Paixão em Dellvild. - Capítulo 14
Depois do ocorrido no shopping, Brandon e Oliver estreitaram mais ainda o laços, ele ficaram um pouco mais íntimos, no colégio era cogitado que Brandon estava namorando alguém mas ninguém sabia a identidade da pessoa e Brandon não falava nada sobre o boato, o que aumentava mais a expectativa se fosse verdade. Como Brandon andava mais com Oliver que seus companheiros, as meninas chegavam perto de Oliver para saber quem era essa tal ‘namorada’ do Brandon. Oliver, não dizia nada então com o tempo elas decidiram apenas convidar Brandon na cara dura sem se importar se ele estava ou não com alguém.
De início, Oliver não falava nada, mas com o passar do tempo e as investidas das meninas de forma descaradas estavam incomodando muito o jovem rapaz, porém ele não dizia nada. Tinha vezes em que quando estava saturado, ele simplesmente saia de perto do Brandon. Brandon não entendia nada, mas quando ele fez isso, Brandon foi atrás dele querendo saber o que estava de fato ocorrendo.
“Por que veio atrás mim?”
“Você saiu do refeitório sem um motivo, eu fiquei sem saber o que fazer. A menina ficou também muito assustada.”
Quando Oliver ouviu que ele estava falando da garota que estava quase esfregando os seios delas perto dele e falando sacanagens, Oliver não poupou palavras e disse tudo que estava travado dentro de si.
“Brandon, eu já estou ficando cansado dessas garotas indo te assediar abertamente na minha frente, todo santo dia várias mulheres veem e se jogam em cima de você e você não diz nada. Isso tá me cansado mesmo.”
“Se você está incomodado eu posso simplesmente dizer que estamos namorando.”
“Nós dois?”
“Sim.”
“Impossível de acontecer.”
Oliver tinha medo do que poderia acontecer com Brandon daqui para frente, e Brandon sentia o mesmo, mas eles tinham que admitir o relacionamento deles algum dia.
“Então o que devo fazer?”
Oliver colocou a cabeça para funcionar e achou uma solução.
“Você pode até dizer que está namorando, é só dizer que ela não é da cidade e que mora em outro lugar.”
“Tá, e quanto a você?”
“Eu o que?”
“Você não vai dizer que está com alguém?”
O tom de voz de Brandon denota um leve ciúmes, ele queria que Oliver falasse que também estava com alguém, quando Oliver ouviu isso de Brandon, ele prendeu um riso, ele sinceramente não queria rir daquela situação, não agora. Então ele diz.
“Brandon, os meus padrões não são compatíveis com nenhuma menina, não há alguém que vai me achar bonito ou vai se apaixonar por mim. O único a fazer isso foi você.”
“Por isso, e se um cara do nada, tiver algum sentimento por você?”
“Brandon isso é impossível. Por favor. Acho que a única pessoa foi você.”
Brandon se aproxima de Oliver, e ele começa a olhar para os lados, a hora do almoço ia terminar logo, e daqui a pouco esse corredor estaria cheio de gente.
“O que você está fazendo?”
“Eu quero um beijo.”
“Está maluco? Sabe que esse corredor é filmado o dia todo.”
Oliver diz num sussurro, mas Brandon estava irredutivel.
“Só um beijo. Então ficarei tranquilo.”
Oliver ficava olhando e depois de pensar muito, ele beija Brandon levemente na boca, mas foi tão rápido que o outro nem pode saborear direito.
“Pronto, beijei.”
Mas Brandon não se conteve com esse beijo, ele envolveu Oliver pela cintura e puxou para perto de si, não teve nem tempo de lutar, Oliver ficou a mercê de Brandon. Brandon pega o queixo de Oliver e o prende, quando ele faz isso Oliver não conseguia virar nem para a direita ou esquerda, somente olhando fixamente para Brandon. Brandon lhe deu um doce beijo. De primeira Oliver tenta resistir, mas Brandon é quente e envolvente em seus beijos, rapidamente os ossos de Oliver amolecem e seu queixo ora rígido estava flexível e mole. No instante seguinte a língua de Oliver estava envolvendo com a de Brandon, e o jovem esqueceu a onde estava e apenas aproveitou o momento. Quando Brandon terminou, ele olhou para o garoto com seus olhos cálidos e sorriso safado.
