JOGO DE TESTE DE VIDA - Capítulo 282: A Batalha Final (14)
Chi Yan não imaginava que, por acaso, eles encontrariam o Poço do Tempo, e após a investigação dos professores de magia, foi confirmado que aquilo que fluía do grande salão à frente era a magia do tempo mais pura.
Incontáveis elementos mágicos se reuniam, e devido à concentração excessiva, algo que deveria ser invisível a olho nu começou a tomar forma.
“Não toquem neles facilmente, essa concentração é simplesmente assustadora. Se uma tempestade mágica for desencadeada, todo o palácio subterrâneo provavelmente desabará em questão de segundos.”
Os professores rapidamente organizaram as crianças para mantê-las afastadas, por precaução. Chi Yan, também com medo de morrer, recuou alguns passos, olhando para a entrada da caverna e perguntou: “A água no Poço do Tempo não é água, são esses elementos mágicos?”
“Não. A água que é retirada do poço contém uma alta concentração de magia do tempo. Todo ano, no Festival das Flores, as pessoas do Reino da Lua Oculta podem retirar um pequeno balde de água do Poço do Tempo, usado para armazenar vegetais e frutas frescas. Agora estamos abaixo do poço, talvez este seja o verdadeiro aspecto do Poço do Tempo. Nos registros do nosso Reino da Lua Oculta, a história do Poço do Tempo é muito mais antiga do que a do Reino da Lua Oculta, ou até mesmo do Império Tusha.”
Ao ouvir isso, Chi Yan assentiu, pensando. Se esses elementos mágicos fossem como um minério já existente, o poço acima seria como uma mina que a humanidade cavou para explorar o minério, mas devido à concentração mágica ser alta demais para ser utilizada diretamente, eles desenvolveram uma maneira de diluí-la.
No entanto, o Reino da Lua Oculta realmente era um lugar fascinante. A água do Poço do Tempo, tão cobiçada pela Seita da Rosa, era usada por eles para armazenar vegetais e frutas frescas. De fato, mais importante do que buscar um grande poder, era garantir que tivessem comida suficiente.
Pensando nisso, Chi Yan teve outra dúvida: “E agora, o que vamos fazer? Se nós conseguimos encontrar este lugar, a Seita da Rosa também pode encontrá-lo. Se eles invadirem e provocarem uma tempestade mágica, não vamos acabar todos mortos?”
Essa pergunta pegou todos de surpresa.
Com um grupo como o deles, que já estava tendo dificuldades em proteger as crianças, não seria possível fechar o grande salão à frente. E enquanto todos estavam preocupados, Chi Yan de repente ouviu um som vindo do salão.
Era um som muito suave, quase inaudível, como se estivesse submerso em água, zumbindo. Era como ouvir alguém falar na superfície da água, uma sensação de grande imprecisão.
Água?
Chi Yan bateu com a mão na cabeça. “Quem está lá em cima no Poço do Tempo agora? Quem está no topo?”
Todos pararam para tentar identificar, mas o som estava tão distante que era impossível distinguir. Depois de um tempo, um grito desesperado rompeu o silêncio e alcançou os ouvidos de todos.
A pessoa estava gritando:
“Majestade, o Rei!”
Do lado de fora do salão do Poço do Tempo, o sangue já cobria o chão. Com o constante brandir de espadas, o sangue espirrava nas paredes e escorria, se acumulando e fluindo pelas escadas de pedra.
O cavaleiro George correu para bloquear a espada que se dirigia ao Rei, com seu escudo erguido. Ele olhou para trás, preocupado, e ao ver que o Rei só tinha se ferido no ombro, suspirou aliviado.
“Não se preocupe, George.” O Rei se apoiou na espada para se levantar. Embora estivesse ofegante, com o suor escorrendo de sua testa, ele ainda estava de pé. Seu olhar firme percorreu os arredores, e ao ver o inimigo se aproximando novamente, ele correu ao lado de George para lutar.
Mas o ataque dos inimigos era feroz demais. Sua linha de defesa foi recuada, até que finalmente se viram forçados a recuar novamente para o salão.
“Bloqueiem-os!”
“Não deixem eles entrarem!”
“Esses malucos da Seita da Rosa!”
