PELE DE JADE - Capítulo 17
Volume 1
Capítulo 18: Usurpando Por Completo
A carruagem fúnebre chegou arrastada por quatro cavalos selvagens, e levou destruição por onde passou.
Com os pés à mostra dos salgueiros murchos da redondeza, dez mulheres e suas crianças de colo caíram aos prantos, lamentando-se em gritos pelos amados cônjuges prostrados nas proximidades, na espera do alfange-cutelo com um único gume afiado degolá-los sem receio algum. As vociferações eram de cortar o coração em mil pedaços; se ao menos o maldito responsável pela dor excruciante das tais possuísse um bombeando sangue pelas veias, poderia a tão povoada Vila Qin não ter sido reduzida a cinzas na calada daquela noite gélida; o velho Gon quis contentar-se com esse pensamento vago na sua vez de receber as boas vindas da própria dona morte, mesmo ciente da monstruosidade pertencente ao grão-chanceler Ni Hao quando trata-se dos malditos mestiços…
A linha do raciocínio dele caiu por terra, junto de sua cabeça decepada.
O exército estacionado em frente a casinhola da família Yin demonstrou não possuir o que ele muito clamava para Buda misericordioso: clemência.
O ruído de crepitação vindo das outras residências chegou a ser melodioso comparado ao choramingo relacionado às crianças mestiças. O vermelho ardente do fogo vivo brilhando no fundo das suas íris dilatadas era tão tedioso observar, quanto cantores de óperas baratas tentando atingir a nota mais alta possível. Satisfação mesmo era ver lanças de prata serem lançadas em direção a elas, atravessando seus corpos miúdos com maestria e rapidez, reduzindo os ossos da caixa torácica ainda má formada a simples galhos de ipê branco. Os lances eram tão retos que pareciam respingos de chuva atingindo um solo cultivado pelas lágrimas de Pan Ku[1].
A lua prateada de outono era testemunha do que a ignorância daqueles que respiravam era capaz de fazer, bem como o homem transmigrado, tanto que mal via a hora do sol completar seu dever do outro lado e retornar são e salvo para mirar o destino final do marechal Yin Lu nas mãos do próprio discípulo. A busca pelo poder levaria o ser humano direto à ruína, abraçar o verde do dinheiro a insaciedade, fome por reconhecimento a falsos elogios; quem muito se mostra, alguma hora expõe a própria toca — ofereça a mão a quem estiver na miséria, e implore para que ela não peça-lhe o braço um dia — Mas apesar dos grandes pesares, era possível avistar um resquício de luz em meio a vasta malevolência que obscurecia a mente do antigo aprendiz.
— Que venha sua rendição pacífica, meu mestre, para que mais ninguém precise encontrar o árduo caminho da reencarnação pela lâmina do meu alfange-cutelo — Veio a voz do grão-chanceler Ni Hao como uma trovoada. — A Segunda Guerra Ornamental há de acabar com a sua aniquilação, as três crianças das quais considero-as irmãos mais novos serão prestigiadas pelo retorno do título de herói ao pai e protegidas por mim, a carnificina na Vila Qin cessará de imediato, e seu irmão e o pupilo dele em minhas mãos não chegarão a conhecer o temível Yan Wang[2] do submundo.
— Seria vantajoso. — respondera o mestre em um tom breve.
Como bem dizia o marechal Yin Lu, tirar uma única gota de água salgada referente ao tão imenso mar peninsular do sul não o secaria a ponto da vida marinha fazer alarde, e da mesma forma que um único ser dentre aqueles de sangue misto, mestiços que ameaçavam o trono de jade a pior ruína da história humana, sacrificar-se pelo bem de milhares não traria tristeza alguma aos demais salvos. Pois contanto que seus familiares mais próximos e conhecidos de longa data obtivessem a almejada paz, qualquer pessoa seria capaz de erguer a lâmina do alfange-cutelo contra si mesmo.
— Talvez a sua rendição não envelheça mau, mestre.
