BRASÃO DE PRATA - Página 5
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Capítulo 5
Em quinhentos metros, a figura amedrontadora do dragão esculpido na proa do Navio Primordial seguia em linha reta até a Ilha de Reiwa. A miríade de flocos brancos formados por cristais de gelo assentou-se sobre a parte superior da carranca possuidora de padrões mais profundos que os mil desejos do escultor, onde encontrou seu estado líquido, até derreter e escorregar como lágrimas pelas fendas opacas, consideradas os olhos pelo Lendário Viking de Reiwa.
Hoje o céu parecia chorar junto a ele.
Fora necessário a força de cento e cinquenta homens para atracar a embarcação no cais do norte, entregando a cena um lampejo de ferocidade ao destino que, não permitindo a nova geração pestanejar, fariam-na admirá-los ainda mais pelo esforço. Diferente das crianças estatísticas na orla da praia, no maior anseio de desembainhar as suas espadas feitas de madeira diante dos recém-chegados, os imediatos Flony e Aske se encontravam desanimados diante delas.
— Bellamy! — vociferavam as duas crianças em uníssono. — Apareça!
— O que conseguiu nos trazer de bom?
— Queremos ouro e prata!
— Na próxima viagem, eu e minha irmã Hafinna iremos lhe acompanhar!
O espanto que essa última frase causou no imediato Aske, transformou seu rosto escultural em algo difícil de encarar.
— Permitirei esse infortúnio só quando as galinhas criarem dentes! Está me escutando, Askeladd?! — berrou. — Saia logo daqui, seu maldito, vá para a maloca e anuncie a sua tia Gruditi sobre o nosso retorno.
A criança Askeladd era de natureza covarde, não quis saber de enfrentá-lo, saiu correndo com Hafinna.
— Askeladd compreende as circunstâncias melhor que Bell — O imediato Aske poderia enfim encontrar satisfação pós viagem, se não fosse pela ausência materna de Gruditi. — Depois de completar trinta e três anos, é típico dela não vir nos recepcionar. Será desânimo ou falta de consideração?
— Bastardo de merda, por que você está resmungando de forma tão impaciente? — O imediato Flony repudiou a fala indiferente dele de todas as formas possíveis. — A nossa Gruditi é possuidora de vontade e desejos também. Como qualquer outra pessoa, ela tem obrigações a cumprir. Deve estar ocupada com o Conselho em Alto-Mar, e não pôde vir nos receber de braços abertos. Não fique chateado, filhote.
O imediato Aske não demorou a mudar de ideia, mas como concordar com o irmão poderia ser considerado um crime hediondo, ele ficara estagnado, em maus lençóis.
— Não estou chateado.
A voz dele, mansa aos ouvintes, não transmitia a verdade nua e crua. Saira tão baixa, sem consideração por quem se encontrava ao lado e tivera que se esforçar para ouvi-lo.
— Por que diabos o mais velho de nós quatro ainda não desembarcou? — Ele estava incerto do que dizia quando presumiu: — Estaria nossa Tilf chapuletando-o por aceitar com tanta facilidade o pedido do eupátrida do principal litoral grego, Liones Sétimo de Atenas?
— É provável. Veja Thorfill marchando rígido até o convés, vendo seu lar paterno através de um olhar absorto em melancolia por ter que dar adeus ao mar — O outro sentia compaixão até demais, aguardando pela enxurrada de críticas por quem estava à esquerda dele. — Não acha lamentável, senhorita Villan?
A mulher cor da noite manteve-se estática ao lado, apenas observando os acontecimentos recentes à sua volta.
Ela pensara que se as pessoas de fora tivessem avistado de pertinho o regresso exuberante dos Vikings de Reiwa, ficariam empalidecidas e com dúzias de pensamentos; eles chegaram para destruir nosso vilarejo, saquear os tesouros e levar sem permissão as nossas esposas e crianças. Esse temor se dera início pelo ataque em Gibraltar, lugar onde o nome triunfante de Sephalla Krahl vagou incontrolável pelos quatro cantos do mundo; se bem que era mais comum ele rabiscar pessoas e animais da sua lista mental de desejos durante a pilhagem diária, do que adquirir piolhos insistente depois de visitar os estábulos do pai, implantando assim, no ponto de vista dos comerciantes, um achismo arriscado, de que escravos não rendiam cobre e prata suficiente nem para alimentar os felinos das ruas.
