Noite de Caça - Capítulo 61
— Ho, eu posso andar sozinho.
Os braços de Baek Doha não se moveram, embora eu me contorcer-se envergonhado.
— Fique parado, certo? Você está sem sapatos. Vai machucar os pés.
Era verdade. Olhei para as solas enlameadas dos meus pés balançando, imaginando onde meus sapatos tinham parado. Andar descalço realmente poderia feri-los.
No entanto, pensei se o homem com bom físico parado ao lado do carro, não iria rir de mim por não ser capaz de andar sozinho. Olhei para o motorista que permanecia parado em silêncio. Estava passando por mais esse constrangimento depois de eu ter mostrado meu lado mais vergonhoso no carro.
— Recebi uma ligação do Dr. Kim Binwoo ele me disse para levar Yoo Seolwoo ao hospital com urgência porque a condição dele é crítica.
— Tenho certeza que antes disse a ele, para vir até nós. Quantas vezes vai me fazer dizer isso? Se dizer isso mais uma vez, você definitivamente terá problemas. O homem não fez mais barulho diante de um tom de irritação feroz.
— Entendo, vou informar. Onde devo dizer para ele ir?
— Diga a ele para vir aqui. Vou ficar preso aqui por um tempo. Seremos apenas nós dois aqui, então este é o lugar mais seguro.
— Hein? Aqui? Quanto tempo o Sr. pretende ficar aqui?
— Até que meu Rut termine.
Depois de dizer isso, Doha me abraçou e entrou no resort. O som de seus passos ressoou excepcionalmente alto no saguão vazio. Os únicos sons que se ouvia eram os som dos passos, das ondas e do vento lá fora. Eu me senti estranho. Somos apenas nós dois neste grande espaço.
— Agora que estamos nessa situação, sinto como se esse prédio fosse meu.
— Devo te dar então?
—Estava constrangido e soltei algumas palavras bobas.
Doha respondeu imediatamente. Ele não me deixou dizer que estava apenas fazendo uma piada.
— Não são apenas palavras vazias. Se você der à luz a meu filho, pretendo te dar todas as ações da construtora. Se você quiser, te dou este resort também.
Não acabou aí, ele foi além e disse isso. Sua voz grossa ressoou em todos os lugares.
— É possível para você doar suas ações tão facilmente?
— Qual é o sentido de não poder fazer isso? Eu disse que vou dar a você.
A resposta que saiu dos lábios de Baek Doha foi extremamente direta. E eu sabia muito bem que ele não estava apenas dizendo palavras vazias. Esse homem me daria qualquer coisa. Tudo que eu quisesse, não, mesmo que eu não quisesse, o homem colocaria uma fortuna em meus braços. Uma pessoa que me confiaria tudo o que tem.
O proprietário de um resort pitoresco que se eleva sobre um penhasco costeiro. Tentei me imaginar andando pelo saguão do resort com o nariz empinado, assim como Yoo Hyunseo passava, com um ar pomposo por todos os lugares. Algo que nunca havia imaginado antes. Algo que pode não ser mais apenas um sonho, é se tornar realidade em um futuro próximo.
Parecia uma ilusão, mas não era.
Coisas milagrosas como, um ômega defeituoso, começar a soltar feromônios e explodir em um ciclo de calor ainda estão acontecendo. Mas não preciso de nada como essa grande riqueza, um resort pitoresco e assim por diante. O que eu mais quero é esse homem. Baek Doha. Assim como os muitos milagres que vem acontecendo até agora, talvez esse homem milagrosamente possa ser meu.
— Você está com frio? Aguente firme. Vai se sentir quentinho quando chegarmos ao quarto.
Quando me agarrei ao seu colarinho com força, ele pensou que era porque eu estava com frio, então me abraçou forte. O elevador não funcionou, então ele subiu uma escada em espiral. Mesmo subindo as escadas com um homem adulto nos braços, ele respirava suavemente caminhava com calma.