“Agora sim, isso é um beijo.”
“Isso não valeu.”
Oliver diz ofegante enquanto observa se havia alguém olhando para eles. Ele olha com olhos cheios de fogo, o mesmo fogo que atiçava Brandon ir além. O sinal toca, e o corredor milagrosamente começa a ficar cheio. Mas os dois jovens continuam parados a olhar um para o outro.
****
Brandon queria passar mais tempo com Oliver, isso inclui passar a noite com ele, mas havia um empecilho: o pai de Oliver. Uma hora ou outra o pai de Oliver ia saber sobre eles, então Brandon resolveu falar com o pai de Oliver. Brandon sabia o nome do pai de Oliver e onde trabalhava. Ele deixou Oliver em casa, mas não entrou, então eles se despediram dentro do carro, quando Oliver entrou em casa ele saiu com carro e desceu a rua indo em direção ao hipermercado. O trânsito estava normal, então ele pode chegar rápido antes mesmo do sol se pôr. O céu estava alaranjado e seco, comum nessa época do ano, mas mesmo assim estava frio, Brandon vestia um moletom cinza de uma marca mundialmente famosa. Ele entra na loja e procura a primeira pessoa sobre onde está o gerente do departamento do setor de depósito. Rapidamente o funcionário liga, e é respondido, em cinco minutos parece um senhor de meia idade de cabelo baixo mas todo coberto de branco. Ele tinha um físico forte, apropriado para quem trabalha naquele setor.
“Estou procurando o senhor Lewis.”
“Bem, Sr. Black, existe 3 Lewis que trabalha no depósito. Qual deles seria?”
“Bruce Lewis.”
De imediato o gerente estava pensando mas logo soube.
“Ah! Deve ser o novato que está trabalhando recentemente, só um instante.”
“Eu posso acompanhar você?”
“Claro, Sr. Black.”
Os dois homens foram em direção ao depósito, que ficava localizado no outro lado, uma grande estrutura metálica reforçada, é tão grande que poderia ser uma nova garagem da loja, quem era antigo no hipermercado sabia quem era o filho do Henry, mas os novatos principalmente quem vieram de longe para morar na capital não conhecia. Quando a presença do filho apareceu num depósito cheio de homens suados e cansados de trabalhar, mudou. O gerente rapidamente apontou quem era Bruce Lewis. Oliver pode ver que ele está em cima de uma paletes de madeira, enquanto guia uma enorme empilhadeira que carrega duas caixas de madeira. Todos os dias produtos chegavam no depósito, eram alguns produtos de outras fazendas do país, produtos importados e mesmo da fazenda dos Black. Homens com porte físico forte junto com a tecnologia movem as cargas a onde tem que está, e vários homens que trabalham somente com a prancheta verificando a entrada e saídas, validade do tipo de carga e armazenagem dos produtos.
Esses produtos são separados e levados por repositores que abastecem o hipermercado, é um ciclo constante que não para pois está sempre faltando algo para colocar na loja. Todos são obrigados a usar equipamentos de seguranças, e há uma rígida fiscalização todos os dias para verificar isso.
Brandon vê o gerente chegando até Bruce e falando com ele, rapidamente Bruce que estava em cima da paletes de madeira desce e passa o serviço para outra pessoa enquanto vem andando com o gerente em sua direção. Ele era um homem alto, muito branco e de traços fortes e cabelos loiros. O físico era totalmente diferente do de Oliver mais uma ou duas características ele tinha igual ao do filho, ele estava sem o capacete branco, segurando nas mãos. O gerente era apenas dois centímetros menor que ele e eles estavam conversando algo enquanto chegava até Brandon.
