O Segredo de Evan - Capítulo 1.4
“Ben, o que você está fazendo logo pela manhã…?”
Ele murmurou impotente, afastando o grosso monte de pêlo. O cobertor estava no chão, e até o pênis estava ereto novamente.
“Uff…”
Em vez de ser empurrado pela mão, Ben fez o barulho que fazia quando era bebê e esfregou a testa na palma da mão. O coração de Kyle quase enfraqueceu com o toque de sua pele quente e macia, mas ele o empurrou com firmeza. Nunca pensou que lamberia seu pênis assim enquanto dormia. Logo chegaria a hora dos criados chamarem para o café da manhã, então não havia tempo para brincar assim. Kyle se levantou para se banhar.
“Ugh…”
Quando Kyle não escutou, Ben esfregou seu corpo com mais força, como se estivesse chateado. Ele era um lobo inteligente que sabia que era muito grande e pesado. Ele sabia que se o pressionasse com força, o dono não conseguiria se mexer. Como Ben pretendia, Kyle não conseguiu sair da cama e caiu sob o pelo grosso.
“Não, Ben, eu tenho que comer, você tem que comer também.”
Kyle, que se lembrava de que podia entender a palavra comida, falou com ele de forma persuasiva. Mas Ben era teimoso. Ele sentiu o cheiro forte de ômega da região anal, e ele já estava ereto. Quando o lobo soube que o cheiro iria desaparecer, ele ficou muito teimoso. Ele pulou sobre seu corpo e começou a esfregar seu pênis rapidamente contra a coxa de Kyle. Se houvesse algo diferente do normal, bastava apenas esfregar seu pênis para satisfazer suas necessidades, mas a pressão na perna era mais forte do que antes.
“Ben… Por favor…”
Kyle estava ansioso e olhou para a porta. Embora os criados não tivessem aberto a porta de forma imprudente, ele estava com medo de alguém ouvir a respiração desse lobo gigante e ofegante.
“Mestre, sua refeição está pronta.”
“Sim, sim, sairei em breve!”
Respondeu com uma voz urgente. Ele ainda estava sendo montado por um lobo enquanto estava nu. Ele nunca teve seu coração batendo tão rápido assim em sua vida. Seu coração batia mais rápido do que quando tentava correr sozinho. Kyle se revezava olhando para Ben e para a porta fechada sem perceber que seu rosto estava tão vermelho quanto a cor de seu cabelo.
“Sim…”
Depois de esfregar o pênis a todo vapor, Ben latiu em voz baixa, despejando um líquido aquoso sobre as pernas e estômago. Kyle suspirou e rapidamente vestiu as calças. Isso era para evitar que Ben fosse mais mimado. Desde que adormeceu, ele lambeu meticulosamente seu pênis, então ainda estava dolorido, mas não podia se dar ao luxo de procrastinar. Ben circulou Kyle como se não fosse ir. Kyle o empurrou com as pernas e fechou a porta. Um som de choro foi ouvido lá dentro.
“Desculpe, Ben estava brincando comigo desde a manhã.”
“Você quer dizer aquele lobo de novo? Mestre, parece que está na hora de tirá-lo de lá… Quando o clima ficar mais quente e as estações mudarem, a mudança definitivamente começará.”
No momento em que explicou sem fôlego o motivo de estar atrasado para o café da manhã, as reclamações continuaram. Mas Kyle ficou em silêncio enquanto ouvia. Felizmente, o café da manhã já estava preparado, então os criados não se apressaram carregando comida. Graças a isso, conseguiu cobrir com segurança a parte inferior do corpo elevada sentando-se. Também foi reconfortante que a parte de cima desceu cobrindo a parte de baixo porque o pijama era muito largo e comprido. O mordomo estalou a língua quando viu sua respiração desorganizada, cabelo bagunçado e seu rosto ainda tingido de vermelho. Ele não esperava que tudo isso fosse devido aos atos obscenos com seu lobo de estimação, e ele só pensou que era porque o dono, que era fraco em brincar com uma fera grande e peluda, pois não podia suportar fisicamente.
“Eu entendi…”
Kyle olhou para a tigela como se fosse para parar e pegou os talheres. A sopa estava tão fina que parecia água pura. O olhar do mordomo olhando para o jovem mestre sentado em frente à mesa enquanto comia não era bom. As roupas também estavam bagunçadas, então pensou que o grande lobo devia ter lambido e sujado as roupas.
