O Segredo de Evan - Capítulo 1.1
O ar úmido encheu seus pulmões. O cheiro de umidade misturado com o cheiro de lama úmida varreu profundamente suas cavidades nasais, revelando sua presença. Kyle, pensando que poderia chover em breve, apressou seus passos. O solo molhado, que estava encharcado de umidade, desmoronou suavemente pelos passos. Foi um ruído fino vindo de algum lugar que fez os pés do jovem pararem enquanto caminhava pelo caminho estreito.
“Woo… Woo… Woo…”
“Que som é esse?”
Era mais baixo para chamá-lo do som de um pombo da montanha, e era um som misturado com rosnados. Até mesmo um leve chiado podia ser ouvido. Kyle parou de andar e olhou ao redor. Mesmo sendo meio-dia por causa do céu sombrio, a floresta estava completamente escura. Kyle estava de pé em um lugar escuro onde ele não teria pensado em dar um passeio se não fosse por sua trilha habitual.
“Ah… ah… ah… ah…”
“O que…”
Ficou parado e escutou de onde vinha o som. Não era alto, então ele teve que se concentrar. Kyle percebeu que a fonte do som estava na grama a cerca de vinte passos de distância. Era um som vindo de uma pilha grossa de grama sobre as raízes de uma velha árvore. Cuidadosamente, ele se inclinou e levantou a grama com as mãos. Havia um pequeno tufo de cabelo molhado e trêmulo.
“Isto é…”
O pequeno animal tinha lama por todo o corpo, dificultando determinar que tipo de animal era. Kyle sentiu a água pingando do topo de sua cabeça e a levantou. Ele estava preocupado se poderia levar uma fera desconhecida para a mansão. Ele se lembrava vagamente de ler em algum lugar que os animais que perderam suas mães não deveriam ser tocados descuidadamente. No entanto, o pequeno animal estava magro e faminto por vários dias, e estava murmurando em voz muito baixa.
“… … .”
Kyle estendeu a mão cautelosamente e tocou o tufo de cabelo. Sentiu o corpo do animal bebê tremendo e encolhendo-se com o calor quente de suas mãos. Se fosse um animal ferido, ele o teria mordido ou avisado, mas não parecia ter forças para isso. Kyle, que ficou parado e pensou por um longo tempo, finalmente pegou o animal com cuidado. Ele não se importava de sujar de lama sua camisa limpa. A chuva, que vinha caindo, estava ficando um pouco mais forte. Correu pela estrada estreita segurando o pequeno animal firmemente em seus braços para evitar a chuva. Enquanto segurava em seus braços, ele definitivamente podia sentir seu corpo quente tremendo.
“Ugh… Ugh…”
A corrida foi rapidamente interrompida. Mesmo que ele não tenha corrido por um longo tempo, sentiu um aperto em seus pulmões. O peito latejava e doía como se alguém estivesse arranhando sua garganta. Kyle respirou fundo, mas não parou de andar. Suas pernas tremeram. Os sapatos estavam uma bagunça com a lama grudada neles. Como se estivesse pegando fogo, seu cabelo ruivo se molhava na chuva e grudava na testa e nas bochechas.
“Jovem mestre…!”
O criado, que esperava a pessoa que saiu para passear sem guarda-chuva, gritou de surpresa. Mesmo estando molhado na chuva, a aparência de Kyle segurando um monte de pêlo sujo em seus braços era lamentável.Ele ainda estava fraco, então andar por aí com esse tipo de clima era perigoso por si só, mas Kyle estava rindo. O mordomo tentou repreendê-lo por não tomar nenhum cuidado, mas por enquanto achou que enxugar seu corpo molhado era a prioridade, então mandou que trouxessem uma toalha grossa. Quando os servos entregaram a toalha, Kyle envolveu cuidadosamente o pequeno animal em seus braços com a toalha. O mordomo franziu a testa enquanto observava a lama suja pingando na toalha branca. Parecia que ele havia pego algo estranho em algum lugar.