Esqueça o ábaco de madeira[1]. Sephalla Krahl os quebrou em massa para evitar que os lucros adquiridos nas pilhagens não fossem expostos aos sanguessugas do Conselho em Alto-Mar. Passando a impressão errada da verdadeira situação, ele deixava de lucrar vinte a trinta moedas de prata com as mulheres, e dezesseis com as crianças pequenas, por conseguir adquirir mais bens em mosteiros católicos, e catedrais da Península Jutlândia.
Se o povo às suas ordens não carecesse de alimento ou vestes durante a regência, não havia o porquê do gato usar ratos sem valores para o banquete.
Os provérbios da Península Itálica não eram bem vistos por Sephalla Krahl. Os etruscos faziam questão de colocar a Ilha de Reiwa sob um pedestal inalcançável pelas mãos de jade das autoridades da sociedade democrática; o dirigente sendo com gozo considerado o luzeiro iluminando a coluna suja de gesso por inteiro diante de quem vivia em meio às trevas. Saberá que alcançou o paraíso de gelo abençoado pelo majestoso pai Odin, capaz de gelificar o mais bravo coração que pulsa a mercê da vida que leva livre, sem preocupações, quando sentir a fragrância de excremento de felinos que lá há enterrado na areia.
Já os manuscritos publicados em latim, espalhados por ventura através dos latinos de Lácio, não possuíam sangue de sofistas[2] na caligrafia clássica. Esses não trabalham com a verdade quando convinha-lhes, ela sendo relativa, faltosa de fatos a quem se punha a escutar tendo ignorância. Seria a mais pura verdade dizer que eles eram honestos, cheios de criatividade ao escreverem seus poemas sobre a Ilha de Reiwa. Eles, semelhantes aos aedos[3] que insistiam em cantarolar felizes sobre o solo da planície do rio Pó, rasgavam os cantinhos dos lábios de tanto elogiar a beleza da Ilha de Reiwa.
Comprometer-se com a verdade não era difícil, nem recitar aos montes como a areia cor de ostra da praia se afundava com cada um dos pesados passos contidos em selvageria, que ao longo do caminho, as conchas sendo arremessadas distantes pelas pontas das botas de fabricação estrangeira estavam. Em sânscrito, era dito que cem rochas pairavam perto da linha tênue entre o mar com água transparente, de onde podia-se observar corais coloridos e peixes nadando no fundo, e das árvores secas, que de tão altas, poderiam alcançar o céu incorruptível, o lugar receptivo a quem, por paz, buscava a companhia sábia do supremo da Península Ibérica, dependia-se folhas cinzas a cada segundo.
Para o grandioso Sephalla Krah, os elogios possuíam som de tempestade, pois eram agradáveis de se escutar.
— Vá correndo até o nosso lendário, caro imediato Aske — Senhorita Villan enfim retorquiu ao questionamento, mas ignorando por completo a presença do outro imediato no recinto, tendo livre e espontânea vontade de menosprezá-lo. — A bisavó Ylva chegará em breve.
O imediato Aske assim fizera sem questionar.
Os Vikings de Reiwa pularam do Navio Primordial no modo em que os cangurus saltavam, tendo grandes sacos presos às costas largas. Um deles em si, em toda sua basicidade, estava danificado bem na lateral. O peso do oculto não era tão pesado quanto a curiosidade de alguns, mas o saco de pele de animal cedeu no meio do processo executado com as mais boas intenções possíveis, deixando peças reluzentes caírem na neve. Os raios solares emitidos pelo sol poente, incapazes de aquecer a pele humana, refletiram no dourado mórbido dos cinco castiçais de ouro, expondo a grande riqueza adquirida num mosteiro do leste hindu.
