Undead [PT-BR] - Capítulo 41 — “Contanto que você me beije. Apenas uma vez. Assim como você beijou o soldado de sobrenome Zhou naquela época.”
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- Capítulo 41 — “Contanto que você me beije. Apenas uma vez. Assim como você beijou o soldado de sobrenome Zhou naquela época.”
A realidade não deu a Si Nan a chance de hesitar, pois, poucos minutos depois, o carro se moveu lentamente, saindo do posto de gasolina.
O último resquício da racionalidade de Si Nan como guerreiro venceu sua fome. Ele não decidiu seguir em frente imediatamente, mas primeiro recuou alguns passos e se escondeu, apenas vendo o SUV* fazer uma curva e se mover lentamente em direção à rua principal.
*esse carro:
(O que eles vão fazer?)
Si Nan inspecionou os arredores. Perto dele estava uma confusão de carros e scooters que haviam se envolvido em uma colisão, a cena era horrível e trágica. Além disso, não havia outras opções de transporte disponíveis que pudessem ser vistas, onde nem mesmo uma única bicicleta não danificada pôde ser encontrada.
O SUV foi ficando cada vez mais distante, quase fora da vista de Si Nan. Rangendo os dentes, ele correu atrás do carro.
………….
“Tem alguém nos seguindo.” Dentro do SUV, o motorista murmurou, olhando para o espelho retrovisor.
A alfa loira de olhos azuis sentada ao lado dele estava atualmente estudando seus dedos. Ouvindo isso, ela imediatamente olhou para trás. No entanto, só viu uma horda de zumbis os perseguindo lentamente, apenas para serem deixados na poeira: “Onde? Quem?”
“Não consegui ver com clareza, ele se escondeu rápido demais.”
O veículo sacudia ligeiramente à medida que avançava, mas Romuel não disse uma única palavra.
“Pode ser um sobrevivente.” Ponderou a mulher alfa: “Abbel, dirija um pouco mais rápido e se livre dele. Ainda temos que procurar outra base.”
Abbel pisou no acelerador e o pára-choque dianteiro do carro bateu em um par de mortos-vivos, criando uma nuvem de poeira e fumaça.
…………..
A cidade havia se tornado um paraíso para os zumbis e todos os prédios ao longo das ruas, reforçados com concreto, haviam se transformado em caixões enormes, com raízes profundas no solo e alcançando o céu. Rajadas de ventos gelados percorriam as estradas desoladas, onde os pontos de ônibus, os supermercados e as escolas estavam todos vazios. Lixo e sacos plásticos dançaram e rodopiaram pela sujeira e poeira, apenas para serem pisoteados sob os pés dos zumbis.
O SUV abriu caminho até um pequeno centro comunitário. No espelho lateral do carro, as árvores passaram despercebidas.
“Ele ainda está nos seguindo.” Abbel disse.
Desta vez, a fêmea alfa também notou e ela se tornou mais vigilante: “Poderia haver um grande número deles?”
Ela se virou para olhar para seu superior. No banco de trás, Romuel finalmente parou de polir sua adaga e disse: “Só há um.”
Ele não ergueu os olhos, mas disse com indiferença: “Dirija um pouco mais devagar. Encontre um lugar para parar na frente e veja que tipo de pessoa é.”
…………..
Com o coração batendo furiosamente dentro de seu peito, Si Nan ofegou e sentiu o suor frio escorrer pelas têmporas. Se continuasse assim, ele logo ficaria desidratado.
(Devo desistir?)
(Ou devo pensar em uma maneira de me mover à frente do veículo e tentar a sorte para buscar ajuda?)
Os fortes instintos de vigilância de Si Nan o fizeram se esquivar da última opção. Porém, ele já os vinha perseguindo há muito tempo e a grande quantidade de energia que já havia gasto o fazia não querer desistir tão facilmente. Assim que ele foi pego no meio dessas duas opções, o SUV à sua frente mudou de repente, saindo das ruas e indo para um longo beco com terraços.
