La Douce Essence D'un Oméga

Quinta-feira, 19 de outubro, 14:05 horas da tarde. 33 semanas de gestação.

Yohan deixa suas chaves sobre o balcão da cozinha e caminha em direção a porta que dá acesso ao jardim, ao sair para fora ele encontra o ômega sentado embaixo de uma enorme arvore pintando enquanto Hiro brinca com seu brinquedo um pouco mais a frente. O alfa se aproxima com cuidado e toca em seu ombro, logo depois o abraça e beija seu pescoço.

– Oi… – Enarê sussurra e beija sua bochecha.

– O que esta pintando ?

– É sobre um sonho que tive há algum tempo… – ele sorri e acaricia sua barriga. Aquele sonho ainda era tão vivido em sua mente que não podia evitar de pensar nele de vez em quando.

– É uma criança ? – o alfa aponta em direção a pintura, que ainda estava incompleta.

– Sim.

– É lindo! – ele fala com um sorriso genuíno de orgulho e admiração.

– Obrigado. – Enarê fica envergonhado e seu rosto ganha um leve tom de vermelho.

– Odeio atrapalhar, mas nós precisamos ir.

– Pode me dar alguns minutos ?

– Claro, vou terminar de arrumar sua bolsa. – ele acaricia rapidamente sua barriga e se afasta, em seguida chama por Hiro, que o vai correndo em sua direção carregando seu brinquedo.

– Que bom garoto! – Yohan faz carinho em sua cabeça e o leva para dentro. Seu ômega precisava de um tempo sozinho.
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A porta se abre e Alice aparece, com um sorriso de orelha a orelha e sua empolgação de sempre.

– Oi lindinha! – ela ignora o casal e fala diretamente com o bebê.

– Eu também estou aqui, sabia ? – Enarê a encara fingindo estar chateado.

– Idai ? Minha sobrinha é prioridade! – a moça revira os olhos, mas logo ambos dão risada e se abraçam.

– Vem, podem entrar. – o casal entra levando Hiro junto, que pula em cima de Alice abanando seu rabo.

– Oi pra você também!

– Desculpa, ele ainda esta sendo adestrado – Yohan fala enquanto deixa uma bolsa com todas as coisas do cachorro no chão próximo a porta.

– Não tem problema, ele é um amor.

– Obrigado por se oferecer para cuidar dele. – o ômega se aproxima e tambem o acaricia, deixando Hiro ainda mais animado.

– Sabe que eu faria qualquer coisa para ajudar, então não precisa agradecer.

– Trouxe todos os brinquedos, comida e a cama. Só precisa ficar de olho nele. – o alfa solta a guia, deixando que ele explore a casa.

– Estão indo direto para o hospital ?

– Sim, preciso ficar em observação até o dia da cirurgia. – Enarê suspira ansioso.

– Uau… ela já vai nascer e isso ainda parece mentira!

– Sim! – o ômega concorda e ri.

– Ah! Espera ai! – Alice vai apressada em direção ao seu quarto e volta trazendo um pequeno embrulho de cor rosa e estampa de ursinhos.

– Aqui, um presente. Já que ela vai nascer no outono e pode fazer frio, resolvi comprar. – ela entrega o presente ao ômega um pouco envergonhada.

– Obrigado! – ele sorri emocionado e a abraça.

– Enarê, precisamos ir. – o alfa fala ao conferir as horas em seu relógio.

– Me avise quando ela nascer, quero ir vê-la!

– Com certeza!
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– Já se acomodaram ? – Adam fala ao entrar e ver o casal.

– Sim, estamos bem. – Enarê o responde sorridente.

– Ótimo, fico feliz em ouvir isso, mas se precisarem de algo falem comigo.

– Obrigado pela preocupação, mas estamos bem. – o ômega o tranquiliza.

– Já que estão bem podemos conversar um pouco ? Tem algumas coisas que precisamos fazer antes do parto.

– Claro. – Yohan se senta na cama ao lado de Enarê, que rapidamente segura sua mão, buscando por um pouco de conforto. Mesmo tendo chegado tão longe ainda sentia medo.

– Vamos fazer alguns exames para conferir como esta o desenvolvimento do bebê e escolher a melhor data para a cirurgia. Sua dieta vai ser mais rigorosa a partir de agora, então nada de comer besteira!

– Ainda vou precisar tomar os remédios ?

– Sim, precisamos garantir que ela receba todos os nutrientes necessários.

– Vai fazer os exames hoje ? – o alfa questiona.

– Sim, já falei com a Emma para que venha fazer a coleta.

– Eu poderia fazer isso.