Quando eles chegam, o gerente apresenta Brandon para ele e ele troca aperto de mão. Brandon percebeu pela força de Bruce, que ele já trabalhou muitos anos nesse meio, ele tinha uma força bruta apesar da pouca musculatura.
“Sr. Black.”
Diz Bruce de forma respeitosa como se já soubesse com quem está falando. O gerente deixa os dois a sós para tratarem do assunto que tem que falar.
“No que posso ajudar, Sr. Black?”
“Sr. Lewis, eu vim falar sobre o Oliver.”
“Meu filho fez alguma coisa com o senhor?”
Antes do Bruce se mudar para Dellvild, ele já sabia da fama dos Black, o Império Black tem lojas espalhadas por todo país e estava sediado no Canadá, fora que eles são um nome de peso na agropecuária no país que transporta tanto internamente quanto externamente pelo mundo. Bruce ficou temeroso pelo o que seu filho tenha feito com o filho de Henry Black.
“Na verdade não, quero dizer, nós nos tornamos amigos no colégio faz um tempo e gostaria de perguntar se esse sábado ele poderia dormir na minha casa.”
Bruce ficou surpreso com a atitude de Brandon, e com o modo do seu filho. Bruce sabia que Oliver era muito recluso e não fazia amizade com facilidade, ficando o tempo todo sozinho. Bruce até tentou estimular isso, mas foi em vão. Mas agora, sabendo que seu filho fez amizade com alguém muito importante, Bruce ficou feliz e aliviado. Ter alguém com uma masculinidade forte ao lado de seu filho pode acender seu jeito e mudar suas características fracas. Bruce acha seu filho fraco e o culpa quase sempre sobre isso, mas constantemente fala isso com sua mulher e culpando ela também pelo modo de seu filho. Suas características físicas e emocionais não eram de um homem e sim semelhante a de uma mulher. Quando Bruce resolve beber, ele exagera e fica bastante agressivo. Ele põe isso para fora e acaba machucando seu filho. Mesmo que no dia seguinte Bruce volte ao normal não lembrando de quase nada, mas ele não sente culpa. Ele até acha melhor que Oliver aprenda a ser forte.
Agora, com o filho de Henry Black, as coisas mudaria provavelmente para melhor, então ele aprovou a amizade de seu filho com Brandon.
“Claro, mas só quero que traga ele cedo no domingo, pois nós vamos para igreja.”
“Tudo bem.”
Depois de se despedirem, Brandon não notou nada de errado em Bruce, apesar do seu perfil bruto, ele era até uma pessoa fácil de se falar e provavelmente de se conviver, e Brandon estava feliz pois ele podia passar mais tempo com Oliver, ele queria mostrar um pouco do seu mundo e descobrir mais sobre o outro. Ele saiu da loja com o espírito limpo. Então antes dele chegar em casa ele ligou para Oliver e disse o que aconteceu. De imediato Oliver desconfiou mas depois ficou bem feliz, ele queria de fato ficar próximo de Brandon, e com autorização de seu pai, Oliver pode respirar aliviado.
****
Era sexta-feira, e todos os alunos estavam animados para o final de semana, mas os dois jovens ficaram mais ainda. Era porque eles ansiavam pelo sábado. Oliver queria voltar a andar a cavalo novamente, e Brandon conseguiu um professor de equitação para Oliver, ele podia treinar todo sábado. Mas uma certa pessoa não estava tão feliz assim, ela saia do banheiro feminino depois de enjoo forte, ela tinha vomitado todo o almoço que comeu hoje, e durante essas semanas ela estava passando tão mal que faltou a maioria dos treinos de torcidas. Ela estava com medo de tirarem de vez. Ela tinha emagrecido alguns quilos porém no centro do seu abdômen estava um pouco oval, era notável que algo estava errado.