(Talvez dê certo.)
Si Nan correu, saltou da parede para o topo da árvore e, de lá, para o telhado. Correndo rapidamente pelos terraços, ele era como um felino ágil e de pés leves que silenciosamente parou no final do beiral.
Ele viu o SUV parar na frente de uma casa. O motorista desceu e abriu o porta-malas, tirando meia caixa de água mineral e se dirigiu para a residência. Parecia que aquela era sua fortaleza temporária.
Si Nan se deitou no topo do telhado. De cima, ele olhou para os itens dentro do porta-malas e congelou instantaneamente.
(Tantos!)
Caixas e mais caixas de biscoitos, carne enlatada, frutas desidratadas, alimentos ricos em proteínas, todos os tipos de bebidas energéticas, roupas de inverno e cobertores de lã, equipamentos para iniciar fogueiras e gerar eletricidade…
Si Nan engoliu em seco. Ele observou cuidadosamente os arredores, traçou rapidamente um caminho de roubo e fuga, então entoou silenciosamente: “Eu só vou pegar uma lata.”
(Apenas uma, o suficiente para me deixar sobreviver até chegar ao heliporto na periferia da cidade.)
Depois de tomar sua decisão, Si Nan saltou silenciosamente do telhado. Como um leopardo vigilante e cauteloso, ele não fez barulho ao pousar no chão. Caminhando até o porta-malas, ele estendeu a mão em direção a uma lata de carne.
— Nesse exato momento, seus nervos zumbiram e ele virou a cabeça.
A lâmina de uma faca passou por seu rosto!
Si Nan se contorceu e a rápida olhada que deu no rosto de seu atacante furtivo o deixou um pouco atordoado — A outra parte era uma alfa forte, caucasiana e bastante bonita.
No entanto, por alguma razão, no momento em que viu essa mulher alfa, um sino de alerta tocou alto em sua cabeça. Um sentimento de pavor misturado com nojo cresceu dentro dele e parecia que ele a tinha visto em algum lugar antes.
A fêmea alfa também congelou e por reflexo, ela falou com ele em inglês: “Y-you … Why …”
Naquele milésimo de segundo em que ela estava atordoada, Si Nan se retirou decisivamente. Até a lata que estava prestes a obter foi abandonada e ele imediatamente saiu correndo.
“Stop!” A alfa feminina gritou. Aquele motorista musculoso de antes saiu rapidamente da casa, ergueu uma arma e começou a atirar!
Si Nan gritou com raiva: “Tudo que eu queria era um pouco de comida!”
Antes que sua voz desaparecesse, ele imediatamente caiu no chão, evitando a série de balas. Ele ouviu a alfa gritando com o motorista sobre algo e as duas pessoas correram depois disso.
Em qualquer outro momento, mesmo que o outro grupo tivesse armas, Si Nan não ficaria muito preocupado em ser atacado simultaneamente por dois alfas. No entanto, agora, ele não estava nas melhores condições. O cansaço e a desidratação estavam tomando conta de seu corpo e na atual circunstância em que a outra parte estava claramente decidida a matá-lo, não valia a pena correr um risco tão grande para obter apenas um pouco de comida.
Com um movimento de seu braço, Si Nan bloqueou um chute rápido do motorista e o impacto o forçou a recuar alguns passos. Curvando-se agilmente, ele evitou a adaga lançada pela mulher alfa.
A lâmina passou assobiando e mergulhou direto na parede atrás dele. Si Nan se virou novamente, se esquivando de outro golpe poderoso do motorista, tão forte que parecia que poderia explodir uma montanha. Ele então puxou a adaga e escalou a parede.
A alfa feminina gritou algo em inglês. No último momento, Si Nan percebeu o que ela estava dizendo.
“Mude para um tranquilizante!”