Estando num amargor nada passageiro, o comandante Leonard deixara de testemunhar o espetáculo com o adormecido Bellamy atrelado às costas, firmemente preso com dois mantos nobres de algodão. Cada um carregava as suas riquezas, atribuídas a conquistas alcançadas por meios de batalhas travadas por dias a fio. Tendo a finalidade de aproximar-se do Lendário Viking de Reiwa com uma corneta feita de chifres de boi em mãos, usou as palavras certas para convencê-lo do contrário planejado:
— Reivindiquei o seu berrante, meu bravo Thorfill — pediu estendendo o instrumento de sopro. — E digo mais, iremos partir juntos até o prestigioso vilarejo Sukaipia, pois desejo me encontrar com sua mãe também.
O mencionado não poderia cogitar a ideia com disposição, nem por benefícios próprios. Cerrou os punhos num aperto pesado com velocidade impossível de ser acompanhada, direcionou-os de encontro à face do comandante Leonard, trazendo a ela uma palidez doente difícil de ser olhada uma vez por vontade própria, quem dirá duas ou três. Para a infelicidade de muitos vikings presentes no convés principal da embarcação já emproada, quase desabitada também, o longo tempo vivido pelo comandante Leonard não se mostrou estar presente de corpo e alma, e ele conseguiu desviar-se no instante perfeito.
— Um senhor decrépito como você, de idade tão avançada não deveria estar fazendo esse esforço! — Avisaram-lhe a berros capazes de perfurar os tímpanos.
Era o Lendário Viking de Reiwa perdendo a compostura.
— Bastardo de galocha! — Comandante Leonard devolveu o berro violento na mesma moeda. — Toque o berrante imediatamente, anuncie a nossa chegada a ela!
A partir do momento em que ele se acovardou, a corneta já estava na posse do Lendário Viking de Reiwa, num sagaz desejo de não querer soltá-la nunca mais. Esse tesouro nacional, passado de pai para filho e de filho para sobrinho, tendo de fato sido reivindicado após dez dias e dez noites de um saque bem sucedido em alto mar pelos otomanos, deveria ser segurado com ainda mais precisão e agilidade, ser colocada nos lábios recém umedecidos após encher os pulmões de ar e produzir um som capaz de abalar os céus.
E assim fora feito à risca, fazendo os Vikings de Reiwa se prostrarem em respeito a ele e seus ancestrais.
— Saudamos os escolhidos de Odin, os Krahl’s!
O apito alcançou não só os céus, mas o coração, trazendo a coragem necessária para escalar o topo mais alto dentre as montanhas congeladas em Uppsala. Era como se nada, nem avalanches pudessem fazê-los desistirem no meio do caminho espinhoso, com abundância das mais monstruosas feras prontas para devorá-los numa só mordida violenta. O que seria deles sem esse som melodioso, escutado desde a infância para anunciar o regresso do prestigioso líder?
Nada.
Na sexta soprada de ar, o Lendário Viking de Reiwa ergueu uma das pernas estonteantes e a colocou sobre o casco do Navio Primordial. Para alguns céticos adiante, a pouca postura não demonstrava força, mas os seus ombros largos e peitoral robusto só comprovaram o contrário da visão popular que se tinha. As madeixas cor de mel se agitavam com a brisa, a pele bem bronzeada pelo vasto período de navegação chamava atenção, o comprimento faltando uns dez ou até menos centímetros para atingir dois metros de altura dava um ar de selvageria.
A visão popular acreditava que ter porte exuberante, altivo, corpo atlético e fenomenal não eram motivos de orgulho se o atual Lendário Viking de Reiwa não fazia questão de usar o instrumento divino dado por deus Odin. A ferramenta colossal de fazer a mulherada feliz fora colocada em uso apenas uma única vez, na cerimônia de maioridade, quando o terceiro lendário, Enon Krahl o arrastou até o harém do dirigente do Conselho em Alto-Mar, cheio das beldades experientes nos mais tendenciosos movimentos de prazer. O espetáculo foi aberto ao público, como era de costume acontecer na Ilha de Reiwa durante nove anos regidos. E a miúda criança de olhos amendoados, pelos caprichos do próprio pai rude, teve cedo que entregar-se aos prazeres dos homens-feitos.
