O Lobo e a Lua - Capítulo 57
– De joelhos! – o guarda ordena ao empurra-lo em direção ao chão. Willbur o encara com um olhar mortal, mas o lobo apenas sorri e se posiciona atrás dele.
– Hoje daremos início ao julgamento dos acusados. – Thorne, Conselheiro do Poder judiciário Real, está parado ao lado dos tronos enquanto anuncia para todos os presentes.
– Willbur e seus filhos são acusados dos crimes de traição e conspiração para o assassinato da princesa e primogênita, Zaria Ambrosia Asena Bianchi Brenhin. – ele complementa e se afasta, de repente os lobos presentes começam a cochicar entre si, se perguntando qual seria o destino dos acusados. Ao ver a comoção deles, Ambrose levanta sua mão e logo todos se calam.
– Peço a todos que se mantenham em silêncio. – ele abaixa sua mão e desvia seu olhar para Thorne, que acena com a cabeça e sai.
– Hoje nos reunimos para decidir quais serão as punições aplicadas a Willbur e seus filhos.
– Corte suas mãos e pés! – um dos lobos presente grita, dando inicio a uma série de sugestões macabras de punições.
– Silêncio, por favor. – Ambrose ergue sua mão novamente e fala um pouco alto, mais uma vez todos se calam.
– Por que fazer todo esse espetáculo ? Me mate logo. – Willbur questiona de repente e o observa com um sorrisinho.
– Porque eu sigo as leis, Willbur. E elas dizem que todos devem ter um julgamento justo, até mesmo traidores como você.
– Isso não é um espetáculo, Willbur. Vamos expor todos os crimes da sua família e decidir uma pena equivalente. – Desmond completa.
– Agora chega de conversa. Thorne, traga as testemunhas e as provas! – ele ordena em um tom firme. Não queria perder tempo.
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– E isso é tudo o que eu vi… – Ylana fala um pouco hesitante, ainda sentia medo de sofrer alguma represália.
– Obrigado por contar a todos o que viu, Ylana. – Ambrose acena com a cabeça e lhe mostra um sorriso gentil.
– Agora gostaria de chamar a última testemunha, que traz provas importantíssimas contra Willbur e sua família. – Thorne acena com a cabeça para os guardas parados em frente a porta. Eles rapidamente a abrem e Orlo entra na sala do trono, trazendo uma pequena filha de papel em suas mãos.
– Bastardo desgraçado… – o filho mais velho resmunga e rosna ao vê-lo.
– Calado! – o guarda golpea sua cabeça. O lobo se vira para ele e rosna, odiava ser tratado como qualquer coisa.
– Senhor… Senhora… – Orlo se curva ao cumprimenta-los e entrega a pilha de papéis a Thorne, que os deixa com Ambrose.
– Como todos sabem, sou o filho bastardo da Casa Willbur. Infelizmente fui coagido pelo meu pai e irmãos a contribuir com seus planos terríveis, o que eles não esperavam é que eu estivesse guardando todas as provas necessárias para condena-los diante da Corte Real. – Orlo testemunha em alto e bom som enquanto encara o rosto do seu pai, que o observa com desdém.
– Willbur e seus filhos conspiraram contra o Rei e a Rainha, além de serem os idealizadores do assassinato da Princesa Zaria. Está tudo nestas cartas trocadas com Azael e outros traidores!
– Espero que sofra tanto quanto nos fez sofrer, pai. – ele completa e cerra seus punhos. O mataria ali mesmo se pudesse.
– Fez uma boa escolha em mantê-lo vivo, minha Rainha. – Ambrose sussurra próximo ao ouvido de Desmond, que apenas sorri como resposta.
– Diante de todas as provas e testemunhos, eu já tomei uma decisão. – Ambrose se levanta e anuncia, logo depois se vira para Desmond e estende sua mão.
– Gostaria de fazer anunciar você mesmo ? – ele sorri e acha justo que Desmond, quem mais sofreu com tudo isso, ponha um ponto final.
– Sim! – Desmond agarra sua mão e também se levanta.
– Pelos crimes de traição, conspiração e assassinato, Willbur e seus filhos serão condenados a humilhação pública até a morte. – ele anuncia alto, para que todos ouçam e se aproxima de Willbur.
– Enquanto eu for a Rainha, ninguém mais tocará no seu nome e a existência da sua família será apagada de qualquer história ou documento. Ninguém nunca mais vai se lembrar de você. – Desmond o observa de cima, com um olhar furioso.