Com uma contração de suas sobrancelhas, Si Nan imediatamente saltou de onde estava. Agarrando-se no beiral do telhado, ele sentiu sua perna ficar dormente.
Um dardo tranquilizante havia arranhado sua pele.
(Porra!)
Si Nan xingou silenciosamente. Ele mordeu a ponta da língua ferozmente e usou a dor para se manter alerta devido aos efeitos do sedativo que estava tomando conta dele. Balançando o corpo, ele deu alguns passos ao longo do beiral, apenas para descobrir que havia realmente alguém esperando na frente!
Desta vez era um homem branco, com mais de trinta anos e que estava se levantando lentamente no telhado.
Si Nan não teve tempo para pensar por que o outro lado parecia tão estranho e se movia tão lentamente, como se estivesse confirmando algum sonho que estava prestes a ser despedaçado. No momento, tudo o que Si Nan queria era deixar rapidamente esse grupo de alfas para trás. Ele preferia voltar para a horda de zumbis e procurar comida nos supermercados e lojas. Mesmo se tudo o que tivesse para comer fossem pedaços de arroz e grãos, ele preferia fazer isso do que se aproximar mais dessas pessoas.
“… Noah.” Romuel disse baixinho.
Si Nan correu, mas Romuel rapidamente se moveu para detê-lo. No instante em que as duas pessoas se cruzaram, Si Nan se mexeu. Romuel não viu o que ele fez e apenas sentiu uma leve brisa passar por seu braço.
(Essa velocidade é realmente ágil.)
Romuel pensou.
Uma agilidade familiar que ele já havia testemunhado inúmeras vezes antes.
Romuel estreitou os olhos e, rápido como um relâmpago, ele o varreu com sua perna. Não havia como Si Nan conseguir se esquivar e, ao mesmo tempo, Romuel estendeu a mão, prestes a agarrar seu pescoço…
No entanto, nesse momento, era como se Si Nan fosse ajudado pelos céus. Com um tapa rápido, ele agarrou o braço de Romuel e girou em torno dele.
Romuel percebeu rapidamente o que ele estava prestes a fazer e, surpreso, fez uma pausa.
No instante seguinte, uma lâmina foi pressionada contra sua garganta. Si Nan estava totalmente escondido atrás dele, de frente para a mulher alfa e o motorista que o alcançou, então gritou: “Parem aí!”
As duas pessoas congelaram ao mesmo tempo. Eles trocaram um olhar com Romuel e a atmosfera ficou muito tensa.
Romuel balançou a cabeça levemente, impedindo seus dois subordinados de avançarem: “Noah.”
“…” Si Nan estava segurando a adaga com a mão direita, a pressionando contra a garganta de Romuel e o forçando a recuar com ele, passo a passo: “Quem é Você?”
“Você não pode mais fugir.” Romuel disse.
Si Nan piscou repetidamente, se forçando a permanecer consciente apesar dos efeitos cada vez maiores do sedativo. Ele não percebeu a complexidade do tom por trás daquelas palavras, como se a pessoa que falava fosse incapaz de expressar seus sentimentos em palavras.
“Você não pode mais fugir.” Romuel repetiu novamente. Ele parecia estar falando consigo mesmo, como se estivesse fazendo um juramento a si próprio.
A adaga de Si Nan estava na garganta do homem e ele disse com voz rouca: “Cale a boca! Quem são vocês? O que você está fazendo aqui?”
Romuel disse: “Sua temperatura está muito alta … Você está com febre.”
As telhas sob seus pés quebraram de repente e as pernas de Si Nan fraquejaram. Sua panturrilha, que havia sido atingida pelo dardo tranquilizante, finalmente ficou completamente dormente. Sua perna não suportava mais o peso e, em extrema vertigem, ele tropeçou.
(Tudo que eu queria era roubar uma lata para comer…)
Si Nan pensou meio grogue.
Como esperado, nunca se devia fazer essas coisas furtivas.
