como descrevo essa energia para você é como a sinto em mim. Esta sensação pode ser diferente para cada um, principalmente para nós humanos, que, diferente dos youkais, não somos formados dessa energia desde o início; precisamos formá-la em nosso interior.
— Para mim, esta energia é algo maleável que se molda à minha vontade, e para utilizá-la, eu a idealizo em minha mente — Masaru continuou explicando, enquanto tirava a mão do ombro de Ryo e a abria, direcionando-a para o outro lado, onde não havia ninguém. — E quando a idealizo, transformo essa energia em algo físico, assim. — Assim que terminou de falar, uma labareda de fogo emergiu de sua mão, queimando em linha reta a grama com um fogo azulado, que desapareceu logo em seguida, deixando apenas a terra onde antes havia grama.
Vendo a cena feita por sua mestra, Ryo não pôde deixar de ficar chocado. Ela havia feito tal coisa de uma maneira que parecia fácil, e ele não pôde deixar de comentar: — Mas o- o que foi isso? Sensei, que espécie de habilidade é essa? Todo mundo que possui essa capacidade pode fazer isso?
— Não, não são todas as pessoas que sabem utilizar isso que podem fazer o que acabei de fazer. O que fiz foi meramente a transmutação da energia espiritual para um dos quatro elementos, a forma mais básica dessa utilização. Mas, se bem treinada, essa forma básica pode ser uma arma mortal. — A mestra explicou ao seu discípulo com calma, agora se afastando dele e voltando a tomar uma posição de combate.
Vendo sua mestra assumir uma postura de combate à sua frente, Ryo fechou os olhos e respirou fundo. Seu corpo doía por toda parte, com diversos hematomas espalhados. Seus pulmões doíam a cada respiração, e seus braços mal conseguiam ser levantados para tentar desferir algum ataque. Se ao menos ele não sentisse a dor desses ferimentos, talvez, apenas talvez, ele tivesse uma chance de atingi-la.
— Toyosaki, não tente pensar demais. Sei que está com dor. Estamos há 31 dias nessas planícies, 31 dias de treinamento quase ininterrupto, e logo precisarei ir à cidade para comprar mais rações para o próximo mês. É frustrante, eu sei, e sei que, ao seu ver, não estou pegando leve. Mas, Ryo, meu discípulo, não tente ser igual à sua mestra. Eu apenas quero guiá-lo para que tenha controle sobre si mesmo.
De algum modo, as palavras de sua mestra apaziguaram os pensamentos do jovem. Ela estava certa, e ele sabia disso. Ele estava focado demais em apenas bater até conseguir acertar algum de seus ataques, mas isso era inútil, e agora ele deveria mudar isso.
Ryo então respirou fundo, o que o fez sentir a dor em seus pulmões mais uma vez, mas desta vez isso não o abalou. Ele fechou os olhos e se pôs em posição para atacar sua mestra. Mais uma vez respirando fundo, ele sentiu algo diferente: a dor havia começado a se dissipar, e quase como uma corrente de água, estava passando por suas feridas internas e externas até que fossem totalmente apagadas pela água.
Quando, por fim, abriu os olhos novamente, ele se sentia revigorado e sem nenhuma dor. Ainda havia fome, mas seus ferimentos e suas dores haviam desaparecido por completo. Vendo isso, Masaru não pôde deixar de se sentir orgulhosa de seu discípulo. — Vejo que conseguiu algo, Ryo. Muito bem, mais uma vez, vamos.
O jovem então sorriu para sua mestra e, no segundo seguinte, já estava no ar, direcionando um chute à cabeça de Masaru, que segurou sua perna sem nenhuma dificuldade. — Sensei, eu irei atingi-la ao menos uma vez hoje, tenha certeza.
Masaru riu ao escutar as palavras de Ryo e o jogou longe com um soco, então gritou alegremente para seu discípulo — Então certifique-se de se curar rapidamente, não irei esperar que ataque agora.
No fim daquele dia, quando o sol estava se pondo e a noite de lua cheia começava, o garoto finalmente conseguiu atingir ao menos o tecido do kimono de sua mestra. Ao notar o sucesso do garoto, ela permitiu que ele descansasse por dois dias e o parabenizou, indo até a cidade para comprar alguns doces para ele.
[…]
De volta a capital – 2 meses após o treinamento intensivo de Ryo.
