JOGO DE TESTE DE VIDA - Capítulo 299: O Presente de Deus (1)
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- Capítulo 299: O Presente de Deus (1)
K caminhou lentamente das sombras do corredor até a grade da cela. A luz fraca iluminou seu rosto, revelando um sorriso enquanto ele olhava para o Rato, as mãos cruzadas atrás das costas. “Fique tranquilo, eu não vou te matar.”
O Rato apertou os punhos, sentindo-se ao mesmo tempo assustado e furioso. “Então, o que veio fazer? Rir da minha cara?”
“Não era você quem vivia perguntando por que eu não respondia? Aqui estou.”
“Você só veio rir de mim.” O Rato fixou os olhos nele, obstinado, mas não se atreveu a sair do canto. “Você nunca teve a intenção de me dar o lugar do Senhor Corvo. Desde o começo você só estava brincando comigo. Vocês todos me desprezam, não é?”
K balançou a cabeça devagar. “Ninguém te despreza. É você que insiste em viver como um palhaço ridículo, não é? Lilith até limpou a tinta do seu rosto, Tangcuo e Chiyan nunca realmente te rejeitaram. Foi você quem decidiu colocar a maquiagem de novo. Você tem telepatia. Nesta Cidade da Noite Eterna, você é quem melhor consegue distinguir quem é ou não sincero. Para você, o mundo é o mais transparente possível, mas você é o mais cego de todos.”
As palavras atingiram o Rato como uma punhalada no pulmão, e seu rosto ficou imediatamente vermelho de raiva. “Eu nunca tentei machucar ninguém! Nunca quis machucar ninguém!”
K apenas o observou em silêncio.
O Rato, no entanto, captou os pensamentos de K e, tomado pela emoção, deu um passo à frente. Mas parecia haver uma corrente invisível prendendo-o, e ele parou. “Quantas vezes eu não fui jogado naquele altar? Eu sou fraco, não consigo lutar com ninguém, nem fugir. Se não fosse por vocês me forçarem a isso, como eu poderia acabar me tornando um palhaço? Vocês me obrigaram a ser assim, e agora vêm rir de mim!”
“Você é fraco?” A voz de K era suave, mas com um tom provocativo.
“Eu estou errado?” O Rato rosnou, rangendo os dentes.
K riu. “Você diz que é fraco, mas está em décimo lugar na Lista Vermelha. Você realmente não tem golpes mortais poderosos, mas em uma luta justa, até mesmo Jincheng talvez não consiga te matar. Você tem telepatia, o Círculo da Luz, e habilidades supremas como ‘Mesclar-se ao Pó’. Na Cidade da Bem-Aventurança, você era o Rei Claro. Na Cidade da Noite Eterna, foi Senhor Corvo. E você me diz que é fraco? Está tirando sarro de quem?”
O Rato abriu a boca para retrucar, mas, depois de muito esforço, só conseguiu balbuciar: “Mas nada disso é o que eu quero!”
K não disse nada. Apenas olhou para o Rato com um olhar cheio de piedade, como quem observa uma criança mimada que nunca amadurece.
“Por que está me olhando assim?” O Rato gritou, ferido por aquele olhar.
“Foi um erro meu.” K balançou a cabeça. “Eu sempre subestimo a resiliência humana sem querer, e às vezes superestimo vocês. Ser o Senhor Corvo não exige muita inteligência, mas você… você é de uma estupidez inacreditável.”
K já havia admitido para si mesmo que tinha sido um erro escolher o Rato como Senhor Corvo. Mas nunca imaginou que seu julgamento fosse tão falho. Os humanos realmente eram fascinantes. Não importa quantas vezes ele os observasse, sempre havia algo novo a descobrir.
“Mas e você?” O Rato perguntou, cada vez mais furioso. “Por que me enganou com uma passagem falsa?” Ele jogou a passagem velha e amarelada no chão com força.
“Eu não te enganei.” K estendeu a mão, e a passagem flutuou suavemente até sua palma. Ele a alisou com cuidado, olhando-a com um toque de nostalgia. “Esta passagem pertence ao Senhor Corvo. Mas, como você nunca se tornou um verdadeiro Senhor Corvo, não pode usá-la.”
A passagem, na verdade, pertencia a K. Era um presente dos deuses quando ele deixou aquele penhasco na criação da Cidade da Noite Eterna. Inicialmente, era apenas um privilégio intangível, mas K o materializou em uma passagem e a deu ao Rato.
K já havia considerado usá-la para voltar, mas sua incapacidade de superar certos sentimentos o impedia. Ele passara incontáveis noites olhando para o céu, sempre hesitando.
