O Lobo e a Lua - Capítulo 41
Dois meses depois. Primavera.
– Vamos, senhora. Me ataque! – Lyter abre seus braços e fala confiante.
– Vai se arrepender disso, lobo! – Desmond lhe mostra um sorrisinho e empunha sua arma, ele o observa atentamente e logo avança em sua direção. Desmond tenta ataca-lo de frente, mas Lyter rapidamente desvia e empurra suas costas, o fazendo cair.
– Esse é o seu melhor ? – Lyter se inclina para baixo e tenta imobilizá-lo, mas Desmond gira seu corpo para o lado e fica de joelhos, ele tenta atacar novamente e dessa vez consegue acertar o seu braço, causando um pequeno corte.
– O que acha, lobinho ? – ele ri e se sente confiante, mas logo é derrubado por Lyter mais uma vez, que pressiona seu corpo contra o chão.
– Acho que venci!
– Tem certeza ? – Desmond lhe mostra um sorrisinho e de repente sua adaga está contra a garganta do homem.
– Porra, você me pegou! – ele ri e se levanta, mostrando as palmas das mãos, se rendendo.
– Essa foi muito boa, né ? – Desmond também e se levanta e ri.
– Sim, você está indo bem. Quase pronto!
– Quase ?
– Em uma guerra real, você seria devorado, mas para um confronto desesperado, você se vira bem.
– É melhor do que nada… – Desmond dá de ombros e suspira.
– Sim! – Lyter ri e bagunça seus cabelos, o provocando.
– Ei! – Desmond esbraveja, mas acaba rindo.
– Senhora! – Nanber fala um pouco alto e em um tom frio, interrompendo a brincadeira.
– Ah! Oi, Nanber, algum problema ?
– O Rei está procurando pela senhora…
– Certo, estou indo. – Desmond esconde sua adaga entre suas roupas e sai apressado, deixando Lyter e Nanber sozinhos no campo de treinamento.
– Ele é um homem casado. Não se esqueça disso. – ela o repreende.
– O que está insinuando, lobinha ? – Lyter se aproxima irritado e mostra seus caninos.
– Sabe do que estou falando. Não se faça de bobo, não combina com você!
– Não tenho o passatempo de ir atrás de fêmeas comprometidas. – ele a agarra pela cintura, mantendo seu corpo junto ao dela. Nanber tenta se soltar, mas não consegue.
– Prefiro as que estão livres… – Lyter sorri e beija o canto de sua boca, a provocando. Como resposta, ele recebe um tapa de Nanber, que apesar da situação se mantém inexpressiva.
– Se fizer isso novamente, está morto. – ela se solta e sai apressada do local.
– Porra, ela é forte! – Lyter ri e se sente animado. Gostava de mulheres como aquela.
_______________
– Ambrose, estava me procurando ? – Desmond o questiona ao entrar em seu escritório.
– Sim, o festival de Gaia está chegando, então precisamos organizar tudo. – Ambrose suspira e se levanta, se aproxima de Desmond e o abraça, apoiando sua cabeça sobre seu ombro.
– Quer que eu cuide disso ? – ele sussurra e acaricia seus cabelos brancos e ondulados.
– Acha que pode fazer isso ? – o Rei se afasta um pouco e acaricia o seu rosto.
– Claro! – Desmond lhe mostra a marca na palma da sua mão e sorri confiante.
– Certo, tinha me esquecido disso! – Ambrose ri e beija sua testa.
– Vou marcar uma reunião com os Sacerdotes e organizar tudo. Não precisa se preocupar.
– Ótimo, obrigado!
– Que tal um prêmio como agradecimento, hum ? – ele apoia suas mãos sobre o peitoral de Ambrose e o observa com um olhar luxurioso.
– Claro, você com certeza merece… – o Rei segura seu rosto com as duas mãos e está pronto para beija-lo quando alguém bate à porta.
– Entre. – ele revira os olhos e bufa.
– Audagar está aqui, senhor. – o homem o informa e se curva ao ver Desmond.
– Certo, estou indo.
– Entendido. – ele acena com a cabeça e sai.
– Desculpe, baby. Preciso ir agora. – Ambrose lhe dá um beijo rápido e sai apressado da sala.
– Okay… – Desmond sussurra para si mesmo e suspira. Às vezes era difícil ter um tempo a sós.
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– Audagar. – Ambrose fala ao se aproximar e estende sua mão, cumprimentando o homem.
– Senhor.
– Sente-se. – ele indica um local para que Audagar se sente e logo faz o mesmo.
– Acredito que saiba o porquê o chamei aqui.
– Todos sabem, senhor. Os boatos se espalham rapidamente.
