A Arte De Saber - Capítulo 05
Fuyuki acordou desesperado em sua própria cama, ao olhar para o lado viu roupas e camisinhas espalhadas, garrafas e latas de cerveja. Ao olhar novamente para o lado viu aquele cliente, o Hayato, e se desesperou mais ainda. Começou a lembrar da noite passada onde transaram diversas vezes, tentando saciar ambos desejos. Conversaram, beberam e tudo resultou em uma posição diferente. Até mesmo tomaram banho com o vinho de fruta comprado, ou, pelo que ele se lembrava, foi só em Fuyuki que o vinho foi derramado, o que acabou sendo espalhado por ambos os corpos, enquanto Yama (Fuyuki) estava se agarrando fortemente ao outro, sentindo as violentas estocadas que o mesmo dava. Fuyuki percebeu que Hayato gostava bastante de explorar seu corpo com a própria boca, que, depois do ocorrido, estava com o gosto da bebida. Sempre que olhava aqueles olhos sadicos e cheios de prazer sentia a vontade intensa de tomá-lo apenas para si, seu corpo, sua alma, seus sentimentos, tudo. Seu corpo doía mas não a ponto de não conseguir andar. Seu peito doía e apresentava marcas de mordidas em volta, “Ele é animal por acaso? Pra que morder tanto.” Pensou.
Mesmo tendo transado inúmeras vezes — Fuyuki parou de contar a partir da 5° (quinta) vez — Hayato sempre deu atenção ao cuidado com o corpo daquele companheiro. Mesmo sendo parcialmente agressivo, soube quando parar — para não machucá-lo por causa de alguma posição ou de algo que fizesse o menor se sentir desconfortável. Achar o ponto G do mesmo também não foi muito difícil para ele. Ambas pessoas desciam os olhos e olhavam para as bocas até que tomaram o rumo delicado uma para a outra dando assim o início de um beijo atrás do outro. O caminho dos desejos pecaminosos estava traçado para ambos os lados irem na mesma direção e, talvez, se encontrarem no fim.
Hayato parecia dormir tranquilamente ao seu lado, sem se preocupar com nada. Fuyuki, por um breve momento, sentiu inveja dessa tranquilidade, sentiu a inveja de dormir tranquilamente sem nenhum pesadelo lhe rodeando, sentiu a saudade de uma vida despreocupada. A respiração do maior estava calma, seu pulso e coração estavam calmos. O mesmo, sem perceber, se pegou admirando a beleza dele. Se pegou vagueando os olhos pelo corpo e rosto do mesmo, e seus dedos passando sobre o corpo liso e parcialmente sarado dele. Um de seus dedos foi de encontro com os fios ruivos do cabelo, que continham um tom escuro invadindo os mais claros. Enrolava-o em seu dedo e desenrolava diversas vezes pegando um fio diferente a cada vez. Desceu seu dedo até seu rosto, acariciando-o. “Como alguém pode dormir assim? sem se preocupar…?” Pensava ele. A noite havia sido longa mas, ainda sim, sentia a necessidade de sentir aqueles lábios calorosos pelo menos uma última vez, algo que não queria admitir para si próprio. Sem nem perceber estava se aproximando e foi quando Hayato abriu os olhos pretos como a escuridão. Dava para ver a alma dele sugando os desejos mais obscuros de quem estava à sua frente. Como o ditado “Os olhos são a janela para a alma” (de Edgar Allan Poe). Hayato o puxou beijando-o. Entrelaçando suas línguas, fazendo-as “dançar” juntas, com ambas as mãos no rosto de Fuyuki. Finalizou com um selinho, beijando sua testa e se afastando.
— Hmm… Estava me vendo dormir e ficou assim? — Pegou em sua parte íntima, apertando-a levemente — Você é um pervertido, não é mesmo?
Fuyuki ouviu a palavra que lhe refletiu na alma, lembrou de noites atrás e se afastou, fazendo uma posição de proteção, achando que o mesmo o bateria.
— Q-Qual o problema? Não gosta de um pervertido igual a mim? é isso? — Disse com a voz trêmula e seus olhos lacrimejando
— Ahh… Que isso… Você é um belo pervertido, e o melhor até agora… — Disse se sentando, logo após colocando a mão do mesmo em seu rosto. Esfregando a mão do mesmo contra seu rosto. — Você tá tão quentinho… — Disse com uma voz manhosa.