– Você esta de licença, temporariamente deixou de ser médico!

– Odeio essas regras idiotas! – ele resmunga.

– Eu gosto de que você seja so um pai comum agora… – Enarê sussurra e beija a palma de sua mão, o deixando levemente corado.

– Okay papais, preciso ir agora. Te vejo daqui a pouco, Enarê! – Adam se despede do casal e sai, ainda havia outros pacientes que precisavam de sua atenção.
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20:30 horas da noite.

– Como esta a comida ? – Yohan o questiona enquanto o observa.

– Melhor do que esperava! – o ômega sorri com a boca um pouco cheia.

– Fico feliz em ouvir isso. – ele sorri satisfeito.

– Quando os resultados vão sair ?

– Amanhã pela manhã.

– Estou tão ansioso, só quero que isso acabe logo! – Enarê dá um longo suspiro. A gravidez era cansativa e dolorosa em alguns momentos.

– Esta bem perto, eu prometo! – o alfa se inclina em sua direção e beija sua testa.

– Eu te amo… – o ômega sussurra e acaricia seu rosto. Seu apoio era a única coisa que o mantinha de pé, sem o Yohan, Enarê nunca poderia fazer isso. Tinha que ser ele e apenas ele.

– Eu também te amo, mon pettit dieu! – Yohan segura em seu queixo e lhe dá um beijo rápido.

– Tem gosto de feijão! – ele ri e logo o ômega faz o mesmo.

– Idiota!

– O que ? É gostoso, me deixe provar! – o alfa abre a boca e espera.

– Quando se tornou um bebê ? – o ômega resmunga, mas lhe dá uma colherada.

– Desde que eu te conheci! – ele lhe dá um sorriso astuto.

– Tenho a impressão de que devo aumentar o estoque de fraldas… – Enarê dá risada pensando no quão caprichoso seu alfa é.
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Dia seguinte, 10:00 horas da manhã.

– Bom dia, estou entrando! – Adam fala animado enquanto entra no cômodo.

– Trouxe os resultados! – ele balança os papeis.

– Então ? – o alfa ergue uma de suas sobrancelhas e o encara ansioso pela resposta.

– Está tudo bem, ela é incrivelmente forte e saudável.

– Então nós já podemos marcar a data ? – Enarê o encara com os olhos brilhando, tudo o que queria era ver sua menina.

– Ela está indo bem, mas vamos esperar até que a gestação chegue a trinta e quatro semanas. É o mais recomendável no caso de vasa previa.

– Entendo… – o ômega suspira e se sente um pouco chateado. Ficar tanto tempo parado o deixava entediado e irritado.

– Como está o sangramento ? Continua vindo ?

– Diminiu bastante desde o final do segundo trimestre. – Yohan o responde quase que imediatamente. Adam volta seu olhar para Enarê, que concorda com a cabeça.

– Okay, então vamos continuar observando e esperar. Tudo bem ?

– Certo. – o alfa concorda.

– Agora tenho que ir, vejo vocês mais tarde! – Adam confere as horas em seu relógio e sai apressado antes que o casal possa se despedir. Ao vê-lo sair, Yohan volta seu olhar para Enarê e nota que ele parece um pouco tristonho.

– Algum problema ? – ele acaricia seus cabelos e beija o canto de sua boca. Queria anima-lo de alguma forma.

– Eu só não quero ter que ficar parado. Me sinto um inútil!

– Você não é inútil, okay ? Nunca mais diga isso! – o alfa segura seu rosto e o encara com uma expressão seria.

– Você consegue fazer isso. – ele beija sua testa novamente e o abraça. O ômega se agarra ao seu corpo e afunda o rosto em seu pescoço, o cheiro de seus feromônios e o calor do seu corpo eram reconfortantes.

– Obrigado por fazer isso comigo. Eu não conseguiria se você não estivesse aqui! – Enarê sussurra.

– Eu te amo, okay ? – Yohan o solta e o encara com um doce sorriso em seu rosto. A verdade é que sentia que ele é quem deveria agradecer, afinal o ômega estava carregando o seu bebê e sendo forte por ele.

– Okay… – o ômega concorda e tudo parece esclarecido, mas ele ainda continua cabisbaixo.

– Está cansado ? – Yohan o questiona notando que aquilo era muito mais do que só ansiedade. Enarê balança a cabeça concordando e o alfa rapidamente se senta ao seu lado, se recosta sobre a cama e o abraça.

– Durma um pouco. Eu te acordo na hora do almoço. – ele beija sua cabeça e o ômega se aconchega ao seu lado, deita a cabeça em seu peito e logo adormece.