Nosso Amor Manchado por Sangue - Capítulo 3
– O que está fazendo ? – Octavian questiona ao ver Henry no alto de uma escada, mexendo em uma das centenas de prateleiras de livros da sua biblioteca.
– Ah! – Henry se assusta e acaba se desequilibrando. Em um movimento rápido, Octavian o segura, impedindo que ele acabe se machucando.
Enquanto o segura em seus braços, ele o observa abobado e pode jurar que sentiu seu coração palpitar. Mas em meio aos diversos pensamentos que inundam sua mente, Octavian se dá conta de que precisa voltar a si.
– Tem noção do quão perigoso isso foi ? Está tentando se matar ?
– Sr. Solaram, eu… – ele murmura envergonhado e ansioso.
– Por que está aqui ? Não deveria limpar esse cômodo. – Octavian deixa um longo suspiro sair.
– Sr. Solaram, eu sinto muito, mas… poderia me pôr no chão ? – Henry murmura e logo depois Octavian o põe no chão.
– Desculpe… – ele limpa a garganta e fica todo sem jeito. Aquele ratinho era tão leve, que se esqueceu de colocá-lo no chão.
– Todos acabaram ficando doentes, exceto eu.
– Quê ?
– Por isso eu resolvi vir limpar a biblioteca, pois sei como o senhor odeia poeira em seus livros.
– Deveria ter me avisado. Não pode limpar toda a casa sozinho!
– E-eu não queria incomodar. – ele hesita e por algum motivo, se sente culpado.
– Henry, eu não sei o que está tentando provar, mas não faça coisas além da sua capacidade. – Octavian suspira e acaricia sua cabeça, bagunçando seus cabelos.
– Agora saia. Não precisa limpar nada, apenas descanse.
– S-sim, senhor! – Henry concorda com a cabeça e sai apressado.
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– Henry, o que está fazendo ? – Krodo questiona de repente e se aproxima, observando por cima do seu ombro.
– Ah! Krodo! – ele responde alegre.
– Eu estou tentando fazer sopa, mas não sei se está dando certo… – Henry murmura envergonhado.
– Sopa ? – Krodo ergue uma de suas sobrancelhas e observa a mistura estranha que ele estava fazendo.
– Quer ajuda ?
– Sério ? Seria ótimo! – ele responde animado.
– Claro, não é tão difícil. – Krodo sorri e acaricia seus cabelos, bagunçando os fios. Era como ter um irmão mais novo.
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– Está pronto, quer provar ? – Krodo o questiona ao desligar o fogão.
– Sim, o cheiro é ótimo!
– Beba devagar. Está quente. – ele pega uma colher e põe um pouco do caldo, em seguida o leva em direção a boca de Henry.
– Okay… – Henry segura sua mão e aproxima seu rosto devagar, tentando encontrar a colher. Ao sentir o objeto encostar em seus lábios, ele abre a boca e bebe com cuidado.
– Está delicioso!
– Henry, está aí ? – Adelea o chama enquanto entra na cozinha.
– Minha nossa, o que está fazendo aí sozinho ?
– Ah… – ele murmura e suspira. Krodo havia sumido.
– Estava fazendo sopa, já que estão todos doentes.
– Pensei que não sabia cozinhar.
– Na verdade eu… – ele pensa em dizer que teve ajuda de Krodo, mas sabe que isso geraria uma situação incômoda onde Adelea poderia ser grosseira.
– É um pouco vergonhoso, mas é a única coisa que sei fazer.
– Ah, querido, se eu pudesse te daria um beijo agora mesmo! Você é muito gentil.
– Obrigado… – ele murmura envergonhado.
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– O que descobriu ? – Octavian o questiona enquanto observa o jardim através da janela. Logo em frente ao seu escritório, há um enorme jardim com muitas flores, que atraem diversas borboletas, além de árvores frutíferas.
– Pelo o que parece, ele é um bom garoto. Nasceu e cresceu no viveiro, foi criado pelo seu avô e na adolescência começou a cuidar das outras crianças do viveiro. Além disso, não há muita coisa relevante, Henry fez muitos trabalhos braçais, principalmente jardinagem.
– O avô é o único parente vivo ?
– Sim.
– Entendo… – Octavian estreita os olhos e sua mente começa a imaginar todos os cenários possíveis.
– Há indícios de que ele esteja sendo usado como moeda de troca ? Aquele ratinho parece um humano muito sentimental.
– Perguntei aos meus informantes na casa principal, mas ainda não obtive resposta.
– Me avise assim que souber de algo.
– Sim, senhor.
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Dia seguinte.
Henry põe o ramo de rosas vermelhas sobre a mesa da estufa e suspira. Estava realmente cansado depois de trabalhar no sol por algumas horas.
– Que calor… – ele murmura e enxuga o suor da sua testa com o antebraço. Em seguida vai em busca de alguns materiais e começa a cortar o talo das rosas e retirar seus espinhos.
Enquanto trabalha, Henry cantarola uma das músicas que aprendeu quando era criança. Apesar do rosto avermelhado pela exposição ao sol e o suor que escorre pelo seu rosto, ele parece satisfeito e feliz em trabalhar no jardim.
– Aí! – Henry exclama de repente ao espetar seu dedo indicador em um dos espinhos. Mesmo com experiência em jardinagem, sempre acabava se machucando.
– Preciso tomar cuidado ou… – ele acaba sendo interrompido ao ouvir um barulho e se distrai.
– Richard, é você ? – Henry chama pelo jardineiro, mas não tem resposta. Ele decide ignorar e volta ao trabalho.
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Octavian entra apressado em seu quarto e se senta em frente a porta, ele cobre sua boca, tentando não vomitar depois de sentir o cheiro de sangue.
– Droga… – Octavian murmura e sente seu estômago se revirar, mas além disso, a ereção em sua calça é algo realmente irritante. Não se lembrava da última vez em que havia sentido tanto desejo sexual.
Ele sente seu corpo esquentar e o seu pau pulsa, ansioso para se enterrar dentro de alguém e fazer uma bagunça. Logo sua mente se enche de fantasias e pensamentos eróticos. Não conseguia evitar.
– Qual o meu problema…? – ele sussurra ofegante e desvia o olhar para a sua calça.
– Aquele maldito ratinho… – Octavian abre sua calça, liberando sua ereção, e logo depois começa a se masturbar. Ele espalha o líquido pré-ejaculatório por toda a extensão do seu pau, o deixando encharcado e foca sua atenção na cabeça, apertando com um pouco de força.
Após alguns minutos ele finalmente goza, sujando sua mão com sêmen espesso e pegajoso.
– Porra… – ele resmunga irritado e decepcionado com si mesmo. Não queria admitir que aquele ratinho mexia com sua mente.
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