Os soldados xingavam, sem poder relaxar nem por um segundo. George queria que o Rei se sentasse e descansasse, mas foi severamente recusado. Ele olhou para os outros ao redor, como se dissesse: ninguém está descansando, como eu poderia parar sozinho?
De repente, George viu uma luz brilhante do lado de fora do salão. Ele sentiu um arrepio, reconhecendo que era luz mágica. Antes de falar, a luz já havia explodido em um canto do salão.
“Boom!” Pedras e fumaça preencheram rapidamente o salão inteiro. Os que estavam mais próximos foram lançados para longe, enquanto os outros foram atingidos pela onda de choque, caindo no chão, cuspindo sangue.
Este golpe destruiu um quarto do salão. A porta que os guardas estavam tentando proteger se mostrou inútil, enquanto os membros da Seita da Rosa invadiam pela brecha explodida. Espadas e magia se espalhavam por toda parte.
No momento mais crítico, o Rei apertou suas mãos diante de si, recitando um feitiço com urgência, como um furacão, gerando um enorme escudo de luz que bloqueou todos os ataques.
Defesa Sagrada, a habilidade divina da realeza.
O escudo de luz brilhou com uma cor dourada, tão grande que cobria todo o salão. Graças a isso, os soldados ganharam um precioso tempo para respirar, levantando-se do chão e gritando enquanto corriam em direção ao inimigo.
O Rei ainda sustentava o escudo de luz, mas o enorme esforço fez seus joelhos cederem, e sangue escorreu de seus lábios. Mas ele sabia que não poderia relaxar. E, de fato, a Seita da Rosa tinha mais forças, com rosas explodindo diretamente sobre o escudo de luz dourado, fazendo uma nova rodada de ataques mágicos.
“Boom!”
“Boom, boom!”
As bombas de rosa explodiam uma após a outra. A cena vibrante se assemelhava a fogos de artifício em um festival, tão deslumbrante que era impossível acompanhar. Com tal ataque contínuo, o escudo de luz finalmente começou a rachar, e quando ele se desintegrou em pontos de luz, o Rei sofreu a reação do feitiço, cambaleando para trás, com as costas batendo na borda do Poço do Tempo, e seu rosto se tornou pálido.
“Protejam a Majestade!” George gritou desesperado, mas ele mesmo avançou a passos largos. Sem descansar, ele balançava sua espada incansavelmente, usando sua força de grande cavaleiro para bloquear um ataque após o outro.
Mas naquele momento, os soldados de armaduras prateadas estavam morrendo ou feridos, e suas forças estavam se esgotando. Como havia alertas de emergência por toda a cidade, o número de homens disponíveis para defendê-los era pequeno, restando apenas cerca de vinte.
“A ajuda ainda não chegou?”
“Ninguém veio?”
Vendo seus companheiros caindo ao seu lado, os corações dos soldados estavam tomados pela ansiedade e preocupação. Mas ao mesmo tempo, uma coragem imensa e uma determinação inabalável de lutar até a morte floresciam, porque o Rei estava sempre com eles.
Sua figura era tão imponente, mesmo com a armadura manchada de sangue, ofegante e cambaleando. Quando ele ergueu sua espada e gritou “Vitória!”, a coragem florescia nos corações de todos.
Como uma semente, regada pelo sangue fervente, ela rapidamente cresceu até se tornar uma grande árvore. O tronco sustentava-os, fazendo-os respirar fundo novamente, e com todas as forças, balançaram suas espadas e bastões, avançando sem parar.
Alguns caíram durante o avanço, mas seus camaradas ultrapassaram seus corpos e cravaram suas espadas nos peitos dos inimigos. Com gritos de raiva, eles avançaram ainda mais, levando os corpos consigo e colidindo contra a massa inimiga.
“Boom!” A magia explodiu, e mais sangue foi derramado.
“Por nossa terra!” O Rei levantou a espada longa, e cada palavra que ele gritou soava como uma nota explosiva: “Matar!”
“Matar!” O cavaleiro George respondeu em voz alta.
“Exterminar a Seita da Rosa!”
“Expulsem-nos da nossa terra!”
“Matem todos eles!”