Fuyuki ficou confuso e surpreso com a ação do mesmo, que estava beijando sua mão até a ponta de seus dedos, acariciando seu próprio rosto com a mão do garoto. Ele se aproximou do menor e o deitou na cama cuidadosamente, com as mãos em suas costas e nuca, como se estivesse deitando um bebê. Deu um beijo em sua testa e outros em sua boca. Fuyuki ia em seu ritmo lento e duradouro o que lhe tornava mais excitante e quente. Colocava suas mãos em volta do pescoço dele e suas pernas se envolviam pela cintura do maior. Lábios eram mordidos, chupões eram deixados no pescoço do pequeno japonês deitado embaixo do ruivo. Ao Hayato parar e olhar para Fuyuki viu sua cara erótica e percebeu seus batimentos acelerados. As poucas palavras maliciosas que saiam da boca de Fuyuki — “Não para…” — soavam tão pecaminosas quanto seu rostinho a essa altura do campeonato. Hayato via que o mesmo ia junto a ele, e que ele não era o único aproveitando aqueles momentos, odiaria ser o único. Desceu seus beijos, querendo explorar aquele corpo que parecia ser tão frágil quanto uma boneca de porcelana. Explorá-lo ainda mais, mais do que fez a horas atrás, se é que tinha algo para explorar ainda. Sentiu o menino segurar seu cabelo enquanto lambia lentamente seus mamilos e mordiscando-os, uma vez ou outra. Querendo provocá-lo, desceu até sua barriga e a beijou, olhou para cima e viu aqueles olhos verdes lhe implorando para descer mais, a voz de Fuyuki implorando manhosamente por aquilo lhe faziam endurecer. Colocou as pernas do mesmo ao sentir a ponta do membro do mesmo chegar ao seu queixo, estava molhada com o pré-gozo, desceu sua boca e deu um beijo na ponta da sua glande, passando de leve sua língua. O menor gemia e sentia cada toque. O toque da língua suave em seus peitos. O toque do curto beijo molhado na ponta mais alta do membro dele. O toque das mãos grandes que passavam pelo seu corpo e lhe seguravam. Hayato sabia que, mesmo sem precisar olhar para cima, Fuyuki estava tirando suas costas do colchão e sua cabeça indo para trás ao sentir a língua sendo passada por seu membro, desde baixo até em cima. Ao olhar para cima viu a cara erótica que o garoto fazia. Colocou-o na boca e viu o mesmo se contorcer e se controlar para não empurrar. Falhou e, instintivamente, empurrou contra o céu da boca do mesmo. Hayato sentia em sua garganta, e sabia que não poderia ir ao dentista no dia seguinte como havia agendado. Apertava as pernas do mesmo que estavam sobre seu ombro, ajudando a empurrar na boca de Hayato. Desceu suas mãos as nádegas fartas de Fuyuki e apertou, dando tapas. Cada vez mais fortes. Cada vez mais violentos. O pequeno japonês gemia de prazer ao senti-los. Começou a fazer idas e vindas com sua boca, enfiando até o talo, aumentando a força dos tapas e a velocidade. Depois de um certo tempo, o gosto adocicado do gozo de Fuyuki invadiu sua boca e adentrou em si após engolir. A pessoa que acabou de gemer estava sem voz e ofegante, tentando recuperar a respiração.
— Você ingere bastante abacaxi, né? — Disse terminando engolir.
— Sim, p-por quê? — Disse com a voz trêmula e ofegante, olhando para baixo, segurando sua blusa para cima.
— Seu sêmen é doce, foi fácil de engolir. — Disse enquanto limpava o canto da boca.
Fuyuki corou e voltou sua cabeça para cima, pro teto, anestesiado com o prazer sentido, tentando achar a brecha que fez isso ocorrer.
— Que… Que horas são em? — Disse terminando de recuperar o fôlego e bocejando.
— Deixe-me ver — Foi até sua blusa e pegou o celular. — São 12:00.
— 12:00??? — Se desesperou novamente — Puta merda, eu tenho que me encontrar com o professor daqui a pouco! — Se levantou e sentiu um choque na coluna, caindo no chão de joelhos.
