O Lobo e a Lua - Capítulo 40
– Ambrose! – Desmond grita ao se levantar de repente. Ele está ofegante e suando frio, ao mesmo tempo em que a ansiedade e o medo percorrem o seu corpo.
– Desmond, qual o problema ? – Ambrose, que estava lendo próximo a janela, se levanta bruscamente e se aproxima preocupado.
– Você está aqui, graças a Deusa! – ele avança em sua direção e se agarra ao seu corpo com força.
– Shh… eu estou aqui, está tudo bem! – o lobo sussurra próximo ao seu ouvido e o segura com força.
Desmond fecha seus olhos e respira fundo, deixando que o cheiro forte e característico de Ambrose invada suas narinas, o acalmando no mesmo instante. E após alguns minutos em silêncio, ele se afasta e segura o seu focinho com as duas mãos, enquanto o encara com um olhar assustado, mas amoroso.
– Pensei que tinha perdido você… – Desmond lhe mostra um sorriso triste e seus olhos ficam marejados.
– Eu não vou a lugar algum. Prometo. – o lobo beija sua testa enquanto acaricia seus cabelos dourados.
– Quer me dizer o que aconteceu agora ?
– Tive um pesadelo em que você morria durante uma briga com o seu irmão… ele te acertava com uma adaga e tinha tanto sangue… – Desmond murmura com a voz embargada e revive aquele pesadelo em sua mente de forma nítida.
– Desmond, está tudo bem. Ninguém vai nos machucar, okay ?
– Estou com medo, Ambrose. Sei que seu irmão está tramando algo grande, algo que pode nos ferir!
– Ele não vai, não importa o que tente. Somos o Rei e a Rainha escolhidos pela Deusa, nada e ninguém vai mudar isso! – Ambrose o puxa para outro abraço e acaricia seus cabelos.
– Nunca vou perder para alguém como Azael, e nem vou deixar que ameassem o nosso reinado. Entendeu ? – ele sussurra próximo ao seu ouvido em um tom confiante.
– Sim… – Desmond suspira e lhe dá um beijo rápido.
– Posso ganhar outro desse ? – o lobo brinca, mas há um pouco de malícia em sua voz.
– Sabe que sim! – ele ri e o beija, mas dessa vez Ambrose agarra sua nuca e o força a continuar até que fique ofegante e excitado.
– Ambrose… – Desmond murmura com um olhar inocente e o rosto corado.
– Baby… não me olhe assim, sabe que não posso me controlar quando faz isso! – Ambrose respira fundo e tenta se controlar, mas a mão boba de Desmond acaba com todo o seu auto controle.
– Faça… não quero pensar em mais nada! – ele sussurra enquanto acaricia o seu pau por cima da calça.
– Não vale se arrepender depois! – o lobo agarra a parte posterior das suas coxas e o força a se recostar na cama. Desmond lhe mostra um sorriso travesso e estende seus braços, o chamando.
– Não vou!
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– Senhora… – Lyter se curva ao vê-lo se aproximar.
– Não precisa disso, só vamos começar logo. – Desmond fala impaciente, queria aprender o mais rápido possível.
– Certo, então vamos começar com alguns exercícios! – ele fala animado e se diverte ao ver sua expressão.
– O quê ? Mas você disse que me ensinaria a usar uma arma! – Desmond esbraveja.
– Como pode se defender ou segurar uma espada se o seu corpo é fraco ? Precisa fortalecer os seus músculos antes de aprender a lutar!
– Porra… – ele bufa e revira os olhos. Adorava seu estilo de vida sedentário e queria defendê-lo, mas não havia outra saída.
– Tudo bem, vamos fazer isso logo!
– Assim que se fala! – Lyter o segura pela nuca e bagunça seu cabelo, como um irmão mais velho que implica o com caçula.
Após alguns exercicios que pareceram uma sessão de tortura para Desmond, ele finalmente se senta no chão enquanto tenta recuperar o fôlego.
