Antes de me acusar, me beija - Capítulo 13: Hora de seguir em frente
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- Capítulo 13: Hora de seguir em frente - REVISADO
Num piscar de olhos, dois meses já haviam se passado. As aulas já haviam recomeçado há algum tempo, mas, eu ainda não me sentia pronto para interagir com pessoas novas. Minha rotina era basicamente: em dias ensolarados, ficar na sacada lendo e no restante do tempo, a biblioteca me aguardava. Nem Dario conseguira me tirar de casa. E talvez por isso, quando ele não estava trabalhando, fazia questão de passar o tempo todo comigo. Mesmo que houvesse pouca ou nenhuma interação entre nós, mas sempre respeitando meu luto sem me tocar.
— Já fazem quatro dias que não o vejo… — Murmurei encarando a tela do celular.
Me surpreendi ao perceber que havia me acostumado rapidamente a sua presença e ficar esse tempo sem vê-lo, já me fazia sentir saudades.
[Vi na previsão que vai esfriar bastante hoje aí.
Se agasalha bem.]
[Sebastian tem preparado chá de gengibre todos os dias para mim. Soube hoje, que foi a pedido seu. ]
[A esposa do meu secretário disse que ajuda a melhorar o ânimo. E agora que o inverno chegou, é bom para manter o corpo aquecido também. ]
[Obrigado, Dario]
[(⸝⸝> ᴗ•⸝⸝)]
Sorri novamente ao rever o emoji. Não havia como negar a mudança em meu marido. E isso fez soar o sininho na minha cabeça.
“Acho que a hora chegou…”
Diferentemente de antes, não sentia mais medo. Meu coração me dizia que ele seria cuidadoso como na última vez. Mas, há muito tempo não tínhamos intimidades e era difícil não ficar apreensivo. Vaguei em meus pensamentos até o mordomo bater na porta.
— Ma’am, o almoço está servido.
— Obrigado Sebastian, desço em um minuto.
Ao chegar na sala de jantar, tive uma bela surpresa.
— Dario, você aqui? Achei que só chegaria amanhã. — Indaguei tentando disfarçar minha empolgação.
— Resolvi voltar mais cedo. Vou terminar a negociação via videoconferência mais tarde.
— Entendi.
Diante do seu olhar penetrante, ruborizei e me apressei em sentar.
— A partir de amanhã, estarei indo para a faculdade.
Dario imediatamente soltou os talheres para me encarar.
— Você se sente… pronto?
— Unhum. Acho que já está mais do que na hora de seguir em frente… e voltar a fazer tudo como devido.
— Certo.
Senti quando ele engoliu seco.
Mas tudo mesmo? se você quiser ir com calma, ninguém vai te condenar.
— Eu já me decidi.
— Certo…
A compreensão do significado das minhas palavras o atingiu em cheio. Ele se ajeitou melhor na cadeira antes de prosseguir.
— Já que vai ser o seu primeiro dia oficialmente, eu te levo.
— Está bem.
Conversamos um pouco mais sobre coisas aleatórias enquanto apenas eu terminava de comer. Ele parecia desconfortável e mal tocou novamente em seu prato.
— Terminou?
— Sim.
— Então vamos. — Disse já se levantando.
— Para onde? Você acabou de chegar de viagem e não comeu quase nada. — Perguntei em estado de confusão.
Então, ele pegou minha mão e me guiou para fora do cômodo apressadamente.
— A minha fome agora não pode ser saciada com comida comum.
A percepção me acertou em cheio me fazendo corar enquanto era conduzido ao quarto.
— Ainda estamos em plena luz do dia…
“Eu me sinto preparado, mas… queria fazer isso na hora de dormir!”
— Somos casados, aqui é nossa casa e não devemos nada a ninguém. Precisamos de mais motivos?
Não consegui refutá-lo.
— Tenha dó de mim, Tesoro. Acho que nunca fiquei tanto tempo sem…
Me chamar de Tesoro enquanto beijava meu pescoço com tanta afobação tinha sido um golpe baixo. Ficou complicado argumentar com a respiração entrecortada.
— D-Dario, espera…
Ele fez uma pausa com uma mão no meu rosto. Seus olhos vorazes imploravam para que eu tivesse piedade.
— Se você realmente não quiser continuar, eu vou entender. É que você disse que já estava pronto, eu pensei que… — Disse aflito.
— Tudo bem. Eu quero. Só que fazer isso de dia é…
— Você tá com vergonha? Se for isso, me dá dez minutos, que eu resolvo. — Falou esperançoso.
Ao sentir sua outra mão apertar forte a minha cintura, eu não pude negar o desejo ao relembrar nossa última noite.
— O-ok.
— Sério?
Dario puxou o meu quadril para mais perto dele. Ao sentir a sua enorme protuberância e sua respiração tão perto do meu ouvido, arfei.
— Ah… Uh-uhum.
— Não posso garantir que vai ser completamente indolor, afinal já faz muito tempo e eu estou a ponto de enlouquecer, mas…
Fez uma pausa para beijar o meu pescoço.
— Vou fazer tudo o que eu puder pra você não se arrepender.
— Es-s-tá bem.
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