O Amante do Lobo Branco - Capítulo 33
Sexta-feira, 02 de setembro, 02:15 horas da noite.
Leonid desfere mais um soco e observa o rosto desfigurado do homem coberto com seu próprio sangue, ele respira fundo e se prepara para o próximo golpe. A violência ainda era sua melhor válvula de escape.
– Senhor…! Sr. Petrov! – Noah aumenta a voz, tentando chamar sua atenção.
– O que quer agora, Noah ? – Leonid larga o homem, que cai no chão quase sem vida. Suas mãos e roupas estão cobertas por sangue, mas ele nem de longe parece se importar com isso.
– Nikolas está aqui… – Noah olha rapidamente para o cadáver no chão e sente um arrepio percorrer sua espinha.
– Pode cuidar disso ? – ele aponta para o cadáver, demonstrando estar indiferente com a situação.
– Sim, senhor!
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– Por que está aqui ? – Leonid se senta de frente para Nikolas e tira o maço de cigarros do bolso esquerdo de sua calça.
– Ouvi dizer que você anda irritado esses dias. Qual o problema ? Não gosta de Londres ? – ele força uma risada.
– Deveria se preocupar apenas com sua perna… – Leonid aponta em direção a coxa de Nikolas.
– Certo… – ele sorri e esfrega a coxa, que ainda dói.
– Quando pretende voltar para a Rússia ?
– Não vou voltar. – Leonid acende um cigarro e o encara, esperando por sua reação.
– E para onde pensa ir ? – Nikolas ergue uma das sobrancelhas.
– Para casa! – ele se levanta e caminha em direção a saída.
– Por que quer voltar agora ? Já faz quatro anos desde a última vez que esteve lá… – Nikolas o questiona, receoso com o que poderia ouvir como resposta.
– Já está na hora de voltar para casa… – Leonid para próximo a porta e joga o cigarro no chão, em seguida usa a sola de seu sapato para apagá-lo.
– Você sabe, não é ? – Nikolas suspira e logo um leve sorriso se forma nos lábios de Leonid. Era impossível esconder algo daquele homem.
– Sobre como você agiu pelas minhas costas e me traiu ? É, eu sei.
– Leonid, eu não… – Nikolas suspira e tenta se explicar, mas Leonid se aproxima rapidamente e o segura pela camisa, o joga no chão e desfere três socos em seu rosto, um atrás do outro. Não queria ouvir suas desculpas ou até mesmo olhar para o seu rosto.
– Desde quando sabe que ele está aqui ? – Leonid grita furioso.
– Faz alguns meses… – Nikolas cospe um pouco de sangue.
– Você armou tudo isso, não é ? – ele contrai sua mandíbula.
– Porra! Eu não planejei isso!
– Então isso foi só uma grande coincidência, não é mesmo ? – ele tira uma faca do coldre em seu tornozelo e a posiciona no pescoço de Nikolas. Iria mata-lo ali mesmo caso não ficasse satisfeito com suas respostas.
– É uma pena que eu não acredite em coincidências…
– Foi o seu pai quem sugeriu essa viagem!
– O que está insinuando, Nikolas ? – Leonid ergue uma de suas sobrancelhas.
– Só estou dizendo a verdade!
– Eu sugiro que não apareça na minha frente novamente, ou posso acabar fazendo algo que talvez me arrependa mais tarde! – Leonid o encara com um olhar intimidador e guarda sua faca. Em seguida se levanta e sai sem dizer nada.
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03:45 horas da noite.
– Essa é toda informação que temos senhor…
– Obrigado, Nikolai! – Leonid desliga e joga o celular no banco do carro, em seguida pega sua arma e a põe em sua cintura. Ele dá um longo suspiro e abre a porta do carro, caminha devagar e calmamente até o cassino clandestino do outro lado da rua e ao se aproximar da entrada é parado por um homem de terno, responsável pela segurança do local.
– Senha.
– Espera, deixa eu ver se me lembro. Acho que é… – Leonid sussurra e logo depois sorri. Com um movimento rápido ele usa sua mão direita para tapar sua boca e a esquerda para cortar a sua garganta, rompendo sua jugular e fazendo com que o segurança se banhe em seu próprio sangue. Ao ver o corpo cair no chão, ele limpa sua lamina nas roupas do cadáver e guarda sua faca.