Tal discípulo conseguia ser generoso na fala quando desejava ardentemente. Caso se tratasse de escórias piores que ele, já haveria insultado até a quinta geração do meliante sem sangue nobre que carecia tanto de designação renomada na alta sociedade humana, quanto de compaixão da própria e prepararia uma alabarda de mola dúctil para executar temida tortura Lingchi[3] por alvoradas a fio no estábulo, onde os cavalos recolhidos usariam as ferraduras que protegiam seus cascos sensivéis contra o corpo multilado em mil cortes, a fim de disipar o odor pútrido do lugar. Ficar na companhia do maligno demônio Mara[4] sob a árvore Bodhi era, sem sombra de dúvidas, mais preferível em comparação à presença maléfica do grão-chanceler Ni Hao; se ele tivera culhões suficientes para trair o benfeitor que tirou-lhe dos becos imundos de Chang´an, deu-lhe de comer em abundância e aquecer-se nos mais grossos tecidos que se usa lã já tecidos, era capaz de em forma exata tudo de ruim no mundo mortal.
Ni Hao fora um lobo sob pele de cordeiro; em compensação a criança acolhida pelo marechal Yin Lu, no qual sempre que era possível, cumprimentava os animais afugentados pelo caminho estreito, a fim de que a imensidão da tristeza causada pela solidão pudesse se dissipar caso alguém os notassem pelo menos um pouquinho, só fora motivo de orgulho. Ele fora íntegro e corajoso por quase dezesseis anos, dizia ao seu mestre possuir medo apenas da maldade humana e nada mais, carregava consigo a fragrância de um pomar e não deixava no constrangimento as palavras mais sinceras ficarem presas. Um grande exemplo a ser seguido… se não fosse pela chegada dos verdadeiros descendentes.
Que tenha sido Gautama Buda a divindade a abençoar tamanha chegada inesperada de não apenas uma criança com núcleo espiritual, mas duas semelhantes de corpo e alma para atingir o nirvana sem empecilhos. Grande inveja mórbida, ciúme doentio nada passageiro, o súbito medo de perder o carinho daqueles que o amavam, tudo surgiu de uma só vez, avançando em dobro pela mente e coração do rapaz. Restou-lhe só fazer uso das mais inimagináveis mentiras ao Imperador Zhou, contando sempre uma e outra falsa profecia.
Os irmãos Yin jamais seriam os usurpadores de sangue mestiço com núcleo espiritual a aniquilar a majestade imperial. Os benditos filhos do céu[5] eram protegidos pelas mãos do criador, mal nenhum iriam afugentá-los!
Em duelo, seria óbvio os perdedores.
A cólera sempre esteve brilhando nos olhos do protagonista. Em determinado momento desvantajoso, pela perigosa claridade naquele olhar vermelho não ser nada passageira em comparação aos outros de quando tinha sua luneta tomada a mando do discípulo do pai, fez com que as mãos ásperas de tal jovem envolta ao pescoço do cadáver feminino em posse se afrouxassem a ponto de deixá-lo cair em uma terra lamacenta, confusa por sangue e pé-d’água.
— Questiono-me sobre o que ela tenha feito para merecer tal fim doloroso — O temor não calou-lhe. — O Imperador Zhou a amou desde o primeiro dia em que avistou-a na linha de frente alquimista, pronta para sacrificar-se na primeira Guerra Ornamental quando a aliança foi formada por Minerbai. Ele prezou a companhia prenha da mulher na corte do centro meses depois, e obteve infelicidade por descobrir que seu marechal estava há anos dormindo com o inimigo!
Se tratava de Mei Zi caída em combate.
Shen Shining não conseguia fazer o reconhecimento dela; na verdade, desde quando a carruagem fúnebre alcançou familiar casinhola do jovem protagonista e a companhia de cavaleiros inimigos aproximavam-se em cavalos que muito superavam a quantidade numérica de duzentos residentes da Vila Qin, a linha de seu raciocínio se perdera bem no começo do caminho.
Tornam-se carcaças vazias diante de matanças aqueles com vidas tranquilas, e o protagonista não possuía esse luxo. Ele veria dois terços da tropa recém chegada trotando rumo às residências humildes dos moradores, destruindo pela estrada as memórias geradas, os lares construídos a base dos esforços das pessoas, plantações que receberam sangue, suor e lágrimas em abundância e prosperavam a favor dos famintos durante todo o equinócio. E iria partir sem despedidas o velho Gon, que deixaria a lembrança dele no trabalho de torrar muitos grãos de café nos decks da praça pública enquanto aconselhava Mei Zi a estudar sobre a próxima safra, os parentes próximos entre os refugiados, a mãe gestante que chegou finada dentro da carruagem fúnebre.
