A Noite Em Questão - XI
ODON
Me vi diante do extenso corredor, cada porta levaria a um lugar especial, mas naquele momento em estava indo em direção a sala do inspetor, por algum motivo havia sido convocado naquela manhã ensolarada enquanto tomava o meu café da manhã, foi um beta, Franklin, parou diante da minha mesa e se estendeu até o meu ouvido; “O inspetor quer falar com você.” Esta foram as suas apalavras, olhei para o seu rosto, eu estava curioso, porém a face deste permanecia séria, quase como indiferente, como se aquele que vos convocava não fosse digno de espanto ou surpresas, eu me levantei e obedeci.
Toquei a porta com desespero, quando a abri entei como um furacão, uma rajada de ar gélido do ar-condicionado pairou sobre mim, eu me arrepiei e quando vi já estava dentro do escritório, porém eu não pude sentir os feromônios do alfa misturados ao cheiro de cigarro, eu tentei não deixar claro a minha curiosidade, olhei novamente, logo apenas ouvi uma voz que pediu para que eu me sentasse, obedeci de ccabeça baixa e olhar vagoo, ao que entendia não havia feito nada de errado, logo não tinha o que temer, ainda sim é díficil explicar meus sentimentos quando olhei para baixo, eu podia sentir os feromõnios de um alfa, porém não pareciam ser do inspetor, o cheiro era forte, mais intenso, docemente dominante, foi quando me dei conta de que não estava diante do Inspetor e sim de um estranho.
Eu olhei para cima, ele estava sentado de frente para mim, uma mesinha de escritório nos separava, eu logo pude ver seu rosto, vendo sua pele pálida, seus cabelos loiros e seus olhos cinzentos pude ter a certeza de quê aquele se tratava do alfa dominante que eu havia visto naquela noite, lembro-me bem de suas feições, eu as esqueci horas depois do ocorrido, porém voltaram a minha mente, me lembrava do medo, da vontade de gritar e das lágrimas, me lembrava inclusive do beijo e das palavras que ele me disse, do jeito que ficou seu rosto quando o arranhei, podia ver uma pequena parte, no mesmo lugar, eu me lembro de seu sangue avermelhado, ficou entre as minhas unhas, seu rosto antes vazio tornou-se rubro, ficou vermelho, suas sombracelhas se arquearam, ele gritou, gritou muito, olhou para mim, vi as lágrimas se formando em seus olhos. “Bastardo!” Me direcionou, comecei a correr, queria ter deixado todas aquelas memórias para trás.
Ele me olhava de modo estranho, não havia como adivinhar no quê poderia estar pensando em fazer comigo, imediatamente, eu me levantei, esta ação o despertou, ele se aprumou da cadeira em um pulo, isso me fez correr até a porta, sua mão foi mais rápida, segurou a maçaneta por trás de mim, me encarou e respirou fundo. “Espere.” Disse ele, logo se encostou sobre a porta, estava claro que não me deixaria sair de modo tão simples, naquele instante eu me afastei bruscamente, atrás de mim havia uma janela coberta pela cortina cor-de-champagne, eu poderia empurrar-la porém creio que as janelas estivessem trancadas. “Se você chegar perto de mim eu vou gritar.” Eu falei, caminahndo de costas. “Não precisamos chegar a este nível.” Disse ele se afastando da porta. “Apenas se sente, eu prometo que não vou lhe fazer mal.” Foi se aproximando aos poucos, imediatamente eu eu me afastei correndo em direção a estante. “Não!” Grito, o mais alto que consigo, meu coração acelera cada vez mais, ele se aproxíma, me segura pelos braços e me pôe contra a parede, como da primeira vez. “Se acalme.” Diz o alfa dominante, começo a me debater lhe deferindo chutes que acertas suas pernas e barriga. “Me solta!” Exclamo, desta vez minha voz saí abafada pelas lágrimas e pela minha falta de ar. “Fique calmo eu só quero conversar com você.” Eu o ignoro e continuo chutando, desta vez ele me solta, me sinto aliviado, penso em correr porém me vejo encurralado entre a estante e a cadeira, ele me observa e então levanta as duas mãos para o alto em sinal de rendição. “Eu não vou me aproximar de você, apenas peço que se acalme.” Diz dando passos para trás.
As bordas do meu uniforme de trabalho estão amarrotadas, ele as apertou com tanta força quee distorceu o tecido em meio aos puxões, eu penso em xingar, me encosto sobre a estante, há duas fileiras de volumes de livros antigos que marcam as minhas costas. “Eu quero lhe pedir desculpas adequadamente.” Suas palavras me pegaram de surpresa, àquela altura nada mais parecia fazer sentido.
“Eu quero me desculpar pelo que fiz com você àquela noite nos fundos do restaurante.” Disse de modo claro, agora estava de costas para a janela de uma distância aceitável. “Quero que saiba que eu não devera ter lhe agarrado e muito menos ter te xingado.” Desta forma parado ele posicionou suas mãos por trás das costas, pude ver as marcas do meu sapato sobre o tecido de sua roupa. “Contudo, eu peço desculpas por ter te tocado inadequadamente, por ter te ofendido e também por ter desrespeitado o seu corpo.” Eu simplesmente não podia acreditar, aquelas palavra eram irreaís, principalmente vindo de alguém como ele, aos poucos fui perdendo o medo, olhei para a porta já me sentindo mais leve. “Eu preciso ir.” Eu disse. “Claro.” Ele imediatamente se aprumou, meio sem jeito tentu arrumar o ternoe afastar a poeira. “Eu apenas preciso te dier algo muito importante.” Disse. “Se permitir que eu me aproxime…” Eu ainda estava fora de mim, geralmente é de se esperar que se desculpem de modo ignorante, pondo a culpa no alcoól ou no Rut, no entanto este homem, este alfa dominante em momento algum tentou se defender ou jogar a culpa em seus instintos.
“Está bem.” Respondi, aos poucos ele foichegando mais perto, até que ao ficar diante de mim aprumou o corpo, ele era alto, mais do quê eu me lembrava, parecia ter dois metros e mais alguns centímetros, olhou bem para mim e se agaichou levemente até ficar do meu tamanho. “Há algo de muito estranho acontecendo neste hotel.” Ele sussurra, como uma criaça que conta eu segredo. “Duas pessoas morrerram em curtos perídos de tempo.” Então eu o observo. “Por quê esta me dizendo isso?” Questiono. “Por que, Odon, tenho razões para acreditar que há um assassino entre nós.” Logo eu respiro fundo, já não em sinto tão calmo, aquela sensação de desespero corre sobre mim. “Mas senhor…” Ele me interrompe. “Me chame de Cedric.” Eu o obedeço. “Mas Cedric…” O nome estalava na minha boca. “Por que você pensou que fosse eu?” Questionei, entre tudo aquela com toda a certezza era a pergunta que mais me trazia curiosidade, ele olhou para baixo, parecia envergonhado. “É por que eu sonhei com você.” Ele respondeu. “Nos teus sonhos eu era o assassino?” Perguntei. “Não.” Respondeu Cedric. “Nos meus sonhos você era um demônio.” Um silêncio constrangedor pairou entre nós. “Nos teus sonhos eu te matava?” Questionei, e logo o alfa tratou de responder-me. “Odon, nos meus sonhos você me levava para o rio e me afogava.”
Publicado por:
- Ambroise Houd
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𝙉𝙊𝙑𝙀𝙇 𝙋𝙇𝘼𝙔𝙇𝙄𝙎𝙏
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