Lindsay começou a chorar pensando no pior, sua menstruação que é regrada estava sem vim na data marcada, ela tinha medo de comprar um teste de gravidez pois ela temia que alguém pudesse ver e falar com seus pais, mas ela não tinha outra opção. Depois que ela terminou de vez com Brandon e foi rebaixada como capitã do time de torcida, não restavam muitas amizades, mas ela tinha que fazer alguma coisa. Seu abdômen que era definido e plano estava oval, e algumas calças jeans não fechavam, fazendo ela usar blusas longas. E ela não podia falar com a pessoa que fez essa concepção junto com ela pois ele não iria se responsabilizar e acabar abandonando ela com um bebê. Porém ela estava apavorada com a decisão dos seus pais. Seus pais são pessoas ‘perfeitas’ na sociedade e se eles de repente souberem da gravidez de Lindsay eles surtariam, principalmente seu pai.
Depois da aula, Lindsay foi numa farmácia muito afastada e bem escondida, e comprou o teste de gravidez, o farmacêutico disse que tinha um banheiro que ela podia usar, ela foi para o outro lado e fez xixi no pote recomendável e colocou a fitinha o teste demorava 5 minutos para saber o resultado, mas assim que Lindsay colocou a fitinha, rapidamente a de controle e de teste subiram imediatamente indicando um belo de um positivo. O rosto de Lindsay ficou azul quando viu o positivo no teste, ela estava grávida. Enquanto ele segurava a fitinha do teste estava tremendo muito, então lágrimas saiu de seus olhos junto com agonia.
“O que vou fazer? O que vou fazer?”
Dizia Lindsay com as mãos na cabeça sentada na tampa do vazo em minúsculo gabinete de banheiro. Então ela joga o teste fora, e vai para frente do espelho, sua maquiagem estava um pouco borrada, ela limpa com papel toalha e aplica um brilho nos lábios e passa uma leve camada de blush, e sai do banheiro. Por mais que Berry fosse abandonar ela, ele tinha que saber do que estava acontecendo.
Lindsay estava tão confusa, que não prestava atenção a onde estava indo, ela pega o táxi e volta para o colégio.
Berry Taylor estava no treino de futebol, ele foi selecionado para fazer parte da nova equipe, o treinador tinha grandes expectativas sobre ele, e o sonho de Berry era se tornar um profissional, então o treinador investiu nesse lado dele. Berry era orgulhoso e arrogante mas tinha talento para o futebol. Ele estava participando de mais um rodadas de treinos, e Brandon estava presente. No fim do treino as equipes vão para o vestuário e uma menina de cabelo castanho amarrado em um rabo de cavalo abraçou e beijou Berry, essa era sua nova namorada Mia Murray, ela era do primeiro ano, e estava na equipe de torcida. Eles dois estavam ascendendo muito a popularidade. Berry foi para o vestuário com um largo sorriso.
“E aí Taylor, mandou bem no treino esse novo passe que você fez foi muito bom.”
“Eu sou muito bom.”
Diz Berry indo ao armário pegar uma toalha para tomar banho, ele entra no chuveiro com uma grande felicidade, sua vida e seus sonhos finalmente estavam indo para frente e se ele manter essa meta ele pode alcançar muitas coisas. Quando ele termina de tomar banho e vestir suas roupas, ele sai do vestuário e encontra Mia o esperando do lado de fora. Ele envolve Mia pela cintura e sai do campo de treinamento indo diretamente para o estacionamento. Quando ele estava prestes a chegar à sua vaga, ele ouve uma voz chamando seu nome.
“Berry!”
Lindsay estava linda como sempre, mesmo depois de enfrentar uma tempestade ela conseguia manter uma face impassível. Berry e Mia olham para trás e vê Lindsay. Mia fica surpresa por vê-la ali já que ela anda faltando aos treinos. Berry não entendeu o motivo de Lindsay chamar seu nome, já que ele fez questão que ambos não se falassem mais.