Era um castigo dos deuses.
Menos de quatro lacaios montados em cavalos brancos estavam encarregados pela captura das duas crianças sobre a principal parreira de uva do pomar em chamas. Homens armados até os dentes com labaredas afiadas pondo-se em marcha contra ouriços assustados trariam a fúria desvantajosa do pai à tona. Se a derrota já estava batendo na porta do marechal Yin Lu, com mala e cuia por ter exposto a localização da vila Qin a quem não devia, nada mais justo aceitá-la, mas não ajoelhado. Na cintura carregava consigo a bainha entregue pelo irmão, onde sua cimitarra permanecia protegida para prolongar a vida da lâmina curva produzida com aço alquimista da melhor qualidade possível, que fora desembainhada para decapitar cem mil soldados se lhe fosse permitido.
— Meu bom pai, nos salve!
A jovem dama Yin Zi o vira fazer menção de levantar-se, quando seu olhar esperançoso ficara vidrado em algo além dele.
— Não, não venha… — Um fulgor doloroso iluminou-lhe a face contraída por inteiro, transparecendo sentir a pior dor do mundo. — O senhor deve salvar Yin Chang primeiro!
Os protagonistas sempre deveriam receber nomes ilustres e sobrenomes fortes, onde a primeira sílaba seria proferida servindo como um anzol de peixe para fisgar a atenção do leitor na história, prendê-lo numa narrativa desconhecida a ponto das panelas sobre as trempes do fogão queimarem e mantê-lo diante do livro até que no mínimo dezoito a vinte folhas fossem folheadas num curto período de tempo. Se os escritores tinham de fato ou não esse imenso poder em mãos, era Shen Shining quem sabia responder a questão, porque assim que ouviu “Yin Chang” sendo proferido com tão pouco controle do timbre, despertou do estupor em que esteve seguindo sendo desfavorável e avistou algo do qual jamais poderia esquecer-se, mesmo se houvesse o desejo.
A montaria de dois metros, cujo pelagem bem cuidada pelo grão-chanceler Ni Hao era semelhante ao azul da galáxia acima das cabeças decapitadas por espadas das lâminas mais dúcteis possíveis, conseguia percorrer mil léguas sem cansar. Numa batida ameaçadora do chicote em couro cru que bem conhecia, redobrou esse número duas vezes indo ao encontro do ajoelhado na lama; naquele galope imbuído das vontades profanadas do montador, saiu disparado sob o clarão do luar. Alazão ele não era, não obstante, avançou parecendo um cometa, prestes a colidir-se contra quem só buscava escapar daquele tormento infinito das piores dores que jamais imaginou passar. Sobre a crina negra, estava o grão-chanceler Ni Hao com o seu alfange-cutelo erguido na mão direita, prestes a decapitar a indefesa criança, um dos vários alvos da sua ira perversa, maldita inveja, aquela que tomou todo o carinho do mestre incorruptível para si!
Se algum homem chegasse a priorizar a própria vida acima das dos filhos, ele já deveria abrir mão do título de pai que possuía antes da alma queimar no fogo ardente do inferno.
— … Meu bom pai?
Yin Chang acordara da pior forma do estado de estupor em que estivera por um pequeno prazo, quando sentira uma muralha fortificada chocar-se consigo, levando-o a queda.
— A lei natural da vida estabelecida pelo deus celestial é o filho enterrar seu pai e sua mãe, jamais o contrário — Uma golfada de sangue quente fora expelida pelos lábios secos do marechal Yin Lu pela força feita por esboçar um sorriso calmo.
Sua criança manteve-se monossilábica.
