Maktub - Capítulo 1
Trento, Itália.
– Signore, il caffè che hai ordinato per il viaggio. – a funcionária do café fala ao entregá-lo o seu pedido.
– Grazie! – Matteo responde com um sorriso em seu rosto e bebe um gole do café, que está quente e com pouco açúcar, do jeito que gosta. Ao se virar em direção a porta, seus olhos encontram os de um homem sentado próximo a janela, ambos se encaram com os olhos arregalados, até que Matteo decide tomar a iniciativa.
– Dilan, é bom te ver. – ele se aproxima da mesa e sorri de forma gentil.
– Oi, Matteo… é bom te ver também. – Dilan tira seus óculos e o observa com um olhar doce. Algo típico dele.
– Você está bem ? – ele o questiona hesitante. Se sentia inquieto e seus dedos não paravam de se chocar contra o copo de papel.
– Sim, e você ? – Dilan fecha o livro que estava lendo e sorri.
– B-bem… – Matteo cora. Apesar de só ter passado alguns anos, para ele, pareciam séculos desde que o viu sorrir.
– Isso é bom.
– É… então eu vou indo. Boa leitura! – ele acena com a cabeça e segue em direção a porta.
– Matteo, espera. – Dilan se levanta de repente e o encara com um olhar estranho, quase desesperado.
– Sim ? – ele para e volta sua atenção para Dilan.
– Senta, vamos conversar um pouco. Mas se estiver ocupado, tudo bem… – Dilan suspira e desvia seu olhar para a mesa.
– Não! Não! eu não tenho nenhum compromisso agora! – Matteo se apressa e se senta de frente para ele. Os homens se encaram em um silêncio constrangedor por alguns minutos, sem saberem o que dizer.
– Então… como vai sua mãe ? Ainda está dando aula ? – Dilan o questiona, tentando quebrar o gelo.
– Na verdade ela faleceu há dois anos. Foi câncer.
– Sério ? Eu não sabia… – ele suspira e esconde seu rosto entre os braços, envergonhado com o seu erro.
– Tudo bem, não tinha como você saber! – Matteo ri, tentando acalmá-lo e instintivamente toca seu cabelo castanho, acariciando os fios. Dilan ergue sua cabeça de repente e o encara com os olhos arregalados.
– D-desculpe… – ele murmura.
– Velhos hábitos, não é ?
– Sim.
– Parece que você não mudou nada. – Dilan apoia o queixo na palma da mão e sorri. Era quase aconchegante pensar que ele ainda era o mesmo.
– Já você, parece que mudou muito. O corte de cabelo, perfume, o óculos… – Matteo aponta em direção ao objeto.
– Reparou no meu perfume ?
– Sim, é bem forte! – ele ri.
– Foi realmente bom ter te reencontrado, Matteo. – Dilan sorri, com o rosto levemente corado. Vê-lo rir tão relaxado era nostálgico, ao ponto de fazer o seu coração palpitar.
– Eu… senti sua falta, Dilan. – ele murmura ansioso.
– Eu sei. – Dilan desliza sua mão em direção a mão de Matteo, acariciando o dorso dela.
– Dilan… – Matteo murmura novamente, mas é interrompido pelo barulho do seu celular tocando.
– Desculpe, preciso atender. – ele tira o objeto do bolso do seu casaco e atende a ligação, que não dura mais que três minutos. Ao terminar, Matteo suspira e sente seu peito apertar.
– Tenho que ir. É trabalho.
– Matteo, eu acabei de me mudar para Trento e não conheço ninguém, então se estiver livre hoje à noite, podemos comer um pouco de macarrão italiano e beber um bom vinho. O que acha ? – Dilan lhe mostra um sorriso astuto e mantém seus grandes olhos verdes sobre ele.
– Se cozinhar para mim, ficarei feliz em comprar um bom vinho e te encontrar hoje à noite.
