La Douce Essence D'un Oméga - Capítulo 14
Sexta-feira, 14 de maio, 11:05 horas da manhã, Hôpital de Bouvardia.
– Yohan, tem um minuto ? – Adam bate na porta de seu consultório e entra.
– Sim, estava mesmo querendo falar com você. – o alfa indica o assento vazio em frente a sua mesa, Adam se senta e parece estranhamente sério.
– Seu rut esta chegando, o que pretende fazer ?
– Ainda não decidi. – Yohan suspira e sente seu estômago se revirar com o medo percorrendo seu corpo.
– Você tem um ômega agora, deveria ficar com ele. – Adam o encara, já sabendo qual seria sua resposta.
– Não! – Yohan contrai sua mandíbula e tenta ser o mais paciente possível.
– Desde que se manifestou como alfa, você nunca esteve com um ômega. Seu corpo está sob muita pressão e os ruts vão ser cada vez mais dolorosos se continuar assim.
– Adam, por favor! – Yohan lhe da um olhar furioso, mas Adam apenas suspira.
– Venha me procurar depois para pegar seus inibidores. – ele se levanta e sai sem dizer mais nada, sabia que Yohan não iria ceder. Seu amigo sempre havia sido cabeça dura.
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20:22 horas da noite.
– Yohan, podemos ir ao Jardim de Giverny ? Minhas férias estão chegando então… ei, você esta ouvindo ? – Enarê coloca sua xícara de café sobre o balcão e toca levemente no antebraço do alfa.
– Me desculpe, eu me distrai um pouco.
– Aconteceu algo ?
– Não aconteceu nada. – Yohan sorri e toma um gole de seu café. Não queria deixa-ló preocupado.
– Tem certeza ? – Enarê toca seu rosto e o encara com um olhar preocupado e inocente.
– Você se preocupa de mais. – o alfa segura sua mão direita e beija a palma dela.
– Você é importante para mim, por isso me preocupo. – Enarê sussurra e suspira, sabia que havia algo errado.
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– Enarê ? – Yohan o chama enquanto bate na porta do banheiro.
– Sim ? – a porta se abre e o ômega aparece, enrolado em uma toalha com o corpo ainda molhado.
– O jantar esta pronto, então se apresse e venha. – Yohan segura em seu queixo e o beija, se esforçando ao máximo para não ataca-ló.
– Tudo bem, obrigado! – o alfa sorri e sai, voltando para a cozinha. Enarê se seca e vai até o closet, pega algumas peças de roupa e por descuido acaba fazendo com que um dos casacos do alfa caia, ao pega-lo os inibidores que estavam em seu bolso caem no chão.
– Inibidores ? Esses são diferentes do que ele costuma usar… – o ômega põe o casaco de volta no lugar e por pura curiosidade, acaba lendo as informações descritas na bula.
– Esses são mais fortes, usados durante o rut. Então por que ele tomaria algo assim ? – logo Enarê se da conta do que estava acontecendo, seus olhos se arregalam e ele está tão surpreso que não consegue parar de encarar os comprimidos.
– Enarê, o que está fazendo ? – Yohan surge na porta do closet e estremece ao ver o ômega segurando os seus inibidores.
– É o seu rut, não é ? – Enarê deixa os comprimidos sobre uma das prateleiras e se aproxima do alfa.
– Sim… – ele suspira e sente um nó se formar em sua garganta.
– Por que não me disse ? – o ômega desvia seu olhar para o chão e a ansiedade o deixa inquieto.
– Enarê, eu não vou discutir isso com você. Não quero arriscar sua segurança! – o alfa cerra seus punhos e seu tom muda completamente.
– Você é o meu alfa, não vou te deixar sozinho! – Enarê aumenta o seu tom de voz e se sente impotente e fraco diante daquela situação.
– Enarê, por favor, não faça isso.
– Você me ajudou quando o meu primeiro ciclo veio, eu quero te ajudar também!
– É muito perigoso, meus feromônios são fortes de mais para um ômega recessivo. Isso poderia ser um desastre! – o alfa agarra seus braços e o encara. Até mesmo a pequena possibilidade de perder o controle e machuca-ló, o deixava apavorado.
– É doloroso ficar sozinho ? – o ômega sussurra e apoia sua cabeça sobre o peitoral do alfa.
– Um pouco, mas já estou acostumado. – Yohan força uma risada e abraça o ômega.
– Yohan, não importa o que diga, eu não vou te deixar sozinho! – Enarê se agarra ao alfa com força.
– Enarê, eu não quero te machucar. – Yohan sussurra e beija o topo de sua cabeça. No fundo, ele queria desesperadamente estar com o seu querido ômega, mas o medo que revira suas entranhas, o impede.
– Você nunca faria isso.- o ômega sussurra novamente e o abraça com mais força, o alfa sorri e afaga seus cabelos. Achava sua inocência e pureza adoráveis.
– Você realmente não vai desistir, não é ? – Enarê concorda com a cabeça.
– É impossível vencer você! – o alfa suspira enquanto o ômega da risada.
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01:30 horas da noite.
Enquanto Yohan dorme, Enarê o observa e em sua mente estão se passando milhares de coisas. Já fazem três meses desde a conversa com Alice e depois disso, seus encontros com o alfa ficaram ainda mais frequentes, o que acabou se tornando uma rotina cômoda para ambos ao ponto de dormirem na casa um do outro ou até mesmo deixarem alguns itens pessoais.
O ômega tentou não se jogar de cabeça no precipício, mas foi inevitável, a cada vez que o alfa sorri ou o aquece com o seu calor, se torna impossível não se jogar mesmo que não tenha certeza de estar caindo ou voando. Era assustador e empolgante.
– Eu gosto de você. – Enarê sussurra e se enrosca no corpo do alfa, que o abraça e o mantém próximo ao seu corpo durante todo o resto da noite.
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07:02 horas da manhã.
– Vamos, acorde. Precisa comer. – Yohan beija sua testa e acaricia seus cabelos, o ômega abre seus olhos devagar e sorri ao ver o seu rosto.
– Bonjuor! – Enarê sussurra e beija sua bochecha, em seguida se levanta e vai até o banheiro, lava seu rosto na pia e vai para a cozinha. Ao chegar no cômodo, o cheiro de panquecas e café invadem suas narinas e abrem seu apetite no mesmo instante.
– Sente-se. – o alfa coloca mais uma panqueca no prato e logo depois se senta em uma das banquetas.
– Obrigado, parece delicioso! – o ômega sorri e se senta ao seu lado, come um pequeno pedaço de panqueca e está tão delicioso que ele nem mesmo presta atenção no alfa.
– Coma devagar, okay ? – Yohan limpa o canto de sua boca com um guardanapo e da risada ao ver suas bochechas cheias de comida como daquela vez no café. Ainda parecia um lindo esquilo.
– Quero te levar no hospital mais tarde, tudo bem ?
– Acha que tem algo errado comigo ? – o ômega o encara parecendo estar um pouco confuso e preocupado.
– Não, só preciso ter certeza de que vai ficar tudo bem. – Yohan acaricia seus cabelos e sorri.
– Tudo bem, tenho certeza de que estou ótimo! – o alfa da risada e beija o canto de sua boca.
– Certo, agora termine de comer!
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