“Precisamos conversar.”
“Berry o que ela com você?”
Diz Mia com uma voz um pouco alterada, ninguém além de Brandon e Oliver sabem sobre o envolvimento dele com Lindsay, ele não queria estragar sua vida perfeita com a Lindsay então ele fecha a cara e de forma fria diz.
“Não temos nada para conversar, volta para casa garota.”
Lágrimas de desespero estava quase caindo nos olhos de Lindsay, mas ela não ia desistir pois foi algo que os dois fizeram não somente ela.
“Você tem certeza? Ou quer que eu fale o que sei para todos?”
Essa ameaça fez com que Berry paralisasse, ainda havia algumas pessoas passando pelo estacionamento,e eles olhavam para Lindsay, Berry não queria uma confusão. Se Lindsay contasse sobre o breve caso deles, ele estaria ferrado no time e sua vida perfeita ia despencar. Então ele fala para sua namorada esperar ele dentro do carro, ela fica temerosa não querendo ir, mas Berry diz que será breve então ela segue caminho até o carro de Berry. Mia vai em direção ao carro. Debaixo de uma grande árvore, os dois estava na sombra, quem passasse não conseguia ver eles direito. Então eles começam a conversar.
“Anda garota, ainda tenho que levar a Mia para casa.”
Diz rispidamente.
“Eu estou grávida.”
“O que?”
Berry faz um rosto duvidoso como se não escutasse o que acabou de ouvir.
“Como assim, grávida?”
“Eu acabei de fazer um exame de farmácia e deu positivo.”
“Para de mentir garota, sabe que a maioria desses teste dão falsos, eu não caio nessa.”
Quando Berry ia dar meia volta, Lindsay pega pelo seu pulso.
“Eu não estou brincando Berry, não só o teste, o meu corpo está mudando, estou passando mal já faz mais de 4 semanas, e minha menstruação está atrasada fora que….”
“O que isso tem a haver comigo? Você só pode estar mentindo para fazer prender a você.”
Então Lindsay sem outra alternativa levanta sua blusa longa e mostra sua barriga que estava um levemente inchada e bem oval. Berry mesmo no escuro consegue ver a circunferência da barriga de Lindsay, Lindsay que sempre teve um dos melhores corpos do colégio tinha uma cara apática um pouco mais magra mas acentuação da barriga era plausível. O botão da sua calça jeans não estava fechando. Berry mudou de cor quando viu a prova. Então tudo aos poucos começou a se encaixar, faz 4 semanas que ele e Lindsay se encontraram pela última vez e seus sintomas são plausíveis com o tempo da gravidez. Mas Berry ainda custava acreditar, então ele atacou.
“Essa criança não pode ser meu filho, antes de transar comigo você era namorada do Brandon, pode ser muito bem filho dele. Eu não vou acreditar em você.”
“Isso é impossível, quando eu e Brandon tínhamos relações ele sempre usava camisinha, na verdade ele sempre usava, em todas as vezes que transei com ele sempre foi com camisinha. Fora que não estávamos tendo relações a um bom tempo. A última pessoa que tive relação foi você Berry, e a data coincidente com o tempo que estou passando mal.”
“E o que quer que eu faça?”
“Nós fizemos isso juntos, então tome responsabilidade disso também.”
“Tomar responsabilidade?”
Diz Berry de forma cruel, suas palavras eram semelhantes a facas afiadas.
“Eu não vou tomar responsabilidade por nada, tenho 16 anos, acabei de tirar minha carteira de habilitação e estou me mandando muito bem no time, não vou destruir meu futuro por causa de uma criança que nem desejei ou planejei. Você que se vire, a responsabilidade é sua, o que tivemos foi passado agora é contigo mesmo. Não me procure mais, tenho que voltar antes que minha namorada estranhe por demorar muito.”
Berry saiu perto de Lindsay deixando ela sozinha e chorando.
