Paixão e Pecado - Capítulo 42
– Vamos sair daqui! – Gabriel esbraveja e continua o arrastando para longe de Lucian.
– Não! – Killian se vira de repente em sua direção e golpeia seu rosto. O Arcanjo para e o observa desacreditado, mais uma vez seu irmão estava o deixando de lado para escolher um traidor.
– Está escolhendo aquele traidor ao invés da sua família ? – Gabriel o questiona com um tom frio e um olhar decepcionado. Killian o encara com um olhar de desdém e puxa seu braço, conseguindo finalmente se soltar, e corre em direção a Lucian.
– Vai se arrepender isso, Miguel! – o Arcanjo o adverte em voz alta, em um tom ameaçador. Killian o ignora e continua correndo até Lucian, não importava se iria se arrepender ou não, ainda o escolheria.
– Lucian! – ele grita seu nome e avança sobre ele, se agarrando ao seu corpo com força. Os Anjos que tentavam segurá-lo, assistem a cena confusos, sem saber o que fazer.
– Killian…? – Lucian murmura surpreso ao vê-lo.
– Soltem ele. – Killian ordena e volta seu olhar para um dos Anjos.
– M-mas ele…- o Anjo balbucia surpreso.
– Eu disse para soltar. – Killian repete pausadamente, garantindo que ele entendesse. Logo os Anjos se afastam e Lucian finalmente consegue tocá-lo.
– Meu amor… – Lucian murmura novamente e cai de joelhos em frente a ele, se segurando em suas roupas, as manchando com sangue.
– E-eu pensei que você… – ele balbucia com a voz embargada. Killian se ajoelha e segura seu rosto com as duas mãos.
– Eu estou bem aqui. – Killian sorri e o beija.
– Vamos embora, vamos para casa… – Lucian fala parecendo aflito e assustado.
– Lucian, eu não posso. – ele se afasta e acaricia seu rosto.
– Esses malditos estão te prendendo aqui ? Eu vou matar todos eles! – Lucian esbraveja e tenta se levantar, mas Killian o segura pelo antebraço, o impedindo.
– Não, não tem ninguém me prendendo aqui, Lucian. Eu estou aqui porque quero.
– O que…? – ele franze o cenho.
– Eu preciso saber da verdade, Lucian. – Killian suspira e o encara com um olhar tristonho.
– Eu posso te contar tudo, então volte para casa comigo!
– Lucian, eu já me decidi. – ele murmura e aproxima o rosto do seu, encostando sua testa sobre a dele.
– Está me deixando ? – Lucian sussurra com a voz embargada.
– Não. – Killian sorri e acaricia seu rosto.
– Sei que soa egoísta, mas pode esperar por mim mais um pouco ? Há coisas que eu preciso fazer. – ele murmura e beija o canto da sua boca.
– Como pode me pedir para voltar para casa sem você ? – Lucian suspira e abaixa sua cabeça, evitando contato visual.
– Não vou ficar aqui para sempre. Prometo que volto logo. – Killian segura seu queixo e ergue sua cabeça, se surpreendendo ao ver seus olhos marejados. Também compartilhava do sentimento de solidão, mas precisava ser forte, pois sabia que era um sacrifício necessário.
– Você esperou tanto tempo por mim, então pode esperar mais um pouco, não é ?
– Sim… – ele sussurra e um sorrisinho tristonho se forma em seus lábios. Não queria deixá-lo, no entanto, não havia forma de convencê-lo a mudar de ideia.
– Eu vou esperar o tempo que for preciso. – Lucian segura sua mão direita e beija a palma dela.
– Obrigado por entender, Lucian. – Killian sorri, feliz por finalmente esclarecer tudo.
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– Rafael! – Killian o chama ao vê-lo sair de dentro da sala.
– Como eles estão ?
– Estão bem, felizmente seus ferimentos não são graves.
– Tem algo que eu possa fazer para ajudar ? – ele questiona, se sentindo culpado por toda a confusão causada por Lucian.
– Você pode vir visitá-los amanhã, mas por enquanto deveria descansar. – o Arcanjo sorri de forma gentil e segura em seu ombro, como uma forma de confortá-lo.
– Certo… – Killian deixa um longo suspiro sair e se sente decepcionado consigo mesmo. Mesmo que pudesse ajudar, não saberia o que fazer.
– Eu volto amanhã! – ele força um sorriso e segue pelo corredor que o leva em direção a área dos quartos. Ao entrar no cômodo, Killian emite mais um longo suspiro e uma onda de tristeza repentina se espalha pelo seu corpo, sabia que o motivo de toda aquela confusão era ele, mesmo que ninguém admitisse.
– Droga, acho que eu não deveria ter vindo… – Killian resmunga e as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.
– Não, eu não posso ficar pensando nisso! – ele respira fundo, tentando se acalmar, e começa a enxugar seu rosto, mas acaba se distraindo ao ver que a esfera que havia recebido antes, estava brilhando dentro do bolso da sua calça.
– O que eu deveria fazer com isso ? – Killian tira o objeto de dentro do bolso e o encara confuso, logo acaba se lembrando das palavras do Pai e de forma intuitiva, aproxima a esfera do seu peito.
– Por favor, me mostre a verdade. – ele murmura e a esfera começa a brilhar intensamente, se fundindo com seu corpo.
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No início de tudo.
– Eu ganhei de novo! – Miguel grita ao pousar sobre a grama.
– Droga, como você é tão rápido ? – Lúcifer questiona um pouco emburrado ao também pousar na grama.
– Você que é muito lento! – ele responde com um largo sorriso. No mesmo instante, seu rosto parece se iluminar e seus olhos brilham intensamente, como as estrelas do céu.
Lúcifer o encara atônito, hipnotizado pelo seu sorriso e sente suas bochechas esquentarem. Ao se dar conta de que devia estar parecendo um idiota, ele gira seu rosto para o lado, evitando contato visual.
– O que foi ? – Miguel questiona confuso e ao mesmo tempo curioso. Ele se aproxima de repente e inclina sua cabeça para o lado, tentando ver o seu rosto.
– N-não é nada…
– Como nada ? Seu rosto diz tudo! – ele ri e toca sua bochecha.
– Não me toque! – Lúcifer agarra seu pulso de repente e o encara com um olhar irritado. Miguel apenas ri e aproxima seu rosto.
– Você é tão fofo. – ele lhe mostra um sorrisinho astuto.
– Droga, você… – Lúcifer resmunga e range os dentes, em seguida o agarra pela cintura e puxa seu corpo para mais perto, o beijando. Ele o segura com cuidado e o beija meio desajeitado, aquele era o seu primeiro beijo e não sabia bem o que fazer.
Miguel se surpreende, mas acaba se deixando levar, já fazia algum tempo que havia notado os sentimentos de Lúcifer e não queria rejeitá-los, pois também sentia o mesmo.
– Você beija muito mal! – Miguel murmura entre o beijo e ri.
– Bom, esse foi o meu primeiro, então… – ele fala envergonhado e o solta, se afastando logo depois. Não queria fazer coisas que desagradam Miguel.
– Para onde está indo ? – o Arcanjo o agarra pelo antebraço e o puxa de volta, o aproximando do seu corpo.
– Não precisa se envergonhar, eu te ensino como se faz… – ele lhe mostra um sorrisinho travesso e acaricia seu rosto. Queria ajustá-lo ao seu gosto.
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