O Lobo e a Lua - Capítulo 48
– Sei que estão com muitas dúvidas em relação ao destino deste país, mas também sei que cada lobo presente, carrega consigo o desejo ardente de vingança. Somos poucos e até agora estamos em desvantagem, não vou lhes dizer que será fácil e nem vou enche-los de esperança, por isso, aqueles que não quiserem lutar, eu entendo. Mas para aqueles que desejam saciar a sua sede de vingança, eu mostrarei o caminho. Como sua Rainha e o lobo escolhido por Gaia, guiarei o meu povo e farei o meu melhor para que Neverhand seja salva mais uma vez! – Desmond fala confiante, enquanto observa os rostos inexpressivos dos lobos, tornando difícil saber se estavam de acordo ou se iriam recuar.
Ele hesita por um instante ao ver todos em silêncio e sente uma onda de ansiedade se espalhar pelo seu corpo. Sem aqueles lobos, não chegaria a lugar nenhum.
– Então, o que me dizem ? – Desmond questiona nervoso e tenta se preparar, caso o pior aconteça.
– Vamos matar aquele desgraçado! – um dos lobos grita e se levanta, logo depois todos se levantam e gritam animados. Desmond suspira aliviado e sorri, estava tudo indo como o planejado.
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– E se entrarmos por aqui ? Acho que seria mais rápido e… – Desmond fala enquanto aponta para o mapa, mas acaba se distraindo ao ouvir alguém bater à porta.
– Entre. – ele fala um pouco alto e logo a porta se abre.
– Desmond, eles chegaram. – Nanber fala ao entrar.
– Graças a Deusa! – ele suspira aliviado.
– Do que estão falando ? – Lyter questiona confuso.
– Venha comigo e vai ver. – Desmond sorri e caminha em direção a saída. Ele segue Nanber até o pátio principal do Distrito e se surpreende ao ver tantos lobos reunidos.
Ao notarem sua presença, todos se ajoelham diante dele, com suas cabeças baixas.
– Senhora… – o lider da Casa Audagar o cumprimenta e se curva.
– É muito bom ver todos aqui. Não sabem o quanto esperei por sua chegada. – Desmond fala sorridente e se sente um pouco mais esperançoso.
– Lyter e seus homens mostrarão os locais onde vocês podem se alojar. Se sentirem sede ou fome, são livres para ir até a cozinha. – Desmond volta sua atenção para Lyter e acena com a cabeça. Que faz o mesmo gesto como resposta.
– Venham comigo! – ele grita enquanto caminha em direção ao acampamento.
– Senhores, por favor me acompanhem. – Desmond indica o caminho com a mão e sorri.
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– Entre. – Desmond fala ao ouvir alguém bater à porta. Em seguida Lyter aparece acompanhado de Nanber, que está trazendo uma bandeja com chá e um pouco de comida.
– Já terminou ?
– Sim. – Desmond suspira e se levanta.
– Eu trouxe algo para você comer. – Nanber fala enquanto deixa a bandeja sobre a mesa.
– Obrigado, querida. – ele sorri de forma gentil.
– E os líderes ? – Desmond questiona ao voltar seu olhar para Lyter.
– Foram acomodados na casa principal. Vão viver.
– Certo. – ele suspira aliviado e se senta novamente, se servindo com um pouco de chá.
– Como foi a reunião ? Deveria ter me deixado acompanhar. – Lyter se senta do outro lado da grande mesa e o encara.
– Proveitosa. – Desmond lhe mostra um sorrisinho e bebe um gole do chá.
– Você tinha outros afazeres e eu precisava fazer isso sozinho. Sei que Ambrose te inlcui em tudo, mas não fique magoado.
– Corta essa e fala logo. – ele resmunga irritado.
– Lyter! – Nanber o repreende.
– Tudo bem, Nanber. Pode deixar. – Desmond ri e pode ver o quão ansioso ele está.