– Ótimo. – ele pega sua bolsa que estava na cadeira ao lado e tira um bloco de notas e caneta, escreve algo no papel e entrega a Matteo.
– Me ligue. Odeio mensagens.
– Vou ligar.
_______________
– Se lembra dele ? Aquele cara era tão chato! – Dilan ri, enquanto relembra coisas idiotas do seu passado.
– Sim, ele implicava com todos os garotos do time. Um saco! – Matteo também ri e bebe um gole de vinho.
– As vezes sinto falta dessa época…
– Eu também. Acho que aqueles foram os melhores anos da minha vida.
– Sim, para mim também. Tudo era tão fácil naquele tempo. – ele ri novamente, mas logo o silêncio toma conta do local.
– Dilan… – Metteo se inclina para frente e toca o dorso da mão esquerda de Dilan, em seguida acaricia seu dedo anelar enquanto o observa fixamente.
– Quer saber se estou com alguém ? – ele sorri.
– Sim… – Matteo murmura envergonhado.
– Não estou, não há ninguém. – Dilan entrelaça seus dedos com os dele e pode ouvi-lo suspirar aliviado.
– Já faz vinte anos, Matteo. Ainda pensa nisso ?
– Eu mentiria se dissesse que não. – ele lhe mostra um sorriso doloroso, mas mantém seus olhos na mão de Dilan.
– Bom, eu não sei o que dizer. – Dilan recua e cruza os braços. Não queria que ele notasse que sua mão estava tremendo.
– Tudo bem, seria pedir muito que depois de tudo, você ainda me amasse.
– Matteo, olhe para mim. – ele acaricia seu rosto e segura seu queixo, fazendo com que Matteo olhe em sua direção.
– Você não mudou nada, não é ? Nós já temos quarenta anos e você continua sendo um bebê chorão! – Dilan ri e acaricia seus cabelos, bagunçando os fios, que estão começando a ficar grisalhos.
– Não sou mais um bebê chorão, eu só me sinto ansioso. – Matteo segura sua mão e a leva até sua bochecha, ao sentir seu toque, ele suspira e fecha seus olhos.
– Desde que te encontrei no café estou tentando parecer maduro e legal, mas a verdade é que meu coração não para de palpitar, minhas mãos tremem e cada vez que meus olhos encontram os seus, quero te tocar. – ele beija a palma da mão de Dilan e abre seus olhos, o encarando com um olhar feroz.
– Sou apenas um velho, e você ainda sente tesão por mim ? – Dilan o questiona com um olhar astuto, mas o rosto corado.
– Sim, sempre. Desde o ensino médio.
– Então me foda, Matteo. Estou ficando impaciente. – ele sorri e desliza o polegar por seus lábios. Matteo o encara surpreso, mas não pensa duas vezes em avançar sobre Dilan. Ele o tira da cadeira, o puxando para cima e fazendo com que fique de pé, mas logo o pega em seu colo e finalmente o beija. Suas línguas se entrelaçam, competindo por um espaço na boca um do outro enquanto a ereção cresce na calça de ambos.
– Matteo… – Dilan murmura ofegante e se agarra ao seu corpo. Seu toque bruto e descuidado, contrastando com seus beijos doces e amorosos continuavam como se lembrava. Amava isso.
– Quarto. – Matteo murmura enquanto observa fixamente os lábios carnudos e avermelhados de Dilan por causa do vinho. Não queria se afastar dela.
– Ali. – ele aponta em direção a uma porta e Matteo segue para lá. Ao entrar no cômodo, suas narinas são invadidas pelo forte cheiro de Dilan, que está espalhado por todo o local. Ele o põe gentilmente sobre a cama e rapidamente se livra da sua camisa, em seguida se acomoda entre suas pernas e se inclina sobre Dilan, o beijando novamente, mas dessa vez, com mais paixão e desespero.
– Ei, vai com calma… – Dilan fala ofegante e o afasta, notando o misto de ansiedade e excitação em seu rosto.
