O Lobo e a Lua - Capítulo 39
– Ugh… que frio! – Desmond resmunga enquanto troca de roupa. Mesmo com a lareira acesa e o banho quente, seu corpo ainda sofria com o frio intenso.
– Desmond! – uma voz irritada grita seu nome de repente, o assustando.
– O que foi, Ambrose ? Não precisa gritar.
– Onde você estava ? – ele se aproxima e o encara irritado.
– Por aí, dando uma volta… – Desmond dá de ombros e sorri.
– Não estou brincando! – Ambrose o segura pelo braço e o puxa para mais perto.
– Só fui dar uma volta com Nanber. Não posso ? – ele o encara irritado e puxa o seu braço.
– Foi só isso ?
– Sim!
– Certo… – o lobo suspira e recua. Havia sido agressivo sem motivo.
– Eu te machuquei ? – o Rei o abraça por trás e desliza seus dedos sobre a pele de Desmond, que está um pouco avermelhada.
– Não, vai precisar de muito mais do que isso para me machucar! – ele ri despreocupado.
– Ótimo… – Ambrose sussurra e beija sua nuca. Seu focinho húmido e frio fazem a pele de Desmond se arrepiar e sua virilha formigar, não podia resistir.
– Podemos ir para a cama agora ? – Desmond sussurra e o observa por cima do ombro.
– Já está com sono ?
– E quem falou em dormir ? – ele desliza sua mão direita pela coxa do lobo, indo em direção a sua virilha, mas para antes de alcançar o seu pau.
– Que coelhinho travesso! – Ambrose ri e agarra seu corpo, o jogando sobre seu ombro e o levando em direção a cama.
– Vou te ensinar uma lição! – o lobo dá um tapa em sua bunda e sorri. Estava animado.
– Estou ansioso por isso, Sr. Lobo! – Desmond ri, mas seu pau está pulsando ansioso para ser tocado. Queria que aquele lobo o devorasse.
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– Tem alguma coisa para mim, Lyter ? Eles estão muito quietos… – Ambrose o questiona preocupado.
– O velho está sendo bem cuidadoso. Não sai de casa e oficialmente não recebe visitas, mas há alguns dias o filho mais velho da Casa Otelo foi visita-lo durante a madrugada.
– Otelo… – ele murmura pensativo. Apesar de serem Distritos vizinhos e compartilharem do pensamento arcaico da preservação da raça pura, não esperava que a Casa Otelo se juntasse ao golpe.
– Investigue Otelo. Suas viagens, finanças, empregados, soldados. Tudo! Quero saber desde a hora que se levanta até quando se deita. Não deixa nada passar.
– Sim, senhor…
– Descobriu mais alguma coisa ?
– Ouvi por aí que eles planejam atacar na terceira lua cheia. Mas não tenho certeza, pode ser apenas uma distração.
– Azael não é tão esperto para tramar tudo sozinho ou para me enganar, mas Willbur… – o Rei suspira e cerra seu punho. Se pudesse, acabaria com aquilo apenas cortando sua cabeça.
– Está tudo pronto ?
– Sim, recebemos um novo carregamento de armas, todas foram testadas e estão em ótimas condições. Também acompanhei os treinos da Casa Martinus e os homens estão capacitados.
– Ótimo, obrigado pelo seu serviço!
– De nada, senhor… – Lyter se curva e sorri, logo depois salta pela janela e some entre as árvores.
– Por que você nunca usa a porta ? – Ambrose revira os olhos, mas acaba rindo. Ele sempre foi assim.
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– Desmond ? – o lobo o chama ao bater à porta do seu escritório.
– Entre. – ele fala de forma automática enquanto tenta se concentrar no seu trabalho.
– Você parece bem ocupado… – Ambrose sussurra ao se aproximar e apoia a palma das mãos sobre a mesa.
– E eu estou! – ele ri e se levanta, o beijando em seguida.
– Achou que a vida de Rainha seria fácil ?
– Sim, pensei que iria apenas usar roupas bonitas e joias, mas você me enganou! – Desmond lhe dá um soquinho no ombro e ri. Sua vida não era nada parecida com a que ele prometeu, mas gostava dela assim.