Me senti especialmente bem com a firmeza e o calor das suas mãos me apertando, como se tivesse medo que eu caísse. Quantas vezes fui abraçado por esse homem? Aconteceu tantas vezes que eu não me lembro. Ele costuma me carregar nos braços assim. Eu já deveria ter me acostumado com isso, mas é sempre embaraçoso, é tão confortável.
De repente, lembrei-me da minha infância. Do garoto da porta ao lado, que caiu e chorou enquanto brincava comigo. Lembro-me de olhar para ele por um longo tempo, com um sentimento um tanto invejoso, porque seu pai que estava sentado num banco do parquinho, foi correndo até ele, para abraçá-lo e consolá-lo com pequenos tapinhas nas costas. Eu caí da mesma forma enquanto brincava com ele, e ninguém foi até lá para me abraçar.
—Meu filho papai vai comprar Choco Pie para você. Então pare de chorar.
A criança parou de chorar ao ouvir o pai consolando-o.
—Eu não gosto de Choco Pie. Compre OhYes!
O menino gritou vigorosamente como se nunca tivesse chorado antes. Estava com inveja. Também estava dolorido. Gostava tanto de Choco Pie quanto de
OhYes. Na verdade, eu poderia comer qualquer coisa. Enquanto eu olhava para ele com inveja, o homem que segurava a criança se aproximou e me perguntou.
—Seolwoo, você quer que o tio compre, OhYes para você também?
Mas eu disse: —Não, obrigado. Não estou com fome, balancei a cabeça enquanto dizia isso. Porque se minha mãe descobrisse que eu comi algo que outra pessoa me ofereceu, ela me espancaria até a morte. Mas a verdade é que eu também queria muito comer, um bolinho de chocolate que derrete na boca.
Então me levantei sozinho, limpei a sujeira agarrada aos meus joelhos sangrando e voltei para casa mancando. A minha mãe, que estava bêbeda, gritou e jogou em mim
uma garrafa de álcool, perguntando onde eu estava.
Talvez porque me lembrei dos meus dias de fome, um trovão ressoou em meu estômago. Baek Doha riu alto. Foi embaraçoso.
— O quê é? Você está com fome?
— Sim.
Eu não menti como fazia quando era uma criança. Agora eu posso dizer a verdade.
— O que você mais quer comer?
— Choco Pie. OhYes, também é gostoso.
— O que é isso? É um biscoito? É difícil conseguir? Vou dizer ao gerente Han para trazer.
Você realmente não sabe? É um bolinho comum vendido em todo tipo de lojas de conveniência, Doha nunca experimentou? ‘Se não conseguir em lugar nenhum, vá direto na fábrica. Ligue para os chefs e diga a eles para fazerem os doces.’ Era uma imaginação agradável e divertida.
Ele subiu até o quarto andar e andou por um grande corredor, então parou na frente de um quarto. Era um quarto com uma placa de identificação bastante grande na porta, nela estava escrito <Great Ocean View Room*>. Parecia ser uma suíte do resort. Assim
que ele abriu a porta e entramos, soltei uma exclamação.
*(Excelente quarto com vista para o mar)
Ainda em seus braços eu virei a cabeça e olhei em volta. Uma das paredes do quarto era de vidro, e o mar estendia-se através da janela. Assim como contemplava o rio Han da janela do apartamento em Seul, que ele tinha preparado para mim, dizendo que era a minha casa. Tudo era azul através do vidro.
Ele me colocou no chão assim que entrou no quarto. O tapete macio parecia envolver-se nas solas dos meus pés. Assim que coloquei o pé no chão, corri e abri a janela. O vento frio soprou fazendo meu cabelo esvoaçar. No final da tarde, a superfície da água foi iluminada pelo dourado da luz do sol. Um bando de gaivotas voavam pacificamente acima do céu azul, o som das ondas era ouvido enquanto se agitavam. Fiquei hipnotizado pela bela visão que me levou às lágrimas.
