Garland Jujin Omegaverse - Capítulo 12
O jardim da família Siegfried era tão lindo quanto o da família Müller mas, de certa forma, era muito mais funcional e organizado. Jill que estava acostumado com o jardim da família Müller, um lugar em que aproveitava ao máximo a natureza, ficou um pouco desconfortável com todos aqueles ornamentos extremamente lindos. Teve a impressão que os outros ômegas utilizavam o lugar para relaxar porque havia muitas flores e uma linda área de descanso. Chafariz, bancos, guarda-sol… Claro, Jill não sentia vontade de utilizar o espaço da mesma forma que todos os outros ômegas.
Os ômegas que entravam nesta mansão eram mais pretensiosos que o ômegas da família Müller e o faziam sentir mil vezes mais deslocado.
Jill foi para os fundos, parte que era utilizada exclusivamente pelos empregados, já que a parte da frente era visitada por aristocratas e pessoas ligadas às finanças. Ao dia seguinte do incidente, ele andou por muito tempo por vários lugares para tentar descobrir como lidar com sua solidão e irritação. Havia flores bem cuidadas, algumas árvores exóticas plantadas pelos arredores e também um pergolado oriental onde os empregados podiam beber suco e chá. A horta também era incrível, e as ervas utilizadas na casa eram plantadas ali, tal como na mansão Müller. Também havia um galinheiro enorme nos fundos. Jill gostava muito de hortas e galinheiros que transmitiam uma sensação única, neste lugar conseguia se sentir a vontade pois lembrava de sua casa. Tudo era tranquilo em volta, até mesmo agora quando dava um passeio e admirava as flores e as árvores, as galinhas corriam e o saudavam com um cacarejo animado. Quando olhou para elas disse:
“Bom dia a todos!”
Os poleiros com os ninhos estavam bem alinhados junto a parede e em seu interior haviam muitos ovos de todos os tamanhos. Algumas galinhas se amontoavam na pequena porta enquanto cacarejavam, bicavam e batiam suas assas freneticamente. Se estivesse na casa da sua mãe, seguramente teria aberto a porta do galinheiro para deixá-las brincar, mas seria inapropriado fazer isso em um lugar ao qual não pertencia.
“Desculpe, não posso brincar.”
Sorriu e se desculpou em um suspiro enquanto olhava as galinhas.
Uma semana se passou desde que começou a morar com a família Siegfried. Jill não havia conseguido falar novamente com Diego porque o lobo parecia desconfortável perto dele e Jill não pensava em perdoá-lo jamais. No fim das contas, só havia duas opções para os dois: Conceber uma criança ou Jill retornar para a família Müller conforme o planejado. Claro, sem importar quais eram as possibilidades, não parecia existir um final feliz para Jill. Ter um filho e agradar a sua mãe não iria deixá-lo satisfeito e mesmo que voltasse com as mãos vazias, não significava que poderia ser livre. Em qualquer dos casos, teria que ficar afastado de Diego, para início de conversa. Ele não era um amigo nem uma pessoa compreensível. Não havia lugar para Jill aqui, nem com Stella nem com Albert. A mansão Siegfried era muito maior que a da família Müller que, para ele, não passava de um palácio menor e mais sufocante.
Pensando nisso, simplesmente fechou os olhos e soltou um suspiro profundo enquanto olhava as galinhas correndo dentro do galinheiro.
“Parece que você gosta mesmo de galinhas”.
Jill se virou em direção a voz. Diego estava de pé, com um corpo enorme que não combinava nenhum pouco com a harmonia do jardim. Com uma expressão determinada, estendeu para Jill um enorme ramo de flores que trazia nas mãos.
“Eu… fui péssimo no outro dia.” Disse com um olhar sério. “Eu disse que não precisava de um filho, mas… Falei isso sem pensar nos seus sentimentos. Por favor, você pode me perdoar?”
Foi a cabeça dele que chamou atenção. As orelhas, normalmente levantadas, agora estavam murchas. E mesmo tentando transmitir uma imagem de lobo triste, começou a parecer mais com um cachorrinho repreendido. Até mesmo seu corpo parecia ter encolhido, sem nem uma gota de dignidade ou intimidação.
“Prometo que… Vou me esforçar para me dar bem com você. Não vou te forçar, nem brigar. Eu sei que deveria ter me desculpado de imediato com você aquela vez mas, enquanto pensava em como me desculpar, uma semana inteira se passou sem eu perceber. Sinto muito”.
