Antes de me acusar, me beija - Capítulo 5: Agora você me pertence
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- Capítulo 5: Agora você me pertence - REVISADO
‘Tá mais calmo agora? ’
A Trin não tinha uma voz tipicamente feminina mas ainda sim, ouvir aquele tom suave depois de tudo o que houve nas últimas 24h tinha sido realmente reconfortante.
— Unhum…
‘Que bom. Eu poderia continuar te ouvindo a tarde toda se necessário’
— Obrigado por ser minha amiga.
‘…’
Ela não precisava falar nada, só a respiração dela bastava pra eu me sentir acolhido.
— Como é a sua casa nova?
‘Ainda falta chegar muita coisa pra eu decorar do meu jeito, mas nada como ter o meu próprio canto. Eu poderia até dormir no chão duro pra não ter que voltar pra casa dos meus pais’
— Você nunca dormiria no chão.
‘Eu disse que poderia, não que iria’
— Haha
‘Oh, você sorriu…’
Ela era assim, tinha o poder de me tirar da depressão com simples palavras. Uma amiga como ela não se acha em qualquer esquina.
‘Reservei o melhor quarto do apartamento pra você. Coloquei até um aquário lá! Tô fazendo a ciclagem e daqui uns dias vou poder colocar aquele koi preto que você queria’
— Você tá maluca?! Esse peixe é caríssimo!
‘Eu nunca gostei de coisa barata’
— Mesmo assim… É demais…
‘Se preocupa em pensar num nome pra ele. Deixa que com dinheiro eu me preocupo’
Realmente a Trin sempre gostou de gastar dinheiro, mas não imaginei que ela fosse chegar ao ponto de desperdiçar uma fortuna em um único peixe.
‘Já até sei o que você tá pensando e não, não é desperdício. Você mesmo me disse que o significado desse peixe era transformação de vida e esse é o meu desejo pra você. Quero que sua vida mude. Pra muito melhor’
— Mas a minha vida já mudou… Como eu vou aí cuidar dele?
‘…’
— Você sabe o quanto eu queria estudar na sua universidade, só que não vai dar. Nem tive tempo de conversar com meus pais sobre o assunto e com tudo isso acontecendo agora…
‘Só confia em mim e espera um pouco. Vou dar um jeito de te tirar desse casamento. Até lá eu vou cuidar do seu peixe’
— Trin?
‘Hum?’
— Sinto sua falta.
‘Eu mais ainda’
De repente eu senti o telefone sumir de minhas mãos inesperadamente. Eu nem tinha me dado conta de que já era tão tarde e me surpreendi com a interrupção abrupta.
— Quem era? — Disse Seville, aparentemente zangado.
— M-minha melhor amiga.
— Não quero saber de você de chameguinho com outra pessoa. Agora você me pertence e não quero ser taxado de corno!
“Ele tá de brincadeira, né?!”
— Somos apenas amigos…
— Independente. Espero que tenha entendido.
— S-sim, senhor.
Ele ainda parecia ter algo pra falar, mas eu me adiantei para evitar esticar a discussão.
— P-preciso ir na universidade pegar a relação do que é preciso pra fazer a matrícula, tudo bem se eu for com o motorista amanhã?
Ele fez uma pausa dramática. Claramente incomodado por eu ter mudado o assunto. Eu poderia pegar tudo pela internet, mas, repentinamente, me senti sufocado naquela mansão enorme.
— Eu te levo. Falou com seu tom neutro rotineiro.
Me alarmou o fato da minha fuga estratégica talvez não funcionar.
— N-não precisa, você está ocupado com o seu serviço e pode ser demorado lá…
“Não obrigado, tudo o que eu menos quero é ter que ficar perto de você fora de casa também! ”
Ele me olhou sério e saiu sem dizer uma palavra.
Após eu me deitar para dormir, Seville adentrou o quarto. Gelei por inteiro ao ver ele ir direto pegar a tal loção na gaveta.
— S-será que podemos não… não fazer isso hoje?
— Mas que absurdo é esse? Você deve cumprir seus deveres conjugais.
— E-eu sei. … É que ainda estou muito dolorido e inchado…
Minha voz ia sumindo conforme a vergonha tomava conta de mim.
— Bobagem. Quanto mais rápido você se acostumar, melhor vai ser para você.
Vendo que eu estava ainda com aquela cara de espanto e não respondia, ele prosseguiu:
— Deixa eu dar uma olhada.
Pareceu que todo o sangue do meu corpo tinha ido parar no meu rosto naquele momento.
— Q-que?! N-não p-.
A impaciência falou alto novamente e ele mesmo me colocou de quatro e abaixou a calça do meu pijama. Conforme ele inspecionava meus genitais, meu rosto queimava de tanta vergonha. Ao enfiar um dedo na minha parte frontal não consegui evitar um gemido com a inserção seca.
— Ahh..
Em poucos segundos, comecei a ficar molhado mesmo sentindo dor. Não havia sido um estímulo o suficiente para me causar uma ereção, mas o bastante para confirmar que eu não estava totalmente inapto.
— Vejo que você aguenta sim.
Entrei em pânico naquele momento. Medo me consumia por completo. Memórias da noite anterior apareciam como numa retrospectiva. Me virei e implorei por clemência segurando o braço dele.
— Não, por favor, a-ainda está muito sensível!
Meu coração batia tão forte e tão alto que soava alarmante em meus ouvidos. Eu queria gritar, correr. Lágrimas começavam a querer cair antecipadamente pois meu corpo se lembrava perfeitamente de como a noite de núpcias tinha sido torturante.
— Tolice, vire-se.
— N-não, por favor, não!
Seville novamente me encharcou de loção ignorando completamente meus apelos e me posicionou na cama.
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