Regas - Capítulo 8
Abel nasceu em uma região de fronteira frequentemente invadida por países vizinhos. As pessoas que eram pobres e chegavam a lugares perigosos em busca de terras, cavavam com uma enxada, mas quando eram atacadas, levantavam a enxada e lutavam. Assim, os lembranças de Abel sobre a morte de alguém eram familiares desde a infância. Várias vezes por mês, ele segurava a mão de sua mãe e ia se despedir da pessoa enterrada. Quando toda a sua família morreu, ele sequer pôde se despedir pela última vez porque não havia ninguém para enterrá-los. No entanto, parece que a vida de Abel durante doze anos conhecendo e treinando com esses rapazes, foi, na verdade, pacífica. Por que um funeral é tão desconfortável?
“Você está bem?” Ao ouvir a voz de Melmond, Abel levantou os olhos do chão que estava olhando.
“Eu não sei.”
Ele não podia acreditar que o Mestre estava profundamente sob o chão que havia cavado, e que a terra vermelha recém-coberta o bloqueava para sempre. Em uma realidade onde nada parecia real, curiosamente, havia apenas uma coisa de que se arrependeu imediatamente. Abel tirou do bolso um pacote de biscoitos embrulhado em um lenço. Melmond olhou o que ele tinha na mão e seu coração ficou pesado.
“Se você for, terá que comer o que tanto custou embalar.” Melmond falou sem rodeios, mas desviou seus olhos úmidos para outra parte. Abel abriu o lenço com as mãos manchadas de terra, pegou o biscoito e o levou à boca.
Oh, oh, oh. Foi incrível. O som do biscoito quebrando em sua boca soou alto nos seus ouvidos, mas não tinha gosto. Ele era tão doce e delicioso no palácio.
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Depois que a seita do Coração do Rei começou a tomar o poder, o palácio mais luxuoso do palácio real passou a se chamar Palácio de Regas. Embora fosse destinado a abrigar aqueles que haviam sido treinados fora e estavam prontos para trabalhar para o rei, a quantidade de duzentos Regas claramente não era nada mais do que um harém para o rei. Os homens, que usavam muito maquiagem e adornos caros como as mulheres, eram tão bonitos que qualquer um os olharia. Seu objetivo era capturar o rei, mas por maiores que fossem suas habilidades e doces palavras, não conseguiam manter sua afeição por mais de três anos.
A única coisa que os impediam de ter filhos é a atenção e a vontade do rei. Como resultado, nenhum Regas na história esteve no poder por muito tempo. Para manter a linhagem funcionando, a família Nohox Marquis se encarregou de fornecer novos regas. Talvez fosse natural que passasse mais tempo no Palácio de Regas do que no Palácio do ministro.
“Ele é apenas um camponês com um corpo grande e uma cara dura. É óbvio que, no melhor dos casos, ele vai aguentar uns dias e depois fugir chorando.”
Nohox, que acabara de completar 40 anos, tinha um corpo forte para a sua idade. Talvez porque gostasse de usar uma espada e por que frequentemente lutasse com cavaleiros, não havia sinais de gordura em seu corpo. Ele tinha tanta energia que já havia ejaculando várias vezes, mas permanecia com um Regas deitado entre suas pernas e chupando seu pênis enquanto se levantava novamente. Nohox não se esquecia de tocar os corpos dos outros Regas que estavam deitados de ambos os lados. Embora fossem destinados ao rei, era natural que os Nohox os cobiçassem em nome da educação.
“Trud deu um mês ao Regas?”
“Oh sim. Sim, mas…”
“Merda. E você acha que eu não sei? Este é o aviso de Trud. Se os Regas que criamos são inúteis, isso significa que nós também somos.”
O sacerdote que o informou franziu a testa e disse que não poderia ter sido assim, mas não chegou aos ouvidos de Nohox. Foi quando o Coração do Rei começou a ganhar poder que a família Nohox ganhou territórios e títulos. O Coração do Rei era assim. Tratava-se do poder e da riqueza obtidos através de Regas. Se Regas se tornasse inútil, ele não sabia quando tudo lhe seria tirado.
