Garland Jujin Omegaverse

Quando o sol se pôs, o mar emitiu um brilho quase exagerado. O vento ficou úmido e violento de alguma forma, parecia que estava lhes dizendo que era hora de regressar a casa. Mesmo assim, Diego não sentia necessidade de apressar Jill. O jovem olhava para o mar com um enorme sorriso no rosto. Seus olhos, que parecia sempre tranquilos como uma noite nublada, brilhavam com a curiosidade. Ao lembrar da expressão que ele fez quando lhe falou do monstro de oito ou dez pernas, Diego começou a sorrir o achando realmente encantador. Quando se surpreendia, se irritava, sorria e expressava suas emoções, Jill ficava lindo, mais do que nunca antes.
No fim das contas, era alguém bastante emotivo, curioso e cheio de energia.
“Ah!” Exclamou Jill repentinamente e apontou para o céu “É uma estrela!”
Jill se virou, com um rosto resplandecente e a boca aberta. Diego, olhou imediatamente na direção apontada por Jill. De fato, havia um estrela no céu, pequena e que piscava de forma constante.
“É a primeira vez que você vê algo assim?”
“Huhun! Mal posso esperar para ver mais e mais estrelas!”
Diego observou Jill enquanto ele continuava olhando o céu, tão emocionado que nem havia percebido que o capuz tinha deslizado de sua cabeça com o vento.
“Ah! Olha lá! Consegue ver as luzes dos barcos no mar? É tão lindo”.
Não apenas sua expressão, mas também a sua doce voz transpareciam a emoção de um menino. Entretanto, já estava escurecendo. Diego, gentilmente puxou os ombros de Jill em sua direção e disse:
“Eu gostaria de te mostrar mais coisas como essas, mas temos que voltar. Eu disse para o Norn que voltaríamos a tempo para o jantar”.
“Oh, é mesmo. Entendo…”
Jill pareceu ter aceitado e ao mesmo tempo estava incrivelmente decepcionado. Quando se virou e notou que a paisagem urbana estava escurecendo, murmurou: “Parece que eu me empolguem de mais com tudo isso, nem ao menos percebi como estava tarde”.
“Da próxima vez, vamos vir mais cedo. Assim, você pode aproveitar a cidade por mais tempo”.
A voz de Diego era tão terna que Jill só conseguiu franzir a testa:
“Estaria tudo bem? Não acho que este tratamento especial seja adequado para um alfa”.
“Está tudo bem. É tudo para poder te conhecer melhor”.
O cocheiro, que esperava pelos dois, rapidamente abriu a porta da carruagem. Jill inflou suas bochechas antes de subir:
“Você quer saber sobre mim ou sobre os ômegas no geral? Talvez deveria ir ao oeste, há muitos como eu por lá”.
“Ao oeste? Não gosta do centro da cidade?”
“Não estou falando sobre os meus gostos…”
Era divertido vê-lo bravo. Diego riu e acariciou sua cabeça.
“Você fica com uma cara muito fofa quando está de mau humor… E quando sorri também. Quero dizer, é engraçado de se ver”.
“Não é educado dizer que a cara de alguém é engraçada”.
“Desculpe”.
Diego havia dito com intenção de elogiá-lo, mas Jill não parecia contente com a situação.
“Sinto que tenho sido muito descuidado ultimamente. Como se estivesse me transformando em alguém que não sou… Isso me deixa irritado”.
“É mesmo?”
“Quando preciso me comportar, faço isso perfeitamente. Sei quando ser discreto, quando continuar, quando abrir a boca… Mas, com você Diego…”
Jill interrompeu suas palavras e virou o rosto em outra direção.
“O que tem eu?”
“Acho que é inútil me conter com alguém que disse que gostaria de me conhecer melhor”. Jill disse de forma rápida e seca ante de olhar para ele de novo: “Mas, de qualquer forma estou grato por me trazer aqui. Me sinto… Muito feliz por ter a oportunidade de ver o mar e a primeira estrela da noite”.
Olhando Jill, Diego sentiu seu coração aquecer. Desde que começou a visitá-lo, estava experimentando uma alegria e uma estabilidade que nunca antes havia sido capaz de experimentar. Havia coisas triviais em Jill que eram as mesmas que ele acabou esquecendo quando cresceu. Um sentimento de felicidade que Diego adorava. E desejava ver a expressão vivida, os olhos reluzentes e a linda aparência de Jill quantas vezes fosse possível.