“Se a sua saúde se deteriorar, não teremos nenhum respeito pelo mestre. Por favor, pense nos idosos em casa.”
“Eu sei…”
A parte positiva de resmungar era que dissipava rapidamente a excitação. Enquanto ouvia o mordomo, Kyle mastigava, engolia a carne e comia os legumes com um garfo. Sua cabeça estava cheia com a ideia de voltar para o quarto o mais rápido possível e limpar o líquido úmido do seu estômago.
“Além disso, mestre, faz um tempo que você não vai à reunião porque fica cuidando do lobo. O ancião está esperando por você.”
“Eu tenho que ir para a reunião, mas… Mas depois de voltar na chuva, a tosse piorou e não pude evitar. Se alguém interromper o sermão do ancião, todos darão uma olhada.”
“Então, você tem que tirar esse monte de pelo do quarto o mais rápido possível. Não está afetando gravemente seus brônquios?”
“O médico disse que está tudo bem. É só que meu corpo está fraco.”
Kyle não perdeu contra a insistência do mordomo de falar que Ben deveria ser expulso sempre que tinha uma chance. O mordomo também sabia o quão entediado Kyle estava vivendo uma vida longe da civilização e da sociedade, então ele insistiu teimosamente e não conseguiu trazer o lobo para fora. Era o século 21, mas essa pequena vila não parecia nada diferente de quando ele passou sua infância há cerca de 40 anos. Sem os telefones comuns, ele tinha que se comunicar com o mundo exterior apenas por meio de cartas, e não podia nem sonhar em ter TV ou Internet. Kyle não tinha permissão para usar nenhum equipamento eletrônico e era a vontade do dono, então até mesmo todos os servos tiveram que se abster de usá-los na casa.
Quando Kyle se levantou depois de comer, o mordomo olhou para ele com olhos de pena. Enquanto resmungava, sentia que o jovem mestre deveria ser saudável. Há cinco anos atrás ele tinha sido condenado com um limite de vida e já se preparava para morrer, mas Kyle ainda continuava com vida até agora. Claro, Kyle tinha a virtude de seguir persistentemente vários tratamentos naturais de cura, mas todos também reconheciam que o ancião deu uma grande contribuição para sua sobrevivência.
Situada nas montanhas, esta pequena aldeia rural estava quase isolada do mundo exterior. Levava duas horas de carro para chegar aos subúrbios de Gaya e a maioria das pessoas estavam envolvidas na agricultura ou silvicultura*. No entanto, havia muitos edifícios e lojas na entrada da aldeia. Surpreendentemente, graças ao número de estrangeiros que visitavam todas as semanas, alguns prédios e instalações bastante modernos foram rapidamente construídos desde a entrada até as pequenas ruas que poderiam ser chamadas de áreas urbanas. Caminhando pela estrada da entrada para o interior da aldeia, dava até para sentir como se estivesse voltando no tempo.
*Silvicultura é a ciência que estuda o manejo de florestas e utiliza técnicas, seja para sua preservação, seja para para a produção florestal extrativista ou cultivada.
Foi a Santa Sociedade que tornou tudo isso possível. Há rumores de que o avô do ancião era desta aldeia, e depois de se formar em teologia, ele conseguiu reinterpretar a Bíblia e saiu para divulgar a verdade de Cristo. Ele pregou os ensinamentos nesta aldeia, que também era sua fundação e graças a isso, não havia crianças analfabetas entre as crianças da aldeia. Depois das gerações de seus filhos e netos que estudaram e pregaram essa doutrina sob a influência dos pais, depois de algumas pessoas concordarem com uma nova interpretação, chegou a hora de aprendê-la.
Uma nova seita nasceu sob o nome de Santa Sociedade, que foi separada da igreja existente. A maioria das pessoas acreditava na doutrina existente tão forte que alguns a viam como uma heresia ou um culto, mas pelo menos nenhum dos servos que trabalhavam nesta família pensava assim. Todos eram membros devotos da Santa Sociedade e estavam ansiosos para ouvir a pregação dos anciãos todas as semanas. Mesmo alguns estrangeiros que não tinham nenhuma ligação com esta aldeia queriam ouvir os sermões realizados no escritório principal localizado nessa área remota, mas devido aos problemas de custo e distância, alguns se ofereciam para servir como servos na vila de Evan. Nessa medida, Santa Sociedade aumentou seu poder ao longo de uma geração e expandiu sua influência sobre toda a vila rural.