Mas ele não deveria ser assim. Ele era o Senhor Corvo e não deveria nutrir sentimentos humanos. Não deveria guardar rancor contra os deuses por algo tão trivial como um nome.
A palavra Awu, afinal, significava “nada”.
O Cordeiro, movido pelo desejo, tocou a flor dos deuses, o que provocou sua ira, lançando-o do penhasco. O Corvo, como único observador, recebeu grandes privilégios, mas também foi advertido:
Não deseje aquilo que não lhe pertence.
Os deuses eram misericordiosos, mas distantes. K os reverenciava, mas não conseguia superar seus próprios dilemas. Com o passar do tempo, ele começou a entender por que o Cordeiro cometera aquele erro.
Desejos humanos. Emoções. São pecados primordiais, gravados no cerne da existência. A humanidade gastou milênios tentando expiar esses pecados e, no processo, criou algo que chamam de ‘civilização’.
K segurou a passagem, mergulhado em um dilema profundo.
Ele poderia usá-la para voltar ao penhasco, encontrar os deuses e livrar-se de seus pecados. Tornar-se-ia novamente um Corvo impecável, um filho exemplar. Mas que tipo de vida seria essa? Uma existência tão previsível e interminável o cansava, até assustava. Ou talvez nem pudesse ser chamada de vida.
Por fim, K olhou para sua coleção de livros de histórias na parede e abandonou a ideia de voltar.
O Rato não conseguia compreender seus conflitos. Continuava perguntando “por quê”. Mas K já perdera o interesse em responder. Deu um passo para trás e virou-se para olhar para Mona Lisa, que vinha do final do corredor.
Mona Lisa usava um vestido branco impecável e sorria encantadoramente. “Senhor K.”
“Olá.” K a cumprimentou. Eram velhos conhecidos. Mona Lisa era uma andarilha solitária, sempre explorando os domínios e vendendo informações para K. Com o tempo, ficaram próximos.
“Quem diria que você era o Senhor Corvo? Se eu soubesse antes, teria cobrado mais caro.” Ela riu.
K arqueou uma sobrancelha. “Se minha identidade tivesse sido revelada antes, você ainda teria conseguido vender suas informações?”
Ela inclinou a cabeça com um sorriso. “Verdade. O Senhor Corvo sabe tudo. No fim, acho que fui eu quem lucrou.”
“Chega.” K guardou a passagem e deu um passo atrás, cruzando os braços. “Faça o que veio fazer. Eu não vou me intrometer.”
“Obrigada.” Mona Lisa fez um leve aceno de cabeça.
Dentro da cela, o Rato recuou para o canto, desesperado. “Você vai deixá-la me matar? Você é o diretor agora! Não pode permitir que façam o que quiserem na prisão!”
K deu de ombros. “Ah, eu sou cego.”
O Rato arregalou os olhos. Isso podia mesmo ser uma desculpa?
Não importava quanto ele lutasse ou implorasse, não pôde impedir Mona Lisa de arrombar a porta. Na escuridão da cela, sem para onde fugir, ele invocou novamente o Círculo da Luz, transformando-o em um pequeno sol no canto do quarto.
“Não adianta. Minha 【Jaula do Domínio Secreto】 é uma habilidade de campo, perfeita para te conter.” As palavras de Mona Lisa mal haviam terminado quando uma barreira se ergueu, abafando o brilho do sol.
A escuridão tomou conta novamente. O Rato viu Mona Lisa se aproximando e foi tomado por um desespero crescente. De repente, algo mudou. Mona Lisa virou-se bruscamente para trás.
K também olhou para o corredor ao mesmo tempo.
Antes que alguém pudesse ser visto, um som ressoou: din. O toque de um sino anunciou a chegada de alguém. Mona Lisa lançou uma videira verde, mas, em vez de atacar o intruso, mirou no Rato.
Porém, o recém-chegado era absurdamente rápido. Com um movimento, a videira foi cortada ao meio.
Mona Lisa sentiu um calafrio de alerta e recuou imediatamente.
Finalmente, a figura de Yan Yun apareceu dentro da cela. Mona Lisa, junto à porta, olhou para a adaga em sua mão e franziu a testa.
Se não estava enganada, aquela era a Lâmina Sem Nome.
Yan Yun sorriu para K enquanto ficava entre o Rato e Mona Lisa. “Senhor Corvo.”
Ao mesmo tempo, Tangcuo e Jincheng receberam uma mensagem de Peng Mingfan. O sinal especial criado por Wen Xiaoming dizia: Missão concluída, encontramos Zheng Yingying.
Mas antes que pudessem comemorar, outro sinal subiu ao céu.
Yan Yun apareceu.
Os dois se entreolharam e concluíram imediatamente que algo havia acontecido. Contudo, os sinais só transmitiam informações básicas, insuficientes para entender a situação.