****
Não tinha como disfarçar com maquiagem, Lindsay estava destruída por dentro, quando ela voltou para casa somente sua mãe a recebeu, seu pai estava no trabalho fazendo hora extra por causa do inventário. A Sra. Ford, ficou preocupada com a falta de cor de sua filha e sua maquiagem borrada e olhos vermelhos de tanto chorar. Quando ela se aproxima de Lindsay a jovem se despenca de tanto chorar e conta a verdade para mãe. No momento que ela ouve a história de Lindsay ela ficou apavorada, uma gravidez tão nova? Fora que o pai da criança não queria saber ou se responsabilizar. Ela pediu para sua filha ir para o banheiro tomar um banho quente que elas de alguma forma iria resolver.
Depois de tomar um banho Lindsay se sente a mesma coisa, quando sua mãe que estava em seu quarto vê a barriga de Lindsay e a ficha cai que é uma verdade absoluta. Então enquanto elas conversavam elas decidiram fazer o certo: um aborto.
“E quanto ao meu pai? E você mãe? Você não diz que é contra o aborto?”
“Nessas horas não podemos pensar na religião Lindsay, você cometeu um erro, e precisamos concertar, você não tem o pai da criança para apoiar, você só tem a mim, e o aborto é o melhor para ambas as partes.”
“Mãe…”
“Lindsay, se seu pai souber que você engravidou de um qualquer, ele vai enviá-la para sua tia no interior até ter a criança e depois vai desaparecer com ela. Um aborto falicitaria que a criança e você não sofresse nesse mundo cruel, amanhã bem cedo vamos para a ciadade de Sun Valley fazer um aborto numa clinica que é bem famosa. Será tudo correto e dentro da lei, você fará a cirurgia no mesmo dia e terá alta depois que acabar o procedimento.”
Diz sua mãe friamente e convicta de sua decisão. A única pessoa que não saberia seria o pai de Lindsay. E também era dever da Sra. Ford manter a família com um status perfeito.
Então, Lindsay foi deixada no quarto sozinha.
****
Na manhã seguinte estava frio, uma leve camada de geada se formou em cima do segundo carro, a Sra. Ford usava principalmente para se locomover quando precisava de alguma coisa, mas elas precisavam resolver o assunto. A clínica que funcionava 24h em Sun Valley é famosa por fazer abortos, no estado de Dellvild era liberado o aborto, mas quando envolvia uma menor tinha que ter a presença de dos pais ou um responsavel maior de idade. Claro, tinha que comparecer com os principais documentos da paciente e do responsável. A Sra. Ford fez questão de marcar uma cirurgia de urgência, ela tinha suas economias e podia arcar com o procedimento. Sr. Ford chegou bem tarde então todos já estavam dormindo, então ele não soube de nada quando saiu de manhã cedo. A Sra. Ford e Lindsay estavam dentro do carro assim que o carro do Sr. Ford não era mais visto, chegar até Sun Valley era uma viagem de duas horas, então elas tinham que ter pressa. Lindsay não se maquiou e estava usando uma roupa confortável. A mancha arroxeada ao redor dos seus olhos mostram falta de sono, mas as duas ao som de uma rádio local não disseram nada.
Ao chegar em Sun Valley o sol frio não esquentou a calçada e muitos usavam casacos, havia bastante pessoas circulando indo para o trabalho, o transporte público estava cheio e carros buzinavam com a lentidão do trânsito. Tirando a capital de Dellvild. Sun Valley era a segunda cidade mais próspera do estado e contendo bem mais habitantes. A Sra. Ford chegou à clínica 15 minutos antes do atendimento, ela estacionou seu carro na garagem subterrânea e subiu de elevador até o primeiro piso que era destinado a triagem. Com uma finesse de uma mulher culta e muito bem educada, a Sra. Ford vai até a recepção da clínica.