A mão de Si Nan, que segurava a adaga contra Romuel, relaxou e parecia que ele queria usar o pouco que restava de sua energia para escapar sozinho. No entanto, ele havia superestimado sua resistência ao tranquilizante e, alguns segundos depois, cambaleou e caiu. Antes que seus joelhos pousassem no chão, ele foi pego por dois braços que o envolveram.
“…” Si Nan murmurou um xingamento, mas não pôde ser ouvido com clareza. Em seguida, seu corpo ficou mole.
Sob os efeitos do sedativo, ele finalmente entrou em um sono sem fome, arrependimento e decepção.
……………..
“Sua pressão arterial sistólica é 79, diastólica 40, a temperatura é 39,5 °C.”
“Dê a ele uma injeção de nutrientes.”
A porta de um dos terraços se abriu e a fria brisa da tarde passou rugindo. A alfa e o motorista levantaram a cabeça, apenas para ver Romuel cruzando a soleira e sinalizando para eles de forma inexpressiva.
O sinal era para eles saírem.
Os dois subordinados se levantaram com compreensão tácita e saíram da sala.
A porta foi fechada mais uma vez. Romuel caminhou até a cama e olhou para sua presa que acabou de pegar.
A casa, voltada para o norte, ficava contra o sol. No inverno sombrio e nevoso, parecia ainda mais escura e úmida. A cama era estreita e baixa, então a presa não deveria se sentir muito confortável nela. Os olhos de Romuel caíram entre as sobrancelhas do homem e, como esperado, havia uma pequena ruga ali, como se a presa estivesse muito, muito infeliz, apesar de estar inconsciente.
No entanto, deitado e sem saber de nada, parecia que seu corpo estava envolto por uma luz suave e etérea, dando um ar extraordinariamente charmoso ao quarto simples e dilapidado, com velhas e estreitas janelas.
Essa não foi a primeira vez que Romuel teve esse sentimento. Ele exalou, finalmente se sentou ao lado da cama, dobrou o pescoço e estudou cuidadosamente o rosto familiar à sua frente. Mais uma vez, ele confirmou de onde vinha aquele brilho.
(Muito pálido.)
Assim como uma bela placa de mármore branco como a neve que foi polida repetidamente, com o batismo do tempo e da idade, a pele ainda permanecia lisa e brilhante como nova. Em um mundo que estava envelhecendo e mudando, ela ainda exalava um brilho inocente e cortante.
(Por quê?)
Ele pensou zombeteiramente.
(Isso claramente é um monstro.)
A mãe dele era uma vagabunda, que depois de se casar e dar à luz, ainda cativou seu pai tão poderosamente a ponto de ele se apaixonar perdidamente por ela.
(Um monstro além da ética humana.)
Romuel estendeu a mão lentamente, mas sua mão não fez contato. Com uma distância da largura de um dedo, ele passou seus dedos pelo rosto inconsciente de Si Nan.
Quando era muito jovem, certa vez ele se sentou no jardim cheio de raiva e ciúmes, esperando o carro que conduzia “aquela mulher” passar. Ele queria ver como era aquele rosto, que apesar do passar do tempo era basicamente inesquecível para seu pai. Ele já havia esquecido a forma exata e a aparência das características faciais daquela mulher, mas no momento em que viu por si mesmo aquele encanto surpreendente, uma repulsa distorcida nasceu e foi profundamente gravada em seu coração.
Era uma beleza que simbolizava uma atração desfavorável e uma premonição de um destino trágico.
Quanto a esse irmão mais novo, que só apareceu depois, era exatamente o mesmo.
No início, ele havia pensado mais de uma vez em matar essa criança fraca e na mansão linda e luxuosa, alcançar esse objetivo era, na verdade, uma tarefa fácil. No entanto, durante uma noite escura, com um servo o cobrindo, ele entrou no quarto de Noah e observou seu irmão adotivo. No momento em que estava decidindo se deveria sufocá-lo até a morte ou estrangulá-lo, ele de repente pareceu notar uma luz que era difícil de ver vindo do ômega.
