Antes de me acusar, me beija - Capítulo 21: Não estava nos planos
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- Capítulo 21: Não estava nos planos - REVISADO
Ao chegar em casa, fui direto para o quarto. Eu precisava de um bom banho e um pouco de gelo para impedir que os meus olhos amanhecessem inchados. Após uma ducha caprichada, levei um susto ao ver meu marido com ar sério me esperando com os braços cruzados.
— Eu pensei que você não iria sair de casa hoje.
Tinha ficado com a cabeça tão cheia com tudo o que acontecera que nem me lembrei de avisar sobre minha saída repentina.
— Ah… aconteceu uma coisa e eu precisei resolver com urgência.
Realmente não estava nos planos.
— E você não podia ao menos avisar? Foi muito irresponsável da sua parte sair assim sem ao mesmo levar seu telefone. — Disse apontando para o celular que se encontrava no mesmo lugar que eu havia deixado após enviar aquela mensagem de texto para o Troy.
— Sinto muito… — Falei contemplando o chão.
Havia sido um descuido meu. Ele não estava bravo sem motivos. Ele havia ficado preocupado comigo, assim como eu também teria no lugar dele.
— Phew… Tá. Mas o que de tão urgente aconteceu? — Perguntou ao voltar ao seu estado de calmaria rotineira.
Assim, relatei tudo.
Durante a nossa longa conversa sobre o Troy, não pude evitar as lágrimas e terminei sendo confortado pelos braços fortes do Seville.
— Isso tudo tem a ver com sua insônia recente?
— O que? Não! — Neguei rapidamente, surpreso.
— Então, me conta. O que te perturba, me afeta também. — Pediu, preocupado.
— Ah… é que você- — Falei baixo demais para ser compreendido.
— Não consegui te ouvir.
Por mais que minha personalidade tenha mudado ao longo deste ano em que estivemos juntos, ainda havia coisas que eu não conseguia dizer com convicção em alto e bom som.
— Fala baixinho aqui no meu ouvido, então. — Pediu, após me abraçar.
A voz grave dele enquanto ele encostava os lábios na minha orelha, sempre me deixavam zonzo, mas, agora o efeito estava muito potencializado. Tive que reunir muita coragem pra ser sincero.
— Você não… finaliza em mim… — Disse corando.
— (…)
Ignorei seu silêncio e continuei com convicção, afinal, o pior já tinha passado e eu queria mesmo saber.
— É porque não gosta de mulheres? Meu sexo feminino te causa-
— Não! Não é nada disso. — Declarou ao segurar meu rosto com ambas as mãos. — Eu te amo. Amo tudo em você. Cada centímetro do seu corpo! Cada fio do seu cabelo escuro como a noite…
Rubor se espalhou por toda a minha pele me deixando sem palavras.
Como se para confirmar suas palavras, ele começou a beijar cada parte do meu corpo que era citada.
— Amo sua pele alva… essa pintinha na sua pálpebra… e essa outra aqui na sua clavícula… e sua barriga macia…
— J-já, já entendi! — Tentei interrompê-lo em alarde ao vê-lo descer pelo meu corpo.
— Será mesmo? Bom, acho que vou precisar marcar cada centímetro do seu corpo com minhas palavras e ações para me certificar.
Não dava para descrever o quão vermelho e emocionado eu fiquei com essas palavras. Simples assim, ele cobriu toda a minha tristeza dos últimos tempos com o calor do seu amor.
Na manhã seguinte, acordei com aquela familiar sensação viscosa, porém, na minha abertura frontal, o que me emocionou muito. Ele finalmente havia me preenchido completamente. Ainda assim, a sensação boa não durou muito já que o enjoo me dominou. Corri para o banheiro e vomitei ao ponto de ficar com as pernas bambas. Quando vi o meu complexo no espelho, me assustei. Eu estava com olheiras enormes.
— Droga, esqueci do gelo…
Mas foi ao tirar o meu pijama para tomar um banho que me deparei com uma cena verdadeiramente chocante: eu estava coberto de marcas de amor. Não havia um lugar que não tivesse sido marcado, inclusive nos meus pés.
— Filho da mãe…
Como ainda estava indisposto, após o banho, voltei a deitar na cama. Enviei uma mensagem para Troy, cancelando a ida à livraria naquela manhã pois eu não estava bem. Preocupado, logo ele me ligou.
‘O que você tem? ’
— Só tô enjoado e um pouco tonto. Já tem alguns dias que tô assim. Deve ser a minha antiga anemia de volta. Não há nada com o que se preocupar.
‘Já fazem alguns anos que você não tem mais isso. Voltou a se afogar nos doces de novo? ’
— Não. Na verdade, não consigo comer nada doce faz um tempinho.
‘… ’
— Alô? Troy? — Indaguei após um longo momento de silêncio do outro lado da linha.
‘Se arruma. Em 15 minutos tô passando aí. Vou te levar ao hospital. ’
Disse com uma seriedade incomum.
— O que? Não precisa-
A ligação foi encerrada bruscamente.
— Phew… Exagerado como sempre… — Suspirei profundamente.
14 minutos depois, Troy estacionou no portão e após avisar sobre minha saída, fomos juntos ao médico.
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