– Se o problema for as joias, tenho um baú cheio delas… – Ambrose agarra sua cintura, a segurando com força e lhe mostra um sorrisinho astuto.
– Ah é ? E por que nunca me mostrou ? – Desmond se inclina para frente mais um pouco e o encara com um olhar travesso, o provocando.
– Não quero que tentem te roubar e você acabe se machucando. É tão frágil… – ele aperta sua cintura com força, o fazendo gemer de dor.
– Idiota! – Desmond ri e lhe dá um tapinha.
– Preciso falar com você. – Ambrose o solta e sua expressão ganha um ar de seriedade.
– Fale, estou ouvindo.
– Azael virá até nós com tudo o que tem, e quando isso acontecer preciso que fique seguro.
– O que quer dizer com isso ?
– Há algumas passagens secretas no Palácio, e há uma específico que leva até o Distrito Ayria. Quero que quando eles venham, você fuja por ali.
– Mas e você ? Não posso te dar as costas e fugir como um covarde!
– Desmond, você pode ser qualquer coisa, menos um covarde. Sei que quer lutar ao meu lado, mas essa briga não é sua e também não quero que se machuque. – o lobo segura seu rosto com as duas mãos e o observa ansioso. Sabia que ele não aceitaria facilmente, mas precisava mantê-lo seguro a qualquer custo.
– Qualquer briga na qual esteja envolvido, será minha também. Estamos casados, seu babaca!
– Não posso permitir que se machuque novamente, então faça isso por mim, okay ? Independente do que aconteça, mesmo que eu morra, preciso que me prometa que vai ficar seguro. – Ambrose encosta sua testa na de Desmond e sente uma onda de ansiedade atravessar o seu corpo. Se ele se negasse, não conseguiria convencê-lo de nenhuma forma.
– Eu prometo, se me prometer que vai ficar vivo! – Desmond segura seu rosto com as mãos e deixa um longo suspiro sair. Não queria perde-lo.
– Eu prometo! – ele sorri e se sente aliviado. Sua Rainha ficaria segura.
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– Me chamou ? – Lyter questiona ao entrar no cômodo pela janela.
– Sim, preciso de um favor. – Desmond fala de forma séria e logo se levanta.
– Do que precisa ? – Lyter ergue uma de suas sobrancelhas e sorri.
– Preciso que me ensine a usar uma arma. Qualquer uma, só preciso saber o básico.
– Está falando sério ? Ambrose sabe disso ?
– Sim, e não. Não quero que ele saiba, iria odiar a ideia!
– Bom, é um pedido inesperado… não tenho nada em mente no momento. – ele acaricia os pelos do seu queixo e encara o chão pensativo.
– Então pense logo, sei que não temos muito tempo até que eles decidam atacar.
– Ele te disse isso ?
– Não exatamente, é mais como um pressentimento… – Desmond suspira e toca seu peito. Já fazia alguns dias que não dormia bem e se sentia estranhamente angustiado.
– Irei providenciar uma arma que possa usar e amanhã começaremos.
– Obrigado, Lyter. – Desmond lhe mostra um sorriso gentil, que é correspondido com um sorriso tímido.
– Até amanhã, senhora. – ele se curva e some rapidamente pela janela que entrou. Desmond observa um pouco surpreso, mas logo acaba rindo.
– Nem sei porque ainda me surpreendo!
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03:00 horas da noite.
– Esse é o nosso plano de ataque. O que acha, senhor ? – o Comandante do Batalhão da Casa Willbur questiona Azael.
– Sim, mas gostaria de adicionar alguns detalhes… – Azael fala com um sorrisinho em seu rosto e se levanta, caminha até a mesa e aponta para um local no mapa.
– Essa passagem, bloqueie ela.
– Para Ayria ?
– Sim, não quero que ninguém naquele palácio possa fugir.
– Então temos permissão para matar todos ? – o lobo o questiona com um sorrisinho em seu rosto.
– Todos menos a Rainha, preciso dela viva para fazê-la minha…
– Entendido, senhor…
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