La Douce Essence D'un Oméga - Capítulo 49 - Fim
Quarta-feira, 26 de outubro, 10:11 horas da manhã. 34 semanas de gestação.
– É essa ? – Yohan fala ao pegar a bolsa de mão de Enarê.
– Sim. – ele concorda e estende suas mãos para pegar o objeto. O ômega abre o ziper e vasculha seu inteiror até encontrar uma pequena caixa de jóias.
– Desde que me deu isso eu estive pensando no que pôr do outro lado… – Enarê abre a caixa e retira o medalhão que ganhou do alfa há alguns anos. Apesar de não usa-lo com frequência, sempre o guardou e apreciou o presente.
– Quero pôr a foto da nossa filha. – ele abre o medalhão e sorri com um olhar amoroso ao ver a foto de quando foram ao Jardim de Giverny.
– Tenho certeza de que vai ficar lindo! – Yohan acaricia seu rosto e sorri.
– Quero tirar muitas fotos dela e fazer um album!
– Então eu deveria comprar uma câmera ? – o alfa brinca.
– Sim! – o ômega ri.
– Vou pôr isso na lista! – ele acaricia seus cabelos, bagunçando os fios e ri.
– Yohan! – Enarê esbraveja, mas acaba sendo interrompido por Adam.
– É bom ver que estão animados. – ele se aproxima do casal e os encara parecendo estar empolgado.
– Já está na hora ? – Enarê o questiona ansioso e começa a buscar por seu celular entre os lençóis para conferir as horas.
– Vim apenas fazer uma visita e se possivel, roubar o seu marido por alguns minutos. – Adam volta seu olhar para o alfa e ergue suas sobrancelhas, esperando por uma resposta positiva.
– Se for rápido, você pode pega-lo emprestado! – o ômega brinca, e acaba rindo.
– Ótimo, então você vem comigo! – ele agarra sua nuca e o puxa para mais perto.
– O que ? – Yohan olha para o ômega quase como se estivesse implorando por socorro, mas ele apenas ri da situação.
– Prometo que voltamos logo, okay ? – Adam sai arrastando o alfa consigo e o leva para sua sala, que está no final do corredor.
– Por que me arrastou até aqui ? – o alfa esbraveja, mas se senta no pequeno sofá de seu escritório.
– Você ta muito tenso cara, precisa relaxar! – ele brinca enquanto tira seu jaleco.
– Sério ? – Yohan ergue uma de suas sobrancelhas e fala em um tom irônico.
– Comprei algo pra você, como nos velhos tempos. – Adam pega o saco de papel que está sobre sua mesa e a entrega ao alfa, no mesmo instante o cheiro denúncia o que havia ali.
– Um hambúrguer duplo, com muito queijo e gordura! – ele se senta ao seu lado e se diverte com sua expressão de surpresa.
– É daquele lugar ?
– Daquele lugar! – os olhos do alfa brilham ao ouvir sua resposta e ele se apressa em pegar um dos hambúrgueres.
– Eu tava mesmo precisando disso… – Yohan fala com a boca um pouco cheia enquanto se delicia com aquela mistura gordurosa. Adam se apressa e também começa a comer, estava faminto.
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Ao retornar para o quarto, Yohan encontra Enarê pronto para ir. Quando o ômega nota sua presença, ele estende seus braços e o chama, como um bebê pede por colo. O alfa suspira e se aproxima, seu ômega estava ainda mais carente do que no inicio da gravidez.
– Estou com medo… – ele sussurra e o agarra mais forte.
– Eu vou estar lá, okay ? Não vou soltar sua mão! – o alfa acaricia seus cabelos e beija o topo de sua cabeça.
Emma que ajudou Enarê a se preparar e que, na ausência do alfa também tentou acalma-ló, sorri ao vê-los juntos. Nunca havia visto um casal tão unido quanto aquele.
– Temos que ir, Enarê. – ela interrompe o momento com cuidado e lhe dá um sorriso gentil.
– Só preciso trocar de roupa e te encontro lá. Tudo bem ? – ele beija sua testa.