— Se nosso Bellamy fosse um Krahl, teria recebido a graça dos respeitáveis deuses como você e teria boa saúde… — Tilf veio triste a lamentar-se, e disse ao Lendários Viking de Reiwa: — Compreendemos melhor do que ninguém o quão preocupado você está, mas sendo o atual Lendário Viking de Reiwa, não consegue encontrar tempo para buscar uma cura certeira através dos conhecimentos celtas.
Era meio-dia, suas vestimentas estrangeiras eram finas, de tons quentes; custou-lhe quatro míseras moedas de prata, suficientes para desagradá-la durante o dia inteiro. E esse estado poderia piorar, fora preciso só passar o olhar sobre os brutamontes que vociferavam saudações respeitosas à aqueles que não mereciam, exceto seu irmão mais velho.
— Saudamos os escolhidos de Odin, os Krahl’s!
O adormecido Bellamy despertou num pulo fraco por conta da algazarra produzida pelos companheiros; uma pena não ter feito nenhum movimento brusco, senão o comandante Leonard teria se vetado do comentário:
— Devemos aproveitar o tempo que resta.
A chamada morte jamais poderia ser temida por Vikings de Reiwa em sã consciência. Por vezes, ela foi alvo de desejo passageiro, pois assim, o falecido cairia na graça de Odin, residindo o centro do salão dos mortos, também conhecido como Valhalla — um palácio cheio de guerreiros escolhidos a dedo pelos grandes deuses nórdicos, para todo o sempre observar o teto dourado coberto por escudos de ouro. Odin era considerado o deus da sabedoria, da magia, e protetor dos mortos em batalha; quem não o queria como mestre, guia numa aventura inesquecível? Bom, os Krahl da nova geração eram diferentes da antiga, não queriam o caçula se tornando discípulo e partindo em tão tenra idade.
Nem Odin gostaria de dar o veredito final a aquela criança. Valhalla estava fora de cogitação, já o Duat[4] não. Tendo a moradia fixa, a praguinha não iria desencadear sua ira!
— Melhor que nós, o Lendário Viking de Reiwa conseguirá lidar com a perda. — disse Tilf depois, chamando atenção.
Pelo dito ignorante, o peito do próprio encheu-se de fúria.
— Esse ser incognoscível que cita é tão sem coração ao ponto de lidar levianamente com a fatídica morte de alguém? Do próprio irmão? — Sua face fechou-se dura como mármore extraído do Oráculo de Delfos[5], incapaz de não transparecer toda a indignação que sentia. — Quando vai perceber que também sou humano, que sofro das mesmas dores que você?
— Peço perdão — Tilf compreendeu o peso que as infelizes palavras tinham. — Levarei nosso ouriço baderneiro para meditar nas montanhas. Talvez a condição possa melhorar se a bisavó Ylva recitar alguns mantras a ele, e alimentá-lo com muito arroz glutinoso.
Seria uma provação árdua alimentar-se da gororoba feita por ela.
— Bellamy permanecerá conosco na sagrada Sukaipia. Até segunda ordem, me nego a deixá-lo sob supervisão porque nem a vinda esperada do deus do Reino dos Mortos pode afetá-lo — O comandante Leonard pacificou o sentimento temeroso da criança. — E a bisavó Ylva e o bisavô Leggos não possuem bons espíritos; podem tentar desmotivá-lo a continuar caminhando nessa longa estrada da vida.
O famoso ditado “Fale do diabo, e ele irá aparecer” nunca se mostrou ser tão certeiro quando o tecido lenhoso do segundo piso superior rangeu pelos passos velozes da comentada. Ela surgira às pressas, triunfante do começo ao fim apesar da velhice que insistia em fazê-la recordar-se dos noventas anos vividos nas mais isoladas clareiras de Midgard[6], intocáveis de acordo com a vontade da filhas da deusa Freya, Hnoss e Gersemi, conhecedoras do amor e do que era belo.
— Meus amados bisnetos, tragam cem barris de vinho, por que iremos comemorar a tonelada de ouro conquistada! — A bisavó Ylva encontrava-se até desconcertada ao citar a pilhagem bem sucedida.