– Cansado ? – Lyter brinca, o provocando.
– Vai… se foder… – ele o responde com dificuldade e respira fundo.
– Parece que não! – o lobo dá risada e se senta ao seu lado.
– Vamos encerrar por hoje. Não quero perder a minha cabeça por matar a Rainha de exaustão.
– Quando vai me ensinar a usar uma arma ?
– Quando você estiver pronto. Seu corpo ainda é fraco e não tem resistência.
– Lyter, não tenho tempo para isso… – Desmond sente um nó se formar em sua garganta e tenta conter a ansiedade que cresce em seu peito.
– Eu sei, mas é necessário. Não quero que se machuque, esse reino se tornaria cinzas se você morresse. – Lyter suspira e um sorrisinho se forma no canto da sua boca. Sabia que sem Desmond, Ambrose sucumbiria e estaria perdido.
– Acha que ele faria isso ?
– Você tem alguma dúvida ? – ele ri.
– Não! – Desmond também ri e por algum estranho motivo, se sente feliz ao ouvir suas palavras.
– Vem, eu te ajudo a levantar. – Lyter se levanta rapidamente e estende sua mão direita, em seguida o ajuda a se levantar.
– Obrigado, Lyter. Por tudo.
– Não agradeça, senhora. – ele lhe mostra um sorriso gentil.
– Certo, então te vejo amanhã!
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– Desmond… ? Desmond! – Nanber fala um pouco alto, tentando chamar sua atenção.
– Hã ? – ele gira o rosto em sua direção, mas não parece estar realmente prestando atenção.
– Tudo bem ? Você está tão quieto hoje.
– Sim, eu só estou com muita coisa na cabeça… – ele suspira e afunda seu corpo na banheira.
– Quer conversar ? – Nanber se senta na borda da banheira e o observa com um olhar gentil.
– Eu não sei. Não sei se consigo pôr em palavras o que sinto… é tão estranho!
– Pode pelo menos tentar ?
– É como uma constante sensação de ansiedade, um nó na garganta, o peito apertado… como se algo ruim estivesse vindo e eu não pudesse evitar!
– É por causa do Azael ?
– Você sabe ? – ele ergue uma das suas sobrancelhas.
– Sim, Lyter me contou… – ela limpa a garganta e fala um pouco envergonhada.
– Sim, é por causa dele. Sei que ele está fazendo algo realmente perigoso, mas Ambrose não me ouve!
– Desmond, não é a primeira guerra que o Rei enfrenta, ele sabe como se defender e defender o seu reino. Não se preocupe tanto com isso.
– Não consigo, as vozes me dizem constantemente que algo ruim vai acontecer. Não posso ignorar isso! – Desmond leva suas mãos até seus cabelos e segura os fios com força, como se estivesse tentando fazer a sua mente parar de pensar.
– Ei, está tudo bem! Não se sobrecarregue com isso! – Nanber afasta as mãos de Desmond da sua cabeça e as mantém abaixadas, próximas ao seu corpo.
– Nada vai acontecer, entendeu ?
– Sim… – Desmond suspira e força um sorriso. Ninguém o entendia.
_______________
– Senhor, ele está aqui. – a empregada fala ao entrar no cômodo.
– Deixe que ele entre. – Azael bebe mais um gole de uísque e se levanta para receber o seu convidado.
– Sim, senhor… – a moça sai e alguns segundos depois o lobo entra.
– Senhor. – ele se curva.
– Otelo, que bom revê-lo! – Azael fala animado enquanto se aproxima com os braços abertos. Ele o abraça e indica um local para que o lobo se sente.
– Digo o mesmo, senhor. É uma honra poder servi-lo! – Otelo força um sorriso e se senta no local indicado.
– Ótimo, então vamos começar. Estou ansioso para saber até onde podemos ir! – Azael lhe mostra um sorriso sádico, quase assustador, fazendo os pelos da sua nuca se arrepiarem.
– Como quiser, senhor.
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