Quando, por fim, chegaram de volta à capital, já era por volta das quatro da tarde, e os dois estavam completamente ocultos por mantas enquanto andavam de volta ao castelo imperial. Afinal, seria um problema para ambos se Masaru fosse reconhecida; muitas pessoas da cidade a admiram como uma boa governante e líder de guerra e provavelmente a parariam para cumprimentá-la e outras coisas.
A caminhada até o castelo imperial foi longa, passando pelos bairros mais humildes até os mais ricos, e somente então chegaram ao grande portão que guarda as grandes preciosidades da capital.
Quando se aproximaram do portão, os guardas ali a postos logo se colocaram à frente deles, bloqueando a entrada de ambos com suas katanas, o que arrancou um pequeno riso de Masaru. Nesse momento, a voz de um homem ecoou vindo de cima dos muros do portão:
— Idiotas! O que pensam que estão fazendo? Abaixem essas armas se não quiserem ser acusados de traição e de tentar ferir sua Xogum.
Ao ouvirem a voz vinda de cima do muro, os guardas tremeram e logo prestaram continência à Xogum enquanto imploravam por perdão. Masaru, por sua vez, apenas tirou o manto e sorriu para eles de maneira simpática. — Não se preocupem, não havia como saberem quem era. Por favor, abram os portões.
E ao verem que sua comandante realmente não os puniria por este erro, os dois guardas se apressaram a abrir o portão, permitindo a entrada de Masaru e Ryo. Este último só tirou o manto quando os portões enfim se fecharam. Nesse meio tempo, o garoto parecia até mesmo ter ganhado um pouco mais de massa muscular, mas seu físico ainda continuava praticamente o mesmo.
— É bom estar de volta. Imagino que a mestra tenha muita coisa para fazer, então, eu posso ir descansar um pouco, certo? — O garoto perguntou, se fazendo de inocente.
— Sem chances, Toyosaki. Em 4 dias será feita a comemoração de mais um ano do xogunato, além da sua apresentação oficial como meu discípulo. Dois dos treze estão vindo à capital, o que totaliza 4 generais reunidos no mesmo local. É uma ocasião especial e você também tem responsabilidades — Masaru explicou, enquanto mantinha Ryo andando ao seu lado, indo em direção ao castelo.
— Furukawa-Sama, há quanto tempo! — Uma voz soou por trás dos dois, o que Ryo logo assimilou com a voz que havia ouvido nos muros. Quase de maneira sincronizada, ele e Masaru viraram para trás para ver o homem que se aproximava.
Ao olharem, Ryo se deparou com um homem alto, de pele negra, usando vestes brancas e esvoaçantes, com longos cabelos que pareciam uma espécie de corrente de água, sempre em constante movimento. Havia escamas em um verde jade que subiam de seu pescoço até suas bochechas e dois olhos cinzas que se assemelhavam a nuvens carregadas de água.
Ao lado do homem estava um garoto um pouco mais baixo, de pele amarelada, com cabelos pretos lisos tocando os ombros. Em seu rosto, óculos redondos com lentes em um tom de roxo escuro escondiam a coloração de seus olhos. Ele usava um kimono com a parte superior branca, juntamente com um haori roxo, e a parte inferior do kimono era preta.
Ao ver o homem, Masaru o reconheceu instantaneamente e acenou alegremente: — Vejo que nosso sexto general chegou adiantado como sempre! Há quanto tempo, Hokusai. — Assim que a mulher terminou de falar, os dois homens já estavam à sua frente. Eles fizeram uma reverência em sinal de respeito, e logo o homem voltou a falar.
— Como sempre lhe digo, minha senhora, é melhor estarmos adiantados do que atrasados, principalmente para um evento tão importante. Além disso, o Sora estava com saudade de sua cidade natal — disse o homem, empurrando o garoto que o acompanhava para frente, o que deixou o jovem envergonhado e de cabeça baixa.
— Inoue Sora, da última vez que te vi, você era tão pequeno que mal conseguia esconder suas asinhas. Você cresceu. Está se comportando, certo? — A Xogum disse, rindo ao ver o menino ficar vermelho a cada frase.
— Furukawa-sama… eu já sou um adulto, mas sim… eu estou me comportando. — disse o garoto quase baixo demais para que ninguém ouvisse. Mesmo assim, Masaru ainda o escutou e acariciou seu cabelo.
— Isso me deixa feliz. Você será um ótimo guerreiro um dia, Sora. Mas bem, agora, se me permitem, gostaria de apresentá-los a alguém que posso dizer que verão com muita frequência a partir de agora. — A mulher então tirou a mão da cabeça de Sora e caminhou até Ryo, colocando-o à sua frente.