– Okay… – o ômega sai da cama com a ajuda do alfa e de Emma, se senta na cadeira de rodas e é levado até a sala de cirurgia.
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– Vai sentir um leve desconforto, mas logo melhora. – o anestesista o comunica e logo aplica a anestesia raquidiana, que o deixará imovel da cintura para baixo. O ômega range os dentes com a dor, mas logo seu corpo começa a adormecer.
Após a aplicação, Enarê se recosta sobre a maca e tenta se manter calmo enquanto a equipe médica se prepara para o procedimento. Alguns minutos depois Adam entra acompanhando do alfa, que vai direito em direção ao ômega. Estava ansioso por deixa-lo sozinho.
– Desculpe a demora. – ele acaricia seu rosto e mesmo que estivesse usando uma máscara, Enarê podia dizer que estava sorrindo como um bobo naquele instante.
– Tudo bem… – o ômega sussurra e ergue sua mão em direção a ele. Yohan a segura e se mantem ali. Não iria deixa-lo por nada nesse mundo.
– Tudo pronto ? – Adam pergunta ao se aproximar do ômega, já com os devidos EPIS.
– Sim. – a enfermeira acena com a cabeça e também se aproxima da maca.
– Então vamos começar.
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A medida em que o tempo se passa, Enarê fica imerso em uma mistura de ansiedade e alívio. Apesar de não sentir nenhuma dor, o fato de que não pode ver o que estava acontecendo ou se mexer o deixa em pânico.
Yohan que está sentado em um banco ao lado da maca, mantinha uma postura calma e controlada, e como um bom médico vez ou outra conferia os sinais vitais. Se certificando que tudo estava indo bem mesmo que ele não estivesse envolvido.
– Logo vai acabar e nós vamos levar a nossa menina para casa. Entendeu ? – ele sussurra tentando tranquiliza-lo, notando que ele estava ainda mais nervoso do que antes.
– Sim… – Enarê sorri e tenta se manter forte.
– Vamos retirar o bebê. – Adam avisa a equipe e com as duas mãos segura a cabeça do bebê, o puxando com cuidado para fora Ao sair e entrar em contato com o mundo externo, a pequena recém-nascida chora, um choro alto e estridente, como se estivesse dizendo “ei, eu finalmente estou aqui!”
Yohan e Enarê se encaram surpresos e não conseguem conter suas lágrimas. Ela realmente estava lá.
– Ei papai, quer cortar o cordão ? – Adam o encara e sinaliza com a cabeça, pedindo para que ele se aproxime.
– Aqui, pode cortar! – a enfermeira o entrega a tesoura. O alfa respira fundo e tenta controlar suas mãos trêmulas, com cuidado ele corta o cordão e a pequena finalmente se acalma.
– Me deixe ver, me deixe ver ela por favor! – Enarê implora com a voz trêmula. Os alfas se encaram e Adam concorda com a cabeça, Yohan envolve a bebê em uma das mantas do hospital e a leva até o ômega.
– Oi, meu amor, obrigado por vir… – o ômega sussurra ao vê-la e seus olhos se enchem de lágrimas novamente. Ver o seu rostinho e ouvir seu choro faziam seu peito ser preenchido pela mais genuína alegria que ele já havia sentido. Mesmo tendo momentos marcantes em sua vida onde se sentiu extremamente feliz, aquele sentimento percorrendo seu corpo era diferente de tudo o que havia sentido.
– Ela é linda. – o alfa sussurra e com cuidado a mantém próximo ao seu corpo. Estava tão emocionado que não sabia o que dizer, mas não podia tirar seus olhos dela.
– Sim, ela é… – ele estende sua mão em direção a recém-nascida. Queria tê-la em seus braços o quanto antes.
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Yohan está parado em frente ao berçário, observando sua filha com o olhar mais amoroso e terno que alguém poderia ter. Vê-la ali, se mexendo e com saúde era tudo o que seu coração desejava.
– Precisa de um lenço ? – Adam agarra seu ombro e lhe mostra aquele sorrisinho que sempre o irritava.
