O Amante do Lobo Branco - Capítulo 29
Terça-feira, 16 de agosto, 03:12 horas da noite.
Ulric caminha por um beco onde costuma passar para chegar mais rápido ao seu apartamento. Ele anda despreocupado, olhando para o céu enquanto fuma um cigarro.
– Liam. – uma voz masculina o chama e ele congela. Não era o Ash.
– Não se vire. – o barulho da arma sendo engatinha e o cano frio encostando em sua nuca o deixam em alerta.
– Jhon ? – ele questiona hesitante e gira um pouco sua cabeça, tentando vê-lo por cima do ombro.
– É bom ver que está bem, Sr. Berwald. – Jhon sorri, se sentindo genuinamente aliviado.
– Por que está aqui ?
– Nós sabemos o que você está fazendo. Pare de procurá-lo, Liam ou pode acabar morto.
– Leonid nunca me mataria, nós sabemos que ele não teria coragem.
– Ele não, mas eu sim! – ele fala em um tom ameaçador. Liam se surpreende com suas palavras e se vira bruscamente em sua direção, mas Jhon não estava mais lá. Havia sumido em meio a escuridão.
– Porra! – Liam esbraveja e chuta uma lata de lixo que estava no meio do caminho. Aquilo era uma ameaça e ele sabia que poderia morrer se continuasse, mas não podia parar.
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– Ulric ? – uma voz chama sua atenção e ele volta seu olhar para a entrada do seu apartamento.
– O que está fazendo aqui ?
– Eu queria te ver. – Mikhail se aproxima e o abraça.
– Sei. – Ulric o responde com indiferença e o homem o encara confuso, ele não parecia o mesmo.
– Você está bem ? Posso te ajudar com alguma coisa ?
– Quero foder. – Ulric sorri e agarra seu cabelo, ele o beija e usa seu joelho para estimular o seu pau, que rapidamente se põe ereto.
– Agora ? – Mikhail segura em seus braços e tenta afastá-lo, aquele beijo o deixou ofegante.
– Sim! – ele sorri e o beija novamente.
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– Se sente bem ? – Mikhail sussurra e estoca com força, golpeando sua próstata.
– Mais forte! – Ulric arfa e seu corpo se arrepia. A sensação de ser penetrado por ele era boa, mas não tão boa quanto ser penetrado por Leonid.
– Merda! Eu vou gozar! – Mikhail goza e preenche o interior de Ulric, que logo acaba gozando também.
– Se sente melhor agora ? – ele beija seu pescoço e acaricia seu abdômen, como se já conhecesse seu corpo muito bem.
– Sim, foi bom… – Ulric suspira e estende sua mão até a mesa de cabeceira, onde estão seu cigarro e isqueiro.
– Eu estive pensando, que tal sairmos para jantar ? – Mikhail acaricia seus cabelos longos, que não haviam sido cortados desde que Leonid se foi.
– Tudo bem, parece divertido. – Ulric sorri e traga um pouco de fumaça.
– Ótimo, já fiz a reserva!
– Você é tão convencido! – ele dá um meio sorriso.
– Não posso negar que é verdade. – Mikhail dá de ombros e sorri, mas logo depois gira seu corpo e mantém seus olhos fixos sobre ele.
– Estou curioso… – ele se aproxima um pouco e desliza seus dedos sobre a tatuagem de Ulric.
– O que significa ?
– Nada. – Ulric o responde com indiferença, não gostava de lembrar disso.
– Sério ? – Mikhail o encara parecendo confuso, mas não insiste no assunto.
– Você precisa ir agora, tenho que abrir o bar. – ele confere as horas em seu celular e se levanta, apaga o cigarro no cinzeiro e pega sua cueca que estava no chão junto com as outras roupas.
– O que ? Só isso ?
– É. – Ulric sorri e se veste. Mikhail também se levanta e recolhe suas roupas do chão.
– Te vejo depois. – ele beija sua testa e sai.
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Sexta-feira, 19 de agosto, 20:15 horas da noite.
– A comida estava boa ? – Mikhail segura sua mão e o mantém próximo ao seu corpo enquanto caminham pela calçada.
– Estava.
– Fico feliz em ouvir isso! – ele lhe mostra um largo sorriso, parecendo animado.
– Certo… – Ulric suspira e desliza seus dedos pelos cabelos, estavam realmente grandes.
– Cacete! Por que agora ? – Mikhail esbraveja e tira seu celular do bolso, que está vibrando.
– Preciso atender, é do trabalho!