“Eu não te disse que ia chover?”
“Eu não poderia simplesmente deixar ele para trás. Não deveríamos ver se ele está ferido ou não?”
“Se ele estiver machucado e morrer, essa é a ordem da natureza.”
“Mas eu já o trouxe. Não posso deixá-lo morrer.”
Por insistência de Kyle, o mordomo soltou um longo e baixo suspiro. Quando não teve escolha a não ser enxugar os pelos com uma toalha molhada, sua aparência original foi revelada. Era um cachorrinho magro. Pelo menos o mordomo, que pensava ser um filhote de cachorro selvagem, estalou a língua. Enquanto isso, depois de se lavar e trocar de roupa, Kyle desceu com leite morno para ver a criatura que havia trazido.
“Você deve estar cansado. Você não deveria se deitar?”
“Ainda estou bem e é muito cedo para ir pra cama… Achei que ele estaria com fome, então queria dar um pouco de leite.”
“Eu posso fazer isso por você.”
“Eu o trouxe. Não quero deixá-lo com você sem responsabilidade.”
Kyle, que insistiu que poderia cuidar dele, deu leite para um cachorrinho preto que nem sabia onde estavam seus olhos. O cachorro, que sentiu o cheiro do leite, cheirou várias vezes, mas olhou em volta, incapaz de encontrar onde estava a tigela. Kyle mergulhou a mão no leite e a colocou na ponta do nariz, fazendo-o lamber seu dedo. O cachorrinho, que provou o leite morrendo de fome, continuou a lamber os dedos e ganir.
“Deve estar com muita fome.”
Kyle, enfraquecido pelo som do pequeno animal chorando, puxou a tigela até o nariz e acariciou sua cabeça. O cabelo crespo estimulou ainda mais o instinto protetor. O mordomo, que esperava que Kyle lhe pedisse para criar o cachorro, não parava de pensar em como dizer não. Não era desejável criar animais quando ele já estava sob cuidados médicos porque estava doente.
“Acho que perdeu sua mãe… Como esperado… ”
“Você não pode.”
“Ah, você ainda não ouviu o que vou dizer.”
“Você não pode criá-lo. Você pode caminhar com ele todos os dias? E como é um animal peludo, definitivamente terá um efeito ruim em seus brônquios.”
“Mas eu não posso jogá-lo fora de novo… Ele passou fome por tanto tempo.”
“Eu disse que não.”
O mordomo argumentou que o cão não deveria ser mantido a todo custo. Kyle também era formidável. Passou quase metade da sua vida nesta mansão sozinho e sem amigos, e se perguntou se poderia criar um animal de estimação. O mordomo era teimoso porque ele parecia um filhote de uma grande raça de cachorro. Ele também deu a razão de que, se esse cachorro ficasse maior, a casa ficaria estreita.
“Então, dá muito trabalho quando se é um bebê, então eu posso cuidar dele dentro de casa e mandá-lo para fora quando ele estiver grande.”
“…Jovem mestre.”
O mordomo acabou sendo derrotado enquanto continuava a implorar além da hora de dormir. Não havia ninguém com quem se apegar emocionalmente, e foi uma vitória que veio depois de falar constantemente que os dias solitários como esse, acabariam afetando negativamente sua saúde.
No entanto, ele não sabia se havia algum germe, então banhou-o primeiro e não pôde evitar o incômodo de que o mestre teve que se mover demais hoje. Kyle só conseguiu subir para seu quarto depois de ouvir a voz do mordomo.
*
Depois disso, Kyle ficou doente por uma semana inteira. O motivo foi que caminhou pela floresta chuvosa por mais de uma hora. Quando Kyle, que acordou do sofrimento, reencontrou seu cachorro, ficou surpreso. Ele estava com um punho maior do que quando o pegou pela primeira vez e parecia muito mais saudável. Achando fofo vê-lo abanar o rabo suavemente, ele estendeu a mão para o cachorrinho. O cachorrinho farejando, cheirou sua mão.
