Garland Jujin Omegaverse - Capítulo 09
Diego apoiou as mãos no rosto, perplexo. Era a primeira vez experimentou um tapa no rosto. Ficou parado no corredor por um tempo, com cara de idiota, tentando assimilar sua primeira bofetada. Ficou imaginando que Jill era uma árvore que não poderia ser dobrada. Mas nem em seu mais loucos sonhos pensou que ele o golpearia! Enquanto olhava para a porta, que havia sido rudemente fechada em sua cara, Diego finalmente baixou as mãos. Não estava doendo tanto, porém o choque era intransponível. O rosto de Jill aparecia em sua mente gritando “Saia!” com uma expressão tão triste que parecia estar a ponto de chorar. Além disso, sua voz estava um pouco trêmula e penetrante… Ficou claro que Jill estava com raiva dele, porém Diego não sabia exatamente o motivo. Mas se Jill estava raiva o suficiente para bater nele, deveria ser algo grave. Talvez tenha sido porque Diego o trouxe de forma tão repentina sem nenhum aviso, no fim das contas ele era um ômega. Geralmente, a preparação dos ômegas para serem enviados aos homens besta é estrita e impecável, então ele não deveria estar tão surpreso. Além disso, Jill parecia inteligente o suficiente e imaginou que ele entenderia a situação após sua explicação. Não era sua intenção retê-lo na mansão pelo resto da vida, por isso lhe disse que se encarregaria de enviá-lo para casa de forma correta no fim. Então, por que estava tão bravo? Será que ele me odeia? Não gostava da minha cara? Me acha feio? Teve a sensação de que não era do desagrado de Jill no dia da festa na mansão dos Müller. Era possível dizer que Jill era muito diferente dos outros ômegas e justamente por esta razão o escolheu.
Seu instinto não poderia estar equivocado.
Sentindo-se melhor para poder conversar novamente, Diego se aproximou da porta. Levantou a mão para bate ficou esperando ser atendido. Queria perguntar o porquê da ira de Jill e também o motivo da bofetada. Se ele não está satisfeito, seria melhor usar palavras para expressar no lugar de seus punhos. Se ele quiser chorar, posso dar espaço até que se sinta melhor. Embora achasse que poderia fazer isso com facilidade, exitou em bater à porta, então finalmente deu um passo para trás e recuou. Provavelmente Jill ainda estaria com raiva o que deixava Diego desconfortável. Pensou que talvez deveria dar espaço a ele e conversar depois com mais tranquilidade. Convencendo-se que era a melhor opção, Diego andou pelo corredor em direção a saída.
Contudo, Diego parou novamente.
Lembrou que Jill estava quase chorando um pouco antes de bater nele. Então era possível que neste momento Jill estivesse chorando encolhido em sua cama. Deveria consolá-lo? Jill não parecia ser do tipo que chorava facilmente e Diego certamente não queria ser o responsável pelo seu pranto. Não havia trazido ele para feri-lo, apenas desejava sua cooperação.
No fim, suspirou, deu uma última olhada e voltou a bater à porta para averiguar se estava chorando. Chamou, esperou, voltou a baixar a mão. Não encontrava as palavras para falar com ele. Inferno, até ele estava frustrado. Pela primeira vez em sua vida vagava pelo corredor desta maneira.
“O Sr. precisa de alguma coisa, Diego-sama? Ou o Jill-sama?”
Quando escutou uma voz e olhou para trás, Norn estava em pé com as mãos atrás das costas.
“Se precisa falar com ele, e não se importa que eu me encarregue disso, ficarei com ele até que se sinta melhor. Não posso fazer nada se apenas estiver vagando por aí, senhor.”
Norn, que sempre transmitia tranquilidade e serenidade, utilizava um tom rígido quando era necessário colocar ordem. Isso é, era um empregado talentoso e amável, mas
às vezes não demostrava piedade nem seque com seus senhores.
“Desculpe. Acho que machuquei Jill de alguma forma, mas não faço ideia de como ou por quê. Tentarei falar com ele mais tarde, então se puder me fazer o favor…”
Diego deixou a situação completamente nas mão de Norn e parou de importunar o quarto de Jill.
Enquanto descia as escadas, disse a si mesmo várias vezes que tudo ficaria bem e que não era bom se preocupar demais. Era hora de deixar Jill se acalmar porque, certamente, a viagem repentina o tinha deixado confuso. Quando ele se acalmasse, depois do jantar, o levaria para conhecer os seus irmão e tentaria conversar com ele novamente. Prometeria que ninguém o faria se sentir desconfortável e lhe diria que se houvesse algo que ele quisesse ou desejasse, não hesitasse em contar a ele. Lhe explicaria cada parte com calma, assim nada poderia dar errado. Em todos os casos, amanha, ou no máximo depois de amanhã, o levaria a Capital para que pudesse se distrair e respirar um pouco de ar puro perto do mar.
Até que seus irmãos estivessem satisfeitos e o deixassem em paz, escutaria todos os desejos de Jill e lhe prepararia as comidas mais saborosa, cuidaria dele. Claro, um Alfa comum não faria nada disso com a pessoa que iria apenas acasalar, mas Diego apenas estava determinado a mostra a Jill sua sinceridade para que ele o acompanhasse sem ser violento outra vez. Assim, Diego finalmente ocuparia uma posição responsável como membro da família Siegfried e cumpriria o seu dever. Não planejava evadir-se disso, apenas desejava um pouco de tempo para poder sentir que estava caminhando na direção correta.
Entender a importância do sobrenome Siegfried não facilitava os pensamentos, atitudes ou tomada de decisão. Deveria construir uma boa relação com Jill para poder ter tempo suficiente para elaborar um bom plano.
Diego já estava decidido.
Publicado por:
- MDY
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