“Você vai.” Tangcuo decidiu na hora.
Jincheng entendeu a sugestão, mas estava preocupado com a condição de Tangcuo. Seus olhos refletiram sua hesitação, mas, ao ver a determinação no rosto do companheiro, deu um passo atrás. “Espere por mim.”
Assim que Jincheng deixou o telhado, Tangcuo pegou a Primeira Sinfonia.
“Ordem.”
Um único caractere, seco e incisivo, ecoou no ar, e a melodia de A Canção dos Deuses, Cordeiros e Corvos ressoou novamente pela Cidade Eterna.
Para os jogadores da Cidade Eterna, já acostumados a turbulências, a proclamação de um novo movimento não era novidade. Eles estavam preparados. No entanto, uma tensão inexplicável pairava sobre o ambiente, avisando que a tempestade estava longe de passar. Na verdade, parecia que uma ainda maior estava a caminho.
Alguns jogadores mais atentos lembraram-se dos números dos movimentos já proclamados. Restavam apenas três: o número um, o três e o quatro.
Qual seria desta vez?
“Será que é o número um?” — Alguém próximo olhou para o alto, onde Tang Cuo permanecia na beirada do telhado, encarando o vento, e murmurou. Sem saber que acertara na mosca, a pessoa continuou imersa em sua preocupação até que o Senhor dos Corvos apareceu.
O verdadeiro Senhor dos Corvos, K, surgiu diante de Tang Cuo, flutuando firmemente no vazio, como se pisasse em solo firme.
“K27216, Tang Cuo. Meu amigo, parabéns por conquistar o Movimento Dourado.” K falou com Tang Cuo num tom familiar, sua voz se espalhando por todos os distritos.
Número um!
Era mesmo o número um!
Os jogadores que haviam adivinhado abriram a boca em choque, enquanto o resto não conseguia esconder a excitação. Não era à toa que Tang Cuo havia alcançado o topo do quadro vermelho; ele havia obtido o Movimento Número Um, o mais poderoso de todos, segundo a lenda!
Sob o olhar de todos, Tang Cuo fez uma pergunta aparentemente irrelevante: “Onde você estava agora há pouco?”
K estalou os dedos. “Essa é a pergunta certa. Eu estava pensando em como contar isso para você sem ser óbvio. Estava na prisão conversando com um rato. Mona Lisa apareceu para matá-lo. Quando você usou o movimento, Yan Yun chegou.”
“Ele não atacou você?” — Tang Cuo franziu o cenho.
“Se ele tivesse atacado, e você me chamado de repente, até teria sido uma boa desculpa para escapar. Mas ele não estava com tanta pressa. E eu, como não posso atacar jogadores sem motivo, tive que me conter. Então, lamento.” K deu de ombros.
“Lamento?”
“Ele atacou a pequena Shasha.”
Ao ouvir isso, Tang Cuo teve um pressentimento terrível, e sua voz acelerou: “Possessão?”
K exibiu uma expressão cheia de significado. “Hmm-hmm.”
Tang Cuo franziu ainda mais o cenho. Se Yan Yun tivesse possuído Mona Lisa, ele certamente ficaria mais forte.
Nesse momento, K compartilhou outra informação. “Ele também pegou a Lâmina Sem Nome. Quando se acostumar ao novo corpo, é bem provável que venha me matar. Então, o que você quer em troca do Movimento Número Um? Seja rápido.”
“Quero a Dádiva dos Deuses.” Tang Cuo respondeu com firmeza.
“Pode ser.” K não prolongou o assunto. A previsão do adivinho já não era segredo há tempos. Ele apenas acrescentou um aviso: “Se quiser trocar pelo presente, mesmo com o Movimento Número Um, só poderá usá-lo para isso. Não poderá emitir outros decretos. Entendido?”
“Entendido.”
“Então, boa sorte.”
Ding!
“Movimento Número Um detectado. Portador: K27216.”
“O portador optou por trocar pelo jogo-bônus: Dádiva dos Deuses. A troca foi aprovada e entra em vigor imediatamente.”
Ding!
“Parabéns ao jogador por desbloquear o jogo-bônus Dádiva dos Deuses. Este jogo não tem limite de participantes ou tempo. As regras serão anunciadas pelo Senhor dos Corvos. Por favor, ouçam atentamente.”
“Cof.” K limpou a garganta. “Muito bem. Eu explicarei as regras. Jogadores da Cidade Eterna, prestem atenção.”
Com um gesto de mão, K conjurou um vento que soprou pelas ruas e becos da cidade.
Os jogadores sentiram o vento, mas, olhando ao redor, não perceberam mudanças. O murmúrio de vozes começou a crescer, misturando confusão e preocupação. Este jogo, claramente, envolvia todos. Não era apenas um desafio para Tang Cuo.