A maior razão pela qual inúmeras pessoas acreditam na Santa Sociedade, incluindo a família de Evan, foi por causa dos anciãos e da posição da Santa Sociedade em relação aos alfas e ômegas. No final do século, o súbito aumento dos problemas ocasionados por eles causou uma grande agitação social.
Era bastante chocante poder dar à luz independentemente do sexo, mas acima de tudo, o fato deles se comportarem como feras no cio gerava muitos problemas. Havia slogans fixados por todos os lugares dizendo para não agirmos como animais e a comunidade religiosa puniria aqueles que cometessem atos sexuais promíscuos. Em meio as turbulências sociais com o fato de esconder o fato de seus filhos serem alfas ou ômegas ou pelo aumento de pessoas que tornava difíceis a realização dos testes, a Santa Sociedade insistiu que não havia discriminação porque todos eram descendentes do mesmo Deus. Construíram um centro de oração próximo ao hospital central e reuniram pessoas para orar fervorosamente dizendo que fazendo isso curaria as pessoas naturalmente ou que aliviaria seus sintomas. Além disso, argumentaram que, desde que não interfiram na vida diária, deveriam ser aceitos porque também era a vontade de Deus.
Com o passar do tempo e o desenvolvimento da medicina moderna, foi revelado que a manifestação de alfas e ômegas era causados por problemas hormonais, mas parecia que ainda levaria muito tempo para mudar o sentimento profundamente arraigado de discriminação. O chefe da família Evan também era um ateu que não se dedicava a nenhuma atividade religiosa, mas a partir do momento em que deixou seu filho doente em segredo, ele vagou em busca de uma cura e se apegou ao divino. Ele foi informado de que a medicina moderna não poderia curar o ômega recessivo ou permitir que vivesse uma vida cotidiana, e seu julgamento racional foi paralisado pelo horror de ver seu filho morrer.
Foi então que conheceu a Santa Sociedade. Para ele, que corria por toda parte carregando seu filho doente, conhecer o ancião era tão esperançoso quanto ver um raio de luz no mar vazio. Evan estava determinado pelas palavras do ancião de que faria o possível para que seus sintomas fossem aliviados e, mesmo que a cura fosse impossível, a criança não seria discriminada e poderia passar o resto de sua vida feliz em um lugar tranquilo. Tinha uma anedota* que todos os servos na vila conheciam que a caminho de volta para casa depois de deixar seu filho sozinho na pequena vila, ele olhava para trás várias vezes derramando lágrimas.
*Anedota: caso ou acontecimento curioso, peculiar ou engraçado que é pouco divulgado
Longe dos dispositivos eletrônicos e de toda a civilização em desenvolvimento, comendo comida saudável, indo ao médico regularmente e morando sozinho em um lugar com boa água e ar fresco, Kyle enfrentou anos difíceis, mas sobreviveu até a idade adulta. Como resultado, a confiança de Evan na Santa Sociedade foi fortalecida a ponto dele dar seu total apoio quando se tratava de curar os ômegas recessivos. Para Evan, as palavras do ancião eram quase absolutas.
Kyle não sabia o que dizer. A coisa mais importante em sua vida era sobreviver. Não havia problema em estar doente, então, de alguma forma, sobreviver e recuperar a saúde em um ritmo lento era a principal prioridade. Comparado com seus colegas ou irmãos, ele era muito lento no desenvolvimento e tinha um corpo completamente doente, mas Kyle agora era um adulto. Ele sempre escrevia uma carta para seu pai, que ficava preocupado em casa, e no final da carta sempre havia uma frase como “Seu querido filho, Kyle Evan”.
Ele escrevia uma carta para seu pai uma vez por semana, então agora ele tinha que escrever as coisas que tinha adiado. Como uma criança que foi forçada a escrever um diário, Kyle estava impaciente. Kyle entrou na sala e sentou-se com um suspiro. Lembrou-se de que tinha que escrever uma carta ao pai, junto com um sentimento de culpa por ter que ir à assembleia regularmente por causa da insistência do mordomo. Graças ao enchimento aleatório de comida no estômago, ele estava atrasado e com dor. Ben que estava sentado ao lado da porta como se o esperasse e se aproximou de Kyle. Ele sentiu o cheiro de comida em suas roupas, mas logo ficou feliz quando sentiu o cheiro de ômega em seu cabelo e nuca, ele balançou o rabo em deleite sentido o odor pelas fibras de seu nariz.