– A partir de hoje, este lobo é um homem sem nome e títulos. O tratem como tal! – ele lhe dá as costas e volta para perto de Ambrose.
– Vocês ouviram, levem eles. – Ambrose ordena e logo os guardas se encarregam dos lobos.
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– Ainda não terminou o seu banho ? – Ambrose o questiona ao entrar no banheiro e vê-lo esparramado na banheira.
– Eu só me distrai um pouco. – Desmond deixa um longo suspiro sair e desvia seu olhar para ele.
– Tudo bem ?
– Sim… – ele murmura e se levanta, no mesmo instante Ambrose pega a toalha que estava sobre a pia e se aproxima, o cobrindo com ela e o abraçando.
– Tenho algo para você. – Ambrose sussurra próximo ao seu ouvido.
– É algo que está entre suas pernas ? – Desmond brinca.
– Não! – ele ri.
– Que pena… – Desmond deixa um longo suspiro sair, fingindo estar decepcionado.
– Termine de se secar e saia. Estarei esperando. – Ambrose beija sua bochecha e sai.
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Ao sair do banheiro, Desmond se depara com a mesa cheia de hambúrgueres e batata frita. Comida o suficiente para alimentar cinco pessoas, ou mais.
– Ambrose, o que é tudo isso ? – ele questiona surpreso e ri. Seu marido era sempre exagerado.
– Eu queria fazer algo para te animar, então me lembrei de quando me contou sobre a sua comida favorita. Não sei se está igual, mas espero que goste. – ele sorri um pouco sem graça e puxa a cadeira, o convidando para sentar.
– Mas isso é muita comida! – Desmond se senta e ao chegar perto o suficiente, pode sentir o cheiro característico de hambúrguer. No mesmo instante sua barriga ronca e sua boca saliva, fazia tanto tempo que não comia aquilo que talvez já tivesse se esquecido do gosto.
– Bom, talvez eu tenha exagerado um pouco…
– Talvez ? – ele ri e pega um hambúrguer. Ao dar a primeira mordida, Desmond sente como se estivesse no paraíso.
– Minha nossa… que delícia! – Desmond fala com a boca ainda um pouco cheia e continua comendo. Queria se empanturrar.
Ambrose fica satisfeito ao vê-lo comer e se senta de frente para ele, apenas o observando.
– Não vai comer ?
– Não! Não! Pode comer tudo.
– O quê ? Não posso comer tudo sozinho. Vamos, coma! – Desmond pega um pouco de batata e enfia em sua boca.
– Nossa… é bom. – Ambrose murmura.
– Viu ? Eu te falei! – ele ri e volta a comer.
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Final do Verão.
– Droga, por que isso demora tanto ? – Lyter questiona inquieto, dando voltas em frente a porta.
– Se acalma, logo vai terminar. – Ambrose tenta acalma-lo e se senta no chão ao lado da porta, Lyter faz o mesmo, mas continua ansioso.
Alguns minutos depois, ambos ouvem o choro do filhote. Lyter se levanta no mesmo instante e observa a porta, indeciso se deveria entrar ou não.
– Ambrose, eu… – ele questiona confuso e aponta para a porta, que se abre repentinamente, o assustando.
– O que está esperando ? Entre! – Desmond o convida sorridente.
– Parabéns, irmão! – Ambrose também se levanta e se aproxima de Lyter, bate em seu ombro e lhe mostra um largo sorriso. O lobo simplesmente o ignora e corre para dentro do quarto.
– Vem, vamos. – Desmond ri e estende sua mão, o lobo a segura e também entra no quarto.
Lyter se ajoelha próximo a cama e recebe seu filhote em seus braços. Ele o observa abobado e logo as lágrimas começam a rolar em seu rosto.
– Nosso filhote… – ele murmura atônito.
– É um menininho. – Nanber fala cansada e sorri.
– Isso me traz algumas lembranças… – Desmond, que observava tudo emocionado, murmura próximo ao ouvido de Ambrose.
– Sabe, eu acho que deveríamos tentar de novo. O que me diz ? – ele o abraça por trás e beija seu ombro.
– Está falando sério ? – Desmond se vira de repente.
– Sim.
– Acho uma ótima ideia. – ele murmura um pouco envergonhado. Não via a hora de poder ver o rostinho do seu filhote.
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