— Gostaria de apresentá-los a Toyosaki Ryo, meu primeiro discípulo. — Assim que Masaru falou, uma expressão de surpresa surgiu no rosto de Hokusai, que achou a situação um tanto quanto inusitada. Mas antes que pudesse falar algo, Ryo se curvou à sua frente em um sinal de respeito.
— Me apresento ao sexto general do Império. É um prazer conhecê-lo, senhor. Minha mestra fala muito bem do senhor — Disse Ryo com calma e respeito contidos em sua voz.
— É um prazer conhecê-lo, jovem. Vejo que é alguém respeitoso com seus superiores, isso é bom, valorizamos isso. Agora, por favor, não precisa continuar a se curvar — Falou o homem calmamente, enquanto seu olhar se voltava para Masaru mais uma vez.
— Bom, vejo que temos diversos jovens reunidos neste palácio hoje. Sora e o jovem Toyosaki deveriam aproveitar para se conhecerem, é importante fazer amigos. Além disso, se não me falha a memória, lembro de ter visto a discípula do sétimo andando pelos corredores mais cedo…
Ao ouvir o que Hokusai havia dito, o garoto ao seu lado pareceu se animar e perguntou apressadamente, sem notar que expressou empolgação demais — Keiko-chan está aqui?!
Vendo a empolgação de seu aprendiz, o sexto general riu e olhou para os dois jovens. — Sim, elas chegaram ao amanhecer. Furukawa-sama e seu aprendiz foram os últimos a retornar. Leve o garoto para conhecer Keiko e aproveitem a noite. Caso queiram, eu os autorizo a irem para a cidade.
Ouvindo a conversa do homem, Ryo logo se prontificou a falar: — Ir para a cidade? Isso é realmente uma boa ideia? Mestra, tudo bem por você?
Masaru, ouvindo as perguntas de seu discípulo, se virou para ele e pareceu pensar momentaneamente sobre o assunto. — Claro, será uma boa experiência para você, mas devo insistir que, caso deseje ir, use o que aprendeu neste último mês e se comporte. Isso vale para ele também — Disse a mulher, olhando para a katana na cintura de Ryo.
O garoto então acenou com a cabeça e mais uma vez prestou reverência à sua mestra. Em seguida, se virou para Sora e disse — Então, você não se importa se eu for junto, certo!?
— Não seria nenhum incômodo. Quanto mais pessoas, mais divertido será, principalmente nesta época do ano. Venha, vamos atrás da Keiko, você vai gostar dela — Disse o jovem, rindo enquanto puxava Ryo pelo braço, sumindo juntamente com ele da visão de seus respectivos mestres.
Quando os dois saíram da frente de seus mestres, Sora começou a puxar assunto com Ryo sobre diversas coisas, às quais ele sinceramente respondia automaticamente, sem demonstrar um real interesse. Os dois andaram por um longo tempo, indo do campo de treinamento até os aposentos dos empregados, mais ao longe da construção. De maneira sincera, Ryo não sabia exatamente o que Sora estava procurando. Essa garota Keiko, ele não sabia nem uma descrição dela e também não havia sequer uma chance de perguntar, pois Sora parecia gostar muito de fazer perguntas a novas pessoas.
Mas, em algum momento, em meio a tantas perguntas respondidas automaticamente, uma chamou a atenção de Ryo logo em seguida de tê-la respondido, mas não houve tempo de reformular sua resposta, pois lá estava Sora falando novamente.
— Então, Toyosaki, há realmente alguém que você ama? Quem é essa pessoa? É uma mulher? Ou um homem? Tudo bem se for um homem, sei que vários dos soldados aderiram a relações com outros homens. — O rapaz parecia que não daria a oportunidade de fala ao outro, então, apressado em refazer sua resposta, Ryo o cortou na metade.
— É, desculpe, eu falei de maneira automática. Deixe-me falar novamente. Bem, eu não amo ninguém, nenhuma mulher, mas também nenhum homem. Quer dizer, acho que houve um homem em algum momento, mas foi há muito tempo. Não me lembro de seu rosto nem de sua voz, mas por algum motivo, eu o afastei e foi somente isso. — Ryo falava de maneira mais apressada para ter certeza de que o outro não o interromperia e o deixaria terminar de falar.