Jill apertou a barra de sua roupa. Não queria que ele se desculpasse porque já havia decidido que não o perdoaria.
“Estou bravo. Mas, se você não quer me incomodar novamente, te peço que me deixe em paz”.
“Não posso fazer isso”.
“Por que não? De qualquer forma vou ficar até quando sua família quiser”.
Diego olhou pra ele incrivelmente triste: “Entendo que não seja fácil me perdoar, mas ao menos aceite isso”.
Voltou a levantar o ramo de flores que Jill recebeu muito a contragosto. O ramo estava formado por papel amarelo e tinha muitas flore que balançavam de um lado para o outro. Todas tinham um aroma ligeiramente refrescante e doce, como mel. Havia pequenos brotos de Zan, uma flor usada em rituais, e também uma ou outra flor-sino. Jill afundou seu nariz no buquê. Era um cheiro nostálgico…
“São lindas…”
“Então…?”
“Se não volta a quebrar a sua promessa novamente, está bem”.
Disse, tentando manter a calma e a maturidade ainda que seu coração estivesse loucamente acelerado. Afinal, eram Alfa e ômega.
“E não quero me desculpar só por isso, mas também por… Pela forma em que te tirei de casa. Não foi certo, então gostaria que me dissesse se tem algo que eu poderia fazer por você”.
Jill olhou o rosto de Diego por cima do ramo de flores.
“Está mesmo bem eu pedir algo?”
“Oh, mas é claro!”
“Então, tem alguém que eu gostaria de ver”.
Jill respondeu, pensando que não daria em nada. Tudo ia bem com suas desculpas, mas obviamente ele não permitiria que um ômega como saísse da casa sem mais nem menos. Quando lhe dissesse que era difícil, seria sua vez de pedir perdão.
“Você gostaria de ver alguém? É um amigo?”
“Um amigo de infância, se chama Albert. É um membro da família Reinhardt, cujas terras ficam próximas as da família Müller. Quero ver ele para me despedir ou, do contrário, ele vai ficar preocupado”.
Jill percebeu que Diego tinha uma expressão estranha. No entanto, parecia estar decidido a cumprir sua promessa.
“Entendi, é um amigo de infância. Acho que depois de tudo que aconteceu, é natural que você queira contar a ele a situação. Claro, não me importo que vá vê-lo.”
“Eh?” Jill estava muito confuso. “Não tem problema?”
“Oh, mas é claro que não. Abert é seu amigo de infância, afinal”.
Mas Jill, obviamente, não mencionou que, além de amigo, Abert chegou a ser seu noivo. Além disso, também não falou que se tratava de um homem-fera. O rosto de Jill parecia perdido.
“Aconteceu alguma coisa?”
“Não, nada”.
“Então… vou providenciar sua viagem”.
“Tudo bem mesmo?”
Jill precisava comprovar repetidamente.
“É muito tarde para dizer não depois de eu ter te dado a minha palavra. Mas escute…” Diego segurou Jill firmemente e ele ficou cauteloso. “Não vou pedir que me responda agora, mas a verdade é que eu quero te conhecer melhor. Acho que… deve ter uma razão para permanecermos juntos”.
O peito de Jill começou a doer pelo profundo que os olhos de Diego pareciam. Ninguém nunca lhe disse que gostaria de conhecê-lo melhor. Por que Diego disse isso então? Ele deveria estar em uma posição onde proibisse Jill de reclamar, ou estar irritado e prendê-lo…
“Por quê?”
Quando murmurou isso, Diego aparentou se distrair por um instante.
“Desculpe, não quis ser rude”.
“Não foi. É só que… Como membro da família Siegfried, com certeza está envolvido com muito outros ômegas. Você fala pra todos eles que gostaria de conhecê-los melhor?”
Diego não disse nada, então Jill percebeu que realmente espera escutar novamente. Talvez outra frase. Entretanto, rapidamente Diego começou a negar com a cabeça. Era essa estranha familiaridade nele que fez Jill pensar que poderiam ser amigos no início! Mas não havia forma disso acontecer.
“O que quero dizer é que outros ômegas estariam melhor preparados do que eu”.