“Sim…”
Kyle o empurrou com um pequeno sorriso de cócegas quando seu nariz molhado tocou seu pescoço e bochechas. Fazia tempo desde que esqueceu o que aconteceu de manhã porque pensava que tinha que fazer imediatamente. Assim que ele entrou, em vez de passar tempo com ele, Ben observou Kyle sentado em sua mesa, e assim latiu desapontado e girando em torno da cadeira.
“Bem, bom garoto. Eu tenho algo para fazer.”
Enquanto falava com ele perto de falar consigo mesmo, ele estava com pressa de pensar em uma semana de vida diária para escrever em uma carta. Aconteceu alguma coisa? Eu apenas ficava deitado, acordava sob a luz do sol e comia. Se for curta, meu pai vai ficar desapontado, então é difícil escrever em vão.
Mas sobre Ben…
Seu olhar mudou para a besta peluda que fez um som ofegante com a boca ligeiramente aberta ao lado dele. Os olhos amarelos brilhantes sem uma única mancha evocavam uma sensação estranha cada vez que ele olhava para ele. Já estava escrito em uma carta que Ben havia sido trazido e estava hospedado com ele. Escreveu e mandou uma mensagem que gostava de passar tempo com ele, e que achava que era um pequeno cão selvagem, mas na verdade podia ser um lobo. Seu pai, que havia lido a carta da semana passada, estava obviamente preocupado com o perigo do lobo, mas parecia que ele se divertia tanto passando o tempo com Ben que não conseguiu responder negativamente à frase dele afirmando que era o momento mais feliz de sua vida. Podia sentir o quão preocupado ele estava enquanto lia as respostas repetidamente dizendo que tinha que ter cuidado.
Enquanto lia lentamente as respostas e pensava no que escrever, Ben naturalmente colocou as patas da frente no colo de Kyle e levantou seu corpo perto de suas orelhas e cheirou. Fez cócegas então ele encolheu os ombros, mas Kyle não o empurrou. Era natural para ele esfregar seu corpo já. Como que para lembrá-lo de que havia entrado no quarto e esquecido de tirar a roupa, Ben mordeu e puxou a ponta da calça de Kyle, rosnando. Kyle finalmente teve que largar a caneta e tirar a roupa para não ser mais incomodado. Ben, que estava com o pênis ereto, parecia insatisfeito com a cueca que não foi tirada. Não importava se a calça havia marcas de dentes ou era machada, mas seria perceptível se sua cueca estivesse estica fazendo os criados perceber. No final, Kyle não resistiu aos mimos de Ben, tirou a cueca e sentou-se em frente da mesa novamente.
Sentiu como se estivesse fazendo algo que não deveria ter feito porque nunca havia sentado nu em uma mesa antes. Ben esfregou seu pênis contra o corpo nu de Kyle como se esperasse. Como os livros trazidos para a mansão são sempre examinados de perto pelos criados, nunca leu um livro que continha conteúdo sexual excessivo. Portanto, seu conhecimento sexual estava apenas no nível de uma teoria e não havia consciência de que isso era um ato obsceno, mas pensava que era algo inerentemente estranho. Era embaraçoso e ao mesmo tempo fazia cócegas em seu abdômen.
[Querido pai…]
CONTINUA…
[N/T ORION: Genteeee, genteeee, ainda não superei os acontecimentos seguintes kkkkkkk. Eu amo o jeito que essa autora escreve, mas detesto o jeito que ela faz a gente imaginar certas coisas kkkkkk…]
Publicado por:

- orion
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Apenas mais uma pessoa que gosta de putaria gay, daquelas bem pesadas kkkk. Quem acompanha minhas traduções sabe.
Traduzo por hobbie, então sem cobranças. Posso passar dias sem postar nada ou meses, mas ainda vou continuar traduzindo. E é isso, boa leitura.
Quem quiser conhecer meu blog, o link está a baixo.
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