— É realmente, incrível.
Baek Doha silenciosamente se aproximou e ficou ao meu lado.
— É o seu primeiro ciclo de calor, então eu queria tornar esse momento uma ótima lembrança.
— Não viemos até aqui porque você estava com pressa para encontrar um lugar próximo?
— Tem isso também.
Ele admitiu sem tentar inventar desculpas. Então, acrescentou sem rodeios.
— Senti que meu pau estava prestes a estourar, o que você queria que eu fizesse?
Não podia colocar tudo no carro, certo?
Comecei a rir com as palavras vulgares que saíram sem a menor hesitação da bela boca. Consegui sentir o seu olhar. Um olhar gritante que olhava apenas para mim. Mesmo com a linda paisagem à sua frente, ele só tinha olhos para o meu rosto.
O cheiro do mar, o vento e os feromônios de Baek Doha pairavam no ar. Não havia nada mais perfeito.
Fingindo não ter ouvido, virei a cabeça e olhei para ele. As pupilas vermelhas,
refletidas pelo sol, ainda eram lindas. São igualmente bonitos, mas o mar dourado está longe e Baek Doha está bem na minha frente. Por mais que eu estenda a mão, não consigo alcançar o mar, mas minhas mãos podem alcançar o lindo rosto de Doha.
Posso até tocá-lo.
Quando estendi a mão, ele sorriu, agarrou-me pelo pulso e me mordeu levemente. Em seguida, colocou a língua para fora e lambeu meus dedos. Como um cachorro que, involuntariamente, morde a mão do seu dono e a lambe rapidamente para pedir desculpas. Ele lambeu meus dedos trêmulos e colocou uma de suas mãos em volta da minha cintura.
— Vou deixar você comer um monte de lanches mais tarde.
Os lábios vermelhos que lambiam meus dedos se aproximaram. A boca macia que me tocava ainda era doce. Tinha um sabor terno e emocionante, como o bolinho de chocolate que eu queria tanto comer quando era criança. Podia facilmente lamber e chupar os doces lábios como uma criança faminta. Não há ninguém para me repreender. Somos apenas eu e Baek Doha aqui.
Corajosamente mordisquei seus lábios grossos. Os chupei, mordi e lambi. Uma
risada rapidamente vazou de seus lábios enquanto eu os mordia. Ele estava disposto a responder ao meu beijo desajeitado. Doha sorriu, exalou excitado e abriu mais a boca.
Levantei meus calcanhares e passei meus braços em volta de seu pescoço. A mão em volta da cintura me apertou com mais força e me abraçou. Com a outra mão ele fechou a janela. Mesmo com a janela fechada, o vento frio com o som das ondas continuava soprando.
No entanto, o frio desapareceu rapidamente e o meu corpo instantaneamente voltou a ferver. Como sempre quando estava perto do
homem.
Nós nos abraçamos, de forma leve, profunda, intensa, nos beijando de novo e de novo. Enquanto eu estava embriagado na doçura deslumbrante, ele me deitou na cama. O colchão macio tocou minhas costas e a bainha do meu casaco mal fechado foi aberta.
Ele entrou sem hesitar entre minhas pernas. Não havia necessidade de afrouxar o buraco. A abertura já estava solta. Baek Doha abriu o zíper de suas calças e imediatamente inseriu seu pênis em mim. O buraco molhado aceitou o membro grosso sem nenhuma relutância.
— Ugh, ahhh!
Embora tenha empurrado bruscamente até o fim de uma vez, a parede interna sugou e engoliu bem. Pensei que já estivesse enfiado até a raiz, mas ele balançou as costas, apunhalando ainda mais fundo com movimentos suaves.
— Não importa quantas vezes você implore para tirá-lo, não posso mais fazer isso.
Ele soltou seu hálito quente como se estivesse em agonia. Senti o pau dentro de mim, inchar como se fossem explodir. Era bem diferente da sensação logo antes da ejaculação.
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