– Tudo bem. – Ulric força um sorriso e o observa de longe enquanto ele fala com a pessoa do outro lado da linha.
– Me desculpe, eu preciso ir agora! – Mikhail se aproxima e o encara com um olhar de culpa, que deixa Ulric incomodado.
– Não importa, você precisa trabalhar, não é ? – ele sorri e finge ser compreensivo.
– Prometo que vou te recompensar depois… – Mikhail o agarra pela cintura e o beija, até deixá-lo desnorteado e ofegante.
– Vou esperar por isso. – Ulric sussurra e desliza a ponta de sua língua pelos seus lábios.
– Você realmente… – ele passa a mão pelos cabelos, jogando os fios para trás e dá um longo suspiro. Ulric era um teste para o seu autocontrole.
– Certo, agora vá. Não quero que se atrase. – Ulric sorri e dá um tapinha em seu rosto, como uma forma de encorajá-lo. Mikhail o beija novamente e logo depois se despedem, ele o observa entrar em um táxi e acena quando o veículo começa a se mover, finalmente estava sozinho.
Enquanto caminha pela calçada, pensando no que faria pelo resto da noite, ele vê uma conveniência e decide comprar uma cerveja.
– Tenha uma boa noite, senhor! – a moça do caixa lhe mostra um sorriso largo, provavelmente havia se interessado por ele, mas Ulric apenas acena com a mão ao sair da loja.
– Merda, tá começando a esfriar! – ele sussurra e fica em frente a conveniência, com suas costas apoiadas no muro enquanto observa a rua movimentada. Logo à frente havia um restaurante velho que servia como ponto de encontro para algumas gangues e Ulric não pode deixar de encará-la esperando por algo.
– Que idiotice! – ele dá risada e abre a cerveja, bebe um gole e acende um cigarro.
– Deveria ir para casa… – Ulric sussurra para si mesmo e suspira, já estava se dando por vencido, mas ao voltar seu olhar para o restaurante ele o vê saindo de dentro do local, seus olhos se arregalam e suas pupilas dilatam.
– Leonid ? – Ulric murmura e quase não consegue acreditar no que vê. Ele ainda era o mesmo, com suas roupas elegantes, aquela áurea que exala superioridade e seus lindos cabelos negros que sempre estavam bem cortados. De certa forma era uma visão reconfortante.
– Leonid! – ele grita e tenta chegar ao outro lado da rua, mas o trânsito o impede de passar. Ulric não pode tirar seus olhos dele e por um breve momento, enquanto Leonid caminha em direção ao seu carro, seus olhos se encontram e todas aquelas lembranças invadem sua mente, deixando seu corpo paralisado.
– Preciso chegar até lá! – Ulric continua tentando atravessar a rua, mas Leonid entra em seu carro e some em meio ao trânsito, não havia nada que ele pudesse fazer.
– Por que ele estava aqui ? – suas mãos tremem e ele está suando, vê-lo depois de tanto tempo o deixou confuso. Por que agora ? Por que ali ? Era coincidência demais para ser verdade.
– Por que ? Por quê não veio me ver ? – ele sussurra e as lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto. Estava cansado de esperar.
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01:27 horas da noite.
– Ulric ? Está aqui ? – Ash bate na porta, mas não tem resposta e isso o deixa ansioso.
– Estou entrando. – ele aumenta um pouco a voz, para avisá-lo e abre a porta. Ao entrar, Ash se depara com Ulric caído sobre o chão, com sua cabeça apoiada na mesa de centro, ele havia dormido enquanto bebia.
– Ei, Ulric, acorde!
– Hmm…? – Ulric abre seus olhos e parece estar meio confuso.
– Você está bem ? Por que bebeu tanto ?
– Estou bem… – ele fala com um certa dificuldade, mas consegue se sentar e parece estar um pouco sóbrio.
– Me diga o que aconteceu! – Ash segura seus braços e o encara fixamente, tentando entender o motivo pelo qual Ulric esvaziou várias latas de cerveja e um litro de vodka.
– Porra! Eu disse que não foi nada! – ele tenta empurrá-lo, mas não tem forças para isso. Logo sua frustração vem à tona e Ulric começa a chorar.
– Ele estava aqui! Ele estava aqui e não veio me ver! Por quanto tempo ele vai me deixar esperando ? – Ulric agarra a camisa de Ash, que o abraça e acaricia seus cabelos tentando acalmá-lo.
– Eu quero vê-lo, Ash. Quero ficar com ele! – ele sussurra e continua chorando, estava inconsolável.
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