“Não, você é bom o suficiente para mim”. Falou Diego com entusiasmo, como se não tivesse percebido o que acabou de dizer. “Além disso, vamos continuar cooperando um com o outro, então é ruim que eu queira te conhecer melhor? Deveríamos nos conhecer melhor independente disso, afinal você é muito interessante!”
Desta vez, sentiu um nó na garganta. Não espera isso, assim que, não teve outra opção a não ser acreditar no que ouviu. Talvez, só talvez, Diego tivesse mudado afinal. Ainda era um alfa, lógico, mas já não parecia ser o mesmo daquela noite. Mesmo estando em uma posição que lhe permitia ser arrogante, decidiu se desculpar, além de pensar no que dizer durante uma semana.
“Claro, você pode decidir. Está tudo bem responder se ficará comigo ou não na mansão depois que visitar o seu amigo de infância. Dessa forma vai ver que pode confiar em mim”.
Quando escutou a voz de Diego, tentando dar o melhor de si, seu coração começou a ficar quentinho cada vez mais.
Jill apertou o ramo de flores contra o peito e disse: “Obrigado. Fico feliz”.
Não queria admitir mas, conseguia sentir seu peito relaxando de forma lenta e constante. Mesmo que os planos dele fossem uma porcaria, ficava feliz ao saber que ele não o tipo de pessoa que se satisfazia ao reprimir alguém como Jill.
“Tudo bem se eu for sozinho? Quero dizer, não acho que alguém poderá me acompanhar já que todos na família Siegfried parecem estar tão ocupado, então…”
“Não, eu vou com você”.
“Tem medo de que eu fuja?”
“Não, vou porque é me dever”.
Disse Diego, mostrando um lindo sorriso. Jill fez um pequeno gesto despedindo-se e se virou, mas o lobo o seguiu mesmo assim. Curiosamente, seu passo era suave e rápido. E até um pouco brincalhão.
Depois de cruzar a ala oeste, Diego chamou Norn ao chegar a entrada do prédio principal.
“Prepare uma carruagem imediatamente. Jill e eu vamos visitar a família Reinhart. Fica perto da antiga casa de Jill”.
Norn, como era de se esperar, apenas sorriu e disse: “É uma escolha muito interessante” e logo acrescentou: “Mas Diego-sama irá com Jill?”
“Claro, Jill deseja visitar seu amigo de infância”.
“Oh, um amigo? Então, Diego-sama quer conhecer o amigo de infância de Jill-sama pessoalmente?”
“Algo assim”.
Norn assentiu, estreitando seus enormes olhos redondos.
“Jill sabe que sua presença não é necessária?”
“….claro”.
Mas não tinha certeza disso. Normalmente, não era bem-visto que um alfa acompanhasse um ômega em seus assuntos pessoais. Assim se dois empregados da mansão os acompanhassem seria mais do que suficiente.
“Não há o que se fazer, Diego-sama”.
Norn saiu e imediatamente após trouxe tudo o que precisariam para viagem.
Jill vestia uma capa leve e subiu a carruagem sem pensar muito no assunto. Tinha medo e estava muito nervoso por encontrar Albert depois de tanto tempo. Até mesmo sentiu um certo desespero. Quer dizer, tinha certeza de que o homem estaria muito alterado por seu desaparecimento, então o melhor seria se desculpar e explicar tudo do início ao fim. Imaginou que ele poderia estar bravo, mas seu caráter nunca havia sido um problema na hora de lidar com ele.
Sentindo-se muito mais tranquilo, comparado ao dia em que chegou a mansão Siegfried, Jill observou atentamente o caminho que a carruagem percorreu desde que saiu da porta da mansão até chegar a estrada. A pequena carruagem atravessou a vila, perto de onde ficava a mansão Müller, e chegou rapidamente a mansão de Albert. O lugar era uma casa tranquila com um jardim exuberante e bem cuidado. Quando a carruagem parou em frente a charmosa entrada de pedra, Diego baixou os olhos em direção a Jill e acomodou com cuidado a flor xadrez que Norn havia lhe colocado no peito antes de sair.
“Estarei esperando aqui. Me chame se precisar!”
“Sim”.
Com sorte, Diego e Albert não teriam que se conhecer nunca.
Quando bateu à porta, com esperança de ver Albert imediatamente, surgi diante dele o mordomo que lhe perguntou suas intenções em um tom incrivelmente rude. Entretanto, a voz de Albert soou rapidamente desde o interior da mansão.