Assim como a água morna fluindo pela porcelana, a luz exalava uma ternura e sutilidade intrigantes.
Talvez fosse a luz espalhada da fonte no jardim ou uma ilusão causada pelo luar frio.
“É um monstro.” Ele disse a si mesmo.
Romuel decidiu que iria estrangular pessoalmente esse monstrinho até a morte. Ele colocou as mãos no pescoço fino do garoto, mas Noah acordou alarmado. Ele começou a se debater, a gritar e, na luta, sons de colisões foram ouvidos. A governanta e as outras criadas foram acordadas, e seu pai correu, pondo fim à tentativa de homicídio.
Esse foi um incidente que aconteceu quando ele tinha onze anos e Noah tinha seis.
Daquele dia em diante, ele nunca foi capaz de chegar perto de um Noah desprotegido ou profundamente adormecido, como ele estava hoje. Enquanto Romuel se aproximasse, Noah acordaria, como se a tentativa de assassinato de muitos anos atrás tivesse deixado uma marca profunda em seu subconsciente. Mesmo se ele estivesse sonhando, qualquer perturbação era suficiente para alertar seus nervos sensíveis.
Finalmente, o dedo de Romuel desceu, roçando nos olhos firmemente fechados.
Esses cílios eram tão densos e escuros, como as penas de um corvo. No entanto, calosidades causadas pelo uso frequente de armas não permitiriam que Romuel sentissem algo tão leve e imperceptível.
Ainda assim, ele prendeu um pouco a respiração e se abaixou lentamente.
Quando havia menos de cinco centímetros antes que suas respirações se misturassem, Si Nan abriu os olhos abruptamente.
Romuel congelou. Seus olhos se encontraram por alguns segundos, então ele sorriu e se sentou ereto dizendo: “Noah.”
Os efeitos do sedativo ainda percorriam o corpo de Si Nan. Seus olhos desfocados gradualmente se aguçaram enquanto ele olhava para Romuel, com uma vigilância clara e indisfarçável aparecendo neles: “Você é…”
“Você se lembra quem eu sou?” Romuel estudou sua expressão: “Oh, parece que houve um efeito colateral, afinal.”
Si Nan estava um pouco atordoado. Sua febre ainda não havia diminuído e seu peito arfava de desconforto.
“Agora mesmo, quando te vi deitado aqui, me lembrei do ano em que você entrou pela primeira vez na base militar secreta da Flórida…” Romuel parecia não se importar que a outra parte não pudesse entender e deu uma risada curta, indiferente a qualquer coisa: “Naquela época, eu já estava lá há alguns anos e em uma noite, por capricho, fui ao seu quarto dar uma olhada enquanto fazia minhas rondas no dormitório.”
“Você estava dormindo profundamente, até roncando um pouco. No entanto, quando me aproximei de sua cama e ainda não tinha nem colocado o pé no chão com firmeza, você acordou de repente. Parecia que, a qualquer momento, você estaria em guarda contra eu entrar sorrateiramente e fazer algo a você.”
“…” A garganta seca de Si Nan finalmente conseguiu fazer um som: “Eu não sei … Do que você está falando …”
“Está tudo bem.” Romuel disse: “De qualquer forma, já se passaram tantos anos e eu só queria que você soubesse. Naquela noite, eu não fui matar você.”
Ele pareceu achar isso muito interessante e começou a rir. No entanto, essa expressão de alegria que era normal para os outros, em seu rosto, inexplicavelmente fez Si Nan sentir uma pontada de nojo.
Inconscientemente, ele se mexeu na cama e percebeu que o osso protuberante de seu pulso foi preso em uma algema.
Romuel não se importou com sua ação.