Após ouvir a resposta de Ryo, o jovem, que parecia que nunca conseguiria ficar em silêncio, se calou por alguns segundos antes de pôr a mão em seu ombro e confortá-lo — Não se preocupe, se ele realmente o amasse, teria loucamente o perseguido após ser afastado!
Ryo então olhou para Sora com uma expressão estranha. — Sua noção sobre amar é um pouco… diferente.
A partir dessa fala, os dois garotos permaneceram ali conversando até o cair da noite. Quando a noite finalmente caiu, Sora sentiu alguém cutucando seu ombro, seguido de uma voz feminina.
— Finalmente te achei, você continua péssimo em me encontrar, Sora! — A jovem dizia enquanto o garoto se virava para olhar para ela, se deparando com uma jovem de pele negra, com longos cabelos cacheados de cor preta, duas grandes orelhas de coelho no alto de sua cabeça e um kimono vermelho.
— Argh, Keiko, onde você estava? Eu estava te procurando há horas.
— Calma, calma, eu apenas estava andando pelo palácio com a mestra Koharu, mas ouvi você me procurando. Então, iremos à cidade hoje, certo? — A garota dizia com um largo sorriso no rosto e depois olhava para Ryo. — E esse deve ser Toyosaki Ryo. É um prazer conhecê-lo, Toyosaki. Meu nome é Aburaya Keiko, sou discípula da sétima general, Miyazaki Koharu.
— Me sinto honrado em conhecê-la, senhorita Aburaya. Inoue esteve falando muito de você nas últimas horas — Ryo, fez uma pequena reverência em sinal de respeito à jovem, e pôde ver o rosto de Sora corar ao ser exposto a tal ponto.
A garota então riu, ficando um pouco envergonhada com a fala de Ryo, e deu um leve tapa no ombro de Sora. — Ele não sabe o que fala. Sabe como é, às vezes o Sora fala demais. Mas bem, não somos o foco. A noite já caiu, deveríamos nos apressar em ir.
— Espera, Keiko, o Toyosaki não pode ir assim — Sora apontou com a mão aberta para Ryo.
— Ahm? Há algo de errado com minhas roupas? — Ryo perguntou confuso. Seu kimono estava amarrotado, mas não estava tão ruim assim.
— Oh, você está certo, devemos dar um jeito nisso… — Keiko dizia enquanto olhava fixamente para Ryo analisando-o da cabeça aos pés. “Não há nada de errado com as roupas, é só que você, bem, está humano demais, e as noites de festas na capital são somente para espíritos e youkais nas primeiras noites…”
— Ah, é só isso? — Ryo riu desajeitadamente após ouvir a garota.
— Como assim, só isso? — Keiko e Sora perguntaram quase ao mesmo tempo.
— Bem, eu posso dar um jeito nisso. — Ryo então colocou a mão sobre sua katana e, no fundo de sua mente, falou: “Uroborosu, o que acha de nos divertirmos hoje? Não tome o controle, mas se me emprestar um pouco da sua aparência, como é um festival, podemos comer algo que você gosta.”
Ouvindo a proposta de Ryo, o silêncio se instalou na cabeça dele por alguns segundos. Uroborosu estava pensando, mas não demorou muito para que ele respondesse: “Posso concordar com isso, garoto, mas em troca eu quero álcool, doces, peixe e quero o controle por 20 minutos. Se for assim, eu concordo com sua proposta, moleque.”
Ryo ouviu cada exigência de Uroborosu e, por fim, respondeu: “Posso concordar com isso.” Com a resposta em concordância com as exigências de Uroborosu, quase instantaneamente a cor do cabelo de Ryo mudou para branco em diversos fios, misturando a cor preta do cabelo de Ryo com a cor branca dos cabelos de Uroborosu. Suas orelhas se tornaram pontiagudas, e um de seus olhos violetas se tornou amarelo, dando um efeito de heterocromia, além de suas pupilas que mudaram para parecer pupilas de uma serpente.
Todo esse processo não levou mais de dois minutos para Ryo, mas Keiko e Sora o olhavam boquiabertos. Eles nunca haviam visto nada assim, e a expressão de confusão em seus rostos fez com que Ryo risse um pouco.
— Ei, não fiquem chocados só agora. Somos todos discípulos de pessoas poderosas aqui, então fechem a boca e vamos aproveitar o clima festivo. Não é todo dia que podemos aproveitar as noites em Iwasakiyama.
Cinco meses após a volta de Ryo à capital, oito meses e uma semana após o coma de Leonardo – Templo Huo no segundo distrito:
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