“Olhem! O céu está rachando!” — Um grito atraiu todos os olhares.
Acima deles, uma fenda cortava o céu de leste a oeste. Com um estalar de dedos de K, a fenda se abriu, derramando uma chuva de pequenas esferas coloridas.
“Bem-vindos ao mundo encantado das bolinhas de piscina! Este jogo é baseado em um sistema de pontos. Existem três cores: vermelha (1 ponto), amarela (2 pontos) e azul (3 pontos). Joguem as bolinhas nos pilares de vidro em cada distrito para ganhar os pontos correspondentes.”
Outro estalo, e sete enormes pilares de vidro — com largura suficiente para que cem pessoas os abraçassem juntas e altura de três andares — emergiram em diferentes áreas da cidade, um para cada distrito de A a F e um no centro.
K continuou: “Cada bolinha tem um cronômetro. Cinco minutos após tocar o chão, ela se transformará em um chefe para ser derrotado. Só matando o chefe vocês poderão reconverter a bolinha e marcar os pontos.”
Antes que pudesse terminar, a primeira bolinha caiu. Os jogadores próximos correram até ela e viram o cronômetro piscando: cinco minutos.
“Durante o jogo, se um jogador for morto por um chefe, ele também se transformará em uma bolinha. A cor e o número dessas bolinhas dependerão da força do jogador. Quanto mais forte, maior a pontuação que representa. Mas não se preocupem. Neste jogo, ninguém morre de verdade. Apenas vão para a Prisão G.”
“Na Prisão G, os jogadores mortos ficam dez minutos antes de retornarem ao jogo. No final, o número de mortes será convertido em tempo de prisão com a taxa de 1 morte para 100 dias.”
“Os pontos acumulados nos pilares serão de Tang Cuo. Com um milhão de pontos, o jogo é vencido, e ele receberá a Dádiva dos Deuses.”
Ao ouvirem isso, os jogadores se entreolharam. Todos sabiam que o jogo beneficiaria Tang Cuo, mas não imaginavam que seria tão descarado. Era como se todos tivessem que se sacrificar por ele.
E, com tantas mortes, talvez fosse melhor não jogar.
Enquanto murmúrios de insatisfação se espalhavam, outros encaravam as bolinhas caindo do céu com expressões determinadas, prontos para agir.
K varreu a multidão com os olhos, um sorriso no rosto. “Lembram-se do sino que toca antes de cada tarefa? Ding, ding, ding. Tão melodioso, não? A Dádiva dos Deuses é esse sino. Ele já esteve no meu pescoço e, com ele, vocês podem tomar o meu lugar — a autoridade.”
A revelação foi um choque.
Era isso que Tang Cuo buscava ao usar o Movimento Número Um.
K voltou-se para Tang Cuo. “Gostou do presente?”
Tang Cuo respondeu com frieza. “Acho que você tem mais a dizer.”
“Os ratos são tolos. Você é esperto demais.” K balançou a cabeça, os olhos longos e estreitos brilhando com charme, sempre com aquela postura insolente, mesmo quando falava sério.
“Jogadores da Cidade Eterna.” Ele abriu os braços dramaticamente. “Chegou a hora de decidir. O famoso Yan Yun quer me matar. Se ele conseguir, será o novo Senhor dos Corvos. E, acreditem, ele tem força para isso.”
“Então, ajudem Tang Cuo a vencer o jogo e conquistar o sino…”
“Ou deixem Yan Yun me matar e assumam a responsabilidade de tê-lo como novo líder.”
“Só há uma autoridade. Tang Cuo ou Yan Yun. A escolha é de vocês.”
“E o futuro da Cidade Eterna também.”
Com isso, uma tela translúcida apareceu diante de cada jogador, com o botão de ativação do jogo-bônus. Quem quisesse participar só precisava tocar a tela para entrar.
Mesmo Yan Yun, também um jogador, tinha a tela diante de si. Ele olhou para ela e depois para K, flutuando ao longe, com um sorriso calmo nos lábios.
Tudo bem.
Como ele sempre dizia, que vença o mais forte.
O rato que o seguia, porém, só conseguia achar tudo isso assustador. O lendário matador de deuses, agora com uma aparência andrógina, era simplesmente terrível.
O sorriso dele era ainda pior.
Droga.
Publicado por:

- DanmeiFuwa
-
Sou apaixonada pelo mundo das novels BL chinesas e venho me dedicando à tradução desde 2021 no Wattpad. Adoro o que faço, mesmo sem receber nada em troca. Disponibilizo minhas traduções aqui, pois nunca se sabe quando uma novel pode ser removida do Wattpad.
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