– Obrigado por me deixar entrar! – Leonid sorri novamente e entra silenciosamente no cassino, observando ao redor tentando identificar onde o seu alvo está. Ao conseguir avista-lo, ele caminha apressado em meio a multidão.
– Ei, você! O pensa que está fazendo ? – um dos seguranças se aproxima e põe sua mão sobre o seu ombro, tentando fazê-lo parar. Leonid encara sua mão e logo depois desvia seu olhar para o rosto do homem.
– Onde seu chefe está ?
– Por que eu diria algo para alguém como você ? Apenas dê meia volta antes de que possa se machucar! – o homem lhe mostra um sorriso sarcástico e aperta seu ombro com força.
– Certo… – Leonid sorri e agarra seu pulso com a mão direita, com a esquerda ele segura sua camisa e antes de que o homem pudesse reagir, ele chuta sua patela, fazendo com que o seu fêmur seja empurrado para trás, saindo do lugar.
O segurança perde o equilíbrio e grita de dor, Leonid o derruba no chão e atira em sua cabeça. O barulho do tiro ecoa pelo prédio e todos se assustam, as mulheres gritam e correm para a saída, se amontoando na porta.
Os seguranças lutam para sair da multidão e chegarem até Leonid, que continua parado próximo ao cadáver esperando que eles venham. Não iria recuar até que sua sede de sangue estivesse saciada.
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– Quem te pediu para fazer isso ? – Leonid chuta o abdômen do homem, o fazendo cair no chão. Ele tosse e seu corpo se contrai de dor e medo.
– Cacete! Já te falei que não sei do que está falando! – ele contrai sua mandíbula e parece estar irredutível.
– Não me faça perguntar duas vezes! – Leonid se aproxima e pisa em seu rosto, com força o suficiente apenas para causar um pouco de dor.
– Me diga o que eu quero saber! – ele desfere mais um chute em seu abdômen e o homem grita de dor.
– Merda! Seu louco, psicopata!
– Louco ? – Leonid sorri e se abaixa, tira o cigarro de sua boca e o pressiona contra a bochecha do homem. Que franze os lábios, tentando abafar o seu grunhido de dor.
– Se sabe quem eu sou, sugiro que tenha um pouco mais de respeito… – ele pega sua faca e desliza a ponta da lâmina por sua pele, mas sem cortá-lo.
– Acha que tenho medo de você ? – ele dá risada e cospe em seu sapato.
– Não, mas deveria! – Leonid sorri de uma forma assustadora e horripilante, algo que geralmente só se vê nos filmes de terror. O homem arregala seus olhos e sente o medo se infiltrar em seus ossos. Com certeza morreria ali.
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05:03 horas da manhã.
– Sr. Petrov, o que aprontou dessa vez ? – Nikolai o questiona preocupado.
– Diga ao velho que eles também foram comprados pelos alemães. Não existe negociação, foi apenas uma isca para me trazer até Londres! – Leonid suspira e traga um pouco da fumaça de seu cigarro.
– Oh! Então foi isso o que aconteceu ? Irei avisa-lo!
– Certo… – ele desliga e joga o cigarro no chão, em seguida entra no carro e disca outro número na agenda.
– Senhor… – Noah responde ao atender a chamada.
– Consegue ver onde estou ?
– Sim!
– Venha até aqui com alguns homens, preciso que cuide dessa bagunça…
– Certo! – Leonid desliga e sorri pensando em como ele era sempre energético e empolgado com o seu trabalho. Mesmo que o trabalho fosse apenas cuidar da sua bagunça.
– Logo vai amanhecer… – ele sussurra para si mesmo e não pode evitar de pensar em Liam. O que ele poderia estar fazendo agora ou em como viveu durante esses cinco anos, eram questões que não saiam de sua mente.
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Ao entrar no quarto do hotel, Leonid joga as chaves do carro e seu celular sobre a cama e se senta, estava exausto.
– Senhor! Senhor! – um de seus homens bate na porta várias vezes, como se estivesse realmente desesperado.
– Por que está gritando tão cedo ? – Leonid caminha até a porta e a abre, estava puto.
– Me desculpe, senhor, mas um dos nossos homens recebeu isso… – ele lhe entrega um envelope com algumas fotos.
– Liam…? – ele sussurra ao ver as fotos e sua raiva chega ao limite. Agora ninguém poderia parar o Lobo Branco.
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