“Isso mesmo, bom garoto. Enquanto estava deitado estive pensando no seu nome…”
Ficou pensando em que nome seria bom para ele mesmo estando doente. Um bom nome para chamar e um nome fácil.
“Acho que seu nome será Ben. Parece Legal.”
O cachorro sentou-se e olhou para Kyle com um som ofegante. Talvez ele ainda não tivesse forças ou se sentia calmo demais. Ele não se mexeu, ele apenas ficou parado e olhando. Kyle gentilmente acariciou Ben.
“Uma caminhada… Você poderá sair em poucos dias. Vou tentar melhorar logo.”
Ele olhou pela janela e murmurou. Agora a chuva havia parado e um vento gélido soprava em uma paisagem nublada. Enquanto estava deitado na cama, se acalmou dizendo que não conseguiria dar uma volta de qualquer maneira porque estava chovendo o tempo todo.
“Meu nome é Kyle. Kyle Evan.”
Kyle se apresentou, embora o cachorrinho nunca tenha ouvido o nome do dono. A espaçosa mansão era um espaço muito solitário para se viver sozinho. Os criados estavam ocupados trabalhando ou indo para os subúrbios em vez de falar com ele. Além disso, a maioria deles eram velhos, então era difícil ser amigo deles.
Ele adorava os dias calmos e pacíficos, mas às vezes se perguntava como era viver uma vida normal. Ele estava cansado de procurar livros e lê-los, mas isso não era suficiente. Era impossível acompanhar diretamente as cenas maravilhosas que aparecem no livro, como correr vigorosamente ou correr ao longo de uma praia ampla. Se ele corresse assim, seu corpo doía e ele não aguentaria e claro que cairia. Chegou a esta mansão quando tinha 10 anos e, naquela época, vagamente pensou que estava doente com frequência e tinha uma constituição mais fraca do que os outros. Mas à medida que envelhecia, os sinais da doença só se aprofundavam.
Era uma espécie de deficiência.
A família Evan era uma família comum e próspera. Ter uma posição adequada, não faltar riqueza e produzir pessoas talentosas. Eles tinham um status mais alto do que as pessoas comuns, mas não eram particularmente influentes ou grandes. E Kyle era o filho mais novo do atual chefe de Estado. Seu pai adorava os olhos de abóbora de Kyle, que pareciam completamente com sua mãe, mas o tom de pele visivelmente pálido e o corpo magro o faziam pensar que algo estava errado.
Como resultado do exame hospitalar, a parte normal era rara. Em suma, Kyle era um ômega recessivo. Os traços ômega foram expressos, mas foram muito insignificantes. Ele não estava feliz que seu filho fosse ômega, principalmente com a notícia que poderia ter cio e assim Evan ficou profundamente triste. Ser um alfa ou ômega significava que ele teria que viver com remédios pelo resto de sua vida. No caso do ciclo de calor, mesmo que tomasse o medicamento pelo resto da vida, o problema era mais grave pois o corpo não conseguia crescer e funcionar adequadamente devido a um grande desequilíbrio hormonal.
Seu pai se casou com a mãe de Kyle, uma ômega, mesmo sabendo que poderia haver problemas genéticos. Entre os outros irmãos nasceram alfas e ômegas, mas todos eram saudáveis, mas depois da puberdade tiveram que tomar remédios e prestar atenção nos cuidados. O tempo da pouca consciência dos alfas e ômegas tinham passado. Esses dias se consolou dizendo que estava tudo bem e que já tinha feito um filho mais novo, mesmo já tendo irmãos alfa e ômega.
CONTINUA…
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Apenas mais uma pessoa que gosta de putaria gay, daquelas bem pesadas kkkk. Quem acompanha minhas traduções sabe.
Traduzo por hobbie, então sem cobranças. Posso passar dias sem postar nada ou meses, mas ainda vou continuar traduzindo. E é isso, boa leitura.
Quem quiser conhecer meu blog, o link está a baixo.