“Devo eu mesmo eliminá-lo antecipadamente?”
Quando a voz baixa do sacerdote foi ouvida, Nohox levantou a cintura e afundou seu pênis até o fundo na boca do Regas. O Regas se sobressaltou com seu movimento repentino e estremeceu, mas a mão de Nohox já estava agarrando o cabelo do Regas e impedindo que se afastasse. O Regas, sem fôlego, se debateu, tentando se afastar, mas Nohox não o soltou até que ele engolisse todo o sêmen.
“Não. Deixe como está. Se ele não pode fazer nada como você disse, simplesmente fugirá, e se aquele camponês pode devolver o príncipe à normalidade que ninguém conseguiu manejar, então não é tarde demais para lidar com ele. Não, na verdade, seria benéfico para nós.” Nohox torceu os lábios e riu. “Então você deveria ajudar aquele camponês.”
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Finalmente, todo o permissão foi concedida e chegou a manhã do dia em que Abel entrou no palácio como Regas. Quando Melmond foi buscar Abel e o viu com uma expressão de preocupação no rosto, não pôde evitar se preocupar, então permaneceu ali um pouco e de repente algo apareceu à vista. Uma pequena paleta de madeira redonda sobressaía da bagagem de Abel.
Embora não fosse completamente visível, a imagem de um dragão estava gravada em uma tábua de madeira menor que a palma da mão. No final havia uma correia de couro. Melmond reconheceu que se tratava de um item sectário transmitido de mestre a mestre. Agora que ele foi transmitido a Abel, ele é o mestre de nossa seita. Melmond abriu a boca e percebeu mais uma vez que eles estavam mortos.
“Você está preocupado?”
Ora, por que você não está preocupado? Melmond não conseguiu dormir, revirando-se na cama a noite inteira, apesar de Abel ainda não estar com o príncipe. De repente, ele conhece o Duque, Weedle* morre e Abel se torna o Regas do Príncipe. Os acontecimentos que deram em um curto período de tempo foram tão estranhos que ele nem conseguia digerir. Perguntando-se se Abel também se sentia assi,. Melmond colocou a mão sobre o ombro de Abel e o consolou com uma voz estranhamente amigável.
“Bem, vai dar tudo certo. Pense positivo.”
“Vai ficar tudo bem?”
Melmond assentiu em voz alta e Abel sorriu.
“Sim, eu também acho. Não sabia que ficaria fora de casa por tanto tempo, então deixei os cogumelos que havia desenterrado no depósito, mas tenho certeza de que não vão apodrecer completamente.”
“Exato! Todos os cogumelos são tão… espera, cogumelo?”
“Haha, sim! Cogumelos. Talvez estejam bem secos quando eu voltar. Também vou manter a positividade. Ou podemos simplesmente colher novos, seja o que for!”
“Sim…Você pode colher novos, certo?”
“Sim, sua cabeça”.
“Puaj! Uau! Melmond, por quê, por quê… AI!”
“Bastardo, quem disse para você ser tão bravo e positivo!”
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Os rumores são mais reais do que a verdade? Segundo a experiência de Ashler, este nunca foi o caso. Os rumores estão sempre inflados e distorcidos. No entanto, depois de ver pessoalmente o príncipe de quem ouvira tantos rumores há alguns dias, percebeu que os rumores nem chegavam à metade da realidade.
Então não havia nenhum Regas ao lado do príncipe. Não só Regas, mas também os servos tinham medo de se aproximar do príncipe. Aquele menino se tornará o rei a quem deverá servir no futuro. Ele poderá realmente se tornar rei? O único consolo por enquanto era que o príncipe pelo menos não era idiota. Porque a única coisa que o principezinho faz durante todo o dia é ler livros.
Mas também não há a certeza. Talvez esteja louco o suficiente para simplesmente passar as páginas de um livro que nem sequer sabe ler. Ashler estava ressentido com o capitão da guarda que a enviou para cá. Boa oportunidade? Se o príncipe continuasse enlouquecendo assim, era óbvio que morreria dentro de alguns anos sem conseguir superar sua loucura.
