Antes de me acusar, me beija - Capítulo 7: Remédio para relaxar
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- Capítulo 7: Remédio para relaxar - REVISADO
PRESENTE
Depois de revisitar saudosamente aquela memória, respondi:
—Que a sua missão é… me ajudar a encontrar a felicidade.
‘Exato. E eu vou cumprir minha missão, queira você ou não. ’
Só de lembrar, o meu coração se aquecia e eu já nem me lembrava mais o porquê de ter estado cabisbaixo anteriormente.
—Aye sir!
Bati uma continência exagerada e rimos juntos mais uma vez. E assim, a conversa se prolongou por um tempo colossal.
‘…faz tempo que eu queria te falar…’
Depois de termos conversado por bastante tempo, o cansaço havia me dominado e acabei cochilando no telefone sem terminar de ouvir o que ela tinha para dizer. Quando despertei, já era noite. Jantei no quarto e nem fiz questão de responder à mensagem do Seville dizendo que ele tinha tido uma viagem de emergência e só voltaria em três ou quatro dias. Tomei outro remédio enquanto desejava boa noite para Trin, pedindo desculpas por ter cochilado no telefone mais cedo e voltei a dormir. Fiquei de cama por mais dois dias devido ao resfriado que havia adquirido. E apenas na segunda-feira é que finalmente consegui resolver os assuntos da faculdade.
Após a finalização da papelada, dei de cara com um dos meus antigos colegas do internato.
—Olha o que temos aqui.
—Chaz… Disse apaticamente.
“Ele não ia estudar na cidade B? ”
—É Mr. Chaz pra você, seu mané!
“…”
Ignorei e tentei desviar, não valia a pena discutir com um playboyzinho que só sabia humilhar os mais fracos. Todavia, ele parou na minha frente e disse baixo me encarando:
—Vai ser um prazer estudar na mesma universidade que você. Espero nos divertir muito relembrando os bons tempos no internato.
Comecei a suar frio ao ver aquele sorriso malicioso e relembrar de quando ele me fazia tropeçar diariamente, derrubava meus livros ou colocava folhas com palavras ofensivas nas minhas costas. Antes eu tinha a Trin para me abraçar quando eu ficava medo, mas ela havia se mudado e eu estaria só. Ele deu dois tapinhas no meu ombro e então, saiu. Me deixando perdido em choque enquanto se distanciava.
Fiquei repensando se deveria mudar de faculdade enquanto saía do campus. Quando alguém esbarrou em mim, pedi desculpas sem prestar atenção em quem era e continuei meu caminho.
Chegando em casa, fui diretamente para a biblioteca. Não saí nem para almoçar. Quando eu finalmente havia me acalmado, recebi uma mensagem de texto do meu marido:
[Volto hoje à noite. Se prepare com antecedência. Acredito que já tenha aprendido como. ]
Comecei a tremer naquele momento. Sabia muito bem do que ele estava falando e me apavorei. Achei que não desse para meu dia piorar, pelo visto, eu tinha me enganado de novo.
Durante aquela noite, sofri embaixo do meu marido novamente. Não foi mais ou menos doloroso do que das outras vezes, apenas não lacerava mais. E continuou assim por muitos dias.
Um dia ao me assustar com as olheiras em meu rosto, decidi ir à farmácia comprar algum calmante que pudesse ser adquirido sem receita, já que eu não queria dar explicação para ninguém, mas, não obtive sucesso. Depois de sair do estabelecimento, andei mais um pouco sem rumo pelas ruas do centro. Até me deparar com um vendedor ambulante de ervas naturais.
—O senhor tem algum remédio para relaxar?
O homem reparou no anel de casamento no meu dedo e disse baixinho:
—Você parece desanimado demais para alguém que é recém-casado.
Surpresa estampou meu rosto. Claramente ele era bom em analisar as pessoas.
—Como você sabe que eu sou casado?
Seu sorriso se alargou e ele apontou para meu anel. Fiquei sem graça com minha estupidez. Nunca o tirei do dedo então, era fácil esquecer que ele estava ali o tempo todo.
—Ah, sim.
Corei e tive vontade de ir embora logo, mas o senhorzinho foi rápido.
—Um jovem rapaz, casado e com olheiras tão profundas… Só que cabisbaixo… Problemas à noite, né?! Tenho algo perfeito aqui para você. Vai relaxar como nunca antes!
Peguei, paguei e voltei apressado para casa sem questionar.
Chegando lá, Seville já estava em casa. Tentei agir naturalmente, mas, a mera presença dele no mesmo ambiente já me fazia arrepiar. E não de uma forma boa.
Após o jantar, subi apressado para o quarto ignorando o olhar intrigado de Seville.
“Se eu dormir antes, ele vai me deixar em paz, né?!”
Diluí o pozinho em dose dobrada no meu chá na esperança de obter o efeito mais rapidamente e fui tomar uma ducha rápida para me deitar o quanto antes. Não podia desperdiçar um segundo sequer.
Publicado por:
- @autorayani
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Ilustradora, escritora e fujoshi de carteirinha 💋
Estive muito doente nos últimos meses devido a uma anemia severa, por isso as obras andavam paradas. Mil desculpas mesmo! Estou me tratando direitinho e tenho melhorado cada vez mais. Estou me reorganizando e pondo em prática alguns planos que eu tinha para o futuro. Tenham um pouquinho mais de paciência comigo. Aos poucos irei finalizar cada uma das minhas obras e postar outras novas também.
Obrigada a todos que não desistiram e continuam comigo. Amo vocês! ❤️
minhas outras postagens:
@autorayani2023.01.21Daddy Juice Clinic
@autorayani2022.10.10O fado de Ewan
@autorayani2022.09.20Antes de me acusar, me beija