Antes de me acusar, me beija - Capítulo 7: Remédio para relaxar
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- Capítulo 7: Remédio para relaxar - REVISADO
PRESENTE
Depois de revisitar saudosamente aquela memória, respondi:
— Que a sua missão é… me ajudar a encontrar a felicidade.
‘Exato. E eu vou cumprir minha missão, queira você ou não’
Só de lembrar, o meu coração se aquecia e eu já nem me lembrava mais o porquê de ter estado cabisbaixo anteriormente.
— Só não vá fazer nada que termine comigo de joelho no milho ou coisa pior.
Rimos juntos, mas logo ela assumiu um tom sério na voz.
‘Não estamos mais no internato Lián. E agora eu realmente vou cumprir minha promessa’
— Entendido capitã! — Respondi batendo uma continência exagerada.
E assim, a conversa se prolongou por um tempo colossal entre risos e lembranças das encrencas do passado.
‘…faz tempo que eu queria te falar uma coisa…’
— O que? — Respondi muito baixo.
Depois de tanto tempo no telefone, o remédio havia feito efeito e o cansaço me dominou. Acabei cochilando no telefone sem ouvir o que ela tinha para dizer.
Quando despertei, já era quase de noite.
— Nossa eu estava mesmo cansado.
Peguei o meu celular e vi que eu havia ficado cerca de 2 horas no telefone com a Trin. Abri as mensagens e havia uma foto engraçada dela com uma legenda:
[Humor de hoje: Se sentindo esquecida]
[Como você pôde dormir quando eu tava tentando te falar algo tão importante?!]
[Ái, Lián, acho que pego muito leve contigo…]
[( 。 •̀ ⤙ •́ 。 )]
Respondi com um emoji pedindo desculpas e nesse momento chegou uma mensagem do Seville.
[Viagem de emergência. Volto daqui 3 ou 4 dias.]
Respondi apenas com ‘OK’ e desci pra jantar.
Finalmente era o dia da matrícula na faculdade. Não era o polo que eu queria, mas pelo menos não tive dificuldades em entrar no curso da minha preferência. O processo demorou apenas alguns minutos e foi tranquilo, mas após a finalização da papelada, dei de cara com um dos meus antigos colegas do internato.
— Olha o que temos aqui.
— Chaz…
“Ele não ia estudar na cidade B? ”
— É Mr. Chaz pra você, seu mané! — Exclamou-me enfiando o dedo na minha testa pra me empurrar.
“…”
Tentei ignorar e ir embora. Ele era apenas um playboyzinho que só sabia humilhar os mais francos, eu não podia continuar ali. Todavia, ele bloqueou o meu caminho e disse baixo me encarando:
— Vai ser um prazer estudar com você de novo. — Disse alongando bem a palavra ‘prazer’ em tom de ironia. — Espero que possamos nos divertir muito relembrando os bons tempos no internato.
Comecei a suar frio ao ver aquele sorriso malicioso e relembrar de quando ele me fazia tropeçar diariamente, derrubava meus livros ou colocava folhas com palavras ofensivas nas minhas costas.
“O que eu faço? Antes eu tinha a Trin para me defender, mas agora ela se mudou… Eu to completamente só”
Ele deu dois tapinhas no meu ombro e então, saiu. Me deixando perdido em choque enquanto se afastava.
Fiquei tão perdido em pensamentos sobre mudar ou não de faculdade enquanto saía do campus que não vi quando esbarrei em alguém, apenas pedi desculpas sem prestar atenção em quem era o rapaz e continuei meu caminho.
Chegando em casa, fui diretamente para a biblioteca. Desde que eu descobri o lugar, tinha se tornado o meu refúgio. Fiquei lá até me acalmar por completo, sem sequer almoçar. Então pensei em contatar a minha amiga quando vi que meu marido havia me mandado uma mensagem.
[Volto hoje à noite. Se prepare com antecedência.]
Comecei a tremer naquele momento. Sabia muito bem do que ele estava falando e fiquei ansioso. Depois de uma viagem de negócios meu marido sempre chegava com muita energia acumulada. E apesar de não doer mais como no início, ainda era muito exaustivo.
Alguns dias depois, Seville fez uma viagem mais longa e precisou ficar a semana toda fora, quando chegou em casa, me possuiu várias vezes em diversos horários por dois dias seguidos não me deixou dormir nada. Me fazendo ficar com olheiras enormes.
“De onde esse homem tira tanta energia?!”
Decidi ir à farmácia comprar algum calmante potente que pudesse ser adquirido sem receita, já que eu não queria dar explicação para ninguém, mas, não obtive sucesso. Depois de sair do estabelecimento, andei mais um pouco sem rumo pelas ruas do centro. Até me deparar com um vendedor ambulante de ervas naturais.
— O senhor tem algum remédio forte para relaxar?
O homem reparou no anel de casamento no meu dedo e disse baixinho:
— Com certeza! Mas… Você parece desanimado demais para alguém que é recém-casado.
Surpresa estampou meu rosto. Claramente ele era bom em analisar as pessoas.
— Como você sabe que eu sou casado?
Seu sorriso se alargou e ele apontou para meu anel. Fiquei sem graça com minha estupidez. Nunca o tirei do dedo então, era fácil esquecer que ele estava ali o tempo todo.
— Ah, sim.
Corei e tive vontade de ir embora logo, mas o senhorzinho foi rápido em me mostrar sua banca.
— Um jovem rapaz, casado e com olheiras tão profundas… Só que cabisbaixo… Problemas à noite, né?! Tenho algo perfeito aqui para você. Vai relaxar como nunca antes!
— E realmente é bom?
— Se não conseguir ter uma noite satisfatória, te devolvo o seu dinheiro.
— OK!
— Aqui tem cerca de 2 colheres de sopa mas apenas 1 colherzinha de café meia hora antes de deitar deve ser o suficiente.
Peguei, paguei e voltei apressado para casa sem questionar mais.
Chegando lá, Seville estava sentado no sofá lendo um jornal. Tentei agir naturalmente, mas, a mera presença dele no mesmo ambiente já me deixava tenso.
— Você não avisou que iria sair.
— E-eu fui na farmácia.
— Poderia ter pedido ao Sebastian.
— Eu queria andar um pouco.
Ele me olhou com um olhar inquisidor que me fez desviar o olhar.
— Que seja, o jantar vai ser servido mais cedo hoje.
— Por que?
— Tenho um almoço de negócios no Japão amanhã e preciso sair daqui às 21h pra chegar a tempo.
“Phew… Que alívio! Isso quer dizer que não vamos precisar dormir juntos!”
— Vá tomar banho logo. Antes de viajar, eu quero você.
“Essa não… Será que vou conseguir dormir tão rápido?!”
Acenei e subi apressado. Diluí rapidamente o pozinho quase todo num copo de água para obter resultado o mais rapidamente possível e fui tomar meu banho. Ao descer para jantar eu me perguntava se tinha exagerado na dose pois eu comecei a me sentir um pouco zonzo.
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