– Me toque do jeito que eu gosto. Tenho certeza de que se lembra. – ele acaricia seu rosto e lhe dá um beijo rápido.
– Eu nunca me esqueceria. – Matteo sorri e logo suas mãos avançam em direção a sua calça, a retirando junto da sua cueca e deixando sua ereção à mostra.
– Lindo… – ele sussurra enquanto desliza seus dedos pelo tronco de Dilan, não imaginou que após tantos anos o tocaria novamente, por isso não podia conter sua emoção. Matteo afasta suas pernas e começa a masturba-lo.
– Já está molhado. – Matteo sorri e acaricia a cabeça do seu pau com o polegar, o provocando.
– N-não faça isso… ah! – Dilan choraminga e se contorce.
– Fazer o quê ? – ele segura seu pau com força e aumenta a velocidade dos seus movimentos.
– Idiota, se apresse! – Dilan esbraveja e o puxa pelos cabelos.
– Está tão desesperado assim ? – Matteo lhe mostra um sorriso astuto.
– Sim, igual a você! – ele ri e esfrega o joelho contra a sua ereção.
– Então vou garantir que ambos fiquem satisfeitos! – Matteo agarra a parte posterior de suas coxas e as empurra em direção ao seu abdômen, fazendo com que Dilan erga seu quadril, o deixando próximo a altura do seu rosto. Logo depois ele desliza sua língua pelo local, o deixando encharcado de saliva.
– Cacete… eu já não sou mais tão jovem, sabia ? – Dilan esbraveja, mas logo o prazer percorre seu corpo e seu rosto ganha uma doce expressão. Era o que Matteo queria ver.
– Ma… tteo… ah! – ele inclina a cabeça para trás e não consegue conter seus gemidos. Matteo sempre havia sido habilidoso com sua língua.
Matteo sorri ao ver sua reação e o penetra com sua língua, a movendo para cima e para baixo em seu interior, o afrouxando.
– Merda, eu vou… – Dilan agarra os cabelos de Matteo e pressiona sua cabeça contra seu corpo, fazendo com que sua língua chegue mais fundo. Ao notar que Dilan estava prestes a gozar, ele abraça sua cintura e afunda o rosto em sua bunda, não se cansava do seu gosto.
– Matteo… ah! – ele sussurra entre seus gemidos e goza. Matteo o solta e põe seu pau para fora, que lateja ansioso para se enterrar em seu interior.
– Vou entrar. – ele avisa e o penetra de uma vez, sendo recebido pelo calor do seu corpo.
– Porra… – Matteo deixa um gemido rouco escapar e inclina sua cabeça para trás. Era como um sonho estar dentro dele novamente.
– Mat… – Dilan choraminga e estende seus braços. Queria senti-lo por inteiro. Matteo se inclina sobre ele e o abraça, o pressionando para baixo e fazendo com que ele vá de encontro ao seu pau.
Matteo se move com certa brutalidade e rapidez, o penetrando fundo e golpeando sua próstata, fazendo com que Dilan deixe doces gemidos escaparem, que ressoam em seus ouvidos o deixando atordoado e ainda mais excitado.
– Matteo, mais, me dê mais… – ele segura seu rosto e o encara com um olhar cheio de necessidade e amor.
– Dilan… ti voglio. – Matteo murmura e sente seu coração palpitar, se sentia como um adolescente novamente e não podia se controlar diante do seu primeiro e único amor.
– Hum… de novo, ah! – Dilan envolve seus braços ao redor do pescoço de Matteo e o abraça com força, enquanto goza novamente.
– Se sente bem ? – ele o questiona ofegante e acaricia seus cabelos.
– Sim. – Dilan sorri e beija a palma de sua mão, o observando com um olhar travesso.
– Que bom. – Matteo sorri aliviado e seu rosto cora.
– Continue, Matteo. Ainda não estou satisfeito. – ele sussurra próximo ao seu ouvido e mordisca o lóbulo da sua orelha.
– Sim, Dilan…
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