— Ta dando pro professor também? — Soltou uma risada.
— Não seu idiota, eu tenho que fazer o estagio! É segunda! — Disse já irritado.
— Hmm… Estágio… — Começou a passar a língua por dentro da boca cutucando a bochecha e fazendo movimentos de ida e vinda com a mão perto da boca.
Fuyuki viu aquilo e ficou enfurecido. Levantou do chão indo ao guarda-roupa pegando as roupas e um remédio para dor nas costas. O menor parou, olhou para trás e encarou-o.
— Na moral, vai se foder caralho. Não tenho tempo pra você e suas brincadeiras! — Disse furioso. Tacou as roupas de Hayato em cima do mesmo.
— Calma meu amor… Eu estava só brincando não fica bravo — Falou brincando e vendo o mesmo ir pra lá e pra ca nu. Se segurando para não apertar aquela bunda, ou agarrar aquele corpo.
— Brincando ou não, você vai pegar suas roupas, vesti-las, deixar o dinheiro em cima da cama e dar o fora daqui — Ordenou.
— Ok amorzinho.
— E para de me chamar de amor. Não sou sua esposa não caralho! — Fuyuki falou com ele como se nunca mais fosse encontrá-lo, ele não queria mais encontrá-lo, ou era isso que queria dizer para si mesmo.
— Poderia ser…
— Poderia meu pau. Vai levantar pra eu poder arrumar? Tenho que tomar banho ainda.
Fuyuki saiu arrumando a casa, tudo que havia no caminho. Pegou garrafas, diversas camisinhas espalhadas — Ele se assustou ao ver a quantidade —, pegou as latinhas, passou um pano pelo apartamento, arrumou a mesa, sofá e arrumou todos os lugares onde eles haviam transado, passando um pano para desinfetar — não queria ver aquele rapaz nunca mais, não era o que desejava, mas nunca consultava a mesma pessoa 2 vezes, além de Jae. Quando terminou passou a mão no rosto, estava pingando de suor e já havia passado 45 minutos tinha menos de 20 minutos para estar no lugar de encontro. Tomou seu banho às pressas, foi um banho de gato. Suas costas doíam ao se agachar mas não era nada que não poderia aguentar, tomou o remédio às pressas pedindo para a dor passar, seria desconfortável consultar alguém naquele estado e com aquela postura, na qual o professor obviamente reprovaria. “É um novo professor, não terá nenhum ressentimento comigo” Pensou. Colocou uma blusa social branca e uma calça preta, junto a um tênis, acompanhados de um relógio de pulso. Não era nada extremamente caro, queria passar uma sensação confortável à pessoa que consultaria hoje.
Saiu na rua, atrasado, pedindo um táxi, disse o endereço — com dificuldade pela dicção acelerada — e que precisaria estar lá o mais rápido possível. No caminho se questionou diversas vezes sobre sua roupa. Ao chegar saiu do carro e foi até a pessoa que estava virada de costas, não parecia muito diferente dele. Tentava desacelerar o coração e ficar menos ofegante pela pequena caminhada e coração acelerado pela preocupação. Era o professor substituto. O professor que lhe dava aula era idoso e, infelizmente, morreu de infarto a um tempinho atrás. Há menos de 1 mês. Tiveram que contratar um professor experiente às pressas. Tocou no ombro do professor com delicadeza e, claramente, sem muito contato.
— Chegou 10 minutos atrasado. Sabe que isso vai constar na sua avaliação, não sabe? — Disse arrumando o sobretudo, ainda de costas
— Me perdoe pelo atraso — Disse ainda ofegante, e teve a impressão de reconhecer a voz.
— Eu perdoar você não vai fazer o cliente voltar se ele perceber seu atraso, eu não sou ele, não é a mim que tem que pedir desculpas! — Disse severamente, ainda de costas para Fuyuki.
O mesmo ao olhar mais fixamente para os cabelos ruivos do professor se lembrou do cliente, Hayato.
— Ocorreu um imprevisto extremamente ruim.
— Fico magoado em escutar isso Fuyuki. Não foi o que você disse enquanto estava gemendo no meu pau, querido aluno. — Ele se virou dando um sorriso sarcástico ficando cara a cara com o aluno. — Que os jogos comecem…
Publicado por:
- Logan
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