Os gritos de vida eram fervorosos e intensos. As ondas de som se erguiam cada vez mais alto, rugindo para o exterior, espalhando-se desde o grande salão. Muitos ouviram, até mesmo Chi Yan e os outros, que estavam no subterrâneo, escutaram.
Todos erguiam a cabeça, as expressões ansiosas, os corações ardendo, mas nada podiam fazer. Só podiam cerrar os dentes, apertar os punhos e se conter, mais uma vez.
Jackzinho esticou o pescoço, o rosto todo vermelho, o sangue subiu à cabeça e ele quase correu para fora. Chi Yan puxou-o rapidamente.
“Pra onde você acha que vai?”
“Eu vou ajudar!” Jackzinho se debatia com força. “Você está mentindo! O que está acontecendo lá fora? Aquele tal de Culto da Rosa já invadiu, não foi? Vocês acham que eu sou pequeno demais pra isso, não é? Deixe-me sair, eu também quero lutar!”
“Eu não estou mentindo!” Chi Yan segurou seus ombros com força. “Vocês têm uma tarefa mais importante. Sabe qual é?”
Jackzinho virou a cabeça, se recusando a falar com o mentiroso. Mas ao se virar, Chi Yan puxou-o de volta à força, obrigando-o a encará-lo. Solene, disse:
“Vocês precisam sobreviver.”
“Mas todos eles estão lá em cima!” Jackzinho não aguentou mais e começou a chorar. Ele sempre fora uma criança esperta e conseguia entender muitas coisas.
“É justamente porque eles estão lá em cima. Todas essas pessoas são boas demais, e alguém precisa sobreviver, atravessar o deserto lá fora, andar por um longo caminho e contar a todos—o povo de Yueyin foi composto por heróis. Eles lutaram bravamente contra o mal por este continente e protegeram seus filhos.”
Chi Yan também era uma criança que chorava com facilidade. Muitas vezes, antes de emocionar os outros, ele já estava chorando, soluçando sem controle, com lágrimas e o nariz escorrendo.
O médico dizia que ele tinha um coração fraco e que não devia deixar as emoções flutuarem tanto, mas ele não conseguia se conter.
Talvez por estar chorando tão sinceramente, Jackzinho finalmente acreditou que ele não era um mentiroso. E foi nesse momento que outro som ecoou do poço.
Era o som de um alaúde.
“Jin-ge!” Chi Yan se endireitou de repente, percebendo que havia se dirigido errado e logo corrigiu: “Lancelot, é o Lancelot!”
Lancelot, também conhecido como Augustin, finalmente havia chegado ao Poço do Tempo.
Ele avançara cortando inimigos pelo caminho sem pausa. Aos seus olhos, embora o rei fosse uma figura digna de respeito, sua vida não tinha mais valor do que a de um cidadão comum. No Poço do Tempo, o número de guardas era pequeno, mas ainda maior que em outros lugares, por isso ele não correu diretamente para salvar o rei. Primeiro, certificou-se da situação na entrada do subterrâneo antes de avançar.
Com sua dupla identidade, o sistema liberara suas habilidades quase por completo. Exceto pelo arco mecânico, que ainda não se adequava ao cenário e não podia ser usado abertamente, todas as outras habilidades estavam disponíveis.
Mais importante, Jin Cheng tinha o Sistema de Fé.
Esse sistema, originado do enredo do Reino de Yueyin, não exigia que Jin Cheng usasse melodias para coletar fé à força. Graças à posição de Lancelot—ou Augustin—no coração das pessoas, o poder da fé fluía continuamente até ele.
Desta vez, sem o emblema demoníaco para atrapalhar, Jin Cheng usou diretamente o poder da fé em si mesmo, aumentando sua força exponencialmente. Vendo-o devastar o campo de batalha, os membros da Aliança Videira Verde e os guardas tiveram suas forças renovadas.
Naquele momento, o papel de Augustin, o fundador, finalmente se solidificou. Aquele pioneiro lendário era, sem dúvida, o guerreiro mais forte da Aliança Videira Verde.
O som do alaúde entrelaçou-se com os gritos, entrelaçando duas intenções de matar. Jin Cheng avançou pelo salão lateral, resgatou o rei, mas não parou nem por um momento.
Ele não sabia magia, mas tinha cartas.