– Não vai me tirar do sério hoje. Desiste! – o alfa ri e também agarra seu ombro.
– Tenho que admitir, fez um ótimo trabalho. Ela é linda! – Adam volta seu olhar para a recém-nascida e sorri.
– Eu sei, nem mesmo consigo parar de olhar! – os alfas dão risada e acabam ficando em silêncio por alguns minutos. Seus olhos estavam presos naquela pequena criatura que mexia suas mãozinhas devagar enquanto seus olhos astutos observavam tudo ao redor.
– Se alguem dissesse ao Yohan do passado que um dia eu me casaria e teria uma filha, provavelmente ira rir e dizer que é impossível.
– Enarê tornou muitas coisas possíveis para você. Sou grato por isso, odiaria ter que te consolar para o resto da vida! – Adam revira os olhos, mas logo acaba rindo.
– Sim, é verdade. Ele me deu tudo o que eu pensava ser inalcançável. – Yohan suspira e dá uma última olhada na bebê. Precisava ficar com o seu querido ômega.
– Te vejo mais tarde. – o alfa se despede e segue pelo corredor.
– Seu pai é realmente um alfa de sorte, Verbenia. – Adam sussurra para si mesmo e sua boca se curva em um meio sorriso.
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15:45 horas da tarde.
Enarê apoia a cabeça sobre o ombro do alfa e ao seu lado, admira maravilhado as fotos que ele tirou da bebê.
– Ela se parece tanto com você. Os cabelos, o formato dos olhos… – Yohan fala com um largo sorriso em seu rosto.
– Acho que vamos ter problemas no futuro, qualquer um se apaixonaria por ela! – Enarê brinca.
– Sim, não tinha pensado nisso… – o alfa muda de expressão, fingindo estar genuinamente preocupado com o futuro.
– Acha que ela é uma alfa ?
– Talvez, ainda é cedo para dizer. – ele dá de ombros.
– Me sentiria mais aliviado se fosse, nada de ruim aconteceria!
– Não se preocupe tanto com isso, vamos protegê-la. – Yohan beija sua testa e aperta a ponta de seu nariz, fazendo o ômega rir.
– Olá papais. – a enfermeira bate na porta e logo entra, trazendo a recém-nascida.
– Trouxe a pequena. – ela põe a bebê nos braços de Enarê e o mostra a forma correta de segura-la.
– Vou deixar vocês sozinhos, volto daqui a pouco!
– Obrigado. – Yohan lhe mostra um sorriso gentil, a moça acena com a cabeça e deixa o cômodo.
– Acha que consegue segurar ? Eu posso te ajudar.
– Não, tudo bem. Eu consigo fazer isso. – Enarê a aconchega próximo ao seu peito e a observa espantado e orgulhoso. Agora que podia ve-la mais de perto sentia que havia se apaixonado novamente. O vinculo que haviam criado durante oito longos meses se tornava mais forte a cada segundo.
– Eu me sinto estranho, mas não sei como descrever. Só consigo pensar no quanto ela é linda! – o ômega acaricia sua mão com cuidado e a recém-nascida o agarra com força. Ele cora e volta seu olhar para o alfa, surpreso com o que ela havia feito.
– É, eu sei como é. – Yohan sorri e acaricia a barriga da bebê.
– Obrigado por me dar isso… eu amo tanto nossa família! – Enarê fala com lagrimas em seus olhos e não pode conter suas emoções. Se sentia tão grato e amado, nunca esteve tão feliz.
– Eu também, meu amor. – o rosto do alfa ganha um leve tom de vermelho enquanto ele sorri como um bobo apaixonado. O ômega acaricia seu rosto e o beija, ele parecia adorável.
– Nós podemos fazer isso em frente ao bebê ? – Enarê brinca.
– Não sei… – ele finge uma expressão seria, fazendo o ômega rir. Yohan o aconchega próximo ao seu corpo e beija o topo de sua cabeça, estava ansioso por mais momentos como ele.
O Fim.
Por enquanto…
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