O mundo do qual não deixavam de expressar tanta repulsa estava cinza diante dela, uma cor nula na paleta de cores. Os horrores das batalhas travadas ainda seguiam deixando feridas incuráveis, das quais as casquinhas secas no externo não iriam disfarçar. E pobre daqueles que agarravam-se às crenças que prometiam o fim das guerras — não se cessa o que traz lucros; quem muito prometer tal encerramento, é desconhecer da maldade humana, quem logo encontraria a santa morte. Ela nada incerta do mal que sempre seguiria recaindo sobre a terra, estenderia os braços ao marechal Yin Lu, pois recolher essas almas possuidoras de fé era um costume e tanto, digno dos deuses acima observarem em completo êxtase, mas nada fazer.
A cimitarra em posse do marechal Yin Lu caira num baque surdo, com o próprio. Tendo de suporte os braços instáveis do filho ao seu redor, encostou a testa úmida na dele para esconder dos seus olhos encharcados a dor imensurável causada pela lâmina do alfange-cutelo cravada no peito o quanto pudesse.
— Não temas nada, Song chegará para salvá-los — disse. — Nunca duvide do seu tio…
Yin Chang não suportou o peso daquelas palavras.
Ele lutou com unhas e dentes para conseguir dizer-lhe algo e nada vinha, nem trêmulos resmungos ou duras broncas ovacionados pela imprudência do pai. A visão estava turva, já não suportava presenciar tamanha chacina, ambicionava mesmo era mirar as faces bondosas dos moradores da vila Qin que o vira crescer, ouvir as histórias contadas por Mei Zi durante os piqueniques, os duelos nada amigáveis entre seus irmãos, o marechal Yin Lu jogando cujo[5] no campo com o Lorde Ming. Restariam boas memórias, lembranças e momentos agradáveis, mas não seria suficiente para que houvesse a necessidade de convocar a presença do tio.
A arma presa ao marechal Yin Lu não pôde ser reivindicada, porque o grão-chanceler Ni Hao mal conseguia executar um único movimento sem ser trêmulo, e desabou da sela do cavalo. Constantes ordens deixavam a sua boca, e os homens às suas ordens acataram-as nos semblantes contendo confusão explícita.
— Soltem o Lorde Ming da prisão móvel! O traga até mim! Ele deve salvar o meu mestre!
Alguns lacaios assim fizeram sem questionar, outros já se mantiveram petrificados em seus lugares.
— Meu senhor, Lorde Ming foi sedado com duas pílulas de refinamento no Mestre do Chá — Alguém alheio ao perigo se opôs. — O conselheiro do Imperador Zhou sequestrado por ele diz que não há maneira alguma de acordá-lo sem o antídoto da alquimista Kelan. Será um esforço em vão, não há porque tra…
Ele, sendo a liderança dos outros lacaios encarregados da captura da jovem dama Yin Zi e do irmão mais velho não descavalgou a tempo, tampouco finalizou as suas palavras certeiras quando fora atingido no azedo rosto por um leque vindo da zona norte da floresta em chamas. Sendo um alvo certeiro, ficara estagnado em seu lugar e acompanhou com os olhos arregalados a águia branca de pé em uma árvore prestes a levantar voo. A Habilidade de Leveza dela no ar mostrou-se ser graciosa, mas as ações seguintes eram tão violentas quanto a do tigre Bai Hu[6]. A metáfora do lacaio fora bem colocada, a besta possuía fome por sangue e via um banquete diante dela. Por onde passou, alimentou-se da vida humana numa infinita insaciedade. Deleitar-se só seria permitido a quem desejasse apaziguamento ao fim da guerra, uma trégua, e o Lorde Ming não desejava tal coisa.
— Ele é um demônio ensandecido… — sussurrou o lacaio em horror.
Os soldados acreditavam que não se deve temer quem está fatigado da vida, pois ele seria fraco o suficiente para tomar as mais tolas decisões. Desde que encontre refúgio na violência e força, sente e espere pelo pior dos cenários. Contudo, estar ciente da eventual queda do oponente não traria-lhe conforto algum no coração. Seria preciso o quarto lacaio em cima do cavalo branco arrumar alguma garantia, e quem melhor seria para fazer esse papel na trama, se não as duas crianças do marechal Yin Lu paralisadas sobre a parreira de uva? Seria preciso apenas erguer as mãos e capturá-las nas escondidas, longe dos olhares protetores.