Não era possível aquela coincidência tão meticulosa bater na porta do homem pouco receptivo no momento, quase levando-a à queda mais deplorável da história. Mas pouco caso ele poderia fazer da aparição indesejada da mulher milenar, tão decrépita quanto os ratos toupeiras. Temendo pelo pior dos cenários dali em diante, diferente da outra presença masculina, ele afastou-se para não se expor ao extremo do ridículo, desejando nunca ter visto-a.
— Assim será feito, minha anciã. Afinal de contas, é dever dos mais novos respeitar a vontade dos mais velhos. — O Lendário Viking de Reiwa mal conseguia disfarçar a urgência de beber nas palavras requintadas.
A desdenhosa senhora era possuidora de uma alma que pedia por preces de descanso eterno, mas nunca era correspondida. No auge da idade, ainda se comportava de forma autoritária, fazendo conhecidos estarem à sua mercê. E ela não possuía pudor e nem medo algum, tanto que compareceu carregando coroas de plantas de lavanda em mãos — estas sendo mais belas que a de louros usada pela deusa Ártemis[7] no dia em que Hades[8] adentrou no Monte Olimpo para causar caos — e, na agilidade de uma criança sapeca, posicionou o círculo de cor vibrante sobre a cabeça volumosa do Lendário Viking de Reiwa.
— Os regressados estão recebendo de seus parentes — Ela lançou-lhe uma olhada de imensurável admiração à futura geração, o par de bisnetos diante dela. — Gruditi pediu-me para vir abençoá-los por ela.
Dessa partida silenciosa do comandante Leonard, veio um solo arenoso, livre de ervas daninhas, que finalmente poderia ser cultivado à base de sangue; só seria preciso a destemida Tilf, a segunda bruxa Gullveig[9] que tinha, ficar testemunhando a plantação sanguinolenta em êxtase, sem querer interferir nos planos da antiga geração. Bom, se essa megera não tivesse sido domada pela lealdade que possuía em relação a sua família, embora a ações e pontos de vista diferentes dela fizessem parecer o contrário, poderia a bisavó Ylva conseguir o que tanto almejava.
— Por que ela mesmo não veio nos entregar as coroas de lavanda? — Tilf quis saber.
— Gruditi está cuidando da hospedagem de um convidado de fora há três dias e três noites — Sem motivos aparentes para ter sentido descontentamento, a bisavó Ylva reprimiu a reação. — Ele é um homem formidável, cujas expressões vis não podem desqualificar tamanho venustidade que tem. Se carregando um arco dourado e uma aljava nas costas já o deixava parecer ser nativo de Niflheim[10], a armadura adornada de acessórios brilhantes e botas pretas fariam o parecer o maldito dragão Nidhogg!
E o mais importante não poderia ser citado em alto e bom tom; a presença importuna de Gruditi que prevalecia causando desconforto nela.
— Eu estava planejando saqueá-lo esta madrugada, mas a sua mãe o hospedou na antiga maloca de Enon logo após dez mulheres do vilarejo Vanir atacá-lo covardemente nas margens do rio grande, tudo para que pudessem tocá-lo na região íntima — A bisavó Ylva riu baixo. — Desde quando homens misantropos como aquele virou alvo de desejo?
— Não vejo dificuldades em desejá-los. — disse alguém a ela.
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Ábaco: é um instrumento chinês para facilitar cálculos.
sofistas: aqueles que ditavam na ágora grega, e para Sócrates, quem estava longe de trabalhar com a verdade.
Aedos: rapsodo que recitava tocando lira.
Duat: o submundo na mitologia egípcia.
Oráculo de Delfos: um templo em Delfos, erguido por adoradores de Apolo.
Midgard: morada dos humanos segundo a crença nórdica.
Ártemis: irmã gêmea do deus Apolo, conhecida como Diana na Roma. Deus da caça, da lua, e
castidade.
Hades: deus do submundo.
Gullveig: bruxa gananciosa odiada por todos, até por Odin.
Niflheim: reino do gelo na mitologia nórdica.
Publicado por:
- Bllau
- “Escritora amadora de C-Novels, escrevendo histórias para satisfazer-se, em uma busca incessante para fugir da realidade medíocre em que, infelizmente, vive lamentavelmente…”
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