“Jill?”
Se sentiu relaxado com o simples fato de escutar sua voz.
“Albert!”
“Jill!”
Albert tinha uma evidente expressão de surpresa no rosto. Mesmo assim, se jogou nos braços de Jill para lhe dar um abraço apertado. Em seguida, afastou lentamente seu corpo de Jill, o olhou nos olhos e chocalhou seus ombros para frente e para trás dizendo:
O que foi cara? Voltou tão rápido? Ou saiu do curso de matrimonial em segredo?
“Curso matrimonial?”
Jill, que estava ali para se desculpar por sumir de forma repentina, se surpreendeu com aquelas palavras. Albert continuou:
“Sua mãe disse que estava fazendo um curso antes de casar. Fiquei bastante surpreso pois, mesmo sendo da família Müller e mesmo se casando com uma família renomada como a minha ainda precisa fazer um curso antes de poder casar. Acho um exagero, mas creio que não sou ninguém que possa opinar”.
Jill não conseguia dizer que “Não era isso” a Albert que parecia realmente impressionado e dominado por seus pensamentos. Respondeu:
“Hmm, é verdade. Foi muito repentino mas, com certeza, estou no curso matrimonial”.
Jill estava surpreso pelo que sua mãe disse. Por que ela mentiu? Ao mesmo tempo em que ela o ameaçava e dizia que o odiava, parecia haver uma pontinha lá no fundo que dizia a ela que não poderia perder este relacionamento por nada no mundo. De qualquer forma, só o queriam para ter filhos. E se Jill voltasse sem uma criança, então estaria seguro dizer que ele foi manipulado pelo terceiro filho da família Siegfried para participar de algo como um curso matrimonial obrigatório.
A Sra. Müller podia ser cruel a pondo de vendê-lo para um comerciante mas, desta vez, estava realmente grato a ela. Jill sorriu aliviado.
“Tenho apenas um dia livre, não fugi. Não consegui dizer a você direito antes de ir, então…”
“Ficou preocupado e por isso veio me ver?”
Disse Albert. Jill estava feliz por vê-lo tão satisfeito.
“Mas está tudo bem. Se você está treinando, eu aceito”.
“Albert…”
“Mas estou bem entediado sem você por aqui, Jill. Afinal, sem você, sinto que não tenho nada…” Colocou a mão na cintura de Jill e disse: “Volte logo”.
“….não acho que vai demorar muito. Não se preocupe, provavelmente estarei de volta antes de que perceba”.
Afinal, Diego não parecia ser do tipo que ficaria com um ômega para sempre. Até mesmo seus irmãos mais velhos, que parecia colocar a linhagem do clã acima de tudo, não se oporiam ao seu retorno, a menos que estivesse grávido. E isso era impossível.
Albert suspirou e aproximou o nariz do pescoço de Jill: “Antes de que eu perceba? Quando vai ser isso? Amanhã?”
“Não, não tão cedo assim. Apenas significa que não vai demorar muito”.
“Não posso esperar nem mais um dia. Amanhã seria ótimo”.
“Albert…” Jill empurrou o corpo de Albert para trás. Se desvinculou de seu braços e segurou o rosto dele com ambas as mãos. “Obrigado por pensar em mim, Albert. Também quero voltar o quanto antes, mas… Temos que ser pacientes”.
“Posso te dar um beijo?”
“Eu… não gosto de beijos”.
“Jill, você já não é uma criança”.
Albert lançou um olhar insatisfeito a Jill e, a distância, o examinou da cabeça aos pés.
“Por não ser mais uma criança é que preciso participar do curso matrimonial. Vou mudar”.
“Não mudou nada até agora”.
Jill suspirou, se aproximou alisou o pelo de Albert: “Como posso mudar em apenas uma semana?”
Albert também suspirou. “Quero te perguntar tantas coisas… Mas acho que não é uma conversa para termos na entrada da casa. Gostaria de entrar? Quer um chá?”
“Desculpe” Jill negou com a cabeça. “tem uma carruagem me esperando lá fora. Preciso ir, foi egoísmo da minha parte pedir para vir até aqui”.
“Está bem” disse Albert olhando a carruagem parada em frente a entrada principal e suspirou novamente. “Não há nada que eu possa fazer. Fico feliz que tenha vindo me ver”.