– Eu enviei algumas cartas através das mensageiras de Ayira aos líderes que são alidos de Ambrose. Para a minha surpresa, todos atenderam ao chamado, apesar dos riscos. – ele faz uma pausa e bebe mais um gole do chá.
– Formei boas alianças e obtive ótimas informações. Sei exatamente quem está ajudando Azael e porquê o faz.
– Mas isso nós já sabemos!
– Nada disso, lobinho. Há um pequeno rato que o ajudou por debaixo dos panos esse tempo todo. – Desmond lhe mostra um sorrisinho macabro e apoia seus cotovelos sobre a mesa.
– Ruffinus, junto com Willbur ajudaram Azael a planejar tudo. Ruffinus plantou informantes e deu a ele o controle absoluto do seu exército e fronteiras em troca de que Azael aceitasse dar o território Vadim e torna-lo parte do seu Distrito.
– Que filho da puta! – Nanber esbraveja de repente, pegando todos de surpresa.
– Desculpe… – ela recua tímida. Desmond e Lyter apenas riem e deixam passar. Pensavam o mesmo que ela.
– Bom, isso não importa agora. Cuidarei dele e do resto quando retomar o poder do meu país. – ele dá de ombros e fala despreocupado.
– Agora que temos mais guerreiros, deveriamos rever o plano de ataque.
– Não, vamos manter tudo como está. Quero ir diretamente até ele e encara-lo.
– Isso é ousado e perigoso. – Lyter ergue uma de suas sobrancelhas e ri.
– Eu sei, parece uma missão suicida. – ele também ri, mas logo suspira.
– E o que vamos fazer agora ?
– Bom, eu já usei todo o meu charme e carisma para ter a ajuda daqueles velhotes, então só nos resta esperar. Gaia nos dirá quando ir.
– Isso parece bom para mim. – Lyter fala enquanto se levanta.
– Eu vou para o meu quarto. – ele volta seu olhar para Nanber e acena com a cabeça. Ela faz o mesmo e lhe mostra um sorriso gentil. Logo depois Lyter sai da sala, os deixando sozinhos.
– Está com fome ? Não quero comer sozinho.
– Estou! – Nanber sorri e se senta ao seu lado. Desmond lhe serve um pouco de chá e juntos eles comem em silêncio, apenas aproveitando um raro momento de paz e quietude.
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Dois dias depois.
– Desmond, qual o problema ? Todos estão esperando. – Lyter o questiona ao entrar no cômodo.
– Nada, eu só… – ele hesita e deixa um longo suspiro sair.
– Está com medo ? – Lyter estreita os olhos e pode ver o quão nervoso ele parecia, mesmo que tentasse esconder.
– Sim… – Desmond murmura.
– Agora que sei quando vamos partir, me sinto ansioso. Não quero falhar.
– Por que você é tão inseguro ? Não vê todas as coisas que já fez ?
– Não é bem assim, Lyter.
– Pare de choramingar e se ponha em seu lugar. O que acha que vai acontecer se todos aqueles lobos te virem assim ?
– Sim, você está certo. Eu só me senti ansioso por um momento… – Desmond respira fundo e sorri.
– Ouça, sei que não posso te dar o consolo de que precisa, mas saiba que Ambrose estaria orgulhoso.
– Obrigado, Lyter. – ele o observa com os olhos arregalados, surpreendido por suas palavras, mas logo seu rosto ganha um leve tom avermelhado e um sorriso se forma em seus lábios.
– Agora precisa ir. Eles estão impacientes para ouvirem suas ordens.
– Certo! – Desmond fala animado e sai apressado em direção ao pátio.
– Isso foi muito gentil, Lyter. – Nanber fala ao se aproximar.
– Era o que ele previsava ouvir.
– Obrigada por anima-lo. – Nanber fica na ponta dos pés e beija o seu focinho, em seguida vai atrás de Desmond, o deixando sozinho.
– Porra, isso vai acabar me matando… – Lyter sussurra para si mesmo e toca o seu peito. Aquela mulher sabia como mexer com sua mente.
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