As cartas disfarçavam-se de feitiços lançados, suas mãos dedilhavam as cordas do alaúde, e com sua habilidade de ondas sonoras e o poder da fé, onde quer que passasse, ele era imbatível, um verdadeiro terror para inimigos e aliados.
Sem contar que ele podia sacar a espada a qualquer momento, alternando entre ataques com flexibilidade.
Mais uma bandeira prateada da lua foi erguida no topo do grande salão. Embora o salão estivesse destruído, a bandeira tremulava firme ao vento, como se nunca fosse cair.
Jin Cheng ficou ao lado da bandeira e dedilhou as cordas mais uma vez.
O rei ainda não havia recuado. Firmando-se na espada, ergueu o olhar para Jin Cheng e, recusando o apoio dos guardas, caminhou lenta e firmemente pelas ruínas até o exterior do salão.
Ele precisava gritar novamente, por sua terra devastada, por seus guerreiros, até o último momento de sua vida.
Sob aquele chamado, o som do alaúde de Jin Cheng parecia um réquiem, ao mesmo tempo triste e grandioso. Ele olhou para o rei, baixou a cabeça em respeito, então expandiu as ondas sonoras, fazendo com que aquele chamado se espalhasse para mais longe, alcançando mais pessoas.
Aqueles que saíam de seus esconderijos, ouvindo o chamado distante, agarravam os braços dos guardas, perguntando ansiosos:
“As crianças estão mesmo seguras? Elas já foram evacuadas?”
Os guardas não podiam dar uma resposta certa, mas sem dúvida, todos estavam tentando.
Então, cada vez mais pessoas saíram. Pegaram tesouras dos cestos, pás do jardim, até mesmo uma panela, um pedaço de pau ou uma pedra qualquer que encontrassem. Tornaram-se guerreiros.
“Pang!” A senhora Anna, escondida atrás do muro baixo da casa do Sr. Gilbert, derrubou um espadachim ferido com uma colher de pau. Ao terminar, levou um susto, batendo no peito em pânico.
Mas dentro de suas roupas, no peito, estava escondida a carta enviada por seu filho. A carta dizia que tudo estava bem, e isso a deixava em paz. Seu filho sempre fora seu orgulho. Ela não tinha mais nada a lhe oferecer, apenas queria proteger sua casa até o fim.
No subterrâneo, os reforços que Jin Cheng havia convocado finalmente começaram a chegar. Outra entrada foi encontrada, e eles se dividiram em dois grupos, iniciando o contra-ataque ao Culto da Rosa.
Antes disso, além de Isó e o Sumo Sacerdote de Branco, outros membros do culto haviam invadido, mas a interferência no campo magnético fez com que se dispersassem. Por isso, não encontraram Chi Yan e os outros.
O “halo da sorte” de Jin Cheng sempre evitava os piores perigos, mas isso o deixava sem noção da situação real ao seu redor, sem saber quantos inimigos ainda estavam à espreita.
Enquanto isso, Zheng Yingying, sob o sacrifício desesperado do Culto da Rosa e a assistência de Ratinho, finalmente conseguiu escapar de Rong Yi.
“Qual é a sua missão?” ela perguntou.
“Encontrar o Poço do Tempo.” Ratinho respondeu, a voz ainda baixa, mas agora com uma calma incomum. Zheng Yingying o encarou, sentindo que algo nele havia mudado.
Publicado por:

- DanmeiFuwa
-
Sou apaixonada pelo mundo das novels BL chinesas e venho me dedicando à tradução desde 2021 no Wattpad. Adoro o que faço, mesmo sem receber nada em troca. Disponibilizo minhas traduções aqui, pois nunca se sabe quando uma novel pode ser removida do Wattpad.
Se vocês gostam da minha tradução, considerem me apoiar com uma doação. Qualquer contribuição é muito bem-vinda e me ajuda a continuar trazendo mais conteúdos de qualidade! Obrigada pelo apoio e por acompanharem minhas traduções. 💖
PIX: [email protected]
Ko-fi: https://ko-fi.com/danmeifuwa
COMENTÁRIOS
Sua Comunidade de Novels BL/GL Aberta para Autores e Tradutores!
AVISO: Novos cadastrados para leitores temporariamente fechados. Se vc for autor ou tradutor, clique aqui, que faremos seu cadastro manualmente.