“Sinto muito por vir com tanta pressa”.
“Não é culpa sua. Estou muito feliz por poder conversa contigo. Você está muito bonito. As flores te caem bem”.
Jill encolheu os ombros.
“Será que não foi você que mudou, Albert? Você nunca havia feito este tipo de elogio antes”.
“Não é um elogio. Eu tenho pensado nisso durante muito tempo. Você simplesmente não me deixava dizer em voz alta”.
Jill sentiu uma dor no peito. Provavelmente pela expressão dos sentimentos de Albert, que pareciam mas evidentes que antes. Mesmo seguindo a mentira sobre o “curso matrimonial” ficou cheio de ansiedade e dúvidas. Se desculpou em voz baixa.
“Não precisa se desculpar. Estarei esperando o seu retorno, então volte o mais rápido possível”.
“Sim. Obrigado. Nos veremos de novo”.
Albert acenou com a mão enquanto o acompanhava até a porta. Se despediu. Jill sorriu de volta, balançou a mão e virou as costas lentamente… Ficava intensamente feliz por não ter magoado Albert e além disso, a família dele não iria se opor ao seu retorno depois da mentira de sua mãe. Não havia absolutamente nada com que se preocupar!
Quando correu de volta a carruagem, após ficar dando voltas no mesmo lugar igual um cachorrinho, Diego abriu a porta e o ajudou a subir. Albert saiu para fora, sem ter certeza de que conseguiria vê-lo, Jill acenou de novo.
“Um homem-fera. Parece… muito bem”
“Eu sei”.
Jill olhou Diego com deboche, mas o lobo apenas movia as orelhas com enorme frustração. Ele não parecia estar de muito bom humor, mas também não era insuportável.
“Como foi?”
“Agora que resolvi as minhas preocupações, me sinto muito melhor”.
“Que bom”.
“Meu amigo não parecia estar com raiva”.
Ao que parece, a Sra. Müller explicou de forma muito convincente. Não apenas esperava que Jill voltasse sem dar a luz, mas também estava pensando num modo de lidar com isso. Sua mãe era, de fato, uma mulher de negócios. Jill riu um pouco lembrando das palavras “curso matrimonial”.
“A verdade é que me alegro de não ter magoado Albert”.
Jill olhou para trás. A estrada era curva e alguns segundo mais tarde já não avistava a mansão Reinhardt e muito menos Albert.
“Se foi…”
Olhando para trás, Diego começou a fazer uma expressão complexa e misteriosa: “Pelo que vejo, é um homem muito importante pra você”.
“Posso dizer que ele é o meu benfeitor”.
Diego pareceu querer fugir do tema quando colocou as mãos no colo e perguntou: “Então, ficará na minha casa por um tempo?”
Se peito se aqueceu novamente. Poderia dizer não e tudo isso acabaria e poderia voltar para casa. Sua mãe não iria aceitá-lo de braços abertos, mas sabendo que poderia se casar com Albert, como havia planejado, ela não teria muitas reclamações. Foi a primeira vez que podia tomar uma decisão sobre a sua vida. Diego iria escutar a sua decisão! Com isso em mente, estava emocionado.
“Tudo bem, vou cooperar com você.” Quando disse isso, seu coração começou a acelerar de ansiedade. O sangue lhe subiu ao rosto e ele sentiu ardor ao corar. Jill sorriu envergonhado: “Senti que me necessitam é algo novo para mim. Não pensei que seria útil, a menos que tivesse filhos então, isto não é ruim”.
Diego finalmente aliviou sua expressão. Estendeu a mão para Jill que voltou a corar até o ponto de parecer um tomate. E quando apertou a mão de Diego, sentiu o quanto a mão dele era incrivelmente poderosa e grande, revestida com pelos curtos e lisos. A mão de Jill encaixou na de Diego como se sempre pertencente a este lugar. Agora já não sentia medo, nem ao menos estava com raiva.
“Podemos começar de novo?”
“Mas é claro!”
“Me chamo Diego, é um prazer!”
Jill levou a mão a boca e começou a rir.
“Eu me chamo Jill e sou um ômega… Um muito estranho”.
“Dizem que as pessoas estranhas são aquelas que possuem mais magia em seu interior”.
O coração de Jill continuava acelerado batendo de forma ruidosa. Era como se algo estivesse brotando ali.
Publicado por:
- MDY
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