Por isso Ashler não tinha expectativas para o novo Regas. Não importa o quão especial seja, os Regas são apenas brinquedos de um rei. A única coisa que podem fazer é dançar, ser coquetes e rir.
Então, quando foi recepcionar o novo Regas, naturalmente procurou o homem bonito que havia visto antes. Mas por alguma razão, apenas um homem com aparência de bandido, que parecia ser um servo o cumprimentou timidamente.
“O sacerdote disse que é você que me guiará.”
Ashler passou pelo bandido sorridente e olhou ao redor.
“Por que você está sozinho?”
“Ahn? Não posso ir sozinho?”
O bandido se espantou e olhou ao redor. Ashler reprimiu sua irritação e voltou a questionar o home que parecia atordoado.
“Onde está o Regas e por que você está aqui sozinho?”
Então, ruído. Justo quando Ashler estava prestes a dizer outra palavra, o bandido respondeu.
“Eu sou ele.”
“O quê?”
“Regas.”
“…Santo Deus.”
Ashler, que nunca perdeu a calma nem mesmo em inúmeras lutas e combates com espada, mal conseguiu engolir as maldades em sua mente. Droga, este é o Regas? Sem sequer notar sua expressão de choque, com o queixo caído. Só lhe vinha à mente as palavras do capitão da guarda. Isso era especial, especial demais.
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O palácio onde o príncipe ficava estava na parte mais afastada do palácio. Então, só pôde chegar lá depois de caminhar tanto tempo que suas pernas doíam. Mas a localização não era o problema. A primeira coisa que Abel sentiu aqui foi tristeza.
O pequeno palácio onde o príncipe ficava estava em silêncio, como se uma cortina invisível tivesse sido corrido. Um lugar sem a vitalidade das pessoas. Claro que havia pessoas. Servos e soldados guardando a entrada e o lado do palácio. No entanto, os olhos que olhavam para Abel não estavam brilhando com curiosidade como as pessoas que o viram no corredor do palácio pela primeira vez, e as atitudes eram instáveis. Aqui as pessoas que evitavam Abel.
“Esta criada o guiará até seu alojamento. Há algo mais que o senhor precise?”, perguntou Ashler. Abel olhou ao redor do interior do palácio e abaixou a cabeça. Quando chegaram, viu uma criada diante dele, observando-o com olhos estranhos. Abel pareceu recobrar o juízo e respondeu rapidamente a Ashler: “Gostaria de ver o príncipe primeiro.”
No entanto, Ashler, olhando-o nos olhos, limitou-se a observá-lo sem abrir a boca. Abel encolheu os ombros discretamente, sentindo como se tivesse feito algo errado.
“Hmm, ainda posso vê-lo?”, perguntou Abel em voz baixa.
“Oh sim”, respondeu o senhor ao Regas.
“…”
“Ah, quero dizer… … .”
“Claro, você pode ver o príncipe primeiro. No entanto, não seria melhor obter uma explicação sobre o príncipe antecipadamente e depois sair?”
“Não. Está tudo bem.”
A brilhante sorriso de Abel parecia lamentável para Ashler. Com certeza que ele veio aqui sem saber de nada. Ele cairá em um dia, três dias no máximo. Para Ashler, não seria ruim se ele se rendesse rapidamente.
De qualquer forma, foi decidido que ele serviria apenas como escolta durante esta viagem a Regas. No final, se Abel saísse logo, ele poderia voltar à sua posição original. Portanto, não havia razão para recusar se ele quisesse ver o Príncipe Louco. Ashler olhou para a criada e então voltou seu olhar para o corredor à esquerda.
“Então, gostaria de nos ver agora?”
Abel assentiu. Ele assentiu sem hesitar e seguiu pelo corredor que Ashler tinha indicado. Apenas um longo corredor sem ninguém vigiando.
“Sim, mal posso esperar para conhecê-lo.”