– Indo direto ao ponto, preciso de armas e homens. – Ambrose cruza sua perna e o encara com um olhar sério, mas intimidador.
– São seus. Tudo o que temos, mas há um preço… – Audagar esfrega o queixo e sorri.
– Diga.
– Somente um favor.
– Qual ? – ele contrai sua mandíbula, irritado com toda aquela enrolação.
– Ouvi dizer que a Rainha conhece vários idiomas humanos e agora mesmo estou em meio a uma negociação importante, então…
– Não posso garantir nada, cabe a Desmond escolher se vai ajuda-lo ou não.
– Então preciso ir direto a fonte, hum…
– Aidan, chame a Rainha. – Ambrose volta sua atenção para o canto da sala, onde seu secretário estava.
– Sim, senhor… – Aidan sai apressado da sala e alguns minutos depois retorna acompanhado de Desmond.
– Senhora. – Audagar se levanta ao vê-lo e se curva.
– Audagar. – Desmond acena com a cabeça e se senta ao lado de Ambrose.
– Fale, Audagar.
– Estou negociando com um humano italiano e não há ninguém no meu Distrito que conhece esse idioma.
– Posso aiutarti. – Desmond sorri.
– Eu ficaria muito grato, senhora… – Audagar acena com a cabeça novamente e sorri.
– Ótimo, fico feliz de que tenhamos chegado a um acordo. – Ambrose se levanta.
– Foi bom negociar com o senhor, Vossa Majestade! – Audagar também se levanta e o cumprimenta.
– E foi muito bom revê-la, senhora… – o homem beija o dorso da sua mão.
– Digo o mesmo, Audagar. – Desmond força um sorriso gentil.
– Por aqui, senhor. – Aidan se aproxima e indica a saida, o guiando para fora da sala.
– O que você fez ? – Desmond o questiona irritado e bate em seu peito.
– O que é preciso. – ele o responde indiferente. Era óbvio que estava escondendo algo.
– Não faça isso, Ambrose. Não esconda coisas de mim!
– Desmond, por favor… – ele agarra seus ombros e deixa um longo suspiro sair.
– Vou te ajudar dessa vez, mas só dessa vez! – Desmond se afasta e sai irritado. Odiava não saber de nada.
– Porra… – o Rei sussurra para si mesmo e se senta novamente. Se sentia esgotado.
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– Desmond. – Ambrose o chama ao abrir a porta do banheiro. Sabia que sua Rainha estava irritado e precisava acalma-lo.
– Saia, estou tomando banho. Não está vendo ? – ele o repreende irritado.
– Sei que está chateado comigo, mas precisa entender que eu estou tentando te proteger… – ele esfrega os olhos e sente uma pontada de dor atravessar sua cabeça. Estava cansado após um longo dia de trabalho e só desejava estar em seus braços o mais rápido possível.
– Me proteger ? Eu não preciso que me proteja desse jeito, Ambrose! E quando eles vierem, o que você quer que eu faça ? Fuja como um maldito covarde e te deixe sozinho no centro da guerra ? – Desmond se levanta de repente, saindo de dentro da banheira e se aproxima, o encarando com um olhar irritado, mas cheio de magoa.
– Não me deixe no escuro, por favor…
– Está bem, eu entendi. Vou te explicar tudo, eu prometo, mas antes vista alguma coisa… – o Rei desvia seu olhar para o lado e seu rosto ganha um leve tom avermelhado, quase imperceptível aos olhos devido ao seu tom de pele. Desmond o encara confuso por alguns instantes, mas logo percebe o que estava acontecendo.
– Estou te distraindo ? – ele lhe mostra um sorriso astuto e se aproxima mais um pouco, quase juntando seu corpo ao dele
– Sabe que sim… – Ambrose limpa a garganta e tenta manter seus olhos apenas no rosto de Desmond, mas sua atenção insiste em se desviar para as outras partes do seu corpo.
– Me diga o que está planejando, e eu te deixo me tocar. – ele desliza seus dedos indicador e médio sobre o peitoral de Ambrose e sorri. Sabia que ele não iria resistir.
– Eu falo, mas quero meu prêmio primeiro! – o Rei avança sobre ele e o pega em seu colo, o beijando de forma feroz, invadindo sua boca com a língua e a explorando, apesar de que já a conhece tão bem.
– E-espera! Eu tô molhado! – Desmond esbraveja, mas ri e bate em seus ombros.
– Eu não me importo. – Ambrose fala ofegante enquanto o leva em direção a banheira e entra junto com ele. O Rei o põe sobre o seu colo e finalmente liberta sua ereção.
– Então pode pegar o seu prêmio, senhor! – ele sorri e move seu quadril, roçando sua bunda contra a ereção de Ambrose.
– Eu irei!
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