Ele pegou um frasco de xarope de bordo* ao lado da cama e abriu lentamente a tampa. Sob a atenção abrupta de Si Nan, ele tirou uma colher de xarope dourado e pegajoso: “Você sabe por que ficou doente?”
*um adoçante natural e nutritivo. Vegano ainda…
“…”
“Porque você não teve açúcar suficiente. Seu corpo reformado requer uma grande quantidade de açúcar, do contrário, ele irá enfraquecer rapidamente. Tanto o seu metabolismo quanto a respiração serão afetados e, se for grave, você pode … Pode até morrer.”
“Durante esse período de tempo, quer você tenha se escondido sozinho ou com outras pessoas.” Romuel deu um sorriso zombeteiro: “A outra parte claramente não te deu os cuidados mais básicos.”
Si Nan disse com uma voz rouca: “… Eles virão me procurar.”
Romuel parecia ter ouvido uma piada: “Oh? Voltar para a cidade repleta de milhões de zumbis só para procurar por você?”
Nesse momento, foi como se Si Nan tivesse sido ferozmente esfaqueado e ele ficou em silêncio.
Romuel colocou o frasco de xarope de bordo na mesa, sua mão direita ergueu constantemente aquela colherada docemente perfumada, e seu polegar esquerdo massageou levemente a têmpora de Si Nan: “Noah.”
Si Nan não emitiu nenhum som.
“Me beije. Apenas uma vez. Exatamente como você beijou aquele soldado das forças especiais, aquele sujeito Zhou, naquele ano.” Romuel até usou uma voz um tanto calorosa para tentá-lo: “Faça isso e todo esse pote será seu, ok?” (T/N: quem tu é na fila do pão, e ainda fica espreitando os outros…)
Uma leve surpresa apareceu entre as sobrancelhas de Si Nan, como se ele tivesse ouvido algo que o deixou confuso, no entanto, ele rapidamente olhou para Romuel e com desgosto evidente em seus olhos. Apertando os lábios finos, secos e rachados, ele rapidamente virou a cabeça, encarou a parede interna e fechou os olhos.
Não houve um pingo de hesitação ou indecisão.
Romuel parecia já ter previsto isso. Ele não só não ficou furioso, mas seu sorriso se aprofundou ainda mais: “Bom, muito bom.”
Ele casualmente jogou fora a colher de xarope de bordo, estendeu a mão para trás e puxou uma mala prateada reluzente. Abrindo-a, ele tirou alguns instrumentos e cabos, então enrolou dois fios vermelhos e azuis em torno dos pulsos algemados de Si Nan que não tinha como lutar.
Si Nan pareceu sentir algo. Seus olhos se abriram e seu corpo se ergueu!
(O dispositivo de eletrochoque!)
Naquele momento, todos os detalhes confusos do sonho voltaram para ele. Aquele jovem de cabelo loiro, de olhos azuis e odioso naquele laboratório, se fundiu com o rosto bem à sua frente.
(Eles são a mesma pessoa!)
Romuel segurou a garganta de Si Nan, o pressionando firmemente de volta à cama. De cima, ele olhou para os olhos de Si Nan que estavam extraordinariamente brilhantes devido ao ódio e então perguntou: “Onde está o freezer que você carregou após o acidente?”
Si Nan não sabia do que ele estava falando. Ele apenas apertou os lábios com firmeza.
“Cadê?”
Ainda não houve resposta.
“Desde o início, eu sabia…” Romuel balançou a cabeça lentamente e inalou com uma expressão de auto zombaria: “Como esperado, o sentimentalismo não combina com você.”
Assim que terminou de falar, ele cerrou os dentes e apertou com decisão um botão no dispositivo de eletrochoque.
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Eu, nesse cap:
Publicado por:
- Nachan
- Tradutora de novels do inglês, espanhol, coreano e chinês. Também fiz um site com todas as novels que eu traduzo e com outras de uma amiga, tem mais lá, além do meu perfil do wattpad.
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