— A quem nomeia como demônio? — Fora questionado ao pé do ouvido. — A si próprio por assassinar a sangue frio a esposa gestante do marechal Yin Lu?
Apenas a mera ilusão de que virar-se para trás pudesse trazer a morte, fizeram o lacaio arrepender-se do dia em que veio ao mundo.
— Tio Song… — Yin Ping murmurou com melancolia.
Pedras brutas de esmeraldas fizera do majestoso leque de bambu uma arma espiritual famosa no mundo subterrâneo das antigas artes marciais. Além do adorno chamativo, a Habilidade de Reconstrução do artista marcial permitia à peça exclusiva tomar a forma de quatro adagas voadoras. Poderia ir de punhal cigano a sabre militar em instantes; um arsenal inteiro estaria disponível ao combatente. O que originalmente era só objeto de desejo para a corte imperial vangloriar-se aos pés do ilustre Imperador Zhou, teve o seu formato elegantíssimo manipulado em uma transparente lança de longo alcance sob o derramamento abundante de poder, indo ao encontro do peito desprotegido do lacaio.
Yin Ping conseguira agir a tempo e cobriu os olhos da irmã.
A claridade prateada da lua em sua mais prespeciada fase cheia, em toda a sua insigne resplandecência, banhava os corpos trêmulos das crianças e o lacaio diante delas. Se as lágrimas abundantes dificultavam a visão do menino, seria excelente. Mas caso não houvesse essa generosidade, ele poderia presenciar algo custoso de ser esquecido mesmo após a reencarnação. A maneira bruta da lança translúcida invadir as três principais camadas da pele humana seguida de mordidelas profundas pelo tronco e outras proximidades do corpo do lacaio, fez da abertura longa no peito dele um fontanário ornamental jorrando sangue aos quatro ventos.
— Contenham o Lorde Ming imediatamente!
O grão-chanceler Ni Hao estava horrorizado.
— Prometeu-me não tocar no meu mestre, soberano — Uma voz masculina soou nada impotente. — Que o senhor acima do céu tenha piedade da sua alma pecadora se não cumprir a sua promessa, grão-chanceler Ni Hao.
— Exijo que faça algo, Shen Feng! — rosnou ele. — E você, conselheiro Li, por que não usa a Habilidade de Invocação e reivindica seu maldito leque de volta?!
Quem se mantinha oculto à espreita soltou uma corrente impaciente de ar dos pulmões, tragou pela última vez o objeto metálico de fumo preso aos lábios jovens e lançou a fumaça sinuosa no vento. A nicotina melancólica dançou com as papilas gustativas da língua, só deixando-a calma, mas não substituindo o gosto do chá de camomila ingerido às pressas. Ao lado dele, estava uma figura imóvel usando um véu branco que cobria-lhe o rosto e deixava apenas os olhos âmbares à vista. Ela curvou-se centímetros a frente do grão-chanceler em respeito, com os braços retos nas laterais do corpo, e o saudou demonstrando elegância na curvatura. Embora os dois possuíssem o mesmo grau hierárquico, demonstrava ter mais educação e etiqueta.
— Aguarde — pediu indiferente ao desespero do grão-chanceler Ni Hao. — Ele ainda está enfraquecido, não suportará nem o próprio peso daqui a…
Não pudera finalizar a conclusão por ela ter tornado-se óbvia, nua e crua.
— Lorde Ming desabou!
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Pan Ku: foi o primeiro ser vivo e origem da existência distinta das coisas segundo a versão mais conhecida do mito da criação na mitologia chinesa.
Yan Wang: deus da morte chines.
A tortura Lingchi: uma execução feita por mil cortes.
Mara: é o demônio que atacou Gautama Buda sob a árvore Bodhi.
Filhos do Céu: como os imperadores chineses
normalmente eram chamados.
Cujo: semelhante ao futebol atual.
Tigre Bai Hu: senhor das montanhas na China, deus da guerra.
Publicado por:

- Bllau
- “Escritora amadora de C-Novels, escrevendo histórias para satisfazer-se, em uma busca incessante para fugir da realidade medíocre em que, infelizmente, vive lamentavelmente…”
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