Para a privacidade do paciente, os atendentes foram ensinados a não falar certas coisas, e somente pediu os documentos das duas pessoas, quando tudo foi resolvido a enfermeira acompanhou as duas pessoas até o consultório do médico. Elas são apresentada ao médico ginecológico que fará a curetagem.
O médico pede para Lindsay fazer um exame rápido para saber de fato quantas semanas ela tem. Então ela tira sua roupa e veste roupa hospitalar e deita em cima de uma maca. Então em uma ultrassonografia, o médico pode ver o tamanho e calcular de quantas semanas o feto tinha. Lindsay estava apavorada e com muito medo, sua mãe não acompanhou ficando na sala de espera. Quando Lindsay saiu o médico retornou a chamar elas novamente. O médico falou que o feto tinha uma ótima saúde, estava perfeito, e tinha quase 5 semanas, ele falou que o procedimento seria rápido quase indolor para a paciente. O médico perguntou se as duas precisavam de tempo para pensar no que fazer, mas a Sra. Ford era irredutível, aborto era a melhor coisa a ser feita, mas Lindsay estava se sentindo culpada por tirar uma vida, inclusive sendo seu filho.
“Mãe…”
Lindsay suplica quase em lagrimas.
“Lindsay, você futuramente casará com alguém bom e que tenha ótimas condições para arcar com você e uma futura criança. Mas neste momento no seu estado a decisão do aborto é o melhor. “
Como a última palavra era do responsável, Lindsay não podia fazer nada. Ela subiu para segundo andar que era destinado ao setor ginecológico e pediátrico. Lindsay ficou numa sala separada, esperando fazer a cirurgia. Pacientes que fazia a curetagem sempre ficava separado das mães que ia ter filhos, isso era para diminuir o trauma das mães que fazem o abordo ou que sofre um aborto.
A mãe de Lindsay estava sentada numa poltrona azul bastante confortável enquanto esperava sua filha ser chamada, ainda era cedo mas todos estavam a pleno vapor, dentro da clínica não dava para saber se havia outras pessoas fazendo o mesmo procedimento. Lindsay apenas olhava para baixo, para sua barriga, na hora de fazer o exame para saber de quantas semanas ela estava, ela não olhou para o monitor e não pediu nada ao médico, foi um completo silêncio. Quando o enfermeiro chegou na Lindsay para fazer a cirurgia, ela foi levada para outra maca, o anestesista disse que ela tomaria um anestésico geral, e como foi feito exames antes, estava tudo ok para a cirurgia.
Assim que Lindsay foi furada e um líquido na agulha inserida do no cateter, Lindsay em poucos minutos não viu ou sentiu nada, tudo era escuridão.
Na volta para casa à tarde, Lindsay se sentia oca, ela sentia um enorme vazio dentro do seu corpo, ela queria realmente chorar, mas parece que durante o tempo que chorou ontem às lágrimas parecia ter secado. O médico deu um atestado simples para não denunciar o que ela tinha feito, e a mãe de Lindsay encerrou pagando na recepção. O sol frio de manhã esquentou, e poucas pessoas ainda usavam casacos, mas Lindsay sentia muito frio, frio estranho que fazia seu corpo todo tremer. O procedimento foi muito rápido, quando Lindsay foi perceber, já tinha acabado e ela estava de volta ao seu quarto. Elas esperaram o médico responsável liberar ela, quando foi a tarde elas já estavam fora da clínica dentro do carro voltando para a capital. A viagem de volta foi muito tranquila, o caos do trânsito de manhã cedo já não existia mais, e elas puderam voltar para casa sem grandes problemas.
Quando elas chegaram, Lindsay foi diretamente para o banheiro tirar todo esse dia de seu corpo, e a Sra. Ford como se nada tivesse acontecido, começa a separar os ingredientes para a janta. Mesmo não sentindo dor, Lindsay sentia seu coração e seu corpo sufocado e doendo, a dor de tirar uma vida o fez se sentir como a pior coisa do mundo. Mas já tinha passado, e ela iria retornar a sua vida de antes.
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