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Melmond deveria ser acompanhado Abel? Ele estava tão ansioso quanto a criança que Abel havia deixado na margem. Mesmo que Abel em si, não tenha ligado.
Droga.
“Estou muito ansioso para fazer isso.” Como um discípulo de um bibliotecário seria um bom guia para o príncipe?”
O mestre chamou Melmond naquela manhã e zombou dele abertamente. Embora Melmond tenha mantido a boca fechada, sabendo que era mais prudente não responder, as preocupações de Abel complicavam sua mente. Embora Abel tenha dito bruscamente o que ouviu sobre o príncipe, ele disse com sua risada característica: “Oh, sério?” Está. “Estúpido, você não fugiria sem poder fazer nada se conhecesse o príncipe, certo?”
“Mas você não vai fugir no primeiro dia, certo? Olá, bibliotecário. Não, não é?”
Melmond tinha as mesmas preocupações, mas ouvi-las da boca do mestre não poderia ter sido mais desgastante.
“Sim. É realmente necessário fugir no primeiro dia? Claro, entre os Regas escolhidos pelo mestre, há muitos que fugiram no primeiro dia.”
O rosto do mestre imediatamente se distorceu quando ele respondeu de forma incomum. Isso duraria um tempo, mas Melmond ignorou e levou a xícara de chá à boca. Abel, por favor, sobreviva.
Suspiro.
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A grande porta pintada de preto se abriu, mas Abel não pôde ver imediatamente o que havia dentro. Do lado de fora, estava claramente claro, mas dentro estava escuro. Todas as janelas estavam bloqueadas e apenas dois ou três candelabros iluminavam o interior. A cena iluminada pela pequena chama era realmente miserável para um quarto de príncipe.
O interior estava sujo, como se não fosse limpo há muito tempo, e o chão e as paredes tinham manchas escuras. No entanto, a primeira coisa que captou sua atenção dentro do interior, não era visível em detalhes. O cheiro. Era repugnante e cheirava a peixe, claramente cheirava a sangue. Também parecia uma mistura de velho e novo.
“Todos os servos estão com medo e ninguém quer entrar. Por isso, por dentro é uma bagunça.”
Lembrou-se da explicação de Ashler dita antes de abrir a porta. Abel deu um passo à frente, olhou atentamente ao redor e parou em um lugar. Uma das poucas velas iluminava um livro aberto no chão. Era uma mão pequena que segurava a extremidade do livro. Os olhos de Abel se fixaram em algo preso ao pulso na mãozinha. A segunda explicação de Ashler também era verdadeira.
“Ah, o príncipe foi acorrentado para evitar ataques.
Crepita, crepita. Abel entrou e caminhou lentamente em direção ao príncipe. Então parou a uma curta distância, ajoelhou-se e inclinou o corpo. À medida que se aproximava, podia ver claramente o príncipe mesmo na escuridão.
Um menininho que olhava fixamente para um livro tão imóvel que se poderia pensar que era uma boneca. Cabelos longos e desalinhados cobrindo o rosto e roupas manchadas. E cheirava mal porque não havia tomado banho.
Abel percebeu que as manchas nas roupas do príncipe e na sala eram de sangue. O tapete onde ele estava ajoelhado também tinha manchas negras de sangue. Abel abriu a boca, pensando que talvez o sangue neste lugar fosse de outro Regas.
“Olá, Príncipe. Meu nome é Abel, eu serei o Regas que estará ao seu lado daqui para frente.”
Depois de um tempo, o príncipe respondeu. O som metálico das correntes ecoou e uma pequena mão se moveu para agarrar o joelho de Abel. Quando Abel sentiu uma sensação de queimação no joelho, o pedaço de porcelana na mão da criança já estava rasgando sua carne.
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* Weedle: o nome do Mestre na verdade é Weedle, e permanecerá assim de agora em diante, assim que puder, eu edito o nome que estava traduzindo errado antes.
N/T: Deixei esse capítulo um pouco maior do que o planejado por que estava ansiosa para o encontro do Abel com o Príncipe (rsrs) e finalmente aconteceu! Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Até semana que vem 😉
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